A XP contratou Vera Brandimarte, ex-diretora de Redação do Valor Econômico, como presidente do Conselho Editorial do InfoMoney. Ela assume a função com o objetivo de ajudar a consolidar o portal de notícias nos próximos anos como o principal do País em investimentos, finanças e negócios.
Com passagens por Gazeta Mercantil, Jornal do Brasil e Estadão, Vera esteve presente no projeto do Valor Econômico desde a fundação, em 2000. Três anos mais tarde assumiu a Direção de Redação e desde então foi responsável por liderar o processo de implantação de um modelo de negócios multiplataforma, como o serviço de tempo real Valor PRO, e os sites Valor Investe e Pipeline.
“Estou muito entusiasmada com a oportunidade de ajudar o InfoMoney, um veículo que já nasceu digital, em sua meta de tornar-se o mais relevante do País nos próximos anos”, destaca Vera. “Estamos no meio da maior transformação do setor de comunicação em mais de 100 anos, mas tenho certeza de que o grande diferencial para o futuro continuará a ser a credibilidade e a qualidade do conteúdo, aliadas cada vez mais à tecnologia e à inovação na forma de conectar-se com a audiência”.
Fundado em 2001, o InfoMoney é especializado em mercados, investimentos e negócios. Segundo o Similarweb, está entre os 15 sites de maior audiência no mundo em sua categoria. Atualmente, alcança em média 10 milhões de usuários únicos por mês e distribui conteúdos para mais de 5 milhões de seguidores em suas redes sociais. Também fazem parte de sua plataforma os podcasts Zero ao Topo e Stock Pickers, este último eleito no ano passado o +Admirado Podcast da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças, em eleição promovida por este Portal dos Jornalistas e pela newsletter Jornalistas&Cia.
“Temos muito orgulho da trajetória do Infomoney até aqui, que nos levou à liderança em conteúdo sobre investimentos e finanças no Brasil”, declarou Sérgio Gwercman, CEO do InfoMoney. “Este é só o começo da transformação que queremos levar para o mercado. Vai ser um privilégio ter a Vera Brandimarte, que é um ícone e referência em qualidade e pioneirismo no jornalismo brasileiro, participando desta jornada ao nosso lado”.
A TV Record anunciou a contratação de reforços para a transmissão dos jogos do Campeonato Paulista de 2022. A emissora venceu a concorrência pela compra dos direitos de transmissão e vai transmitir o torneio até 2026.
Silvio Luiz (esq.), Márcio Canuto e Renato Marsiglia
Silvio Luiz será o narrador das partidas para o digital. Ele retorna à Record após passagem pela emissora na década de 1970 como narrador e diretor de programação. Desde 2009, integrava a equipe esportiva da RedeTV, mas está sem participar de uma transmissão desde 2020, com o início da pandemia de Covid-19.
Outra contratação é a do repórter Márcio Canuto. O jornalista de 75 anos trabalhou no Grupo Globo por 21 anos, cobrindo principalmente esportes e carnaval, e integrou a equipe do SPTV. Está afastado da televisão desde 2019, quando se despediu da emissora carioca.
E a Record contratou também o ex-árbitro Renato Marsiglia, comentarista de arbitragem da Globo de 1998 até 2018. Ele participou do quadro de juízes da Copa do Mundo de 1994.
Além dos três, integrarão a equipe de cobertura Zé Luiz, Roberto Thomé, Bruno Piccinato, Janice de Castro e Rodrigo Hinkel.
Na semana em que duas tragédias foram extensivamente cobertas pela imprensa − o acidente da cantora Marília Mendonça e a morte de oito jovens no show do rapper Travis Scott nos EUA −, a conduta do jornalismo em situações que envolvam vítimas e suas famílias foi objeto de um relatório produzido pelo grupo britânico Survivors Against Terror.
O trabalho é resultado de uma pesquisa feita pela Kantar com feridos em ataques terroristas, testemunhas, parentes de vítimas fatais e de pessoas atingidas.
Embora o foco seja em terrorismo, as sensações compartilhadas pelos entrevistados podem ser aplicadas também a acidentes comuns ou violência urbana. E ajudam pensar nos limites entre informar o público e ferir sentimentos de vítimas ou parentes de quem perdeu a vida. Uma reflexão que repórteres e editores fazem diariamente ao tomar decisões sobre como abordar tragédias.
