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sábado, junho 21, 2025

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Agência Bori cria banco de fontes para cobertura de crise humanitária dos yanomamis

A Agência Bori criou um banco de fontes para ajudar jornalistas que estão cobrindo a crise humanitária dos yanomamis. O projeto inclui mais de dez fontes especializadas em temas relacionados aos povos indígenas que podem contribuir para matérias sobre o assunto.

O banco é exclusivo para jornalistas cadastrados na plataforma da Agência Bori, mas o registro é gratuito e em até três dias os profissionais terão um retorno da empresa. A ideia da iniciativa é aproximar jornalistas de fontes especializadas em tópicos como saúde e direitos humanos de povos indígenas, fome nessas comunidades, garimpo em terras indígenas, entre outros tópicos.

Entre as fontes do banco estão pesquisadores de instituições das regiões Norte e Nordeste do País, como as universidades federais da Bahia, de Roraima e do Oeste do Pará.

Para se cadastrar na Agência Bori, basta acessar este site e preencher o formulário com informações, como nome completo, veículo onde trabalha, cargo, área de atuação e um link de uma matéria ou produto jornalístico que comprove a atuação jornalística, feito nos últimos três meses. E em até três dias a equipe da Agência Bori validará os dados e dará um retorno. É possível receber notificações de novas pesquisas e estudos via WhatsApp ou e-mail.

Consórcio de Veículos de Imprensa chega ao fim

Cegou ao fim o Consórcio de Veículos de Imprensa., criado em 2020 quando o governo de Bolsonaro tentou omitir dados sobre coronavírus.
Cegou ao fim o Consórcio de Veículos de Imprensa., criado em 2020 quando o governo de Bolsonaro tentou omitir dados sobre coronavírus.

Cegou ao fim, após 965 dias ininterruptos de trabalho, o Consórcio de Veículos de Imprensa. Criado em junho de 2020, quando o governo de Jair Bolsonaro (PL) tentou omitir dados sobre coronavírus Covid-19 e atrasar os boletins sobre a doença, o consórcio divulgava dados obtidos diretamente com os 26 estados e o Distrito Federal.

Formado pelos veículos g1, O Globo, Extra, Estadão, Folha e UOL, o conjunto teve a missão de ser um sistema alternativo para informar sobre a Covid e garantir a transparência sobre o impacto da vacinação.

A explicação para o fim do consórcio foi que, mesmo com a pandemia ainda em curso, não se faz mais necessária uma apuração paralela, visto que nos últimos meses os dados dos governos estaduais e federal têm se mostrado confiáveis. (Saiba+)

Hélio Doyle será o novo presidente da EBC

Hélio Doyle será o novo presidente da EBC

O jornalista Hélio Doyle será o novo presidente da Empresa Brasil Comunicação (EBC). O anúncio foi feito nessa quinta-feira (26/1) pelo ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), Paulo Pimenta, no Twitter.

Aos 72 anos, Hélio formou-se em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB). Na mesma instituição, fez mestrado em Comunicação e doutorado em História das Relações Institucionais. Também foi professor da universidade. Trabalhou como jornalista em diversos veículos e foi presidente da Fenaj e chefe da Casa Civil do GDF na gestão do ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB).

Além de Hélio, o ministro Paulo Pimenta anunciou outros integrantes da direção da EBC: as jornalistas Flávia Filipini e Nicole Briones, a mestre em Literatura e roteirista Antonia Pellegrino, e o historiador Jean Lima. Pimenta também agradeceu o trabalho de Kariane Costa, presidente interina da empresa.

O ministro informou nas últimas semanas que fará mudanças na EBC. O canal NBR, que pertence à empresa, voltará a ser uma TV governamental, divulgando ações do governo, enquanto a TV Brasil continuará como um canal independente. No governo Bolsonaro, os canais tiveram suas programações fundidas. Além disso, em janeiro, o presidente Lula removeu a EBC do programa de privatização do Governo Federal.

