Mariana Scalzo assume a Comunicação do McDonald’s no Brasil
Mariana Scalzo é a nova diretora de Comunicação no Brasil da Arcos Dorados, franquia que representa o McDonald’s na América Latina e Caribe. Ex-Grupo Boticário, onde liderou a área de assuntos institucionais e comunicação corporativa, em 25 anos de carreira ela também passou por Odebrecht, ali respondendo pela diretoria de comunicação do estádio do Maracanã, e por redações das editoras Globo e Abril e Folha de S.Paulo. Mariana, vale acrescentar, foi premiada pela ONU Mulheres pela campanha Com Você eu Jogo Melhor, em prol da equidade feminina; e pela Aberje, por ações de comunicação interna. Em 2020, foi TOP 5 entre os executivos de comunicação do País pela Mega Brasil.
Outras movimentações por lá foram a promoção de Mariana Augusto a gerente sênior de comunicação corporativa, e de Ana Flávia Andrade e Anderson Marin Lima a especialistas em comunicação corporativa, além da chegada de Carolina Tavares (ex-Edelman, Vivo e Claro), nessa mesma função.
A partir da esquerda, em cima: Mariana Scalzo, Carolina Tavares, Mariana Augusto, Anderson Marin e Ana Andrade.
A área reporta-se a David Grinberg, vice-presidente de Comunicação Corporativa, que atualmente comanda a área sediado na Argentina.
Não foi exatamente novidade, já que notícias sobre obstáculos ao trabalho da imprensa, agressões e mortes de jornalistas viraram quase rotina.
Duas culpadas foram apontadas: a pandemia, por ter servido como pretexto para bloqueios e censura, e as redes sociais.
Não se discute o valor das plataformas para a própria imprensa e para a sociedade. Mas o efeito colateral tem sido o uso que se faz delas para alimentar ódio contra o jornalismo como instituição, contra profissionais e contra veículos.
A RSF afirma em seu relatório que a desinformação, associada à intensificação da violência política na internet direcionada contra jornalistas, é um dos maiores desafios da atualidade para a garantia do direito à liberdade de expressão.
A entidade aponta que nos últimos anos governos de diversos países e matizes ideológicas incorporaram ao seu discurso público uma estratégia de minar a legitimidade do papel da imprensa como mediadora social e fiscalizadora do poder.
E critica o uso das plataformas por chefes de estado, parlamentares e autoridades para incentivar ataques contra profissionais e empresas de mídia “como forma de desviar a atenção sobre revelações comprometedoras, manter sua base política mobilizada e ter controle sobre o debate público”.
O Brasil caiu quatro posições no ranking deste ano e entrou para a zona vermelha, que sinaliza países em situação crítica. O presidente Bolsonaro figura no documento como governante que tem se destacado nos ataques à mídia e na desinformação, com referências à promoção do medicamento hidrocloroquina sem comprovação de sua eficácia.
Embora o presidente tenha se notabilizado pelos embates com a mídia, o problema não está só nele e nem no Brasil polarizado politicamente. Mesmo em países cujos líderes respeitam a imprensa (casos da Alemanha, do Reino Unido), as redes sociais estão contaminadas por discurso de ódio contra jornalistas.
Os motivos são diferentes. Em alguns países o problema é o governante. Em outros, grupos radicais e teóricos da conspiração. Mas o resultado é um só: um desgaste do jornalismo que diminui a confiança da sociedade e limita seu acesso a informações confiáveis e a diferentes opiniões.
A Europa tem sido particularmente afetada pelo extremismo de direita, que a pandemia só fez piorar. Negacionistas da Covid-19 e grupos inconformados com as medidas de isolamento social por seu impacto na economia deram-se as mãos em uma perigosa aliança, que levou a cenas inacreditáveis de repórteres perseguidos durante manifestações, fugindo ao som de cânticos pedindo a sua morte.
Facebook, novamente na berlinda
A imprensa não é a única vítima. Discurso de ódio e abuso online afetam minorias raciais, crianças, celebridades e anônimos. Por isso, está no radar de muitos que se preocupam com a ausência de limites e a fragilidade dos atuais sistemas de moderação de conteúdo.
Em março, o jornal britânicoThe Guardian teve acesso às regras do Facebook para os moderadores. A orientação é de que ataques e até pedidos de morte não sejam removidos, à luz da liberdade de opinião.
