O repórter Renato Biazzi e o cinegrafista Ronaldo de Sousa, da TV Globo, foram agredidos na quarta-feira (4/2), durante reportagem sobre a situação da “Feirinha da Madrugada”, no bairro do Brás, no centro da capital de São Paulo. Um homem que andava com um cachorro preso em uma corrente xingou e partiu para cima dos jornalistas com a corrente.

O homem atacou os profissionais e um dos golpes atingiu a mão de Ronaldo, que precisou ser submetido a uma cirurgia reparatória, mas já teve alta. Durante o SP1, o âncora Alan Severiano declarou que ainda não se sabia o motivo das agressões.

Em nota, lida ao vivo por Severiano, a Globo escreveu que “repudia com veemência a violência. Se solidariza com os seus profissionais e tomará medidas legais. E adverte, mais uma vez, que todos aqueles que agridem com declarações o trabalho da imprensa, estimulam este tipo de ato. A nossa solidariedade ao Renato e ao Ronaldo”.

Gianvitor Dias, produtor da Globo, lamentou o ocorrido em seu Twitter: “Receber ameaças e agressões apenas por fazer o seu trabalho de apurar e informar. Até quando?”

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) escreveu que ataques desse tipo “devem ser repudiados não só pelas organizações e pelos profissionais de imprensa, mas pelo conjunto da sociedade, uma vez que a tentativa de cercear o jornalismo corrói os pilares da democracia”. A entidade lembra também que, em apenas dez dias, foram registrados dois outros casos de agressão a jornalistas.

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) pediu que “as autoridades competentes não deixem esses casos impunes, ainda mais com a proximidade do período eleitoral − caso os responsáveis por esses crimes não sejam devidamente punidos, os jornalistas ficarão ainda mais expostos a agressões daqueles que tentam impedir a livre circulação de informações”.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) também repudiou as agressões, destacando que o autor dos ataques era bolsonarista: “É evidente a responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro e dos bolsonaristas em geral na criação desse clima de hostilidade ao trabalho da imprensa. Mais uma vez a ABI se solidariza com os profissionais agredidos e exige uma mudança de comportamento das autoridades e do próprio presidente”.

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