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sexta-feira, julho 4, 2025

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Vitória judicial de Meghan Markle contra jornal britânico questiona liberdade de imprensa

Ganhou um novo capítulo esta semana a vitória judicial de Meghan Markle sobre o tabloide Mail on Sunday, condenado em 11/2 por quebra de privacidade após a publicação de trechos de uma carta da duquesa de Sussex endereçada ao pai. Em audiência realizada na terça-feira (2/3), o juiz Mark Warby recusou o pedido do jornal para apelar da decisão que deu vitória a Meghan.

A decisão afirma que os artigos foram uma violação clara de privacidade, apesar de o jornal argumentar que a duquesa pretendia tornar o conteúdo da carta público. Após a sentença, os advogados de Meghan pediram 5 milhões de libras de compensação, além das custas judiciais, metade a ser paga dentro de 14 dias, quantia que o Mail on Sunday considerou “desproporcional”.

O juiz concordou em ordenar o pagamento provisório de 450 mil libras, dizendo que o montante final pode ser muito maior, depois que outras questões pendentes forem resolvidas. Meghan quer também um pedido de desculpas na primeira página e uma ordem de um tribunal forçando o jornal a entregar todas as cópias que fez da carta e destruir todas as cópias ou anotações feitas sobre ela.

O advogado de Markle quer uma indenização nominal equivalente ao lucro que o Mail teve com os artigos, mas o jornal discordou e anunciou a decisão de recorrer diretamente ao Tribunal de Apelações, mas o juiz não autorizou o recurso.

O caso intensificou o debate sobre os conceitos de liberdade de imprensa e privacidade no Reino Unido, uma vez que deixa aberto um precedente para que pessoas insatisfeitas em ver segredos expostos utilizem a justiça para impedir a publicação.

ABI entra com ação contra a transferência do Comitê de Imprensa da Câmara

A ABI deu entrada em 26/2 em uma Ação Civil Pública na 17ª Vara Federal Cível do Distrito Federal com pedido de liminar para impedir a transferência do Comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados, determinada pelo presidente da Casa, Arthur Lira. A ação foi elaborada pelo escritório Quintão & Lencastre Advogados.

Instalado no Salão Verde, desde a inauguração da Câmara em 1960, conforme o projeto de Oscar Niemeyer, o Comitê tem acesso direto ao Plenário Ulysses Guimarães e ao gabinete da Presidência da Câmara. A proximidade agiliza o trabalho dos jornalistas para a obtenção a divulgação imediata de notícias de interesse da sociedade.

“O objetivo da Ação Civil Pública é impedir que dois crimes sejam cometidos pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira: a afronta ao tombamento feito pelo Iphan, em 2007, e contra o livre exercício do jornalismo, com a criação de obstáculos para o acesso aos deputados e o presidente daquela Casa”, afirmou Paulo Jeronimo, presidente da ABI. “Nem mesmo a ditadura militar, quando ainda não havia o tombamento, interferiu na localização do Comitê de Imprensa. É um absurdo que o presidente Arthur Lira decida de forma autoritária dificultar o trabalho dos jornalistas e mudar o Comitê de local”.

Leis de mídia na Austrália geram preocupação; na Índia, mais ainda

Austrália anuncia nova lei de mídia que obriga empresas de tecnologia a pagarem por conteúdo e Índia quer controlar o que circula na internet
Austrália anuncia nova lei de mídia que obriga empresas de tecnologia a pagarem por conteúdo e Índia quer controlar o que circula na internet

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Os contratos firmados por Google e Facebook com empresas jornalísticas na Austrália nos dias que antecederam a aprovação da lei disciplinando o pagamento de conteúdo de notícias pelas plataformas no país, na semana passada, seguem envoltos em névoa.

Sabe-se que o grupo Seven West Media vai receber US$ 23 milhões por ano do Google. O acordo com Rupert Murdoch, crítico feroz do impacto das gigantes digitais sobre seus negócios, deve ser bem vantajoso, pois estende-se a títulos como Wall Street Journal, nos Estados Unidos, e The Times, no Reino Unido.

Mas nem tudo é calmaria nesse mar de dólares australianos (e de dólares americanos e de libras esterlinas, já que o Facebook havia lançado seu Facebook News nos Estados Unidos e no Reino Unido). A ameaça aos veículos menores é um efeito colateral que preocupa muita gente, de empresários de mídia a acadêmicos.

