A Justiça de São Paulo condenou a empresa Libbs Farmacêutica a pagar uma indenização de R$ 1,2 milhão a Paula e Rafael Boechat, filhos do jornalista Ricardo Boechat, morto em um acidente de helicóptero em 2019. O profissional tinha sido contratado pela indústria farmacêutica para fazer uma palestra no hotel Royal Palm Plaza, em Campinas.

Boechat voltava do evento de helicóptero quando a aeronave caiu sobre uma carreta na rodovia Anhanguera. O piloto Ronaldo Quattrucci também morreu. Na ação, os filhos do jornalista acusam a Libbs Farmacêutica de não ter cumprido a obrigação contratual de garantir o transporte seguro do jornalista. A empresa responsável pelo helicóptero não tinha autorização da Anac para realizar transporte de passageiros.

Segundo os advogados dos filhos de Boechat, “a queda do helicóptero foi causada por uma combinação de fatores: contratação de empresa e aeronave não autorizadas ao transporte de passageiros; falhas de manutenção do helicóptero; erros de avaliação por parte do condutor. Todos esses fatos somados foram causas determinantes da morte de Ricardo Boechat”.

A Libbs defendeu-se das acusações, dizendo que não foi responsável pelo transporte de Boechat e que não contratou a transportadora, pois toda a organização do evento foi feita pela empresa Zum Brasil.

Porém, o juiz Dimitrios Zarvos Varellis não aceitou o argumento, e disse que, a partir do momento em que a Libbs assumiu a responsabilidade pelo transporte do jornalista, a empresa tinha a obrigação de se certificar da melhor escolha possível da transportadora, o que não ocorreu: “A empresa é uma gigante da área farmacêutica nacional, e, portanto, tinha totais condições de acompanhar mais de perto o processo de contratação da transportadora”.

A Libbs ainda pode recorrer da decisão.

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