A Associação Brasileira de Franchising (ABF) abriu, até 31/3, as inscrições para a 28ª edição do Prêmio ABF Destaque Franchising 2023.
A Associação Brasileira de Franchising (ABF) abriu, até 31/3, as inscrições para a 28ª edição do Prêmio ABF Destaque Franchising 2023. Com quatro categorias − Franqueado do Ano; José Lamônica de Jornalismo; Sustentabilidade; e Educação −, o regulamento para submissão de cases em cada subcategoria pode ser acessado através do site.
Neste ano, a entidade anunciou uma alteração importante na categoria de Jornalismo, que foi rebatizada de José Lamônica, em homenagem ao publisher, parceiro da entidade e incentivador do setor de franquias brasileiro, José Lamônica, falecido em 2022.
Tom Moreira Leite, presidente da ABF, ressaltou que o Prêmio ABF Destaque Franchising é “o principal reconhecimento do setor de franquias brasileiro, que superou no ano passado os R$ 211 bilhões de faturamento, com mais de 1,5 milhão de empregos diretos. A entidade busca reconhecer seus stakeholders, cases, boas práticas de gestão que promovem um franchising mais íntegro e democrático”.
Ao suspender o apresentador Gary Lineker por um tuíte criticando a política do governo britânico para refugiados, a BBC calculou mal o tamanho da simpatia pelo ex-craque da seleção inglesa e da tolerância com atos vistos como censura.
Lineker despertou fúria do Partido Conservador ao escrever que a linguagem usada no projeto de lei enviado ao Parlamento seguia o estilo adotado na Alemanha nazista.
Colegas do jornalismo esportivo, convidados habituais do programa, políticos de oposição e celebridades entraram em campo. O que se viu foi uma goleada de críticas e um boicote que praticamente paralisou a cobertura esportiva do fim de semana.
Nessa segunda-feira (13/3), o diretor-geral Tim Davie e Lineker anunciaram a paz, resultado de um acordo visto como capitulação. A analogia com o placar de um jogo − Lineker 1 x 0 BBC − virou clichê na mídia britânica.
Lineker nem tinha voltado ao ar e já tuitava novamente sobre refugiados, mantendo a bola da controvérsia em campo.
Gary Lineker (reprodução BBC Sports)
O caso abriu debates sobre questões importantes: imparcialidade da imprensa, independência do jornalismo de serviço público, influência de governos na mídia e o uso de redes sociais por figuras que representam companhias.
Essas questões não se restringem à BBC ou ao Reino Unido.
Nesse caso em particular, a BBC virou vidraça no início do governo de Boris Johnson, insatisfeito com o que julgava uma cobertura tendenciosa do então encrencado Brexit, ameaçado por movimentos em favor de um novo plebiscito.
Johnson ganhou de lavada as eleições gerais de 2019, que o entronizaram no cargo herdado com a renúncia de Theresa May. Mas ficou a mágoa com a BBC, traduzida em comentários regulares sobre a perda de imparcialidade, nomeações questionadas e interferências no modelo de negócio, reduzindo as receitas que levaram a rede a demitir e a cortar programação.
Como tantos políticos, Johnson e seus aliados não gostam de críticas. Mas seu escopo de interferência é menor na mídia privada, que em geral não depende de propaganda governamental para sobreviver e seus dirigentes não são nomeados pelo governo.
Estrategicamente, interferências e reclamações contra a BBC não são associadas ao desconforto com a cobertura negativa, o que seria visto como censura. A narrativa é a imparcialidade esperada de uma empresa pública, que estaria em falta por lá.
O problema é definir imparcialidade. Há quem defenda o chamado bothsidesism, que garante espaço igual para opiniões opostas. Outros acreditam que não se pode dar espaço igual quando se trata de posições preconceituosas, nocivas à sociedade ou simplesmente erradas, como a noção de que o aquecimento global não existe.
