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sábado, abril 27, 2024

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Memórias da Redação ? Uma louca história com Zito

A história desta semana, sobre o recém-falecido jogador de futebol Zito (José Ely de Miranda), é de Joaquim Alessi, ex-Diário Popular, que hoje apresenta o Programa Joaquim Alessi, na NET ABC, toda 6ª.feira, às 21h, a revista ABCD Real, mensal, e é colunista do Diário de S.Paulo, Caderno Bom Dia ABCD. Uma louca história com Zito Final do Paulistão de 1978. São Paulo e Santos no Morumbi. Os Meninos da Vila haviam vencido o primeiro jogo por 2 a 1, na Vila. Se vencessem no domingo, seriam os campeões. Do contrário, mesmo um empate provocaria o terceiro jogo. Em início de carreira, no Popular da Tarde, fui escalado por Walter Lacerda para acompanhar o Peixe. Eu só assistiria ao jogo, e, caso eles fossem campeões, acompanharia o trajeto do ônibus até a Baixada para descrever tudo. Na tribuna do Morumbi começou um clima de disputa entre jornalistas-torcedores. Lembro de Álvaro Paes Leme (o pai), Sérgio Carvalho… Eu, muito jovem (20 anos), são-paulino fanático, entrei no clima. O Santos fez 1 a 0, e tudo indicava que seria campeão. Pouco antes do fim do jogo, resolvi ir para o vestiário, que ficaria superlotado. Peguei o elevador, desci no saguão, entrei no vestiário (naquela época era fácil) e fui caminhando pelo túnel. Quando cheguei perto da escada, ouvi a explosão de uma torcida em festa. Imaginei os santistas comemorando. Mas ao subir os primeiros degraus vi torcedores são-paulinos vibrando. No impulso, gritei “Gooooollll”. Zé Sérgio havia empatado no último lance. Aí entra Zito, diretor de futebol, o primeiro a descer a escada. Eu peguei nos braços dele, irresponsavelmente, e perguntei, em festa: “Zito, o São Paulo empatou?” E ele, com a eterna simpatia, respondeu: “Empatou, não tava vendo o jogo?” Hoje eu vejo o quanto fui imprudente. Se fosse nesse momento, poderia haver confusão no vestiário. Mas jamais com Zito, gênio da bola e do profissionalismo. O futebol hoje está triste. Descanse em paz, craque! A propósito de histórias de jornalismo e de jornalistas, vale conferir o blog Histórias da imprensa – Memórias de um certo jornalismo, lançado por Thales Guaracy. Disse ele no facebook sobre a iniciativa: “Organizando meu baú, resolvi escrever algumas histórias da imprensa, que narram bastidores do jornalismo brasileiro. A primeira é o perfil de Lula vencedor… em 1989 (!), que escrevi como editor de assuntos nacionais em Veja e, com a vitória de Collor, nunca foi publicado. A história da matéria que saiu, e da que não saiu, na cobertura que rendeu um prêmio Esso a Veja, está lá. Com a participação de  Expedito Filho, Eduardo Oinegue, Arlete Salvador e outros grandes companheiros. A historia dá muitas cambalhotas”.

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