Um deles é Aron Pilhofer, da Universidade Temple, nos Estados Unidos. Britânico que dirigiu áreas de mídia digital no New York Times e no The Guardian, Pilhofer é um nome respeitado no círculo de jornalistas e acadêmicos que debatem o futuro da mídia.

Em entrevista ao Financial Times, ele disse temer que os grandes players acabassem ficando com toda a bolada, que não é pouco dinheiro. E acha que isso representaria uma extração de ativos por políticos donos de empresas de mídia e por grandes organizações jornalísticas.

A pesquisadora Amy Bins, professora de Jornalismo da Universidade Central Lancashire, concorda que, embora a iniciativa australiana tenha a intenção de mitigar o impacto das gigantes digitais sobre a indústria, o acordo está distorcido em favor de grandes organizações de mídia.

Em um artigo no The Conversation, ela defende a necessidade de dirigir recursos para mídias independentes. A pesquisadora acha que as mídias comunitárias, que fornecem a maioria das notícias de interesse público, provavelmente não serão contempladas por esses grandes acordos.

Há várias pedras nesse caminho. O abismo financeiro ainda maior entre empresas maiores e iniciativas independentes torna para essas últimas um desafio intransponível a adoção de tecnologias que permitam navegar no mundo do jornalismo digital.

Pesquisas em vários países confirmam o poder da imprensa local para mobilizar a sociedade e incentivar a participação política. A falta de uma imprensa de qualidade eleva o risco de a desinformação proliferar, sobretudo nas redes sociais.

Amy Bins lembra que jornalismo local e regional também custa dinheiro, e que isso não pode ser esquecido no momento em que novos padrões no relacionamento das empresas digitais com as de mídia são firmados.

Na índia o alvo é o conteúdo

A Índia anunciou novas regras para disciplinar o conteúdo que circula na internet do país
A Índia anunciou novas regras para disciplinar o conteúdo que circula na internet do país

No mesmo dia em que o Parlamento australiano aprovou sua lei, a India também anunciou um pacote de regras envolvendo a mídia. Mas foi um decreto, baixado sem discussão, contendo normas severas de controle de conteúdo na internet.

Na visão do governo, dinheiro não é o problema do setor. A administração de Narendra Modi mirou no controle total de tudo o que circula na rede, envolvendo não apenas as suspeitas de sempre, as redes sociais, mas também aplicativos de mensagem, plataformas de streaming e jornalismo digital.

A legislação despertou preocupação de ativistas e entidades, que apontam intenções claras de censura e não apenas proteção à sociedade contra atividades e conteúdo ilegal.

Para as plataformas tudo muda. Entre outras exigências, ficam obrigadas a ter escritórios e executivos responsáveis residentes no país e a remover conteúdo em prazos exíguos. Até a criptografia de ponta a ponta pode ser quebrada.

Mas a lei tem o potencial de provocar impacto ainda maiores para a sociedade e para o jornalismo indianos. Na apresentação do pacote, o ministro responsável pela aplicação da lei não se avexou em dizer que “a liberdade de imprensa é absoluta, mas com restrições responsáveis e razoáveis”. Depende sob o ponto de vista de quem.

Veja também em MediaTalks: Como jornalistas podem combater a desinformação sobre mudança climática?

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Lupa ganha bronze da SND com No epicentro

A Agência Lupa ganhou medalha de bronze na 42ª edição do Best of Digital News Design da Society for News Design (SND), por seu projeto de visualização de dados No epicentro
A Agência Lupa ganhou medalha de bronze na 42ª edição do Best of Digital News Design da Society for News Design (SND), por seu projeto de visualização de dados No epicentro

A agência de fact-checking Lupa ganhou medalha de bronze na 42ª edição do Best of Digital News Design da Society for News Design (SND), por seu projeto de visualização de dados No epicentro. Única plataforma brasileira premiada no concurso que escolheu os melhores designs de notícias de 2020, a Lupa concorreu com um total de 1.764 trabalhos inscritos em sete categorias.