As plataformas resistem, e talvez isso se deva à própria dificuldade de estabelecer os parâmetros entre o que é opinião e o que é violência − ainda que os mais críticos apontem o interesse comercial.
O agravamento de situações como a queda de confiança na imprensa, no entanto, não deixa muita alternativa senão encontrar fórmulas para que os danos das redes sociais não superem seus benefícios.
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Faleceu nessa terça-feira (20/4), em São Paulo, o repórter fotográfico Maurilo Clareto, o Lilo Clareto, que se tratava da Covid-19 no Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Ele havia sido transferido de Altamira, no Pará, onde morava com a família, na madrugada de 22 de março. Lilo foi por 11 anos repórter fotográfico de O Estado de S. Paulo e por sete anos trabalhou na revista Época.
A amiga Eliane Brum, colunista de El País, que trabalhou com ele em Época, liderou nesse período de internação uma campanha de arrecadação de fundos para pagar gastos com médicos, remédios, transporte e hospital. Emocionada, ela escreveu no Facebook:
“Nosso Lilo, meu Lilo, virou árvore, virou rio, virou floresta. Virou luz e virou chuva. Virou vagalume, borboleta amarela na Terra do Meio.
Lilo, meu Lilo, você é em mim e em todos que te amaram e que foram amados por ti. Você é em cada janela que abriu no mundo com sua câmera. Lilo, você é.
A causa direta da morte de Lilo Clareto foi Covid-19. Mas não foi o vírus que matou Lilo. Foi quem disseminou o vírus no Brasil, quem chamou a Covid de “gripezinha”, quem recusou vacinas, quem produziu aglomerações, quem agiu contra o uso de máscaras. Quem praticou crime de extermínio contra centenas de milhares de brasileiros e brasileiras, crime conta a humanidade.
Meu Lilo, nosso Lilo, não morreu por doença. Lilo morreu assassinado.
Eu te responsabilizo, Jair Messias Bolsonaro, por assassinato. Eu te responsabilizo, Jair Messias Bolsonaro, por crime de extermínio. Eu te responsabilizo, Jair Messias Bolsonaro. Eu te responsabilizo.
Organizações lançam site para pressionar governo a divulgar dados confiáveis sobre a vacinação
Sete organizações da sociedade civil lançaram nesta terça-feira (20/4) o site transparenciavacina.org.br, para divulgar informações sobre a vacinação contra a Covid-19 e pressionar o governo a disponibilizar dados confiáveis e acessíveis à população.
A página é parte da campanha Caixa Aberta, que reivindica transparência do Ministério da Saúde sobre o enfrentamento da pandemia. A iniciativa foi criada pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e pelas organizações Open Knowledge Brasil, Transparência Brasil, Transparência Internacional − Brasil, Observatório Covid-19 BR e Rede de Pesquisa Solidária em Políticas Públicas e Sociedade. O projeto tem apoio e supervisão do Laboratório Anticorrupção da Purpose e foi endossado por mais de 50 entidades.
O site mostra para os usuários quais dados e informações são divulgados pelo Ministério da Saúde e quais são os que deveriam ser de conhecimento público, mas não estão acessíveis ou disponíveis. Nestes últimos, as pessoas são convidadas a clicar em um botão e “pressionar o governo” para que divulgue a informação. Elaborada por uma equipe de especialistas em políticas públicas, transparência e saúde, a página mostra perguntas frequentes sobre a vacinação, como dúvidas a respeito do calendário de aplicações ou a distribuição de doses pelo País.
Nicole Verillo, gerente de Incidência Anticorrupção da Transparência Internacional – Brasil, declarou que “a falta de dados disponíveis sobre a vacinação contra a Covid-19 não é surpresa, considerando o histórico da atual administração federal, que vem adotando medidas para reduzir a transparência das informações públicas. Disponibilizar de forma fácil, ágil e completa as informações sobre a vacinação é fundamental não só para a população saber quando será vacinada, mas também para que possa acompanhar esse processo, reduzindo as possibilidades de descumprimento do cronograma”.
Repórteres Sem Fronteiras cobra solução de assassinatos de jornalistas no Brasil
A Repórteres Sem Fronteiras (RSF) cobrou esclarecimentos e punição para os casos de assassinato de dois jornalistas no Brasil nas últimas semanas, em circunstâncias ainda não esclarecidas. A entidade lamenta o “ambiente de trabalho extremamente tenso” e pede que as autoridades garantam a proteção da imprensa no País.
