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sexta-feira, maio 16, 2025

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Opinião: MP altera regras do Marco Civil da Internet – Pode isso, Arnaldo?

* Por Marcio Lamonica

Por meio de uma Medida Provisória – tratada usualmente como MP – a Presidência da República alterou substancialmente o Marco Civil da Internet e também a Lei de Direitos Autorais, especialmente quanto às políticas e procedimentos que tratam do controle, cancelamento e suspensão de conteúdos publicados, por exemplo, nas redes sociais.

Trata-se da MP 1.068/2021, inclusive arrisco dizer que será tema de acirrada discussão e debate por especialistas e também objeto de questionamento no Poder Judiciário. Já existem notícias de algumas ações diretas de inconstitucionalidade ajuizadas a menos de 24 horas da publicação da MP, ou seja, o assunto vai ferver no STF.

Qualquer norma que revele indícios de motivação ideológica (independentemente do lado da mesa que você esteja sentado), deve ser fortemente criticada e abolida.

O processo legislativo não serve – ou pelo menos não poderia servir – de palco para discussões acaloradas de defensores da esquerda ou da direita. Confesso que nos dias atuais não saberia dizer o que realmente é “ser de esquerda” ou “ser de direita”.

Infelizmente, o momento político atual do Brasil caminha, a nosso ver, a passos largos ao irracionalismo, muito próximo de uma caricata discussão de almoço familiar de domingo, tantas vezes tema de seriados cômicos de muito sucesso no passado.

Voltando ao tema da MP 1.068/21, o primeiro comentário a ser feito envolve uma questão técnica formal: O assunto tratado se enquadra nas hipóteses do art. 62 da Constituição Federal do Brasil. Assim, é o caso de relevância e urgência que permita o Presidente da República em exercício adotar um comando com força de Lei produzindo efeitos jurídicos imediatos?

O uso de MP pelo Presidente da República deveria ser exceção à regra do processo legislativo “normal”, quando um vereador, deputado ou senador eleito pelo povo, propõem projeto de lei e submetem ao processo legislativo de aprovação estabelecido pelo sistema.

O site oficial do Congresso Nacional contém uma explicação muito bem detalhada sobre o processo de tramitação de uma MP (https://www.congressonacional.leg.br/materias/medidas- provisorias/entenda-a-tramitacao-da-medida-provisoria).

Resumidamente:

  1. Uma MP editada pelo Presidente da República produz efeitos jurídicos imediatos à sua publicação no Diário oficial por 60 dias, podendo ser prorrogado pelo mesmo período caso não tenha sua votação concluída nas duas Casas do Congresso Nacional;
  2. Se não for apreciada em até 45 dias contados da sua publicação no Diário Oficial, entra em regime de urgência sobrestando todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando (Câmara dos Deputados ou Senado Federal);
  3. A MP é votada no Plenário da Câmara dos Deputados com maioria simples. Rejeitada, a matéria tem a sua vigência e tramitação encerradas e é arquivada. Se aprovada é remetida ao Senado Federal;
  4. No Senado Federal a MP é aprovada ou rejeitada também por maioria simples. Novamente, se rejeitada a matéria tem sua vigência e tramitação encerradas e é arquivada. Se aprovada na íntegra, a MP é enviada à promulgação e se torna lei. Caso seja aprovada com emendas, a matéria retorna à Câmara dos Deputados, que deliberará, exclusivamente, sobre as emendas.

Feitas essas considerações técnicas, passemos a discutir o conteúdo da MP 1.608/21 propriamente dito.

O Marco Civil da Internet carregou amplo (e demorado) debate no legislativo com a participação da sociedade, sobre vários temas relacionados à propagação de conteúdo nos meios eletrônicos, com atribuição de responsabilidade pelos possíveis danos causados pelo mau uso.

Qualquer norma, a rigor, pode ser alterada e revisada no decorrer do tempo. É assim que deve funcionar o sistema idealizado. As normas devem ser um reflexo atualizado das necessidades da Sociedade Civil. No ambiente virtual, as mudanças são ainda mais rápidas e desafiadoras.

Isso não se discute. Não é esse o ponto!

Mediante o emprego de critérios subjetivos, a MP 1.068/21 criou um rol taxativo de hipóteses tidas como “justa causa” para moderação dos conteúdos publicados no ambiente virtual. Isso está retratado nos artigos 8-A, 8-B e 8-C introduzidos no Marco Civil da Internet.