Para políticos, críticas são desagradáveis, e tendem a ser tratadas como defesa do outro lado do espectro. O curioso no caso da BBC, como observou o ex-chanceler britânico Philip Hammond em uma entrevista sobre a crise, é que a rede é criticada pela esquerda e pela direita, um bom sinal.
Mas a mudança é visível no jornalismo da rede. A impressão atual é de que todos estão pisando em ovos, evitando temas polêmicos que irritem o governo e atraiam mais problemas. Quem perde com o chilling effect é a sociedade.
Outra bola dividida da crise é o uso de mídias sociais por pessoas que representam empresas, um problema que afeta qualquer corporação.
Gary Lineker expressou sua posição na conta pessoal e não no programa esportivo, que nem é vinculado ao jornalismo.
Ainda assim levou cartão, com base na política de mídias sociais aplicável a jornalistas, que gera desconforto entre profissionais de imprensa. Alguns que deixaram a BBC recentemente apontaram com um dos motivos a falta de liberdade de expressão.
Tim Davie anunciou uma revisão na política, a ser conduzida de forma independente. O modelo que a BBC encontrar para equilibrar liberdade de expressão e alinhamento ao discurso corporativo pode servir como inspiração para outras companhias. Se é que ela vai encontrar.
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A Justiça de São Paulo condenou a empresa Libbs Farmacêutica a pagar uma indenização de R$ 1,2 milhão a Paula e Rafael Boechat, filhos do jornalista Ricardo Boechat, morto em um acidente de helicóptero em 2019. O profissional tinha sido contratado pela indústria farmacêutica para fazer uma palestra no hotel Royal Palm Plaza, em Campinas.
Boechat voltava do evento de helicóptero quando a aeronave caiu sobre uma carreta na rodovia Anhanguera. O piloto Ronaldo Quattrucci também morreu. Na ação, os filhos do jornalista acusam a Libbs Farmacêutica de não ter cumprido a obrigação contratual de garantir o transporte seguro do jornalista. A empresa responsável pelo helicóptero não tinha autorização da Anac para realizar transporte de passageiros.
Segundo os advogados dos filhos de Boechat, “a queda do helicóptero foi causada por uma combinação de fatores: contratação de empresa e aeronave não autorizadas ao transporte de passageiros; falhas de manutenção do helicóptero; erros de avaliação por parte do condutor. Todos esses fatos somados foram causas determinantes da morte de Ricardo Boechat”.
A Libbs defendeu-se das acusações, dizendo que não foi responsável pelo transporte de Boechat e que não contratou a transportadora, pois toda a organização do evento foi feita pela empresa Zum Brasil.
Porém, o juiz Dimitrios Zarvos Varellis não aceitou o argumento, e disse que, a partir do momento em que a Libbs assumiu a responsabilidade pelo transporte do jornalista, a empresa tinha a obrigação de se certificar da melhor escolha possível da transportadora, o que não ocorreu: “A empresa é uma gigante da área farmacêutica nacional, e, portanto, tinha totais condições de acompanhar mais de perto o processo de contratação da transportadora”.
Entidades defensoras do jornalismo e da liberdade de imprensa repudiaram os ataques a Aluízio Palmar, editor do site Documentos Revelados e presidente do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu.
Aluízio publicou na segunda-feira (13/3) uma matéria intitulada Tipos de tortura usados durante a ditadura militar. Na seção de comentários do texto, um homem chamado André Matias Miguel escreveu que as torturas “deveriam sim continuar e serem mais fortes”, e desejou a morte da ex-presidente da República, Dilma Rousseff.
Aluízio respondeu ao comentário, repudiando o que havia sido escrito. Na sequência, André ameaçou o editor do site, dizendo que ele deveria encontrá-lo pessoalmente e “falar isso tudo na cara dele”, e que Aluízio “desejaria a morte” quando isso acontecesse.