Gravações mostram suposto envolvimento de governador do MT em esquema contra jornalista

Gravações mostram suposto envolvimento de governador do MT em esquema contra jornalista Alexandre Aprá

A Agência Pública teve acesso a gravações que mostram o suposto envolvimento de Mauro Mendes, reeleito governador do Mato Grosso, em um esquema para criminalizar o jornalista Alexandre Aprá, que vem sofrendo perseguições em decorrência de seu trabalho. O material foi enviado à Publica pelo repórter investigativo A.P., pseudônimo que utiliza por segurança, que se infiltrou no esquema.

Em entrevista para a agência, A.P. contou que se infiltrou no esquema inicialmente por interesse em outra pauta, mas que resolveu denunciar o caso ao perceber que o colega Aprá poderia ser assassinado ou ser vítima de uma armação. Segundo conversas gravadas por A.P., o plano era prender Aprá sob alegação falsa de envolvimento com tráfico de drogas ou pedofilia.

A.P. diz não ter dúvidas do envolvimento do próprio governador, além da primeira dama Virgínia, do publicitário Ziad Fares (detentor de contratos com o governo estadual) e da advogada Carla Grings Sabo Mendes. Os quatro teriam participado da contratação do detetive Ivancury Barbosa, cujo objetivo seria perseguir e calar Aprá por causa de reportagens publicadas pelo jornalista sobre irregularidades em negócios da família Mendes e do publicitário Ziad Fares.

Nas quase oito horas de áudios e vídeos com trechos inéditos enviados à Publica, A.P conta que conversou com o detetive, como infiltrado no esquema. O serviço de espionagem teria sido pago com a regularização de uma fazenda de 13 mil hectares em Marcelândia, no Norte do Estado.

A Pública teve acesso a um inquérito policial, que tramita sob sigilo, no qual A.P, que se identifica apenas pelo nome inventado Bruno e o apelido de Anjo, se diz disposto a prestar um depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), para investigar os responsáveis.

Leia a matéria da Pública na íntegra.

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Brasil 247 terá nova estrutura editorial a partir de fevereiro

TV Brasil 247 estreia programa de entrevistas com brasileiros no exterior

Por Eduardo Ribeiro, diretor do Portal dos Jornalistas

O Brasil 247 (site e TV) passará a contar, a partir de 1º de fevereiro, com uma nova estrutura editorial, trazendo para a equipe permanente, em funções estratégicas e de liderança, parte de seus atuais colaboradores. Florestan Fernandes Jr., por exemplo, que deixou o Tribunal de Contas do Município de São Paulo, assume a Direção de Redação; Mario Vitor Santos, diretor institucional; Luís Costa Pinto, chefe da sucursal Brasília e diretor de Projetos Especiais. Há novidades também na equipe interna, de suporte: Aquiles Lins assume como secretário de Redação do Brasil 247 e a Dayane Santos, como coordenadora da TV 247. Rodrigo Vianna, diretor da TV 247. Joaquim de Carvalho, repórter especial e documentarista. Hildegard Angel, Regina Zappa e Marcelo Auler, sucursal Rio. Miguel Paiva, Renato Aroeira, Carlos Latuff e Nando Motta, chargistas (veja o expediente completo no final do texto).

Gisele Federicce, que era diretora de Redação, saiu para comandar a comunicação do Ministério das Mulheres.

Principal projeto editorial contemporâneo de perfil progressista, o Brasil 247 atingiu, em 2022, 364 milhões de pageviews (30 milhões/mês) e sua TV tem hoje cerca de 1,2 milhão de inscritos, que geraram no ano passado 256 milhões de visualizações de vídeos. É uma audiência robusta e que atinge um público altamente politizado, intelectualizado e formador de opinião.

Um dos grandes defensores da retomada democrática pelas forças progressistas, o Brasil 247 vê agora o País voltar a ser gerido por um governo com esse perfil e que tem os compromissos sociais em seu principal vértice,

Para falar das mudanças na estrutura editorial do veículo e analisar as mudanças políticas no País e na imprensa, de um modo geral, o Portal dos Jornalistas ouviu Leonardo Attuch, diretor-presidente e idealizador do Brasil 247.

 

“Tenho grande orgulho em ter reunido a equipe com maior senioridade e experiência do jornalismo brasileiro”

Portal dos Jornalistas – O Brasil 247 está anunciando esta semana mudanças relevantes em sua estrutura editorial, com contratações, remanejamentos e algumas saídas. Pode falar sobre as motivações dessa reestruturação e quais os objetivos em termos editoriais, de audiência e mesmo de negócios?