Em parceria com a Google News Initiative, a agência desenvolveu um aplicativo para celular que simula para o leitor como ficaria sua vizinhança se todos os mortos por Covid-19 se concentrassem por perto. “Você vai ver um círculo ser desenhado ao redor do seu local: todas as pessoas que moram nessa área deixariam de existir. Até onde iria a devastação?”, diz o site do projeto, que foi reproduzido pelo The Washington Post. Fazem parte da iniciativa: Alberto Cairo (Consultoria), Rodrigo Menegat (Dados e narrativa), Tiago Maranhão (Desenvolvimento), Vinicius Sueiro (Design e desenvolvimento), Natália Leal (Edição), Gilberto Scofield Jr. (Divulgação), e apoio de Simon RogersMarco Túlio Pires (Google News Initiative).

“Esse projeto é um esforço de trabalho em grupo, a partir da percepção de que as mortes para a Covid-19 estavam se transformando em meras estatísticas no Brasil”, diz Gilberto Scofield Jr., diretor de Negócios e Estratégia da Lupa. “Desenvolvemos essa narrativa, visual e em storytelling, para tornar a dimensão dessa tragédia compreensível para os brasileiros”.

Leia também: Pública + 10 comemora uma década da Agência Pública

Jornalistas feministas lançam o portal Firminas

Firminas
Firminas

Plataforma será focada em conteúdos diversos, produzidos com linguagem acessível e um olhar feminista sobre os fatos

Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, estreia o portal Firminas. Idealizada e criada pelo Coletivo de Jornalistas Independentes Firminas, a nova publicação propõe-se a “ser uma fonte de informações sobre diversos temas do universo feminino, sem se prender a clichês ou tabus, divulgando o que há de melhor na produção, realização, divulgação de conhecimento e exercício de cidadania e que envolva mulheres, sejam elas cisgêneros ou transgêneros”.

O nome é uma homenagem a Maria Firmina dos Reis, escritora maranhense do século XIX, considerada a primeira romancista brasileira. A proposta é baseada em um modelo diferente de produção, em acordo com tendências de economia circular e cooperativa.

Outro diferencial é que a base do veículo não se restringirá apenas ao eixo Rio-São Paulo, contando com a colaboração de jornalistas de diferentes regiões brasileiras. “Nossa presença em outras regiões e no interior imprime pluralidade ao nosso trabalho”, pontua Flávia Crizanto, uma das idealizadoras. Além dela, integram a equipe as “firminas” Aline Melo, Carol Avansini, Elara Leite, Fernanda Pereira, Gabriela Gonçalves, Gislene Madarazo, Heloísa Aguieiras e Sâmia Teixeira.

“Um dos diferenciais é a linguagem acessível e diversa, que tem por objetivo informar a um público amplo e fortalecer a causa feminista por igualdade, contra a violência de gênero e por direitos para as mulheres”, completa Elara.

 

Lives

Para celebrar o lançamento da publicação, e marcar o mês de março, as idealizadoras do projeto estão promovendo um circuito de lives com convidadas para debater temas diversos. As apresentações serão sempre às 19 horas, no instagram (@portalfirminas) e no Facebook Portal Firminas.

Confira a programação:

  • 2/3 – Carol Avansini entrevista a jornalista Tina Lopes sobre Etarismo: quando a idade nos tira oportunidades
  • 3/3 – Francine Malessa entrevista Analu Tomé, co-fundadora do Movimento Toda Poderosa Corinthiana, sobre Feminismo & futebol
  • 4/3 – Sâmia Teixeira entrevista Soraya Misleh sobre Mulheres palestinas
  • 5/3 – Fernanda Pereira entrevista a roteirista, poeta e artista de rua Célia Helena, sobre Mulheres & Cultura
  • 6/3 – Elara Leite entrevista a fundadora do coletivo CFEMEA sobre Saúde e autocuidado: aspirações e inspirações
  • 7/3 – Aline Melo entrevista a terapeuta e sexóloga Erika Oliveira sobre Os prejuízos da pornografia para as mulheres
  • 8/03 – Helô Aguieiras entrevista Semayat Oliveira, jornalista do Nós, Mulheres da Periferia e repórter do Jornal da Cultura
  • No dia 10 de março, às 19h, inaugurando a programação mensal de lives do portal Firminas, Aline Melo entrevista a doutora em Ciências e doula Deborah Delage sobre Violência obstétrica e os desafios para o parto normal no Brasil

Pública + 10 comemora uma década da Agência Pública

Agência Pública realiza o Pública + 10 em comemoração aos dez anos da empresa
Agência Pública realiza o Pública + 10 em comemoração aos dez anos da empresa

A Agência Pública completa em março dez anos. Em comemoração ao marco, a empresa vai realizar nos dias 6, 13 e 20 o evento Pública+10, série de seis conversas sobre o presente e futuro do Brasil. Os debates, gratuitos, serão transmitidos ao vivo. Entre os convidados estão Ailton Krenak, Gregório Duvivier, Anielle Franco, Lília Schwarcz, José Murilo de Carvalho e Marcos Nobre.

