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quarta-feira, julho 9, 2025

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Instagram, BLM e o poder das imagens para a mobilização por justiça social

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Mais associado a temas leves e ao mundo feliz das celebridades promovendo viagens e produtos de luxo, o Instagram não costuma ser visto como uma plataforma de mídia social apropriada para assuntos hard news.

No entanto, um estudo feito pela USC (University of Southern California) demonstrou que a rede social teve um papel vital em uma das maiores mobilizações sociais recentes, o movimento Black Lives Matter, graças ao poder das imagens que são a sua base.

Além de consagrar o Instagram como rede que pode ser mais do que a favorita de marcas e influenciadores profissionais, o estudo coloca também em pauta o papel do jornalismo tradicional e do Twitter, visto como a plataforma número um para questões sociais.

O poder mobilizador de vídeos e fotos no Instagram no caso George Floyd dá vida nova à antiga frase “uma imagem vale mais do que mil palavras”.

O estudo da USC, publicado no periódico científico PLOS One em dezembro passado, analisou mais de 1,1 milhão de postagens e 1,6 milhão de fotos no Instagram publicadas em um período de 30 dias após o assassinato de Floyd com a hashtag #JusticeForGeorgeFloyd.

Os pesquisadores concluíram que fotos e vídeos foram os principais responsáveis por amplificar as conversas online sobre direitos civis, impulsionando atos como as marchas do movimento Black Lives Matter e o debate público sobre racismo.

Jornalistas independentes, ativistas, artistas e grupos de memes estavam entre os muitos formadores de opinião que emergiram durante os protestos graças a conteúdos visuais que se tornaram virais, diz o estudo.

Segundo os pesquisadores, isso contrasta com plataformas baseadas em texto como o Twitter, nas quais vozes com poder institucional (como políticos, mídia tradicional ou departamentos de polícia) controlam o fluxo de informações.

Houve também uma mudança de enfoque. Para os autores, a nova onda de líderes de opinião que floresceu no Instagram após o assassinato de Floyd ajudou a reformular as narrativas ao postar imagens que retratavam os protestos como memoriais em vez de tumultos, como são tradicionalmente enquadrados pela mídia tradicional.

E representavam os manifestantes como pessoas que sofriam, e não como arruaceiros.

Para quem tem saudades dos velhos tempos do Twitter, o estudo acentua o poder das imagens para engajar a sociedade em causas, o que a rede hoje controlada por Elon Musk fez em seus primeiros anos de vida, quando era menos dominada por fontes institucionais.

E tomando como exemplo a morte de George Floyd, o estudo da USC levanta ressalvas sobre o impacto da cobertura de protestos pela mídia tradicional, visto que criadores de conteúdo, jornalistas independentes e usuários comuns foram os reais responsáveis por levar as pessoas às ruas.

Cena da morte de George Floyd

É interessante recordar as imagens que desencadearam o BLM, provocando uma tomada de consciência sobre racismo estrutural, colonialismo e escravidão em todo o mundo, não foram feitas por um cinegrafista profissional.

O assassinato poderia ter sido mais um entre tantos episódios de violência policial contra negros nos EUA se Darnella Frazier, de 17 anos, não tivesse usado seu celular para documentar o policial branco com o joelho sobre o pescoço de Floyd, postando o vídeo chocante no Facebook.

Exemplo do jornalismo-cidadão, Frazier foi homenageada pelo mais importante prêmio de imprensa do mundo, o Pulitzer.

Darnella Frazier e seu prêmio

Em 2021, ela recebeu uma homenagem especial na série anual de premiações da entidade, justificada como reconhecimento do papel dos cidadãos na busca do jornalismo por justiça e verdade.

Embora as grandes empresas de mídia social recriminadas pela proliferação de discurso de ódio e fake news em suas plataformas, estudos como esses confirmam o valor da tecnologia que deu voz a pessoas comuns e onde há censura sobre meios de comunicação tradicionais.

Ou em situações em que o jornalismo tradicional não percebe tão rapidamente para onde os ventos da mudança estão soprando.


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Inscrições para 2º Prêmio Megafone terminam nesta sexta-feira (17/2)

Inscrições para 2º Prêmio Megafone terminam nesta sexta-feira (17/2)

Termina nesta sexta-feira (17/2) o prazo de inscrições para o 2º Prêmio Megafone, que valoriza iniciativas voltadas ao ativismo. A premiação inclui a categoria Reportagem de Mídia Independente.

Podem ser inscritos trabalhos jornalísticos que abordem a realidade social ou socioambiental brasileira, publicados em 2022, em algum veículo de mídia independente. Serão aceitas reportagens em formato escrito, audiovisual, podcast, entre outros.