Brasil 247 terá nova estrutura editorial a partir de fevereiro
Leonardo Attuch

Leonardo Attuch – O objetivo da reorganização é valorizar a nossa equipe, profissionalizar ainda mais a redação e investir mais na produção de jornalismo de qualidade, tanto no site Brasil 247, como na TV 247. A chegada como diretor de Redação do Florestan Fernandes Júnior, que já era comentarista da TV 247 e integrante do nosso Conselho Editorial, faz parte desse esforço. O Mario Vitor Santos torna-se diretor institucional e passa também a integrar nosso Conselho. Luís Costa Pinto volta ao 247 como chefe da Sucursal Brasília, ao lado das colunistas Helena Chagas e Tereza Cruvinel, e passa também a atuar como diretor de Projetos Especiais. Internamente, o Aquiles Lins assume como secretário de Redação do Brasil 247 e a Dayane Santos como coordenadora da TV 247. O objetivo é produzir o jornalismo de maior qualidade do Brasil, comprometido com a democracia, o desenvolvimento, a inclusão social e a soberania nacional.

Portal dos Jornalistas – O País enfrenta turbulências, mas volta a respirar ares democráticos. Qual o papel que você crê que o 247 cumpriu nos quatro anos de governo Bolsonaro e que papel pensa que ele cumprirá agora no novo governo Lula?

Attuch – O papel do 247 vem de antes do governo Bolsonaro, uma vez que fomos um dos primeiros veículos a denunciar o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff. O golpe contra Dilma, a prisão política do ex-presidente Lula e o governo Bolsonaro são fenômenos entrelaçados. Os três fazem parte da doutrina de choque e pavor imposta ao Brasil a partir de junho de 2013 para que o País fosse alvo de um choque neoliberal, que teve como consequências a volta da fome, o retrocesso econômico, a retirada de direitos e a transferência da renda do petróleo brasileiro para os acionistas minoritários da Petrobrás. Impossível saber quantas consciências foram tocadas pelo nosso jornalismo, mas inegavelmente o Brasil 247 e a TV 247 têm cumprido um papel relevante no debate público.

 

Audiência de 364 milhões de page views em 2022

Portal dos Jornalistas – Como tem sido a evolução da audiência do 247, considerando o site, a TV e outros projetos da casa?

Attuch – O Brasil 247 registrou uma audiência de 364 milhões de páginas vistas em 2022, o que representa uma média de 30 milhões de page views por mês. Trata-se de uma audiência estável, com público altamente engajado e extremamente qualificado do ponto de vista intelectual. Esta audiência já foi maior e pode voltar a ser maior, caso haja maior transparência e equanimidade nos mecanismos de busca das grandes plataformas. Além disso, a TV 247, com 1,2 milhão de inscritos e 256 milhões de visualizações de vídeos em 2022, consolidou-se como a maior produtora de conteúdo jornalístico independente do YouTube no Brasil, com viés progressista e democrático.

Portal dos Jornalistas – O 247, assim como vários outros projetos jornalísticos de qualidade e de diferentes estilos e setores, são árvores recentes nessa secular floresta editorial que se transforma de modo intenso e permanente.  Você é otimista com essas transformações? Como enxerga o futuro vendo o que tem acontecido com a mídia mainstream e o novo jornalismo, se é que podemos usar essa definição?

Attuch – Sim, sou bastante otimista em relação ao futuro da mídia independente, uma vez que os hábitos de consumo já mudaram radicalmente, privilegiando os meios digitais, e os custos de produção também se tornaram menores, favorecendo novos atores independentes, como é o caso do Brasil 247 e da TV 247.

Portal dos Jornalistas – Uma das mudanças mais profundas no chamado jornalismo digital, pelo que temos observado, se dá na linguagem, na abordagem das notícias, em que mais vale uma manchete que busca o clique do que aquela que informa e causa impacto. Esse, claro, é apenas um exemplo, mas são ilimitadas as “pegadinhas” editoriais atrás de cliques e de um bom ranqueamento nas ferramentas de busca. O 247 tem trabalhado isso na sua jornada editorial? O que pensa disso?

