A Justiça do Paraguai anulou a absolvição de Waldemar Pereira Rivas, conhecido como Cachorrão, principal suspeito de matar o jornalista Léo Veras, em 2020.

Em novembro do ano passado, Rivas foi considerado inocente pelo Tribunal de Sentença de Pedro Juan Caballero, sob a alegação de falta de provas. Acusado de homicídio doloso e associação criminosa, ele era proprietário do Jeep Renegade branco que teria sido usado para transportar os três homens que executaram Veras.

A apelação que levou à anulação foi apresentada pelo procurador Andrés Arriola, da Unidade Especializada de Crime Organizado. Ele criticou a conduta dos membros do Tribunal na resolução do caso, e declarou que os juízes não fizeram uma avaliação adequada.

Arriola destacou também que o tribunal “cerceou o direito do Ministério Público, violando gravemente a liberdade de prova para a descoberta da verdade real, favorecendo assim a defesa do acusado”.

Léo Veras foi executado com 12 tiros enquanto jantava com sua família em fevereiro de 2020, em Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. Com frequência ele noticiava a disputa do narcotráfico na fronteira e os crimes ligados ao PCC na região.

No mês passado, Ederson Salinas Benítez, chefe do PCC na fronteira do Paraguai com o Mato Grosso do Sul e apontado como um dos mandantes do assassinato de Veras, foi morto no estacionamento de um supermercado em Assunção. E em maio de 2022, o procurador responsável pela Unidade Especializada de Crime Organizado e Narcotráfico do Paraguai e um dos investigadores no assassinato de Veras, Marcelo Pecci, foi executado na Colômbia. Foi ele quem apresentou acusação contra Waldemar Pereira Rivas.

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