Os critérios de avaliação são: impacto na causa ao qual o ativismo se dirige e no debate público sobre o tema; criatividade na transmissão da mensagem; e coerência em relação ao tema abordado. Os vencedores serão revelados em março, em cerimônia online. Cada um receberá pelo correio um megafone customizado e um troféu.

Mais informações e inscrições aqui.

Dia do Repórter: Repórter é tudo

Por Osvaldo Rodrigues Filho*

Osvaldo Rodrigues Filho

Este não é um texto produzido pelo ChatGPT. Talvez esse mecanismo de inteligência artificial esteja dizendo isto, quem sabe? Aí que está o desafio do repórter, inerente à profissão, que é ter credibilidade. Só a consegue quem assina embaixo do que escreve e, caso divulgue informação errada, admita e corrija o erro cometido. Fake News, expressão disseminada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em seus delirantes tempos de Casa Branca, não é coisa nova.

Na história, o jornalismo está repleto de publicações mentirosas, distorções de acontecimentos, abordagens intencionalmente erradas, omissões de fatos e dados, manipulações grotescas e reportagens criminosas. O ingrediente que fez pesar este cardápio foi a tecnologia digital. Com a chegada da internet no início dos anos 1990, mais precisamente da world wide web, a www, a comunicação virou de ponta-cabeça várias vezes. Os referenciais do jornalismo começaram, então, a ser trucidados. Como? Velocidade e ubiquidade, ou seja, a capacidade de instantaneamente se estar em todos os lugares ao mesmo tempo, tornaram-se a tônica do processo de apuração e publicação de notícias.

Imagine que delícia, apertar um botão do seu computador e, no mesmo instante, centenas, milhares, milhões de pessoas lerem o que você escreveu. Impossível um jornalista não se apaixonar por esse poder. Acontece que tudo o que chega fácil some mais depressa ainda, não demorou muito para nós descobrirmos a mão dupla dessa via. Essa mesma tecnologia permitiu a todos publicarem o que quisessem para as mesmas centenas, milhares, milhões de pessoas, nos trazendo para a era da participação total da população no jornalismo, um sistema de carta do leitor nunca imaginado.

Rapidamente, as empresas jornalísticas passaram a oferecer links para comentários, fóruns de discussão e e-mails para falar diretamente com o seu público. Isso é muito bom, informação para todos é condição básica de qualquer sociedade desenvolvida e civilizada, assim como ouvir as demandas daqueles que o leem, ouvem e veem é extremamente saudável para qualquer jornal, portal de notícias, canal do YouTube, rádio, emissora de TV e por aí vai. O problema é que essa facilidade toda também serviu aos mal-intencionados.

É aí que está a chave para essa questão. A disciplina da verificação é a alma do trabalho jornalístico. Não se publica algo, qualquer que seja a informação, sem a devida checagem e antes de ouvir o contraditório. É assim que deve trabalhar um repórter, não vou nem dizer bom repórter porque quem não age assim não pode ser chamado como tal. No bom jornalismo, essa é a postura dos profissionais com comportamento ético e uma profunda consciência de classe e de seu papel perante a sociedade. É isso o que procuramos ensinar no curso de jornalismo da Universidade São Judas. Ser repórter é algo maravilhoso. Não há ChatGPT que o substitua.


(*) Este artigo é de Osvaldo Rodrigues Filho, jornalista e coordenador de Comunicação e Artes da Universidade São Judas campus Mooca.

Em novo episódio, #diversifica foca pluralidade em agências de comunicação

Evidenciando agências de comunicação que nascem com o objetivo de serem mais plurais Luana Ibelli conversa com Ellen Bileski e Sheila Farah.
Evidenciando agências de comunicação que nascem com o objetivo de serem mais plurais Luana Ibelli conversa com Ellen Bileski e Sheila Farah.

Para evidenciar agências de comunicação que nascem com o objetivo de serem mais plurais, contrariando o modelo predominante de trabalho homogêneo, no terceiro episódio do #diversifica Luana Ibelli conversa com Ellen Bileski, CEO e fundadora da Ecomunica, e com Sheila Farah, diretora executiva de diversidade, equidade e inclusão do Grupo In Press.

Com o tema Práticas DEI, os episódios dessa segunda temporada estão disponíveis no canal do Portal dos Jornalistas no YouTube e no Spotify,

O videocast, que faz parte do projeto multimídia produzido pelo hub de Diversidade, Equidade & Inclusão (DEI) da Jornalistas Editora, que publica o Portal dos Jornalistas e este Jornalistas&Cia, reúne profissionais do jornalismo e da comunicação para discutir a diversidade nas redações e as iniciativas que agem para que o campo da comunicação seja cada vez mais inclusivo.