Os participantes nas entrevistas em profundidade foram selecionados entre pessoas envolvidas em atentados no Reino Unido, como os da Manchester Arena e da London Bridge, no ataque à sala de concertos Bataclan em Paris e em atos terroristas em Tunísia, Bali e Bruxelas.
O nome é sugestivo: A Second Trauma (Um Segundo Trauma), tratando do que a organização classifica como “intrusão da mídia”.
No relatório, o SAT diz reconhecer o papel vital que a imprensa desempenha em manter o público informado sobre o terrorismo e seus impactos. Mas aponta que 59% dos sobreviventes disseram ter sofrido intrusão, importunação, pressão, deturpação e invasão de privacidade.
Quase a metade dos casos aconteceu nas primeiras 24 após o atentado, das mais variadas formas, como abordagem em perfis de redes sociais, na porta de casa, por meio de parentes e até dentro do hospital.
Houve relatos de crianças informadas por jornalistas que familiares foram mortos antes que os pais dessem a notícia. Ou repórteres avisarem equivocadamente a parentes que seus entes queridos estavam vivos.
E em um país conhecido pela agressividade dos tabloides, as críticas não foram somente a eles. Segundo o SAT, o problema é “endêmico”, envolvendo quase todos os jornais e TVs, até a sóbria BBC.
Um participante disse que “o pior eram os freelances”, ávidos por emplacar pautas em grandes jornais e até fingindo trabalhar para eles para arrancar declarações.
Ao descreverem o impacto do assédio, os entrevistados usaram palavras pesadas: assustado, ansioso, furioso, aterrorizado, oprimido, intimidado, traído, vitimizado.
A condenação não é geral: 52% deles relataram experiências positivas com a imprensa. Mas a reprovação é muito alta.
O avião de Marília Mendonça acidentadoTumulto matou oito jovens no show de Travis Scott
Incentivo ao terrorismo
O estudo mostrou ainda que muitos veem com preocupação a forma como o jornalismo cobre os atentados, não apenas pelo impacto pessoal mas também pelos efeitos sobre o crescimento do terrorismo.
Cerca de 90% dos sobreviventes discordam da veiculação de nomes dos terroristas. Mais de 80% dizem que vídeos feitos por eles não deve ser exibidos, mesmo parcialmente. E 98% concordam que “manifestos” não devem ser tornados públicos.
Soluções
O relatório apresenta seis recomendações, incluindo um acordo voluntário para não contatar os enlutados e gravemente feridos pelo menos nas primeiras 48 horas após um ataque. Propõe que fotos de pessoas enlutadas ou feridas não sejam usadas sem permissão de parentes.
Pede a criação de um “centro de apoio aos sobreviventes” e de um sistema para confirmar fatalidades para a mídia apenas depois que as famílias forem informadas. E sugere que os veículos que não sigam as regras sejam banidos de coletivas.
O SAT finaliza com uma mensagem dura para os jornalistas e veículos que cobrem ataques terroristas:
“Claro que existe um legítimo interesse público em tais ataques, mas isso não significa que os sobreviventes devam ser tratados como alimento para jornalistas famintos por notícias.”
As medidas foram apresentadas aos órgãos que regulam a imprensa britânica, e algumas podem até ser incorporadas à prática jornalística. Mesmo que não sejam, o relatório tem o valor de chamar a atenção para algo que nem sempre é percebido na correria da reportagem ou do fechamento.
E é bom lembrar que o tratamento nem sempre justo com quem sofre, sem compaixão ou empatia, não acontece apenas em grandes eventos midiáticos como quedas de avião, catástrofes naturais ou morte de personalidades. Neles, é até possível que haja mais debate interno para avaliar ângulos ou a propriedade de dar uma foto ou forçar uma declaração. O perigo maior pode estar na cobertura de acidentes ou da violência urbana, com pessoas não tão famosas como as vítimas de grandes atentados, mas que sofrem da mesma forma com um tratamento pouco humano da imprensa.
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Vinte e sete organizações da sociedade civil assinaram na segunda-feira (8/11) manifesto contra o uso indevido da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para negar acesso a informações de interesse público. O documento é organizado pelo Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas.