Pela redação da MP, a exclusão, o cancelamento ou a suspensão, total ou parcial, de serviços e funcionalidades da conta ou do perfil (conceito de moderação) somente podem ser feitos mediante justa causa e motivação.

O controle deve existir e isso é fundamental para a subsistência do ambiente virtual harmonioso. A tal “justa causa” e motivação não são os focos das críticas. A preocupação aqui é o efeito colateral da criação de critérios rígidos de controle de conteúdo sob a pseuda preservação incondicionada dos aclamados e fundamentais direito de expressão, comunicação e manifestação de pensamento.

O uso mal intencionado do ambiente virtual sem a possibilidade eficaz de controle e moderação também deve ser combatido.

Esse é o ponto que deve ser objeto de reflexão, o resto é discussão política ideológica que muitos já não aguentam mais ouvir e ler.


* Marcio Lamonica é sócio do FAS Advogados

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal dos Jornalistas.

Repórter Brasil completa 20 anos

Repórter Brasil completa 20 anos

A ONG Repórter Brasil, especializada em direitos humanos, trabalho escravo e investigações, completa em outubro 20 anos de existência. A agência consolidou-se como referência de informações sobre direitos humanos com reportagens investigativas, documentários, parcerias com veículos nacionais e internacionais, e prêmios/reconhecimentos que valorizam o seu trabalho.

A Repórter Brasil tem quatro núcleos principais: Jornalismo, Documentário, Investigação e Educação. O braço de Jornalismo refere-se à agência de notícias, com reportagens investigativas, e grandes matérias de profundidade sobre os mais diversos temas envolvendo direitos humanos.

Desde 2006, o núcleo de Documentário produz longas metragens sobre trabalho escravo, trabalhadores em frigoríficos, construção de hidrelétricas, entre outros, que já receberam diversos prêmios em festivais nacionais e internacionais.

Outro braço importante da Repórter Brasil é o de Investigação, responsável pela pesquisa de campo e pela produção de relatórios sobre atores econômicos mostrando como mercadorias fabricadas com trabalho escravo, tráfico de humanos, trabalho infantil ou desmatamento chegam ao mercado nacional e internacional. Os relatórios produzidos pela ONG nos últimos 18 anos fomentaram a formação de políticas nos setores produtivo, bancário e financeiro.

O quarto núcleo é o de Educação, que promove cursos e programas como o Escravo, nem pensar!, sobre a prevenção do trabalho escravo, e o Vaza, Falsiane!, sobre combate à desinformação.

Em entrevista à LatAm Journalism Review (LJR), Ana Magalhães, coordenadora de Jornalismo da Repórter Brasil, disse que esta divisão por núcleos é algo raro no Brasil, mas comum em outros países: “Acho que esse é outro pioneirismo da Repórter Brasil”.

Leonardo Sakamoto, diretor-geral da ONG, conta que, no começo, eles não tinham dinheiro e percorriam horas de ônibus para fazer as reportagens: “A gente não tinha grana no começo, avião na época era caro. Então a gente ia de ônibus. Fui fazer matéria no interior de Alagoas e foram 48 horas. Outra no interior do Amapá que deu 53 horas de ônibus até Belém, mais 18 de lancha rápida, mais horas até o interior do Amapá. E por aí vai”.

Em 2001, a equipe era formada por dez jovens profissionais, a maioria jornalistas, que tinham o objetivo de “trazer à tona a voz daquelas pessoas que não conseguiam ter suas histórias contadas publicamente”. Eles ofereciam as reportagens para meios parceiros, mas nem sempre conseguiam vender o material. Atualmente, a equipe conta com 25 profissionais.

Prêmio C6 de Jornalismo recebe inscrições até 30 de novembro

Prêmio C6 de Jornalismo recebe inscrições até 30 de novembro

Estão abertas até 30 de novembro as inscrições para o 3º Prêmio C6 de Jornalismo, que valoriza trabalhos que abordem cidadania financeira e finanças pessoais.

São duas categorias: uma engloba reportagens publicadas em veículos impressos ou online, e a outra é voltada para conteúdos veiculados em podcasts, rádios, TV ou YouTube. O vencedor de cada categoria receberá R$ 15 mil. Cada profissional pode inscrever até três trabalhos.

Os conteúdos serão julgados com base em didatismo, relevância, qualidade do texto e ineditismo. Os três finalistas de cada categoria serão anunciados em 10 de janeiro de 2022, e os vencedores, em 31 de janeiro. Inscrições aqui.