Attuch – Nós não apostamos em click baits e oferecemos conteúdo de qualidade e profundidade aos nossos leitores e telespectadores. O que não significa que não tomemos posição, nos momentos mais importantes. Nosso pacote de conteúdos envolve um mix com notícias rápidas, artigos aprofundados, vídeos curtos, lives longas com grandes comentaristas, entrevistas com personalidades, autoridades e intelectuais… e assim por diante. É um pacote para todos os gostos.

 

A fórmula ideal: experiência e juventude

Portal dos Jornalistas – A propósito, a senioridade da equipe do 247, com nomes consagrados e ampla experiência em várias mídias e plataformas, não é comum na mídia digital, onde equipes jovens – e não tão experientes – predominam. Qual seu olhar sobre esse aspecto do jornalismo contemporâneo?

Attuch – Temos uma combinação entre jovens e grandes mestres do jornalismo brasileiro. Tenho grande orgulho em ter reunido a equipe com maior senioridade e experiência do jornalismo brasileiro, com nomes consagrados como Tereza Cruvinel, Hildegard Angel, Paulo Moreira Leite, Helena Chagas, Florestan Fernandes Júnior, Marcelo Auler, Alex Solnik, Mario Vitor Santos, Regina Zappa, Miguel Paiva, Aroeira, Rodrigo Vianna, Joaquim de Carvalho, Luís Costa Pinto, Carlos Latuff, Gustavo Conde e Denise Assis, entre muitos outros. Quem viveu mais e tem mais experiência jornalística reporta e comenta com mais qualidade.

Portal dos Jornalistas – Com o retorno de um governo democrático, em Brasília, você vê chances de também voltar a haver uma distribuição mais democrática dos investimentos publicitários do Governo Federal, como nos tempos de Franklin Martins, por exemplo, no segundo mandato do Governo Lula?

Attuch – A distribuição de verbas publicitárias oficiais nunca foi a nossa preocupação central. Mas é importante que se diga que, assim que assumiu o cargo, logo após o golpe de estado de 2016, Michel Temer instituiu blacklists na distribuição de recursos publicitários, destruiu a política de mídia técnica e passou, indiretamente, a comprar consciências, o que, a meu ver, constitui crime contra a administração pública. Só foram contemplados com anúncios federais os veículos que aceitaram participar da fraude contra a democracia. Como não nos rendemos ao golpe, fomos discriminados nas blacklists da era Temer/Bolsonaro, mas é melhor estar em paz com a consciência do que viver numa gaiola dourada de um projeto que provocou fome e destruição nacional.

 

Na disputa pelo passe de Jânio de Freitas

Portal dos Jornalistas – J&Cia soube que o 247 entrou na parada para a contratação do Jânio de Freitas, tão logo ele foi demitido da Folha. Mas ele, ao final, acabou fechando com o Poder 360. Pode falar um pouco sobre essa negociação e mesmo sobre a importância do Jânio de Freitas ir para um veículo digital?

Attuch – Fizemos uma proposta a ele, para que se juntasse ao nosso time de grandes jornalistas, mas ele aceitou uma outra oferta e respeitamos sua decisão. Sobre a importância de ir para um veículo digital, eu diria que só existem veículos digitais. Os digitais que ainda têm edições impressas mantêm as mesmas para iludir o mercado com uma falsa ideia de influência, como se o papel ainda fosse símbolo de poder. Os leitores dos veículos impressos também estão quase que exclusivamente no digital.

Portal dos Jornalistas – Pode falar um pouco sobre os planos futuros do 247? Tem novidades a caminho?

Attuch – Nosso projeto é seguir contemplando a nossa comunidade de leitores e telespectadores com jornalismo de alta qualidade e seguir contribuindo para a formação de uma consciência democrática no Brasil e também para a formação de consensos em torno de questões como o desenvolvimento econômico e a soberania nacional. Já temos o site, a TV e talvez passemos a organizar grandes conferências nos próximos anos.

Portal dos Jornalistas – Para finalizar, queria que você comentasse o impacto do 247 na sua vida. Valeu a pena ter apostado num empreendimento ousado num tempo de incertezas?

