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Nexo abre inscrições para curso sobre primeira infância e desigualdades

Nexo abre inscrições para curso sobre primeira infância e desigualdades

Estão abertas as inscrições para o Lab Nexo de Jornalismo Digital, com o tema Primeira Infância e Desigualdades, treinamento online feito em parceria com a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal,O objetivo é complementar a formação de jovens jornalistas com uma imersão nos principais temas que envolvem as crianças em seus primeiros anos de vida. As inscrições vão até 1º de agosto.

Nexo abre inscrições para curso sobre primeira infância e desigualdades

Ao todo, são 30 vagas para estudantes (com formatura prevista entre dezembro de 2021 e dezembro de 2022) e profissionais recém-formados em Jornalismo ou Comunicação Social (formatura a partir de dezembro de 2019).

As aulas serão de 6 a 17 de setembro. Nesse período, os selecionados participarão de oficinas práticas sobre como produzir diferentes formatos narrativos, como gráficos, podcasts, produções audiovisuais, reportagens, entre outros; palestras sobre os assuntos relativos ao tema Primeira infância e Desigualdades; e reuniões de pauta com os editores do Nexo para a definição de conteúdos a serem produzidos.

Após as atividades, ao longo dos meses seguintes, os participantes serão acompanhados pelos editores do Nexo para produzir os conteúdos escolhidos, que serão publicados no jornal. As reportagens serão feitas em dupla e a que produzir o conteúdo mais bem avaliado por uma Comissão Julgadora receberá duas bolsas de estudos, uma por pessoa, para cursos de educação executiva em Jornalismo do Insper, que apoia o curso.

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André Felipe de Lima lança livro sobre a era amadora do futebol brasileiro

André Felipe de Lima lança livro sobre a era amadora do futebol brasileiro

André Felipe de Lima lançou o e-book Ídolos & Épocas — O amadorismo no futebol brasileiro (1900 a 1933), de A a F (Approach Editora/Museu da Pelada), primeiro volume de uma obra que aborda a era amadora do futebol brasileiro, com biografias de renomados craques do passado. Os outros dois volumes, de G a O e de P a Z, estão em reta final de edição.

André Felipe de Lima lança livro sobre a era amadora do futebol brasileiro
André Felipe de Lima

O livro é fruto de duas décadas de pesquisas e entrevistas que possibilitaram a descoberta de fatos sobre os jogadores do período amador do futebol brasileiro.

Algumas dessas descobertas incluem, por exemplo, o fato de que o ídolo vascaíno Fausto dos Santos, o “Maravilha Negra”, era carioca e não maranhense; que o goleiro Eurico Lara, maior ídolo da história do Grêmio, não morreu durante um Gre-Nal e chegou a atuar como juiz em alguns jogos antes de falecer; e que a gripe espanhola matou vários jogadores do eixo Rio-São Paulo entre 1918 e 1919. O livro aborda também outros nomes, como Amílcar Barbuy, Feitiço e o baiano Popó.

André Felipe de Lima lança livro sobre a era amadora do futebol brasileiro

O autor conta que por diversas vezes teve seu trabalho desacreditado: “Alguns até diziam que eu não iria muito longe e que o projeto era coisa de megalomaníaco. Que seja, ora. A história do futebol brasileiro merece todo o nosso esforço em pesquisa e resgate de memória, mesmo que sem apoio cultural ou qualquer tipo de incentivo, que é o meu caso. Gastei até o que não podia comprando acervos, livros, revistas e jornais antigos, daqui e do exterior. Não me intimidei e segui a diante. Valeu muito a pena. A vastíssima pesquisa foi concluída”.

O e-book marca a estreia de André no campo literário. Ele atuou como repórter em Jornal do Commercio, Ediouro (agência de notícias Canal Web) e Globonews.com. Como consultor, trabalhou em RP Consultoria de Comunicação − que organizava o Prêmio Esso de Jornalismo − e Edelman. Foi professor de Jornalismo na Universidade Estácio de Sá durante oito anos. Atualmente, é editor da revista Comunità Italiana e integrante da equipe Ketchum JCM Comunicação.

