Em assembleia virtual promovida pelo Sindicato dos Jornalistas de SP na última sexta-feira (22/10), cerca de 150 jornalistas aprovaram um indicativo de paralisação contra a proposta de reajuste apresentada pelas empresas de jornais e revistas da capital.

Na última mesa de negociação entre a entidade os representantes das empresas, realizada no dia anterior, foi apresentada uma proposta de reajuste de 5% para salários até R$ 10 mil, e um aumento fixo R$ 500 para quem recebe vencimentos acima desse valor.

A cláusula de multa da PLR foi recolocada à Convenção Coletiva, reflexo direto da pressão exercida pela categoria nessas últimas semanas, com assembleias, ações nas redes sociais e outras mobilizações.

Na assembleia, o conjunto de jornalistas decidiu enviar uma contraproposta aos patrões, visando chegar ao reajuste pela inflação a partir de um escalonamento:

  • Reajuste de 5% nas cláusulas econômicas, a partir de 1º de junho de 2021
  • Reajuste de 3,72% nas cláusulas econômicas, a partir de 1º de novembro de 2021
  • Manutenção da multa da PLR, com reajuste de 8,9% referente à inflação

Além disso, a proposta para um indicativo de paralisação foi aprovado de maneira unânime. Para a próxima semana, o planejamento é realizar reuniões por redação, para que a categoria possa debater as possibilidades de mobilização em cada ambiente de trabalho.

Uma nova mesa de negociação está programada para a próxima quinta-feira (28/10) e no dia seguinte ocorrerá mais uma vez a assembleia com os jornalistas.

“Com a inflação em descontrole e com a piora nas condições de vida da categoria, as e os jornalistas têm interesse em fechar o quanto antes esta campanha salarial”, destacou o comunicado emitido pelo SJSP. “Mas, para isso, exige que as empresas façam a devida reposição dos salários pela inflação”.

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