Evaristo Costa descobre que foi demitido da CNN ao voltar de férias

O apresentador Evaristo Costa compartilhou em suas redes sociais que foi demitido da CNN Brasil. Ao voltar de férias, no começo de setembro, assistiu à chamada de programação, e percebeu que o CNN Séries Originais, programa que apresentava, não estava presente. Ao ligar para a emissora, foi informado de que a empresa não tinha mais interesse em seus serviços.

“Liguei pra saber o motivo e fui informado que ele (o programa) havia sido retirado da grade e que a empresa não tinha mais interesse nos meus serviços”, escreveu o apresentador no Twitter. “É do jogo! ‘Seja feita vossa vontade’”. Em 3 de setembro, a CNN comunicou a rescisão do contrato de Evaristo, sob a justificativa de “mudanças na grade de programação”.

Segundo apuração do UOL, o apresentador e a emissora ainda estão acertando detalhes financeiros da rescisão. Evaristo considerou a postura da CNN como “deselegante”, e a surpresa com o cancelamento afastou qualquer possibilidade de um novo projeto na própria emissora.

Nas redes sociais, Evaristo recebeu apoio de colegas da área. O apresentador colocou-se à disposição do mercado: “O pai tá on”, escreveu no Twitter e no Instagram.

Bruno Paes Manso: “República das Milícias ajuda a gente a se olhar como sociedade”

Bruno Paes Manso: “República das Milícias ajuda a gente a se olhar como sociedade”

O Portal dos Jornalistas conversou com Bruno Paes Manso, autor do livro A República das Milícias, sobre o novo podcast de mesmo nome que aborda o funcionamento das milícias no Rio de Janeiro. A produção, semanal, foi feita em parceria com a Radio Novelo, e o segundo episódio já está no ar.

Bruno, que apresenta o podcast, falou sobre o processo de criação e produção, como foi feita a adaptação de uma obra escrita para o formato em áudio, a característica cinematográfica e imagética da produção, efeitos sonoros, e a importância dos podcasts.

Confira a seguir a entrevista:

Portal dos JornalistasComo foi o processo de produção?

Bruno Paes Manso: O processo de produção especificamente para esse formato levou em torno de oito meses. Fizemos novas pesquisas, novas entrevistas, viagens para o Rio e estamos finalizando os episódios agora. Mas podemos dizer que, no geral, levou uns dois anos, já que as pesquisas para o livro que o originou tiveram início em 2019. Apesar de ser um assunto sobre o qual eu me debruço há algum tempo, esse novo mergulho me trouxe outros olhares. E está, de certa forma, acrescentando ao podcast muita coisa que no livro tinha passado. Então, encontrar outros personagens para entrevistar, preencher algumas lacunas, tem sido muito empolgante em diversos sentidos.

Portal − Como foi feita essa adaptação de conteúdo escrito para áudio?  

Bruno − Tenho dois grandes roteiristas ao meu lado e tivemos que repensar tudo absolutamente do zero. Como a gente contaria a história, respeitando o arco narrativo do livro, mas criando um outro que funcionasse mais com o áudio. Fico muito impressionado com a qualidade, com a preocupação deles de amarrar uma linha com a outra, cada fala, para manter o ritmo da história. É um quebra-cabeças incrível.

Portal − De que forma esse roteiro mais cinematográfico foi elaborado?

Bruno − Tem sido um desafio construir um roteiro com essa linguagem mais imagética e, ao mesmo tempo, conseguir áudios para que as pessoas sintam-se mais próximas e mais presentes daquilo que estou contando. A condução fica mais por conta de Vitor Hugo Brandalise e Aurélio de Aragão, e eu faço as minhas contribuições. 

Fico sempre muito impressionado com o trabalho que eles estão fazendo, com a qualidade e com a preocupação de amarrar uma história com a outra, uma linha com a outra, cada fala sempre muito bem encaixada, para que se mantenha o ritmo da história. Acho que o República ganhou muito com esse estilo de roteiro muito bem desenhado e com o poder de criar um clímax ao final de cada episódio, evoluindo e gerando expectativa para o seguinte.

Portal − Como foi feita a escolha dos efeitos sonoros/músicas?