O site Documentos Revelados tem o objetivo de não só falar sobre a ditadura militar, mas facilitar o acesso a arquivos históricos do período. O próprio Aluízio tem um acervo de mais de 80 mil documentos sobre a ditadura militar e a resistência ao regime, e há anos luta pela preservação da memória das vítimas do período. É também autor do livro Onde foi que vocês enterraram nossos mortos?, de 2019.
Em nota, a o Sindicato dos Jornalistas do Paraná (SindijorPR), o Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná (Sindijor Norte PR) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiaram as ameaças e cobraram “atitudes das autoridades para que as ameaças direcionadas a Palmar não sigam impunes e, ainda, quanto à preservação de sua integridade”.
No dia em que completa 12 anos de sua fundação, a Agência Pública anuncia novidades. A primeira delas é a oficialização de sua sucursal em Brasília, que será chefiada por Thiago Domenici a partir de abril. Editor, repórter e um dos diretores da Pública, Thiago irá chefiar uma equipe de seis repórteres: Anna Beatriz Anjos, Alice Maciel, Caio de Freitas Paes, Laura Scofield, Rubens Valente e Yolanda Pires.
“Com a nova sucursal, pretendemos dinamizar a investigação de assuntos da política nacional e tratar de temas que ainda passam ao largo da cobertura política tradicional em Brasília, como direitos humanos, desigualdade de gênero e questões socioambientais”, explica a diretora de Comunicação Marina Dias. “A Pública seguirá produzindo jornalismo investigativo, aprofundado e em defesa dos direitos humanos, mas agora, além de produzir reportagens em campo, a partir de diferentes lugares do país, marcará presença na capital federal, para seguir de perto as decisões políticas que influenciam a vida das pessoas. Além disso, vamos acompanhar e cobrar a inclusão prometida pelo governo Lula de novos atores e grupos sociais na política. Como sempre, a cobertura da Pública será feita a partir do ponto de vista da população”.
A outra novidade fica por conta da chegada de Giovana Girardi, referência na cobertura da crise climática, que será coordenadora da cobertura socioambiental, um dos principais temas da casa. Giovana é repórter especializada no tema desde 2002, com passagem pelo Estadão, revista Unesp Ciência, Folha de S.Paulo, e revistas Scientific American e Galileu.
No ano passado, Giovana lançou o podcast Tempo Quente, produzido pela Rádio Novelo, que investigou as forças políticas e econômicas que ganham com a inação do Brasil em relação ao desmatamento e às mudanças climáticas. Ela ficará baseada na redação em São Paulo, e contará com o apoio de repórteres em São Paulo e Brasília, como é o caso de Anna Beatriz Anjos, que cobriu as duas últimas Conferências do Clima da ONU pela Pública.
“O aumento dos casos de eventos extremos pelo país, a necessidade urgente de nos adaptarmos, as pressões internas e externas pra combatermos o desmatamento, conservar e ao mesmo tempo desenvolver populações que estão à margem fazem desses temas os mais preementes da nossa época”, alerta Giovana. “Tô ansiosa pra me debruçar sobre os desafios de contar a história do que, provavelmente, é o maior problema que temos a enfrentar como humanidade. Ao mesmo tempo em que ainda temos de aprender a combater as forças que estão ganhando com a inação e com uma máquina cada vez mais forte a desinformação”.
A integração entre as equipes ficará a cargo de Bruno Fonseca, que foi promovido a chefe de redação em São Paulo. Bruno está na casa desde 2013 e já passou pelos cargos de repórter multimídia, editor de dados e editor.
Organizações da sociedade civil assinaram nota conjunta em que repudiam e demonstram preocupação com os seis processos judiciais movidos contra a repórter Schirlei Alves, que escreveu sobre o julgamento do caso Mariana Ferrer.