Attuch – Quando eu olho para trás e vejo tudo o que construímos até aqui, formando a melhor equipe de jornalistas da imprensa brasileira, e o conselho editorial mais qualificado do Brasil, só tenho motivos para agradecer.

 

Confira o novo expediente do Brasil 247

Diretor-presidente: Leonardo Attuch

Diretor de Redação: Florestan Fernandes Júnior

Diretor Institucional: Mario Vitor Santos

Conselho Editorial: Celso Antônio Bandeira de Mello, Celso Amorim (licenciado), Carol Proner (licenciada), Marco Aurélio de Carvalho, Marcia Tiburi, Aloizio Mercadante (licenciado), Luiz Carlos Bresser Pereira, Florestan Fernandes Júnior, Jessé Souza, Mario Vitor Santos, Vilma Reis, Felipe Coutinho, Ferréz, Paulo Moreira Leite e Leonardo Attuch

Secretário de Redação e Direção Nordeste: Aquiles Lins

Direção da TV 247: Rodrigo Vianna

Coordenação da TV 247: Dayane Santos

Repórter Especial e Documentarista: Joaquim de Carvalho

Sucursal Brasília: Luís Costa Pinto (diretor), Helena Chagas (editora especial) e Tereza Cruvinel (editora especial)

Sucursal Rio de Janeiro: Hildegard Angel, Marcelo Auler, Regina Zappa, Denise Assis, André Constantine, Dafne Ashton, Ricardo Nêggo Tom, Miguel Paiva, Renato Aroeira e Nando Motta

Âncoras da TV 247: Rodrigo Vianna, Dayane Santos e Gustavo Conde

Coordenação do Cortes 247: Heberth Xavier

Comentaristas e Colunistas: Tereza Cruvinel, Paulo Moreira Leite, Alex Solnik, Helena Chagas, Hildegard Angel, Florestan Fernandes Júnior, Denise Assis, Regina Zappa, José Reinaldo Carvalho, Marcelo Auler, Leonardo Stoppa, Miguel Paiva, Mario Vitor Santos e Moisés Mendes

Editores Executivos: Guilherme Levorato e Leonardo Sobreira

Editores e Repórteres: Dayane Santos, José Reinaldo Carvalho, Paulo Emílio Gonçalves, Leonardo Lucena, Laís Gouveia, Juca Simonard, Camila França e Guilherme Paladino

Apresentadores da TV 247: Dafne Ashton, Andrea Trus, Sara Goes, Miguel Paiva, Regina Zappa, Sarah Wagner York, Valéria Marchi e Ricardo Nêggo Tom

Comentaristas da TV 247: André Constantine, Brian Mier, Nathalia Urban, Jeferson Miola, Lejeune Mirhan e Cesar Calejon

Chargistas: Carlos Latuff, Miguel Paiva, Nando Motta e Renato Aroeira

Edição de Arte: Ana Pupulin, Felipe Gonçalves e Thiago Monteiro

Moderação de Comentários: Rita Candeu

Diretor de Tecnologia e Monetização: Nicolas Iwashita

Programação: Thiago Monteiro

Administração e Finanças: André Barbugiani, Elaine Martins e Elizabete Souza

Email de contato: contato@brasil247.com.br


Morre Pierre Beltrand, aos 93 anos, no Pará

Morre Pierre Beltrand, aos 93 anos, no Pará

Morreu nessa quarta-feira (25/1) Ubiratan de Aguiar, conhecido como Pierre Beltrand, aos 93 anos, no Pará. A causa da morte não foi divulgada. Pioneiro do colunismo social no estado, dedicou 75 anos de sua vida ao jornalismo.

Ubiratan adotou o pseudônimo de Pierre Beltrand para se proteger de repercussões de notas polêmicas que publicava, como traição de casais e brigas de famílias. Trabalhou em TV Marajoara, TV Liberal e nos jornais O Estado do Pará, A Província do Pará, O Liberal e Amazônia.

Pierre era um imortal da Academia Paraense de Letras e foi um dos fundadores do Sindicato dos Jornalistas no Pará. Era também advogado. O velório foi realizado na capela Max Domini, em Belém.