Bruno − A trilha foi pensada e feita por Pedro Leal David (responsável pela música original e identidade sonora). A gente primeiro discutiu o caminho, pois precisava de um certo peso, somado a uma certa ginga. Chegamos a referências como O Rappa e Planet Hemp. Outra intenção foi a de passar uma sonoridade meio mística, um som inspirado em bandas como Tincoans, que traz elementos do Candomblé. Também apareceram sons urbanos, típicos da própria cidade, como de tiros, do trânsito, de passarinhos, tudo junto e misturado.

Portal − Sobre o tema do livro, qual foi a maior dificuldade que você encontrou para escrever?

Bruno − É sempre delicado falar de temas que são considerados tabu, que são censurados pela lei do silêncio. Há a preocupação com a integridade dos entrevistados, que revelam histórias pessoais e que às vezes podem se voltar contra eles próprios. Outro desafio foi o de contar uma história que desse sentido a quase 50 anos de acontecimentos acumulados, escolher as histórias e os personagens mais relevantes para dar sentido a essa trama.

Portal − Para você, qual é a importância dessa produção?

Bruno − Acho que levar as pessoas a refletirem sobre uma realidade que estamos vivendo e que precisa ser mudada. Se não compreendemos o que estamos vivendo, nosso cotidiano, fingimos que não existe e ele não muda. É como o processo de terapia: se você não olha para dentro e não assume seus conflitos, seus ódios, seus podres, você não amadurece. Então, é para que ajude a gente a se olhar como sociedade, para que, com consciência desses desafios, a gente se transforme.  

Portal − Você teria mais algum fato/curiosidade que julga interessante para compartilhar conosco? 

Bruno − Minha mãe é do Rio e toda a família por parte dela também. Ela morreu quando eu tinha cinco anos de idade, mas minha avó morava no Jardim Botânico e eu ia de uma a duas vezes por ano para lá. O Rio sempre foi emocionalmente muito forte para mim. Assim, além da questão social e política da cidade, de alguma forma também envolve uma questão emocional e pessoal de voltar, encarar, revisitar e aprender com a cidade.

CNN Brasil lança marca CNN Soft e novos programas

CNN Brasil lança marca CNN Soft e novos programas

A CNN Brasil lançou a marca CNN Soft, voltada para a produção de conteúdo de entretenimento e soft news. O projeto englobará programas novos e já existentes da CNN Brasil, com programação exclusiva centrada na grade de final de semana.

Mari Palma e Phelipe Siani comandam o programa Em Alta CNN, que aborda os principais conteúdos disponíveis nas principais plataformas de streaming de áudio de vídeo. A advogada Gabriela Prioli estará à frente do programa de entrevistas À Prioli, que tem o objetivo de mostrar lados desconhecidos de celebridades para os telespectadores. E o filósofo Leandro Karnal passa a apresentar o Universo Karnal, produção que fará reflexões e conexões inusitadas com temas do cotidiano.

A nova marca trará também o primeiro projeto internacional da CNN Brasil, o Entre Mundos. Comandado por Pedro Andrade, o programa está sendo gravado nos Estados Unidos e mostrará o lifestyle de comunidades ao redor do mundo.

Conteúdos já existentes também farão parte da CNN Soft, como CNN Viagem & Gastronomia, com Daniela Filomeno; CNN Sinais Vitais, com o Dr. Roberto Kalil; Produções Especiais, com Glória Vanique; CNN Nosso Mundo, com Luciana Barreto, Lia Bock, Rita Wu e Thais Herédia; e Anthony Bourdain, com André Mifano.

Globo pretende demitir funcionários que se recusarem a tomar a vacina contra a Covid

Globo pretende demitir funcionários que se recusarem a tomar a vacina contra a Covid

A TV Globo anunciou que pretende demitir os funcionários que se recusarem a tomar a vacina contra a Covid-19. Em mensagem compartilhada com seus funcionários, a emissora destacou que a decisão está “alinhada com o que é praticado em diversas empresas”.

Informou, porém, que aqueles que não podem ser vacinados por motivos médicos não correm risco de desligamento. A decisão também será aplicada a estagiários e jovens aprendizes.

A Globo destacou que a vacinação é essencial para preservar a saúde de seus funcionários e colaboradores, e que vai exigir os comprovantes de vacinação.

Confira o comunicado na íntegra:

Em mais de um ano de pandemia, temos aprendido a cada dia sobre formas de prevenção e combate à Covid-19. E este é um aprendizado contínuo. A partir dele, podemos dizer que a aplicação das vacinas é uma estratégia eficaz contra a disseminação do vírus e uma forte aliada para proteção de todos.