Em 2020, quando trabalhava no Intercept Brasil, Schirlei revelou detalhes da audiência do caso. Mariana Ferrer é uma influenciadora que afirmou ter sido estuprada pelo empresário André de Camargo Aranha em um beach club de luxo em Florianópolis, em 2018. Ele foi inocentado das acusações pois, segundo o promotor responsável pelo caso, não havia como o empresário saber que Mariana não estava em condições de consentir a relação, e, portanto, não houve intenção de estuprar, uma espécie de “estupro culposo”.
Schirlei mostrou detalhes da audiência, além da forma como Mariana foi tratada, exposta e humilhada durante o julgamento. Após a publicação da matéria, a repórter foi vítima de ataques virtuais na internet. Quem está processando Schirlei são justamente os personagens envolvidos na reportagem: o advogado do empresário acusado pelo estupro, o promotor de Justiça que atuou no caso e o juiz que deu a sentença final.
Para as entidades, os processos judiciais caracterizam-se como uma espécie de cerco judicial e uma forma de intimidar jornalistas, e destacam a importância da reportagem de Schirlei para que o caso ganhasse repercussão nacional: “Foi a partir da reportagem de Schirlei Alves que o caso foi amplamente debatido e culminou na aprovação da Lei Federal nº 14.425/2021, conhecida como Lei Mariana Ferrer, que protege vítimas e testemunhas de crimes sexuais no contexto de julgamentos”.
A nota ressalta ainda que a “conduta do juiz e do promotor do caso ainda está sob análise dos respectivos órgãos disciplinares de suas categorias, o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional do Ministério Público”, e que “ambos buscam inverter os polos, colocando-se na posição de vítimas do jornalismo”.
A edição impressa de O Fluminense deixou de circular em 31 de janeiro. Houve negociações para que o site mantivesse a atualização, mas as promessas não foram cumpridas. Assim, O Fluminense online continuou a ser parcialmente atualizado até 4 de março. Depois disso, os funcionários cruzaram os braços, nas palavras de Ancelmo Gois.
Não houve comunicado oficial de que o jornal seria descontinuado, ninguém conversou com os colaboradores. Nenhum deles foi dispensado; saíram os que pediram demissão. Os que permanecem, na maioria, têm muito tempo de casa e, portanto, muito a perder. Mário Souza, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado, foi acionado e, em resposta, ficou de convidar os diretores do jornal para uma reunião de esclarecimentos.
Em 2019, um grupo investidor, atuante nos ramos imobiliário e administrador de shopping centers, adquiriu o jornal do então detentor Alberto Torres. Nesses quatro anos, funcionários alegam que não eram pagos integralmente, mas em parcelas no decorrer de cada mês e, quando o mês terminava, costumava faltar alguma coisa. Nos últimos três meses, esse procedimento se acentuou.
Fundado em Niterói em 1878, por militares, como um jornal de classificados, O Fluminense expandiu-se depois que Torres o assumiu, em 1954, e administrou-o até sua morte, em 1998. Ele investiu no parque gráfico e acrescentou ao grupo editorial, nos anos 1980, a Rádio Fluminense FM, conhecida como A maldita, por privilegiar o rock feito no Brasil e lançar inúmeras bandas de sucesso. São 144 anos de história, coberturas importantes, e abrigo a textos de nomes significativos na imprensa e na literatura, como Euclides da Cunha, Olavo Bilac, Rubem Braga e Marco Lucchesi.
Gilson Monteiro, em seu blog Niterói de Verdade, o define: “O Fluminense sempre foi uma espécie de faculdade prática de jornalistas, formando uma geração de profissionais que ocuparam e ocupam até hoje posições de destaque nos jornais, rádios e TVs de todo o Brasil”. Isso é verdade. Jornalistas&Cia conheceu um antigo diretor do jornal que afirmava que O Fluminense recrutava jovens recém-formados, treinava-os e, quando estavam prontos, era como se os colocasse numa prateleira para que os grandes concorrentes do Rio fossem buscá-los, oferecendo melhores salários e oportunidades.