O radialista Weverton Rabelo Fróes, de 32 anos, conhecido como Toninho Locutor, foi executado em 4 de abril, na cidade de Planaltino, na Bahia. Fundador de uma rádio amadora local, ele apresentava um programa humorístico para a Rádio Antena 1. Foi assassinado na porta de sua casa por um homem armado em uma motocicleta, que fugiu logo em seguida.
Cinco dias depois, em 9 de abril, José Bonfim Pitangueiras, de 43 anos, produtor da Record TV, foi executado em Salvador por indivíduos armados. Segundo informações de pessoas próximas, Pitangueiras não havia mencionado ameaças recentes relacionadas ao seu trabalho.
Emmanuel Colombié, diretor do escritório da RSF para a América Latina, declarou que “toda luz deve ser lançada sobre esses assassinatos. As autoridades locais e federais devem identificar e levar à justiça os responsáveis por esses crimes, fazendo todo o possível para garantir a proteção dos jornalistas”.
Vale lembrar que, nesta terça-feira (20/4), a RSF divulgou seu ranking sobre liberdade de imprensa ao redor do globo. O Brasil caiu quatro posições em relação ao levantamento anterior, e está agora em 111º lugar entre as 180 nações analisadas. Além disso, entrou na zona vermelha, composta por países onde o trabalho da imprensa é considerado “difícil”. Confira mais detalhes do ranking em MediaTalks by J&Cia.
Rachel Sheherazade pede indenização do SBT e acusa Silvio Santos de assédio moral
Rachel Sheherazade, demitida do SBT em agosto de 2020, pede na Justiça indenização da emissora no valor de R$ 20 milhões. Segundo o Notícias da TV (UOL), que teve acesso ao processo, ela afirma que nunca recebeu nenhum direito trabalhista, como férias remuneradas e 13º salário. A jornalista também acusa Silvio Santos, dono do SBT, de assédio moral e humilhação em rede nacional, e alega que foi vítima de censura e boicote por parte da chefia de Jornalismo da emissora.
A ação foi protocolada em 11 de março, na 3ª Vara do Trabalho de Osasco (SP), cidade em que a sede do SBT está instalada. Um dos episódios destacados na ação foi a cerimônia do Troféu Imprensa, realizada em 9 de abril de 2017, quando Sheherazade recebeu o Troféu Internet de melhor apresentadora de telejornal, que ela havia conquistado em 2016. A jornalista afirma ter sido humilhada em rede nacional por Silvio Santos na ocasião.
O processo destaca a seguinte frase do dono do SBT: “Eu te chamei para você continuar com a sua beleza, com a sua voz, foi para ler as notícias, e não dar a sua opinião. Se quiser falar sobre política, compre uma estação de TV e faça por sua própria conta”. A defesa de Sheherazade declarou que Silvio Santos teve uma atitude “nitidamente machista, que colocou a figura feminina numa posição em que a beleza física é supervalorizada em detrimento dos atributos intelectuais”.
Além disso, a jornalista acusa o SBT de censura. Ela foi afastada do comando do SBT Brasil, segundo sua defesa, em represália a suas publicações em redes sociais: “Silvio Santos a afastou da apresentação do telejornal SBT Brasil como nítida forma de punição em razão de seus comentários e opiniões, bem como reduziu seu espaço no ar”.
Outros fatos apontados no processo foram os boicotes que sofreu de colegas de trabalho. Sheherazade anexou prints de mensagens que trocou com José Occhiuso, diretor de Jornalismo do SBT, em que ela reclamava do desequilíbrio de distribuição de tarefas importantes. Por muitas vezes, seu nome era “esquecido” e somente Carlos Nascimento, que também deixou a emissora, acabava aparecendo.
Outro anexo é um e-mail que José Roberto Maciel, CEO do SBT, lhe enviou em outubro de 2014. Sheherazade havia pedido afastamento do trabalho para se submeter a uma cirurgia. O executivo relembrou a ela sobre a linha editorial do SBT e pediu para que ela revisse seu posicionamento político nas redes sociais, além de reduzir o tom, visto por ele como agressivo. Maciel disse que a postura dela envergonhava a ele e a muitos colegas de trabalho.
