Após a publicação, na última edição de Jornalistas&Cia/Portal dos Jornalistas, da matéria intitulada MEC finalmente reconhece Landell de Moura, mas erra feio ao narrar a sua saga, o Ministério da Educação acolheu as críticas e resolveu, rapidamente, providenciar as correções necessárias.

Hamilton Almeida

O livro infantil sobre o Padre Landell, lançado pelo MEC no final de março, dentro da série Biografias do Programa Conta pra Mim, continha diversos erros crassos, segundo o jornalista e biógrafo Hamilton Almeida.

William Cunha, diretor de Alfabetização Baseada em Evidências do MEC, procurou Hamilton na manhã de sábado (10/4) dizendo estar agradecido pelo apontamento dos erros. “Não tenho qualquer problema com críticas, desde que sejam justas. No caso da reportagem, era mais do que o caso”, admitiu.

Hamilton dispôs-se ajudar. Ajustes e acréscimos foram realizados já no domingo, 11. Responsável pela escolha dos homenageados, William comentou: “As crianças do Brasil agradecem. Espero que essa iniciativa incentive mais crianças a se tornarem inventores. O livro ficou infinitamente superior com as alterações. Agradecemos muito”.

A única observação não aceita foi o trecho “padre que falava com o demônio”. Na condição de padre-cientista, Landell sofreu perseguições e seus aparelhos chegaram a ser destruídos por um grupo de fanáticos que o acusavam de ter pacto com o demônio. William justificou o corte: “O secretário achou que é pesado para crianças pequenas”. Mas a citação da quebradeira está mantida.

O Programa Conta pra Mim contempla uma minibiblioteca, em formato digital, concebida para incentivar a leitura, reforçar os laços familiares e auxiliar o processo de alfabetização.

Assim como os demais 43 títulos da coleção, o acesso ao livreto sobre o Padre Landell é gratuito. Pode ser lido online ou impresso e há uma versão em preto e branco, para colorir. Para conferir a obra colocada no ar na segunda-feira (12/), agora com a revisão técnica de Hamilton, é só entrar no site.

Com esse final feliz, o MEC faz eco ao crescente movimento em prol do reconhecimento oficial dos feitos científicos do Padre Landell, o verdadeiro inventor do rádio, que também projetou a TV muito tempo antes de outros cientistas.

A partir do momento em que novas gerações de crianças brasileiras tomem conhecimento de quem foi e o que fez este pioneiro da era wireless, uma longa história de injustiças, que começou durante a sua atribulada vida, começa a ser substituída pela esperança. A de que é possível resgatar a memória deste gênio, colocando o seu nome no lugar que lhe é devido na História científica do País e do mundo.

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