O texto destaca que “a LGPD tem sido utilizada para negar acesso a informações sobre agentes públicos e o exercício de suas atividades, a despeito de, em momento algum, ter sido concebida com esse fim”. Cita, por exemplo, casos recentes como a negativa de acesso a listas de pessoas que circulam em prédios públicos.
As entidades reiteram que tanto o direito à informação como o direito à privacidade devem ser assegurados, mas questões relacionadas à administração pública e aos agentes envolvidos nela são de interesse público e, portanto, não têm relação com intimidade ou vida privada.
As organizações manifestam “preocupação e posição contrária à utilização da LGPD como fundamento para negar ou restringir o direito da sociedade de saber como e por que agem os responsáveis pelo funcionamento da máquina pública”.
Assinam o documento Associação Fiquem Sabendo, Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Agência Livre.jor, Agência Mural de Jornalismo das Periferias, Agência Pública, Agência Tatu, Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Amazônia Real, Artigo 10, Associação Contas Abertas, Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa, Brasil.IO, Conectas Direitos Humanos, Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca), Grupo Matinal Jornalismo, Instituto Beta: Internet & Democracia, Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Inesc, Instituto de Governo Aberto (IGA), Observatório de Cidadania da Universidade Federal de Rondônia, Open Knowledge Brasil, Painel Jornalismo de Dados, Rede Brasileira de Conselhos (RBdC), Rede Nacional de Observatórios de Imprensa (Renoi), SOS Imprensa, Transparência Brasil e Transparência Partidária.
Jornalistas de revistas e jornais da capital paulista paralisarão suas atividades nesta quarta-feira (10/11). O movimento, que terá início às 16h, com duração de duas horas, é uma resposta da categoria ao não atendimento dos pedidos de recomposição salarial, em uma negociação que se estende por mais de cinco meses com os sindicatos patronais.
A decisão veio após assembleia virtual realizada na manhã desta terça-feira (9/11) pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP), encontro que contou com a participação de mais de 250 jornalistas.
Dentre as demandas da categoria, está a recomposição salarial em função da inflação de 8,9%. Na reunião com os sindicatos patronais, realizada um dia antes, o reajuste proposto pelas empresas chegou a esse patamar apenas para salários de até R$ 5 mil. Nas demais escalas o reajuste proposto foi de 6%, para salários de até R$ 7 mil, e de 5%, para vencimentos superiores a esse valor.
“O que a gente está pedindo na verdade é não ter arrocho salarial, não ter perda no nosso poder de compra”, explica Thiago Tanji, presidente do SJSP. “A gente vê o preço do aluguel subindo, o preço da passagem de ônibus, da gasolina e do mercado aumentando muito mais que 8,9%. Por isso o, que a gente reivindica na verdade, é apenas conseguir manter minimamente o nosso poder de compra e que nosso salário não seja corroído pela inflação”.
Segundo Tanji, uma nova contraproposta foi aprovada e enviada às empresas. “Esta primeira paralisação, mesmo que por um período de apenas duas horas, tem uma importância muito grande, pois é algo que há tempos não acontecia em São Paulo. Ela é a prova de que a categoria precisa se unir para conquistar o que é seu de direito”, conclui.
Uma fonte do Portal dos Jornalistas informou que tanto a Folha quanto o Estadão pressionam os editores para que não adiram e que diversos jornalistas estão publicando em seus perfis no Twitter hashtags de apoio ao movimento.
A Câmara Brasileira do Livro (CBL) anunciou nesta terça-feira (9/11) os finalistas da 63ª edição do Prêmio Jabuti, o maior prêmio de literatura do Brasil. São dez finalistas em cada uma das 20 categorias, divididas nos eixos Literatura, Não-ficção, Produção Editorial e Inovação. Neste ano, o prêmio recebeu mais de 3,4 mil inscritos.
O júri que selecionou os finalistas foi composto por especialistas de cada categoria: Marcos Marcionilo, Ana Elisa Ribeiro, Bel Santos-Mayer, Camile Mendrot e Luiz Gonzaga Godoi Trigo. A cerimônia de premiação será em 25 de novembro. Os primeiros colocados receberão o Troféu Jabuti e R$ 5 mil. O vencedor do Livro do Ano, que será revelado nessa data, ganhará R$ 100 mil.