Após as condenações do presidente Jair Bolsonaro e do deputado federal Eduardo Bolsonaro, ambas por danos morais à repórter especial da Folha de S.Paulo Patrícia Campos Mello, Hans River foi condenado pelo mesmo motivo em 14 de abril. Ex-funcionário da Yacows, ele foi uma das fontes ouvidas pela jornalista para uma reportagem sobre disparos ilegais em massa de mensagens a favor de Jair Bolsonaro, durante as eleições presidenciais de 2018.
A decisão é do juiz André Augusto Salvador Bezerra, da 42ª Vara Civil de São Paulo. Ele determinou ainda que River pague as custas processuais e os honorários advocatícios no valor de 15% da condenação. Cabe recurso. Na decisão, o magistrado afirmou que “sucede que as críticas dirigidas à autora pelo réu, citado na reportagem, não focam o trabalho. Focam a sua condição de mulher, o objeto de dominação sexual, conforme históricas práticas colonialistas que, em pleno século 21, ainda proporcionam forma ao sexismo”.
Ao prestar depoimento à CPMI das Fake News, em fevereiro de 2020, River mentiu e insultou a repórter da Folha ao afirmar que ela teria se insinuado sexualmente a ele em troca de informações. Após o ocorrido, Patrícia acionou a Justiça.
Anteriormente, Jair Bolsonaro foi condenado em primeira instância por danos morais à repórter da Folha, e terá que pagar R$ 20 mil, além das custas e despesas processuais e honorários advocatícios fixados em 10% do valor da condenação. Também cabe recurso da condenação. Após o depoimento de Hans River na CPMIT das Fake News, o presidente disse que Patrícia “queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim”.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro também foi condenado por danos morais contra a jornalista. Em live realizada em maio do ano passado, ele declarou que Patrícia “tentava seduzir” fontes para obter informações que fossem prejudiciais ao presidente. Eduardo foi condenado a pagar R$ 30 mil, além das custas processuais e honorários advocatícios no valor de 15% da condenação. Cabe igualmente recurso da decisão.
Basilia Rodrigues, comentarista política da CNN Brasil, foi vítima de racismo por parte de um apoiador do deputado federal Nikolas Ferreira.
Basília Rodrigues, comentarista política da CNN Brasil, foi alvo de racismo dentro da emissora. Denúncias recebidas pelo site Alma Preta, divulgadas em 15/4, apontam que a jornalista foi vítima de perseguição vinda de colaboradores do jornal. O caso está em investigação pela CNN Brasil.
Fontes da CNN afirmam que a profissional sofreu racismo por seu cabelo e recebeu tratamento diferente do que é dado a outros jornalistas em situações semelhantes.
“A edição do jornal Novo Dia chegou a reclamar da comentarista estar ’descabelada’. De acordo com as fontes, Basília mudou o cabelo de um lado para o outro, o que deixou uma parte mais volumosa. Os funcionários dizem ser comum orientar as pessoas, quando estão ao vivo, a arrumar o cabelo”, afirma o texto do Alma Preta. “Eu já cansei de ver esse tipo de orientação quando a pessoa está na bancada. Era a mesma coisa que deveriam ter feito: ’Basília, quando você mexeu o seu cabelo de um lado para o outro, ele ficou fora do lugar. É só mexer nele de novo”. É um briefing e um cuidado para se ter com qualquer tipo de apresentador, e não tiveram com ela”, completou.
Além disso, as denúncias apontaram que em recentes participações ao vivo da comentarista, os editores de imagem optaram por ocultá-la, deixando apenas sua voz e usando imagens de apoio para ilustrar as entradas ao vivo.
Também teriam ocorrido reclamações por conta do “fundo” que aparecia nas entradas que a jornalista fazia de sua casa. Foram criticadas “uma parede toda branca” e um fundo “com uma prateleira”. Em outra entrada ao vivo “a reclamação foi de que ela estaria ’olhando para cima’ no vídeo”. Segundo os profissionais ouvidos pelo site, diversas reclamações direcionadas ao trabalho de Basília seriam resolvidas com um pedido de ajuste ou chamada.
A direção da CNN Brasil divulgou uma nota reconhecendo a acusação como “gravíssima” e ressaltou: “A CNN Brasil não tolera qualquer tipo de discriminação, seja racial ou de outra natureza, e apura com rigor e transparência qualquer denúncia. Somos uma emissora recém-chegada ao Brasil, que debate abertamente questões de diversidade, equidade e justiça social”.