Juiz de Roraima censura reportagem sobre venda de ouro extraído ilegalmente de reserva indígena

O juiz Air Marin Junior, do 2º Juizado Cível de Boa Vista (RR), censurou nessa segunda-feira (19/7) uma reportagem sobre venda de ouro extraído ilegalmente de reserva indígena, que integra a série Ouro do Sangue Yanomami, produzida pelas agências de jornalismo investigativo Amazônia Real e Repórter Brasil.

Após pedidos feitos por advogados de uma das personagens da matéria, Marin determinou a retirada do ar de trechos do texto que relatam como o ouro extraído ilegalmente de reservas Yanomami é vendido na capital roraimense.

Com o nome não mencionado, a personagem foi retratada na reportagem como uma espécie de atravessadora dos garimpeiros, vendendo o ouro extraído ilegalmente a pequenas joalherias de Boa Vista.

Em nota, a Repórter Brasil alegou que “a retirada, feita sem decisão transitada em julgado e sem nenhuma audiência para ouvir a Repórter Brasil, é censura, pois fere a liberdade de imprensa, premissa do Estado democrático prevista no artigo 5°, inciso IX da Constituição”. E completou. “Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social”.

Os advogados de defesa da agência André Ferreira e Eloísa Machado, do Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos, defenderam, em peça, que a conduta da Repórter Brasil é “perfeitamente lícita e implica o exercício regular do direito de informar” e, por isso “não pode receber nenhuma reprimenda, seja a retirada de conteúdo do ar, seja o pagamento de indenização por supostos danos morais”.

O juiz determinou ainda multa de cinco salários mínimos no caso de descumprimento da liminar e argumentou haver “alta probabilidade” de que a autora da ação tenha razão em seus argumentos. “Toda a documentação juntada e as alegações da autora indicam, pelo menos nesta seara não exaustiva, a alta probabilidade de que a autora tenha razão”.

O Ministério Público Federal abriu investigação para apurar as possíveis ligações da autora da ação judicial com o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. O resultado poderá ser encaminhado à Polícia Federal com pedido de abertura de inquérito.

Deputado cearense é condenado em ação movida por Patrícia Campos Mello

O deputado estadual do Ceará André Fernandes (Republicanos) foi condenado a indenizar Patrícia Campos Mello, repórter especial e colunista da Folha de S.Paulo, em R$ 50 mil por ataques machistas. A decisão em primeiro grau foi proferida nessa segunda-feira (19/7) pelo juiz Vitor Frederico Kümpel, da 27ª Vara do Foro Central Cível de São Paulo.

O caso é similar aos que já condenaram, também em primeira instância, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o ex-funcionário da Yacows Hans River do Nascimento.

Ao prestar depoimento à CPMI das Fake News, em fevereiro de 2020, River mentiu e insultou a repórter da Folha ao afirmar que ela teria se insinuado sexualmente a ele em troca de informações. Após o ocorrido, o presidente, seu filho Eduardo e diversos apoiadores, entre eles o deputado cearense, deram coro aos ataques à jornalista.

Entenda o caso

Em outubro de 2018, Patrícia publicou na Folha de S.Paulo a reportagem Empresários bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp, que denunciava investimentos não declarados de R$ 12 milhões por empresas apoiadoras do então candidato Jair Bolsonaro, ação vedada pela justiça eleitoral.

Pela reportagem, ela foi vítima de uma série de ataques e ameaças pessoais por Bolsonaro e seus apoiadores.

Em contrapartida, também recebeu diversos reconhecimentos nacionais e internacionais, entre eles os prêmios International Press Freedom Award, do Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ), e Maria Moors Cabot, além de ter sido consagrada por dois anos consecutivos como a +Premiada Jornalista do Ano no Brasil, em levantamento promovido por este Portal dos Jornalistas.

Abraji anuncia dois primeiros casos do Programa de Proteção Legal para Jornalistas

Abraji anuncia dois primeiros casos do Programa de Proteção Legal para Jornalistas

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) está acolhendo os dois primeiros casos de seu Programa de Proteção Legal para Jornalistas, três meses após ser lançado. Um é mantido em sigilo por orientação da defesa, e o outro vai beneficiar o repórter Alexandre Aprá, fundador do blog Isso É Notícia, de Cuiabá.

Este caso que a Abraji vai apoiar é um processo civil, movido pelo então secretário da Casa Civil de Mato Grosso, Mauro Carvalho Junior, que alega que teve sua honra ofendida em reportagens de Alexandre sobre compra de jatos de luxo pelo governo estadual. O secretário pede uma indenização de R$ 15.400.