Partida de Jacinda Ardern joga luz sobre assédio e representação de mulheres na mídia

Jacinda e o companheiro Clarke Gayford

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Jacinda Ardern, ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, virou uma queridinha global, elogiada pela condução da crise da Covid, pela resposta ao massacre de Christchurch e pela coragem de dar à luz enquanto estava no cargo.

Mas a chamada Jacindamania cobrou seu preço, como cobra de tantas mulheres em posições de destaque: ao anunciar a renúncia, ela disse “não ter mais combustível”.

Ardern não detalhou o que esvaziou o tanque. Houve especulações sobre queda de popularidade e risco de uma derrota eleitoral.

Pode até ser. Mas não se pode ignorar a influência das mídias, tanto a tradicional como as redes sociais.

Segundo a imprensa neozelandesa, ameaças contra ela quase triplicaram em três anos. Pelo menos oito se transformaram em investigações policiais.

Na despedida, Ardern salientou que assédio e abuso não foram fatores determinantes para a decisão. Mas até seu substituto, Chris Hipkins, disse que o abuso foi “abominável”.

Jacinda Ardern não é inexperiente. Em 2001, obteve um bacharelado em Estudos de Comunicação com especialização em política e relações públicas. Foi consultora no gabinete do primeiro-ministro britânico Tony Blair. Seu companheiro, Clarke Gayford, é apresentador de rádio e TV.

Jacinda e o companheiro Clarke Gayford

Um de seus momentos inesquecíveis foi a reação calma quando um terremoto fez tremer a terra no momento em que dava uma entrevista coletiva.

Mas preparo e experiência não foram suficientes para neutralizar o impacto do que ela enfrentou. Além de discurso de ódio e misoginia, Jacinda Ardern tornou-se exemplo dos problemas de representação de mulheres na mídia, anônimas ou famosas.

Em novembro, em encontro bilateral com a primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, um repórter indagou se o motivo da reunião era o fato de as duas serem da mesma idade e terem muito em comum.

Ardern rebateu questionando sobre se a mesma pergunta tinha sido feita quando Barack Obama, então presidente dos EUA, visitou seu colega neozelandês, Jonh Kau. Ambos tinham a mesma idade. Marin arrematou, dizendo que estavam se encontrando porque as duas eram primeiras-ministras.

Por trás da elegância na resposta a perguntas infelizes, as mágoas se acumulam, porque ninguém − da primeira-ministra famosa à jornalista foca diante de um entrevistado importante ou à jovem executiva que discorda de subordinados homens − fica insensível ao constatar que ao quebrar o teto de cristal muitas vezes os cacos voam e ferem.

A cobertura da imprensa sobre a saída de Jacinda Ardern está cheia de sugestões de fraqueza para encarar obstáculos associadas ao fato de ela ser mulher.

Esta semana, a BBC teve que se desculpar pelo título de um artigo sobre a renúncia da primeira-ministra, revelador do sexismo a que mulheres na política, nas corporações, na ciência e no jornalismo ainda são submetidas: “Jacinda Ardern renuncia: as mulheres podem realmente ter tudo?”.

Deveriam poder, mas algumas desistem, e isso não é apenas por abuso nas redes sociais. A mídia tradicional tem seu quinhão de culpa.

Muitos atribuem o olhar sexista da mídia ao predomínio de homens em cargos de chefia nas redações, mas pode ser mais do que isso.

O artigo da BBC foi escrito por uma jornalista, Tessa Wong, mas não se sabe se ela também foi autora do título. De qualquer forma, o contexto era o questionamento sobre a possibilidade de conciliar carreira e família, e veio de uma mulher.

O que levou à renúncia de Jacinda Ardern − ou que pode ter contribuído para ela − e o ângulo pelo qual a decisão foi abordada indica que ainda há um longo caminho a percorrer na representação de mulheres.

Para quem duvida: esta semana, Sanna Marin teve novamente que contornar perguntas sobre impacto de sua idade e sexo no posto de primeira-ministra em pleno Fórum Econômico de Davos.