A jornalista se manifestou em sua conta pessoal do Twitter agradecendo às mensagens de solidariedade e apoio que recebeu e destacou: “Agradeço também pela posição adotada pela CNN Brasil. O relato é grave e está sendo apurado”.
Basília Rodrigues foi por doze anos repórter da CBN na Capital Federal e é responsável por acompanhar os principais debates políticos no País. Também teve passagens por jornais como Correio Brasiliense e Gazeta do Povo.
Poder360 anuncia parceria com o empresário Frederico Trajano
O Poder360 anunciou nesta segunda-feira (19/4) uma parceria com Frederico Trajano, CEO do Magalu, que terá 25% da participação acionária do site. A negociação envolveu um aporte primário de recursos, que serão investidos na expansão do Poder360. A aquisição é uma iniciativa individual de Trajano.
A operação inclui uma cláusula que garante independência jornalística do site. Sobre o acordo, Trajano declarou que acredita no jornalismo profissional: “Tenho total afinidade com os princípios editoriais do veículo: isenção, apartidarismo, independência, qualidade e credibilidade das informações publicadas e foco no interesse público. Quero contribuir para que a empresa se fortaleça continuamente, respeitando seus valores, e para que ela possa tirar o maior proveito possível das oportunidades que a tecnologia oferece”.
Fernando Rodrigues, fundador do Poder360, vê a chegada de Trajano como “muito bem-vinda”: “O Fred é um empresário da melhor qualidade. Ele trará sua experiência como empreendedor respeitado e bem-sucedido, com destaque para a área digital. Hoje, veículos de comunicação jornalística precisam ser também empresas de tecnologia. Só assim conseguem melhorar a experiência do leitor em qualquer plataforma. No século 21, nós não temos apenas o desafio de fazer bom jornalismo, mas de facilitar o acesso do público ao que é produzido”.
Até a chegada de Trajano, o Poder360 e o PoderIdeias tinham como sócios apenas Fernando Rodrigues e Mariângela Gallucci, que ficam a partir de agora com 75% das duas empresas. No caso do PoderData, o cientista político Rodolfo Costa Pinto tinha participação de 10% e continua com esse percentual. O restante ficou com Fernando e Mariângela (65%) e agora com Trajano (25%).
A comunicadora Lana Holanda entrou para o Programa de Proteção Legal para Jornalistas, da Associação de Jornalismo Investigativo (Abraji).
O vereador Diego Espino (PSL), de Divinópolis (MG), tentou invadir os estúdios da TV Canindés para ameaçar, coagir e xingar Eduardo Silva, apresentador do programa Cidade Urgente. A ação aconteceu após Eduardo noticiar que Espino invadiu a Santa Casa de Carmo da Mata, hospital que não atende a casos de Covid-19, para mostrar uma suposta desocupação de leitos na pandemia. Esse foi o terceiro caso de violência contra jornalistas no último mês em Minas Gerais.
Eduardo relatou que, durante o programa que estava sendo exibido na manhã de 30/3, enquanto ainda estava no ar mencionando os fatos ocorridos no município de Carmo da Mata, incluindo a invasão do vereador ao hospital no domingo 28/3, ouviu gritos e tumulto vindos da recepção da emissora. Deparou-se então com Diego Espino tentando invadir o estúdio para tirar satisfação com o apresentador.
Diego estava acompanhado do deputado estadual Cleitinho Azevedo (Cidadania) e, segundo Eduardo, o vereador proferiu xingamentos e ameaças, exigindo que nunca mais pronunciasse o nome dele em seu programa e tampouco o do deputado.
A Associação Brasileira de Emissora de Rádio e Televisão (Abert), o Sindicato dos Jornalistas de Minas e a Oposição Sindical repudiaram a atitude do vereador.
A Abert disse em nota que “todo e qualquer cidadão que se ofenda por determinada publicação tem o direito de procurar a justiça, mas jamais recorrer à intimidação e a violência”.
O Sindicato salientou que esse foi o terceiro caso de violência contra jornalistas no último no mês estado e lamentou: “Infelizmente, esses registros estão se tornando comuns não só em Minas Gerais, mas em todo Brasil, onde a violência contra jornalistas grassa sem que haja por parte das autoridades nenhuma medida efetiva para combater esse ataque que, também é um atentado à liberdade de expressão e ao direito à informação”.