Na categoria Biografia, Documentário e Reportagem, foram selecionados 11 obras:
[…] metade é verdade – Ruth Escobar, de Álvaro Machado; A escravidão contemporânea, de Leonardo Sakamoto; A máquina do ódio, de Patrícia Campos Mello; A república das milícias:Dos esquadrões da morte à era Bolsonaro, de Bruno Paes Manso; Caí na estrada com os Novos Baianos, de Marília Aguiar; Mataram Marielle, de Chico Otavio e Vera Araújo; O Império dos gibis: a incrível história dos quadrinhos da Editora Abril, de Manoel de Souza e Maurício Muniz; Os últimos melhores dias da minha vida, de Anna Penido e Gilberto Dimenstein; Samuel Wainer: O homem que estava lá, de Karla Monteiro; Vala de Perus, uma biografia: como um ossário clandestino foi utilizado para esconder mais de mil vítimas da ditadura, de Camilo Vannuchi; e Vaza Jato : os bastidores das reportagens que sacudiram o Brasil, de Letícia Duarte.
A apresentadora Lilian Ribeiro, da GloboNews, retornou ao programa Em Pauta e contou ao vivo que está enfrentando um câncer de mama. Ela estava afastada do trabalho e voltou nessa segunda-feira (8/11) usando um lenço na cabeça.
“Você deve ter reparado que eu estou com um visual um pouquinho diferente e eu quero muito dividir com você o motivo. No dia 1º de outubro eu fui diagnosticada com câncer de mama”, revelou a jornalista. “É difícil, não é fácil. Estou me tratando, me cuidando. Comecei a fazer quimioterapia e estou me saindo bem, segundo os médicos. Algumas reações são um pouco chatas, mas seguimos em frente. Como boa parte das pessoas que fazem a quimioterapia, perdi os meus cabelos”.
Lilian foi diagnosticada com câncer de mama: “Nesse processo a caminho da cura, eu vou parecer na #GloboNews com um lenço. Mas eu queria muito que esse lenço fosse para você a lembrança, menos da doença que eu estou enfrentando, e muito mais do fato de que eu estou me cuidando”. pic.twitter.com/ZlD60bjXlR
Lilian contou também que trabalhar foi uma orientação médica: “Neste processo a caminho da cura, eu vou aparecer assim na tela da GloboNews. Queria muito que esse lenço fosse uma lembrança do fato que estou fazendo o melhor por mim, e isso inclui estar aqui. Inclusive com a orientação dos meus médicos, que destacaram que estar aqui trabalhando também me ajuda”.
A apresentadora recebeu o carinho de seus colegas da emissora Flávia Oliveira, Gerson Camarotti, Sandra Coutinho, Mônica Waldvoguel, Demétrio Magnoli e André Trigueiro.
Marília Mendonça retratada na exposição Marília Maravilha (Crédito: Thais Linhares)
Em uma parceria com o site Festanejo, a Associação dos Cartunistas do Brasil está lançando a exposição online Marília Maravilha. A ação contará com artes de cartunistas de todo o Brasil e celebra a carreira e o legado de Marília Mendonça, falecida na última sexta-feira (5/11), vítima de um acidente aéreo em Minas Gerais.
Um dos principais nomes do sertanejo atual, Marília ficou conhecida nacionalmente como a “rainha da sofrência”. Nascida em Cristianópolis e criada em Goiânia, a artista começou a cantar na igreja, ainda na infância.
Com 12 anos de idade, ela começou a compor suas próprias músicas e, mais tarde, passou a vender suas composições para artistas de notoriedade nacional. É a autora de hits como “Cuida Bem Dela” (Henrique & Juliano), “Muito Gelo, Pouco Whisky” (Wesley Safadão) e “Calma” (Jorge & Mateus).
Marília Mendonça retratada na exposição Marília Maravilha (Crédito: Thais Linhares)
“Marília Mendonça já havia virado caricatura em nossa exposição do ano passado sobre a música sertaneja”, relembra JAL Lovetro, presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil. “Logo que os cartunistas souberam da triste notícia começaram a publicar em suas redes sociais caricaturas e cartuns sobre a maior cantora da sofrência e do empoderamento das mulheres. Então, aqui fica essa singela homenagem nos traços dos cartunistas brasileiros”.