Imprensa Automotiva abre série dos +Admirados 2023

Com vocês os +Admirados da Imprensa Automotiva 2023

Tem início nesta quinta-feira (16/2) o primeiro turno da eleição dos +Admirados da Imprensa Automotiva 2023. Ela abre o ano da série +Admirados da Imprensa, promovida por Jornalistas&Cia e Portal dos Jornalistas desde 2014, e que neste ano contará também com edições para reconhecer o trabalho de jornalistas e publicações das áreas de Agronegócio; Saúde, Ciência e Bem Estar; Tecnologia; e Economia, Negócios e Finanças.

Com os patrocínios de Bosch, General Motors e Honda, e apoios da Volkswagen e VWCO, a eleição reconhecerá os jornalistas e publicações mais admirados da imprensa automotiva brasileira em 12 categorias: Jornalista – GeralJornalista – Duas Rodas e Jornalista – Veículos ComerciaisColunistaInfluenciador DigitalÁudio (Podcast)Áudio (Rádio), Jornal, Revista, Site, Vídeo (Canal/Redes Sociais) e Vídeo (Programa de TV).

O formato da eleição seguirá o mesmo adotado nos anos anteriores, em duas fases, com o primeiro turno de livre indicações e o segundo direcionado, em que concorrerão os nomes mais lembrados na primeira fase. A votação do primeiro turno vai até 2 de março e a cerimônia de premiação está prevista para 24 de abril, em São Paulo.

Categoria especial

Uma das principais novidades desta edição é o retorno da categoria Projeto Especial, dedicada a reconhecer uma iniciativa inovadora criada por profissionais ou publicações do setor.

Podem concorrer projetos lançados entre janeiro de 2022 e fevereiro de 2023 que tenham trazido algum impacto positivo para o trabalho jornalístico, envolvendo, entre outras, questões como aumento de engajamento ou receita, desenvolvimento e diversificação de modelos de negócios, combate à desinformação, aumento na confiança no jornalismo, alcance de novos públicos, melhoria na eficiência do fluxo de trabalho.

Para concorrer nesta categoria basta acessar o link e incluir um breve relato sobre o trabalho, com resultados obtidos nesse período.

Comitê para Proteção de Jornalistas cria guia com programas de assistência jurídica à imprensa

Entidades repudiam decisão que remove conteúdo de Aos Fatos

O Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ) lançou um guia que lista uma série de iniciativas e programas de assistência jurídica a jornalistas no Brasil, com o objetivo de ajudar profissionais que estão sofrendo ataques ou assédio judicial relacionados ao exercício da profissão.

Os programas atuam em diversas frentes, como monitoramento de ataques, assistência jurídica, fornecimento de fundos de emergência para apoio psicossocial, assistência prisional, entre outros.

Entra as iniciativas listadas estão o Programa de Proteção Legal para Jornalistas, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji); a Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores, coordenada pelo Instituto Vladimir Herzog e pela Artigo 19; e o Projeto “Cala Boca Já Morreu” (CBJM), do Instituto Vero.

Sobre o tema, a Abraji lembra que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), apresentada pela própria entidade, que solicita maior proteção para casos de assédio judicial contra jornalistas.

Acesse o guia aqui.

Observatório da Violência contra Jornalistas e Comunicadores estabelece sistemática de atuação

Observatório da Violência contra Jornalistas e Comunicadores estabelece sistemática de atuação

Reunido pela primeira vez em 8/2, na capital do País, o Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas e Comunicadores já recebeu as primeiras denúncias de ataques contra jornalistas. Participaram do encontro entidades de defesa do jornalismo e da liberdade de imprensa, além de órgãos do Poder Judiciário. Anunciado no início do ano por Flávio Dino, titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), o Observatório será coordenado pela Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), tendo à frente o advogado Augusto de Arruda Botelho, secretário nacional de Justiça.

Durante o encontro, que ocorreu em formato híbrido, as entidades entregaram dossiê sobre os 45 casos de violência contra jornalistas ocorridos em apenas quatro dias no País, de 8 a 11 de janeiro, período em que houve os ataques em Brasília, seguidos do desmonte dos acampamentos de apoiadores do ex-presidente Bolsonaro diante de quartéis militares. As organizações também entregaram um documento com propostas para a atuação do Observatório. A maioria delas foi incorporada na estrutura pensada pela Senajus.