A edição 2022 do Anuário da Comunicação Corporativa, lançada em maio do ano passado pela Mega Brasil, atingiu no início desta semana o recorde histórico de audiência para uma publicação especializada na atividade: 310 mil visualizações em dez meses, segundo dados do Google Analytics.
“É um desempenho que confirma ser o Anuário atualmente uma das principais referências editoriais da comunicação corporativa no Brasil”, diz o publisherEduardo Ribeiro, lembrando que a publicação mantém um fluxo de consultas permanentes, com picos motivados por ações nas redes sociais, tanto por parte da Mega Brasil quanto dos apoiadores e fontes da publicação.
Marco Rossi, diretor-geral da Mega Brasil, enfatiza a presença do Anuário nos negócios setoriais: “Hoje dificilmente se faz no Brasil uma concorrência para a compra de serviços de comunicação corporativa sem uma consulta à publicação, ao Ranking das Agências, aos conteúdos mostrados, e também para uma avaliação de quais são as empresas protagonistas dessa atividade. O Anuário, nesse sentido, transformou-se na principal vitrine de negócios da comunicação corporativa do País”.
Carros-chefes do Anuário, o Ranking das Agências de Comunicação e os indicadores setoriais são uma construção conjunta da Mega Brasil com o Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas, dirigido por Maurício Bandeira. São 13 anos monitorando e analisando o desempenho das agências de comunicação em vetores de mercado, como faturamento, investimentos, nível de emprego, rentabilidade, perfil de atuação, entre vários outros. Bandeira, que tem uma visão privilegiada dessa jornada, por acompanhá-la desde o início, diz que o Anuário, com suas pesquisas, vem comprovando o avanço sistemático e relevante das agências de comunicação no Brasil, e, mais do que isso, a capacitação técnica e de gestão dos empresários do setor: “Nesse trabalho, tem sido possível mostrar que a comunicação corporativa é hoje de fato uma atividade com grande contribuição para o PIB do País, para a geração de empregos, para o pagamento de impostos e para o próprio desenvolvimento da cadeia profissional, hoje muito mais ampliada do que 15, 20 anos atrás. Uma prova inequívoca da maturidade empresarial do segmento”.
Audiência da Edição 2022 do Anuário da Comunicação Corporativa
Vem aí a edição 2023
Nesta semana, a Mega Brasil inicia a produção da edição 2023 do Anuário, que terá seu lançamento digital em 16 de maio. Perto de 80 organizações já confirmaram apoio publicitário à publicação e 222, à Pesquisa com Agências de Comunicação. Além disso, o Anuário conta desde o seu lançamento com o apoio institucional da Aberje e da Abracom.
A equipe editorial, que já está em campo para as várias reportagens que comporão a pauta da edição 2023, é liderada pela editora executiva Adriana Teixeira e conta com os repórteres editores Carlos Carvalho, Cristina Vaz de Carvalho, Dario Palhares, Fernando Soares, Luana Ibelli, Martha Funke, Maysa Penna e Renato Acciarto; e com o designerNilson Santos, da Ponto & Letra.
A direção comercial é de Célia Radzvilaviez, que dá o recado: “Temos ainda alguns dias, não muitos, para incluir novas marcas no projeto. Quem tiver interesse é só mandar mensagem para o e-mail celiar@megabrasil.com.br”.
A Globo demitiu nesta terça-feira (14/3) o narrador esportivo Jota Júnior após 24 anos de casa. A saída do profissional foi lamentada nos bastidores por colegas de trabalho.
“No mês em que completo 24 anos de casa, estou deixando o SporTV. Acabo de ser comunicado da demissão”, escreveu o narrador nas redes sociais. “É virar a página e seguir de cabeça erguida, como faço na profissão há mais de cinco décadas. Agradeço a todos que me acompanharam esse tempo todo. E que outras portas se abram”.