Seguindo o compromisso de contribuir para um ambiente seguro para nossas pessoas, informamos que a vacinação contra a covid-19 passa a ser uma condição obrigatória para todos os colaboradores trabalharem na Globo, incluindo estagiários e jovens aprendizes. Com exceção daqueles que não podem ser vacinados por motivos médicos, a não vacinação poderá resultar no desligamento.

A obrigatoriedade da vacina está em linha com a prática de diversas empresas no mercado atualmente, uma vez que a decisão por não se vacinar impacta o coletivo e coloca em risco a saúde dos outros colaboradores.

TSO Brasil é a nova sócia do Acelerados

Gerson Campos e Rubens Barrichello comandam o Acelerados
Gerson Campos e Rubens Barrichello comandam o Acelerados

Empresa de Cacá Clauset adquiriu a participação do ex-apresentador e fundador Cassio Cortes

A TSO Brasil, empresa especializada em eventos automotivos fundada há 20 anos pelo jornalista e piloto Cacá Clauset, é a nova sócia do Acelerados. A entrada se deu após a compra da participação de Cassio Cortes, que havia fundado a marca em 2014 ao lado de Gerson Campos e Rubens Barrichello. Desde julho passado, quando o programa Acelerados trocou o SBT pela Bandeirantes, Cassio não vinha mais dividindo a apresentação da atração.

“A nossa ideia é explorar novas possibilidades na área de eventos, incorporando a força da marca Acelerados”, destaca Cacá. “Somos um grupo apaixonado por carros, motos e qualquer veículo que ande. O Acelerados compartilha dessa mesma paixão. Juntos, poderemos fazer muitas coisas bacanas!”.

Cacá Clauset
Cacá Clauset

Vale lembrar que a TSO Brasil já mantinha há alguns anos parceria com o Acelerados. A empresa foi parceira da marca em projetos como o festival de velocidade FAST, em 2019, e o reality show FAST Driver Brasil, no ano passado.

Originalmente criada para realizar ralis, a TSO logo mudou de rota ao ser convidada para organizar o lançamento de um veículo 4×4. Hoje, com mais de 1.000 eventos realizados, tem entre seus clientes a maioria das montadoras, importadoras e fornecedoras do setor automotivo no País. Oferece ainda serviços de administração de frotas, cursos de direção segura e treinamento para rede de concessionárias. Além de Cacá, são sócios da empresa Daniela Stellmann, Felipe Clauset e Detlef Altwig.

Labaredas em alto-mar

Labaredas em alto-mar

Por Silvio Ribas

Aquela cena me encheu os olhos e jamais abandonou a minha mente. Após 50 minutos cruzando os ares do Atlântico Sul a bordo de um helicóptero ao estilo militar, avistei da janelinha, pipocando lá no horizonte, uma dúzia de labaredas esbeltas e bem afastadas umas das outras, brotando das ondas.

As tochas envoltas por neblina e avistadas após o desparecimento da costa eram a primeira parte visível das plataformas na Bacia de Campos, no norte fluminense, jogando luz sobre o futuro do Brasil. Meu destino ali era a mais nova delas, a P-18, até então maior estrutura semissubmersível do mundo.

À medida que ficava mais perto, a imagem da unidade ancorada no Campo de Marlim mudava, não só para desmentir terraplanistas mas também para descortinar o ousado salto tecnológico realizado por engenheiros brasileiros na exploração eficaz de petróleo e gás em águas ultraprofundas.

Era 22 de abril de 1994. Pelo Diário do Comércio, eu integrava a trupe de 22 repórteres da imprensa mineira convidados pela Petrobras a conhecer o trunfo na conquista das jazidas de hidrocarbonetos. Comigo estavam Jorge Fernando dos Santos (Estado de Minas) e Marili Ribeiro (Guarani FM).

Nosso tour de dia inteiro pelo complexo flutuante começou por Macaé (RJ), onde pernoitamos de véspera. Presenciamos logo o impacto dos negócios da petroleira na cidade que crescia loucamente, como base do transporte aéreo para as suas plataformas e ponto de apoio para as suas equipes.

Em 2010, o aeroporto de Macaé chegou a ser o 15º do País em movimento de aeronaves, superando os de Vitória, Florianópolis e Manaus, e o número um de helicópteros da América Latina, com 150 pousos e decolagens diários, puxados pelas atividades da Petrobras e seus fornecedores no mar.