Depois de longa insistência do jornalista Fareed Zakaria, que tem um programa na CNN e uma coluna no Washington Post, ela declarou: “Em todas as posições em que já estive, meu gênero sempre foi o ponto de partida − o fato de ser uma jovem mulher. Espero que um dia isso não seja um problema, que essa pergunta não seja feita”. Todas esperam.


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Começa a Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação

Começa a Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação

Começou em 23/1 a Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação, que será publicada na edição 2023 do Anuário da Comunicação Corporativa, em maio próximo. É a partir dela que são construídos o Ranking das Agências de Comunicação e os indicadores setoriais da atividade. Atividade, aliás, que reúne 900 agências no País (censo oficial Abracom/Mega Brasil), emprega mais de 17 mil profissionais e fatura cerca R$ 4 bilhões por ano.

O publisher Eduardo Ribeiro, também diretor deste Portal dos Jornalistas e J&Cia, lembra que “a Pesquisa é aberta a todas as agências do País, tanto às 900 que integram o censo oficial quanto as micro ou informais, que também estão espalhadas por todo o País e que contribuem com o desempenho da atividade no seu conjunto”.

O coordenador do projeto é Maurício Bandeira, diretor do Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas, que destaca, entre as novidades, avanços no mapeamento de questões étnico-raciais, de gênero, de orientação sexual, temas que permitiram mostrar ao mercado de forma gradual o estágio em que as agências se encontram, sobretudo lembrando que muitas delas têm entre seus clientes empresas empenhadas em políticas afirmativas nesses campos.

Aqui o link de acesso à Pesquisa.

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Brasil de Fato comemora 20 anos com documentário e séries

Brasil de Fato comemora 20 anos com documentário e séries

O Brasil de Fato completa 20 anos nesta quarta-feira (25/11). Para celebrar o marco, lançará uma série de reportagens que contam a história da empresa e um documentário sobre a posse de Lula em 2023.

“Nós estamos preparando algumas reportagens retratando não apenas a trajetória do Brasil de Fato, como também o que mudou nesse período no cenário político brasileiro e no mundo de uma forma geral”, explica o editor Glauco Faria. “Também traremos as mudanças na área de comunicação associadas às redefinições feitas no âmbito do próprio projeto do Brasil de Fato, com a criação do CPMídias e adoção de novas linguagens”.

O documentário, que estreia nesta sexta-feira (27/1), apresentará a posse de Lula em 2023 como marco histórico, fazendo um paralelo com o primeiro mandato dele em 2003, ano em que o Brasil de Fato nasceu.

Atualmente, o veículo tem redações em São Paulo, Distrito Federal, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Cerca de 279 rádios e 14 canais de TV reproduzem os programas e matérias da empresa.

E já está no ar uma campanha de financiamento coletivo para apoiar o trabalho do veículo. Confira aqui.

Inscrições abertas para o 35º Troféu HQMIX

Inscrições abertas para o 35º Troféu HQMIX

Estão abertas até 10 de março as inscrições para a 35ª edição do Troféu HQMIX, principal premiação de quadrinhos do Brasil. Podem ser inscritos trabalhos realizados em 2022.

A novidade desta edição é a categoria Mangá e produções correlatas, que acompanha uma tendência do mercado e de editoras em publicar o gênero, além do interesse do público nesse tipo de conteúdo.

É possível inscrever uma mesma obra em várias categorias. A taxa de inscrição é de R$ 20 por categoria. São 28 categorias abertas à votação popular, além de outras especiais, cujos vencedores serão escolhidos pela Comissão Organizadora, e acadêmicas, avaliadas pela Comissão Acadêmica do prêmio.

A obra vencedora em cada categoria receberá um único Troféu HQMIX, mesmo se tiver mais de um autor. A entrega dos prêmios será realizada em evento próprio, cujas data e local ainda serão divulgados. Mais informações e inscrições aqui.

O Troféu HQMIX foi criado em 1988, por José Alberto Lovreto (JAL) e Gualberto Costa, no programa TV MIX, da TV Gazeta. O prêmio foi apadrinhado pelo então apresentador do programa, Serginho Groisman. A votação nacional é feita por desenhistas de HQs e Humor Gráfico, por meio da Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB) e do Instituto Memorial das Artes Gráficas do Brasil (Imag).

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