A jornalista brasileira Manuela Picq, detida em 13/8 durante manifestação em Quito, Equador, voltou na última 6ª.feira (21/8) ao Brasil. “Eu ainda estou me recuperando dos golpes da polícia na semana passada, perdi a visão do olho esquerdo durante as sete primeiras horas depois do golpe policial e vou fazer exames oftalmológicos para ver se está tudo bem”, disse Manuela ao G1. Em 17/8, a juíza migratória equatoriana declarou a nulidade do processo e “determinou a libertação imediata da cidadã brasileira”. Além disso, solicitou à Procuradoria-Geral do Estado que “as autoridades policiais e da Chancelaria envolvidas com o cancelamento de seu visto respondam pelas incongruências assinaladas pela defesa, e que substanciam sua resolução”. À Folha de S.Paulo, a ministra da Justiça do Equador, Ledy Zúñiga, afirmou que Manuela violou lei local e que, durante o tempo em que esteve detida, foi bem tratada: “Neste país não existem presos políticos. Manuela tinha um visto de intercâmbio cultural e sabia que realizava uma atividade que não lhe era permitida. Ela sabe que uma das normas deste país é que os estrangeiros não devem ter nenhum tipo de atividade política e tampouco colocar em risco nossa relação com outro país”.
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