O repórter de Isso É Notícia é alvo de vários processos movidos por pessoas ligadas ao governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM). O repórter vem produzindo reportagens sobre suspeitas de corrupção. Já enfrentou a Justiça para fazer valer a Lei de Acesso à Informação e chegou a ser agredido fisicamente em 2015.

Sobre o programa da Abraji

Criado para combater as constantes ameaças à liberdade de imprensa e o assédio judicial a jornalistas e comunicadores do Brasil, o programa da Abraji é feito em parceria com o Instituto Tornavoz e tem financiamento da Media Defence.

A ideia é garantir assistência jurídica a profissionais de imprensa que, em razão do seu trabalho, estejam sendo silenciados ou constrangidos por meio de processos judiciais. No primeiro ano de funcionamento, o programa prestará assessoria jurídica para até seis profissionais.

Percival de Souza e Renato Lombardi estreiam podcast Arquivo Vivo

Percival de Souza e Renato Lombardi estreiam podcast Arquivo Vivo

Percival de Souza e Renato Lombardi estreiam nesta semana o podcast Arquivo Vivo: Crimes Que Chocaram o Brasil, que discute casos criminais de grande impacto no País. A produção estará disponível em PlayPlus, (plataforma de streaming da Record), R7, YouTube e plataformas de áudio.

A proposta é que cada episódio aborde um caso, relembrando de forma detalhada os acontecimentos e consequências, com participação de pessoas que conhecem o assunto de perto. O objetivo é aprofundar os casos e permitir que os ouvintes formem suas próprias teorias ou opiniões sobre os fatos.

Alguns casos confirmados que serão abordados no Arquivo Vivo são o Crime da Rua Cuba, sobre Jorge Delmanto Bouchabki, acusado de matar os próprios pais em 1988 (o caso foi encerrado sem uma resposta concreta); e o Bandido da Luz Vermelha, sobre João Acácio Pereira da Costa, criminoso violento que invadiu e roubou pelo menos 150 mansões da elite paulistana entre os anos de 1966 e 1967.

Percival de Souza iniciou a carreira na Folha de S. Paulo. Passou por Quatro Rodas, Notícias Populares, e foi um dos fundadores do Jornal da Tarde. Desde 2003, é comentarista de segurança da Record. Com mais de 50 anos de carreira, venceu quatro Essos e um Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. É autor de 19 livros.

Renato Lombardi começou no Jornalismo como repórter do Notícias Populares. Foi também repórter especial de O Globo e trabalhou por 27 anos em O Estado de S.Paulo, cobrindo as áreas de Segurança e Justiça. Teve passagem por TV Bandeirantes e TV Cultura. Desde 2009, atua como comentarista de segurança da Record. Venceu o Esso de Reportagem, o Prêmio Jornal O Estado de S. Paulo de jornalismo e o Príncipe das Astúrias (Espanha).

O racismo que ainda vem dos microfones…

Vinicius Silva e Romes Xavier
Vinicius Silva e Romes Xavier

Na contramão das diversas campanhas contra o racismo no esporte que ganham força pelo mundo, um novo episódio de claro desrespeito e preconceito foi registrado neste final de semana envolvendo o futebol brasileiro. E o ataque não veio das arquibancadas ou das redes sociais, como é de costume, mas sim dos microfones de uma tradicional emissora de rádio.

O caso aconteceu no último sábado (17/7), na partida entre Goiás e Londrina, válida pelo Campeonato Brasileiro da Série B. O jogo, que terminou em 0x0, chamou a atenção mesmo pelos comentários preconceituosos do narrador Romes Xavier e do comentarista Vinicius Silva, da Rádio Bandeirantes de Goiânia.

Celsinho, do Londrina, foi alvo de ataque racista durante transmissão do jogo contra o Goiás
Celsinho, do Londrina, foi alvo de racismo durante transmissão do jogo contra o Goiás

Após um lance, o narrador reclamou que o atleta Celsinho, do Londrina, estava com dificuldades para se levantar porque o cabelo dele pesava demais. Na sequência, o comentarista fez comparações ao penteado do jogador com uma bandeira de feijão e concluiu dizendo tratar-se de “um negócio imundo”.