Para Samira de Castro, presidente da Fenaj, a reunião foi positiva, tendo desdobramentos concretos, como a sistemática de atuação do Observatório, a deliberação para criação de um banco nacional de dados, e o compromisso na apuração célere dos ataques de 8 de janeiro.

Ajor e Repórter Brasil lançam guia de financiamento para jornalismo digital

Ajor e Repórter Brasil lançam guia de financiamento para jornalismo digital

A Associação de Jornalismo Digital e a Repórter Brasil lançaram o Guia básico de financiamento do jornalismo digital brasileiro, que tem o objetivo de ajudar organizações jornalísticas a atraírem investidores e criarem laços com entidades filantrópicas.

O guia, gratuito e aberto a todos os interessados, traz dicas para veículos conseguirem financiamento para novos produtos ou diferentes fontes de receita. A iniciativa foca em um tipo de receita: doações feitas por organizações filantrópicas por meio de editais, na qual os veículos são convidados a apresentar projetos, normalmente com prazo, valor e formato determinados.

Natalia Silva, responsável pela pesquisa do guia, entrevistou profissionais que gerenciam programas de financiamento de projetos jornalísticos e fundadores de startups de mídia, que forneceram dicas sobre como encontrar financiadores.

O guia está dividido em sete grandes tópicos: noções iniciais, como encontrar o financiador ideal, quem são eles e onde estão, o que fazer antes de procurar financiadores (preparação e planejamento), os caminhos até o financiamento, como apresentar bem o seu projeto para um potencial financiador e como manter uma boa relação com o financiador.

Além de dicas de especialistas, institutos, fundações e ONGs, o guia traz um mapeamento de 38 organizações que têm potencial para financiar projetos jornalísticos, separadas por temas como meio ambiente, direitos humanos, equidade de gênero, entre outros.

Acesse o guia aqui.

Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas pede mais transparência em gastos de cartão corporativo

Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas pede mais transparência em gastos de cartão corporativo

O Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas encaminhou na semana passada um ofício solicitando mais transparência, melhorias na gestão e disponibilização das notas fiscais referentes ao Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF), ou cartão corporativo. O documento foi enviado para a Casa Civil, a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal.

O ofício foi feito após a obtenção, via Lei de Acesso à Informação, das notas fiscais referentes aos gastos do cartão corporativo durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os documentos foram disponibilizados para o público pela agência Fiquem Sabendo.

Essas notas ainda não foram digitalizadas, e isso foi um dos problemas destacados no ofício. Essa não digitalização faz com que parte das notas se perca, inviabilizando ou dificultando a leitura por parte da sociedade. O ofício pede a digitalização de todos os comprovantes, e a sua disponibilização no Portal da Transparência do Governo Federal. O ofício pede também critérios mais aprimorados para a imposição de sigilo sobre o cartão corporativo, a catalogação das despesas, entre outros.

Nessa quarta-feira (15/2), às 11h, a coalizão responsável pelo ofício realizará no Twitter a campanha #EuQueroANota, para pressionar o governo a disponibilizar as notas fiscais do CPGF.

Maurício Oliveira lança a primeira biografia de Pelé após a morte

O jornalista e escritor Maurício Oliveira, autor de mais de 30 livros e especialista em temas históricos, lançou Pelé, O Rei Visto de Perto (Matrix Editora), primeira biografia do rei do futebol após sua morte.

Na obra, o autor relembra a trajetória de Pelé, destacando impressões e lembranças pessoais dos contatos que teve com ele. Além de destacar o legado do rei, o livro tem o objetivo de mostrar aos leitores quem foi Edson Arantes do Nascimento, o Dico, o ser humano por trás da lenda, do jogador.

Maurício traz trechos inéditos de uma entrevista que fez com Pelé em 2013. Ele conversou também com pessoas ligadas ao rei. Pelé falou sobre a relação com as filhas fora do casamento, e os motivos para não ter contato com uma delas; quando treinou sem parar até aprender a usar ambas as pernas, dica de seu pai, Dondinho; quando ganhou uma bola e no mesmo dia pegou catapora e chorou abraçado ao presente por uma semana, até se recuperar; entre outros assuntos.

“Eu disse que, quando as pessoas sabiam que eu iria encontrá-lo, sempre mandavam um abraço pro Pelé”, escreveu Maurício em uma das passagens do livro. “‘Não me pergunte como, mas até o Biro-Biro!’, completei, sorrindo. A resposta dele, em tom melancólico, me surpreendeu: – Pois é. Pro Pelé todo mundo manda abraço, mas pro Edson ninguém manda. Evidenciava-se, assim, a faceta dramática da célebre cisão de si mesmo em duas personas”.

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