Além disso, no dia 27 irá ao ar um episódio especial do podcast Pauta Pública: um bate-papo com as fundadoras da agência Natalia Viana e Marina Amaral, sobre o trabalho feito nesses dez anos.

A agência vai lançar também um livro sobre as coberturas de temas que marcaram a década, como o WikiLeaks, a Lava Jato, os conflitos na Amazônia, questões de gênero, fact-checking e jornalismo de dados, entre outros. Além da participação de editores e repórteres, a obra contará com textos inéditos de Fabiana Moraes, Ricardo Kotscho, Eugênio Bucci, Carlos Azevedo e outros membros do Conselho da Pública.

Natália Viana fala sobre a origem da empresa: “Nós, na nossa salinha que não media mais que 12 metros quadrados na Barra Funda, em São Paulo, entendemos que chegara a hora de fazer o que sempre foi a nossa paixão, mas à qual os jornais não davam muita bola: investigar as violações de direitos humanos e responsabilizar quem estava por trás delas. Com o compromisso, que seguimos abraçando firmemente, de pautar nosso jornalismo na apuração rigorosa, em informações confiáveis e na postura ética, longe de quaisquer sensacionalismos. E com o sonho de impactar o mundo tão antiquado do jornalismo, que excluía qualquer profissional que não estava nos meios tradicionais”.

Inscreva-se aqui para assistir aos debates.

Jornal canadense anuncia aplicativo de apostas para gerar receita

O Torstar Corporation, maior grupo canadense de jornais, conhecido por propostas ousadas de financiamento − como uma editora de romances e um serviço de entregas de encomendas −, anunciou em 1º/3 que vai lançar um aplicativo de apostas online para financiar seu jornalismo. A ideia aguarda aprovação do Governo, mas o anúncio já foi suficiente para gerar polêmica, com críticas ao estímulo ao vício de jogo.

Só em Ontário, onde fica a sede da empresa, os residentes gastam por ano 500 milhões de dólares canadenses (R$ 2,2 bilhões) na sua fezinha virtual. A Torstar edita o Hamilton Spectator e o Niagara Fall Review, além de mais 70 outros jornais regionais e comunitários.

A proposta surge em meio ao grande crescimento que o setor de apostas online teve nos últimos anos, ao mesmo tempo em que as receitas dos veículos jornalísticos seguem em decadência.

Especialistas analisam com cautela a ousada proposta da empresa. Alguns lembram que o jornalismo é vital para a democracia de um país, e seria inaceitável que um dos maiores grupos de mídia do Canadá dependesse de um serviço externo para manter-se em atividade.

Leia mais detalhes sobre a proposta da Torstar em MediaTalks by J&Cia.

Índia cria novas regras para disciplinar conteúdo na internet

A Índia anunciou novas regras para disciplinar o conteúdo que circula na internet do país
A Índia anunciou novas regras para disciplinar o conteúdo que circula na internet do país

A Índia publicou em 25/2 nova legislação destinada a disciplinar o conteúdo que circula pela internet no País, abrangendo redes sociais, serviços de mensagem, streaming de vídeo e jornalismo em meios digitais. Entidades observaram as novas regras com preocupação pois podem afetar a liberdade de expressão, de imprensa e a privacidade na Índia.

As medidas incluem remoção de posts, punições severas para quem publicou o conteúdo e para os intermediários (os provedores dos serviços), e até quebra da privacidade de mensagens criptografadas.

Para a ONG Internet Freedom Foundation (IFF), as normas permitirão que o governo indiano controle – e não apenas regule – o que circula nas plataformas. A entidade atacou a regulamentação, que considera inconstitucional e capaz de afetar a liberdade de expressão no país.

Vale lembrar que a Índia não é o único país atento ao conteúdo nocivo que circula pelas redes. Reino Unido e União Europeia publicaram recentemente suas propostas para conter discurso de ódio, pornografia, terrorismo e extremismo nas mídias sociais, a serem aprovadas depois de tramitar nos parlamentos de Londres e de Bruxelas. 