Jota chegou à Globo em 1999, atuando no SporTV como um dos principais narradores do canal. Narrou jogos das Copas de 2010 na África do Sul e de 2014 no Brasil, além de amistosos da seleção brasileira. Também comandou transmissões de jogos da Superliga de vôlei. Em 2014, narrou partidas do Brasil no Campeonato Mundial de Voleibol Feminino na Itália. Nos últimos anos, narrou jogos de times paulistas e da segunda divisão do Campeonato Brasileiro.
Antes da Globo, Jota trabalhou na Bandeirantes e fez parte da equipe do Show do Esporte nos anos 1980. Na emissora, narrou jogos das Copas do Mundo de 1986 no México, 1990 na Itália, 1994 nos Estados Unidos e 1998 na França.
A Polícia Civil da Bahia está investigando quatro casos de desvio de doações feitas via PIX à Record da Bahia/TV Itapoan, aplicados por jornalistas da emissora. Segundo o Notícias da TV, o esquema envolvia pelo menos um repórter e um editor, que foi demitido no último final de semana após confessar envolvimento.
Os golpes foram aplicados entre setembro do ano passado e janeiro deste ano, durante o programa Balanço Geral Bahia. O esquema desviou pelo menos R$ 800 mil. A emissora está realizando uma investigação interna, que ainda não foi concluída, para identificar todos os envolvidos.
O Balanço Geral Bahia exibiu casos dramáticos, como o de uma menina com câncer ou de um vencedor de milho que perdeu tudo após ter sua casa arrombada. O programa exibiu na tela chaves PIX para os telespectadores fazerem doações e ajudarem os envolvidos, mas o dinheiro não chegava até eles.
Segundo o Notícias da TV, as chaves PIX que apareciam na tela não estavam ligadas às pessoas das reportagens. Na verdade, elas foram criadas pelo editor do programa envolvido no esquema, que era um intermediário para o recebimento do dinheiro. No caso do vendedor de milho, estima-se que R$ 15 mil foram desviados.
No caso da menina com câncer, cerca de R$ 70 mil em doações foram desviados pelo golpe. Ela acabou morrendo sem receber o tratamento.
O estopim para o início das investigações ocorreu em fevereiro, quando o jogador de futebol Anderson Talisca fez uma doação de R$ 70 mil para a criança com câncer, mas foi informado de que o dinheiro não foi repassado. Talisca e seu empresário entraram em contato com José Eduardo Bocão, apresentador do Balanço Geral Bahia, para falar sobre o golpe. Bocão repassou as denúncias para a direção da Record.
Até o momento, segundo o Notícias da TV, além do editor demitido após confessar envolvimento no esquema, dois repórteres estão sendo investigados. A diretoria da Record em São Paulo ordenou que os envolvidos devem ser demitidos por justa causa, sem direitos trabalhistas.
A empresa emitiu um comunicado sobre o caso: “Assim que recebeu as denúncias, a RecordTV Itapoan apura os fatos e tomará todas as medidas legais cabíveis para o caso”. A Polícia Civil da Bahia informou que está investigando o caso. José Eduardo, diretores e produtores do Balanço Geral devem prestar depoimento nos próximos dias para a apuração do crime de estelionato.
José Eduardo disse ao Notícias da TV que se sente traído: “A decepção é gigante. Sempre trabalhei com a verdade, com a justiça social, com as pessoas. Na minha vida, eu vim para uma missão. Essa missão eu encontrei na Record. Centenas e centenas de pessoas eu dei a mão, eu ajudei com a RecordTV Itapoan e São Paulo. Já vai para 16 anos aqui dentro. Eu vou para a guerra. Eu vou fazer mais ainda, eu vou ajudar as pessoas ainda mais. O que eu puder fazer, vou fazer pelo povo. Que a Record e a polícia encontrem os culpados e que eles paguem pelo que fizeram, mas bem longe de mim”.