A Ong Repórteres sem Fronteiras divulgou nesta segunda-feira (8/11) os finalistas do Prêmio RSF de Liberdade de Imprensa de 2021. Jornalistas, publicações, entidades e defensores da liberdade de imprensa em 11 países foram indicados nas três categorias do concurso: Coragem, Impacto e Independência do Jornalismo.
Dentre os selecionados está o The Intercept Brasil, na categoria Impacto, classificado pela investigação da Vaza Jato. A série de reportagens que mostrou mensagens trocadas entre promotores a respeito da Operação Lava Jato, revelou um desrespeito flagrante pela lei brasileira ao provar a parcialidade do juiz Sergio Moro e seu envolvimento na elaboração da acusação.
Durante a divulgação dos conteúdos, a equipe de jornalistas da publicação sofreu diversas ameaças, incluindo de morte ao seu então diretor Glenn Greenwald. Em abril de 2021, o Supremo Tribunal Federal anulou as condenações do ex-presidente Lula, determinando que o juiz Sergio Moro havia sido parcial em seu julgamento.
Na mesma categoria concorrem ainda a Associação de Jornalistas da Bielorrússia, o coletivo independente de pesquisadores Bellingcat, da Holanda, e o Pegasus Project, consórcio internacional que conta com mais de 80 jornalistas, de 17 meios de comunicação de 11 países diferentes.
Os indicados ao prêmio de Coragem são as jornalistas Kay Zon Nway, de Myanmar, e Patricia Devlin, da Irlanda do Norte, a advogada chinesa Zhang Zhan, e o semanário nicaraguense Confidencial; e na categoria Independência concorrem o site de notícias Stand News, de Hong Kong, e os jornalistas Andras Arato (Hungria), Majdoleen Hassona (Palestina), Moussa Aksar (Níger).
“A lista de indicados para a edição de 2021 reflete os desafios enfrentados por jornalistas e meios de comunicação engajados em uma luta comum pela liberdade de informação”, afirma Christophe Deloire, secretário-geral da RSF. “Esses homens, mulheres e veículos lutam com coragem e determinação contra forças que convergem para enfraquecer a independência do jornalismo. Em muitos países, profissionais da informação são com frequência ameaçados, processados ou presos. Meios de comunicação são censurados, estigmatizados, marginalizados, banidos ou fechados. O Prêmio RSF é uma homenagem mas, acima de tudo, um apoio a todos aqueles que encarnam os ideais do jornalismo”.
Desde 1992, o Prêmio RSF incentiva, apoia e recompensa o trabalho de um jornalista ou meio de comunicação que tenha dado uma contribuição significativa para a defesa ou promoção da liberdade de imprensa no mundo. Mais de cinquenta homens, mulheres, redações ou organizações, que têm em comum seu compromisso com o jornalismo, já receberam o prêmio.
O Canal Brasil lançará no ano que vem uma série de ficção chamada Notícias Populares, inspirada na última fase do extinto jornal sensacionalista paulistano de mesmo nome, na década de 1990. A produção é de André Barcinski e Marcelo Caetano, dupla responsável pela série Hit Parade, também do Canal Brasil. As informações são de Maurício Stycer, do UOL.
A história girará em torno da redação do Notícias Populares, a partir da chegada de uma jornalista da Folha de S.Paulo, do mesmo grupo, como nova chefe de Reportagem. “Vinda do jornal sério, ela é jogada naquele turbilhão do NP”, diz Barcinski. “As pessoas que vinham da Folha, num primeiro momento, achavam aquilo (o NP) ruim, mas depois passavam a ver a beleza daquilo, fazer um jornalismo a que não estavam acostumadas”.
Ao todo, serão oito episódios que terão como pano de fundo casos marcantes abordados de forma exagerada ou até inventados pelo jornal (Bebê Diabo, Gangue do Palhaço, Pênis Voador, entre outros), além de um episódio dedicado à cobertura do carnaval. O roteiro é assinado por Barcinski, Caetano, Anna Carolina Francisco e Ricardo Grynszpan.
Lançado em outubro de 1963, o Notícias Populares cobria os mais variados assuntos, desde política, economia, passando por crimes, até fenômenos sobrenaturais, com muito sensacionalismo e humor. Circulou até janeiro de 2001 e passou por diferentes fases ao longo de 37 anos.