O caso logo ganhou destaque negativo nas redes sociais, resultando em pedidos de desculpas por ambos os profissionais:

“Peço desculpas ao Celsinho e ao Londrina Esporte Clube pelo comentário infeliz na transmissão sobre o cabelo do meia”, disse o narrador Romes Xavier. “Colocações erradas que jamais deveriam ter sido ditas. Quem me acompanha sabe o quanto sou crítico sobre condutas como essa. Peço perdão. Quem nunca errou?”.

“Demonstro todo arrependimento pelo comentário infeliz referente ao atleta Celsinho”, completou o comentarista Vinicius Silva. “Peço desculpas a ele e sua família. Entrei em contato com Celsinho demonstrando todo remorso. A Rádio Bandeirantes é completamente contra essa postura e eu particularmente também sou”.

Em nota oficial, a Rádio Bandeirantes de Goiânia repudiou com veemência os ataques proferidos. Segundo a emissora, a transmissão foi feita pela Equipe Feras do Esporte, com que mantém contrato terceirizado. Ainda de acordo com o comunicado, a rescisão de contrato com os comunicadores já foi solicitada.

 

Até quando?

Na ânsia de entreterem como se estivessem em uma mesa de bar, aliada a paixão desmedida pelo time de coração – que vez ou outra transforma o adversário em inimigo –, não é incomum que narradores e comentaristas passem do ponto em ataques a atletas, membros de comissões técnicas ou equipes de arbitragem.

Não são raros os casos em que os comentários apelam para o lado pessoal, tentando diminuir o alvo por causa de sua raça, gênero ou características físicas. Com isso, os microfones, que poderiam servir como ferramentas de conscientização contra o racismo, acabam sendo utilizados como catalizadores para novos ataques.

Foi o que aconteceu, por exemplo, no ano passado durante a transmissão da derrota do Santos para a Ponte Preta. Expulso ainda no primeiro tempo do jogo, o atacante Marinho, da equipe santista, foi alvo de ataques por parte do comentarista Fabio Benedetti, da rádio Energia 97 FM. Revoltado com o cartão vermelho, o comentarista disse que falaria “você está na senzala” ao jogador.

Em resposta, o atleta gravou um vídeo em que aparecia chorando enquanto manifestava repúdio ao comentário. “A justiça não pune esses caras preconceituosos, vermes”, comentou Marinho. Após a repercussão, o comentarista foi demitido da emissora.

Outro caso envolvendo a equipe santista, desta vez em um jogo contra o Grêmio, aconteceu em fevereiro deste ano. Na ocasião o narrador Haroldo de Souza, da Rádio Grenal, usou o termo “criolinho” para se referir ao atleta Lucas Braga, do Santos. Pelo comentário, o Ministério Público Federal chegou a abrir uma investigação contra o comunicador, mas o caso perdeu força e Haroldo segue integrando a grade da emissora.

Eugênio Bucci lança livro sobre a superindústria do imaginário

Eugênio Bucci lançou livro sobre como o capital transformou o olhar em trabalho e se apropriou de tudo que é invisível.
Eugênio Bucci lançou livro sobre como o capital transformou o olhar em trabalho e se apropriou de tudo que é invisível.

Eugênio Bucci lançou o livro A Superindústria do Imaginário: Como o Capital Transformou o Olhar em Trabalho e se Apropriou de Tudo Que É Invisível. A obra já é considerada fundamental para profissionais de comunicação ao teorizar sobre os mecanismos usados pelas redes sociais para fazer com que seus usuários trabalhem de graça e permitam a exploração de suas informações em bases de dados.

Professor da Escola de Comunicações e Artes da USP, Bucci referiu-se às plataformas sociais como Google e Facebbok “como conglomerados monopolistas globais, cujos algoritmos sabem tudo sobre a intimidade dos frequentadores da internet e esses frequentadores nada sabem sobre os algoritmos”.

O jornalista questionou também o bolsonarismo, alegando ser “uma legião de aproveitadores que se apropriaram de ferramentas da era digital para promover a mentira, o ódio e o culto da violência” e atribuiu ao fenômeno das redes sociais o que chamou de “perda de contato com a razão, com os fatos e com a política orientada para o bem comum”. Nesse contexto, associou o fenômeno ao recrudescimento do ultraconservadorismo.