Leia em MediaTalks by J&Cia os detalhes das regras anunciadas na Índia, que podem gerar um novo capítulo no embate entre Governo e plataformas digitais.

 

Globo contrata e promove movimentações em sua equipe esportiva

O apresentador Thiago Oliveira assume o comando do Esporte Espetacular, da TV Globo
O apresentador Thiago Oliveira assume o comando do Esporte Espetacular, da TV Globo

Em comunicado interno, o Grupo Globo anunciou uma série de mudanças em sua equipe esportiva. A movimentação envolveu profissionais que já atuavam na casa, além de três jornalistas contratados para o setor.

Chegam para reforçar a equipe de reportagem, Ricardo Lay, que estava no Fox Sports até o final de 2020, e que ficará baseado no Rio de Janeiro. Para a equipe de São Paulo, foram contratados Luiz Teixeira (ex-Bandeirantes) e Victor La Regina (ex-RBS).

Como parte da movimentação interna, Emanoel Araujo e Guilherme Frossard, que já trabalhavam no Grupo, trocarão de função e assumem a reportagem em Belo Horizonte.

No caminho inverso, cinco nomes deixaram a parte esportiva da Globo e foram direcionados para outras áreas dentro da emissora. São eles os repórteres Ben-Hur Correia, Thiago Crespo e Anselmo Caparica, e os editores Daniela Novo e Artur Capuani.

Na mensagem, a emissora também confirmou as mudanças do apresentador Thiago Oliveira, que comandava os quadros esportivos do Hora 1 e do Bom Dia São Paulo, e que assume o Esporte Espetacular, e de Alessandro Jodar, que entra no lugar de Thiago nas atrações matinais.

O apresentador Thiago Oliveira assume o comando do Esporte Espetacular, da TV Globo
O apresentador Thiago Oliveira assume o comando do Esporte Espetacular, da TV Globo

O comunicado também prestou homenagens ao repórter Tino Marcos, que já havia anunciado que estava de saída da casa após 35 anos.

(Com informações do TV e Famosos)

Prefeito de Rio Branco demite jornalista por pergunta a Bolsonaro

João Renato Jácome
João Renato Jácome

João Renato Jácome, que até sexta-feira (26/2) era chefe de Gabinete na Secretaria de Meio Ambiente de Rio Branco, foi demitido após fazer uma pergunta para o presidente Jair Bolsonaro, em coletiva realizada em 24/2, sobre a decisão do STJ de anular a quebra de sigilo do escândalo das rachadinhas, envolvendo o senador Flávio Bolsonaro.

Após a pergunta, o presidente irritou-se e encerrou a entrevista sem responder ao questionamento de Jácome. Na ocasião, ele estava de folga na Secretaria e cobria o evento para o Estadão como freelance. A exoneração de Jácome foi publicada na edição da 26/2 do Diário Oficial do Estado do Acre.

Em entrevista ao UOL, Jácome disse que ficou “surpreso e muito triste” ao saber de sua demissão, mas que vai “continuar trabalhando e fazendo o que eu sempre fiz. Uma coisa que ninguém pode me acusar é de ter feito algo errado. Não fui exonerado por um crime, por improbidade, por incompetência. Fui exonerado porque estava trabalhando, e isso incomodou, infelizmente”.

Procurado pela reportagem do UOL, Tião Bocalom, prefeito de Rio Branco, declarou que demitiu o jornalista “porque ele estava em horário de serviço, trabalhando para o jornal O Estado de S. Paulo. Como comissionado, ele não poderia fazer isso. Ele diz que estava de folga. Folga de quê? Não tem folga, não”. Jácome, porém, reafirmou que estava de folga na Prefeitura após ter trabalhado dois fins de semana seguidos.

Em nota conjunta, a Federação Nacional dos Jornalistas e o Sindicato dos Jornalistas do Acre repudiaram “a atitude covarde e a prática de censura do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, que deveria defender e garantir direitos conquistados pela sociedade”.

“Com esse violento ataque ao jornalismo, o prefeito Tião Bocalom afronta a liberdade de imprensa e o direito de acesso à informação garantidos pela Constituição. As direções da Fenaj e do Sinjac exigem a anulação do ato e a reintegração imediata do profissional aos quadros da Secretaria Municipal de Meio Ambiente”, diz a nota.

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