Como navio de dois cascos de 43,9 metros de altura submergidos, as 12 mil toneladas de aço da P-18 usavam 15 mil toneladas de água como lastro. Suas tubulações pareciam refinaria e seus alojamentos, transatlântico. Ficamos tontos com oscilações no piso, só perceptíveis no líquido do copo.

Montada em Cingapura ao custo de US$ 272 milhões e com um convés de 5,1 mil metros quadrados, a P-18 atingiu em 1997 a capacidade máxima de 100 mil barris diários. Ela recebe óleo com água e gás extraído de 16 poços de até 1.030 metros de profundidade, separa-o e bombeia-o para a terra.

A visita ciceroneada por gente de macacão laranja encerrou com palestra numa cabine sobre a façanha brasileira na indústria petrolífera e a “cobiça das potências internacionais”, uma defesa do status quo estatal. Ganhamos de suvenir uma ampola de óleo bruto – surpreendentemente marrom.

Sequer sonhávamos que, 14 anos depois, Lula bradaria a descoberta das dezenas de bilhões de barris do pré-sal emergidas nas concessões privadas. Muito menos que o “bilhete premiado” levaria à mudança do marco regulatório e ao Petrolão, o escândalo bilionário que vitimou a Petrobras.


Labaredas em alto-mar
Silvio Ribas

A história desta semana é novamente uma colaboração de Silvio Ribas, assessor parlamentar do gabinete do senador Lasier Martins (Podemos-RS).

Nosso estoque do Memórias da Redação acabou. Se você tem alguma história de redação interessante para contar mande para baroncelli@jornalistasecia.com.br.

Nova agência de conteúdo automotivo aposta na força feminina

Karina Simões, Bruna Frazão, Milene Rios e Bia Figueiredo juntaram-se para lançar a agência de conteúdo Forte
Karina Simões, Bruna Frazão, Milene Rios e Bia Figueiredo juntaram-se para lançar a agência de conteúdo Forte

Com o objetivo de explorar e oferecer novos serviços para o mercado de produção de conteúdo, foi lançada no final de agosto a Forte. A nova agência, que terá como foco inicial empresas do setor automotivo, é comandada pelas jornalistas Karina Simões (@ks1951) e Milene Rios (programa Auto Esporte), pela publicitária Bruna Frazão (Ladies Drive Brasil) e pela piloto profissional Bia Figueiredo.

“Nosso objetivo é oferecer conteúdo para as redes e canais oficiais das empresas”, explica Milene. “A ideia é melhorar o que vem sendo feito nos canais das próprias marcas, além de dar a nossa cara a esses projetos. Queremos com isso atingir não apenas os amantes de automóveis, mas também o público em geral, que compra carro por necessidade e que muitas vezes não sabe nem por onde começar”.

Karina Simões, Bruna Frazão, Milene Rios e Bia Figueiredo juntaram-se para lançar a agência de conteúdo Forte
Karina Simões, Bruna Frazão, Milene Rios e Bia Figueiredo juntaram-se para lançar a agência de conteúdo Forte

Dentre os serviços oferecidos estão a criação e produção de conteúdo, roteiros de vídeos, pesquisa e indicações de influencers para campanhas. Uma das principais apostas do projeto é a pluralidade das experiências e carreiras das sócias.

“Serei responsável por gerar conteúdo sob o ponto de vista da funcionalidade do automóvel, realizando leituras práticas do que a máquina é capaz de fornecer ao consumidor”, explica Milene Rios.

“Meu compromisso será dissecar o desempenho dos carros, só que utilizando dados e linguagem que sejam úteis aos consumidores leigos no assunto”, destaca Bia Figueiredo.

“Sou apaixonada por mobilidade e tenho especial interesse em temas como modelos híbridos e elétricos, carros autônomos, conectividade e toda essa parafernália que se renova a cada lançamento”, complementa Bruna Frazão, que será encarregada de destrinchar as novas tecnologias do mundo automotivo.

“Nada me fascina mais do que fazer uma trilha de jipe ou pegar estrada numa moto. Minha missão é ressignificar o prazer da pilotagem”, finaliza Karina, que dará o toque lifestyle ao projeto.

As quatro profissionais seguirão atuando paralelamente em seus trabalhos. Vale destacar que elas somam mais de 200 mil seguidores e cerca de 2,4 milhões de impressões no Instagram. “Imagine juntas”, a propósito, é o lema da nova empresa, explicam elas. Confira o vídeo de lançamento da agência.

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