“Perto disso, o 1984 de George Orwell é uma fábula infantil”, diz ele. “A exploração econômica que esses conglomerados realizam é mais absurda ainda. Pensemos nas plataformas sociais. O modelo de exploração chega às raias da desumanidade. Quem são os digitadores, os fotógrafos, os editores, os locutores, os atores e os modelos de tudo o que aparece nas plataformas? Ora, os ’usuários‘, como aprendemos a chamá-los”.

Lucas Ragazzi é ameaçado em grupo de WhatsApp

Lucas Ragazzi teve acesso a mensagens de ameaças feitas a ele após ter publicado notícia sobre compra de vacinas contra a Covid-19.
Lucas Ragazzi teve acesso a mensagens de ameaças feitas a ele após ter publicado notícia sobre compra de vacinas contra a Covid-19.

Lucas Ragazzi, colunista da webrádio e TV 98 live, teve acesso em 8 de julho a mensagens de ameaças feitas a ele em um grupo de WhatsApp após ter publicado notícia sobre um suposto golpe que envolvia ofertas para a compra de vacinas contra a Covid-19, em 5 de maio. Entre os membros do grupo estão o cabo da PM de Minas Gerais e suposto vendedor de vacinas Luiz Paulo Dominghetti, além de seus dois parceiros comerciais identificados como Alfredo Atas e Rafael Compra Deskarpark.

Ragazzi descobriu as mensagens quando apurava uma notícia para a Folha de S.Paulo sobre uma ONG que atuava como interlocutora na compra de vacinas. Ele teve acesso às mensagens no celular de Dominghetti, que havia sido apreendido pela CPI da Covid em 1/7, onde encontrou uma conversa no grupo sugerindo que ele “levasse um enquadro”. Um homem identificado como Rafael Compra Deskarpark diz “Temos que chegar nesses caras e ver uma forma de enquadrar eles (sic) de forma bem inteligente”.

Durante a apuração da matéria sobre o golpe na compra de vacinas, Ragazzi não havia se apresentado como jornalista e usou um nome fictício. No mesmo dia da publicação da notícia, Dominghetti compartilhou o link da reportagem no grupo e disse: “Olha a lambança”.

O nome e a foto do jornalista foram divulgados no grupo.

A Abraji repudiou as ameaças em nota: “A troca de mensagens revela a intenção de intimidar um jornalista no exercício da profissão. A Abraji repudia a tentativa de prejudicar um jornalista em resposta à publicação de fatos de interesse público, principalmente quando parte de um policial militar, que deveria se guiar pela observação rigorosa da lei. É preciso que as autoridades responsáveis investiguem a extensão do caso e tomem as medidas cabíveis para garantir a segurança do repórter e a punição de eventuais crimes que tenham sido cometidos por Dominghetti e seus interlocutores”.

Campanhas salariais reivindicam mais direitos para as mulheres

O SJSP divulgou em (14/7) as cláusulas garantidas e os direitos reivindicados por jornalistas mulheres nas campanhas salariais em curso.
O SJSP divulgou em (14/7) as cláusulas garantidas e os direitos reivindicados por jornalistas mulheres nas campanhas salariais em curso.

O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) divulgou na última quarta-feira (14/7) as cláusulas garantidas e os direitos reivindicados por jornalistas mulheres nas campanhas salariais em curso, dentre elas a de jornais e revistas do interior 2021-2022, que reivindica a cláusula de igualdade salarial. Em todas essas campanhas as jornalistas postulam contratos específicos para garantir, ampliar e resguardar seus direitos.

As reivindicações são:

Direito às mães e defesa da maternidade − garantida por lei, a licença-maternidade, que é de 120 dias, pode ser de 180 dias para as funcionárias de empresas cidadãs. As campanhas salariais 2021-2022 solicitam que jornalistas gestantes e adotantes tenham seis meses de licença-maternidade, segundo os parâmetros estabelecidos no programa Empresa Cidadã. Os jornalistas homens também passariam a ter direito a mais 15 dias de licença-paternidade, totalizando 20 dias corridos após o nascimento do filho ou da adoção.

Igualdade Salarial − que as empresas de comprometam a garantir aos jornalistas, homens e mulheres, que executem as mesmas funções ou exerçam os mesmos cargos, o pagamento do mesmo salário, gratificações e eventuais benefícios remuneratórios, sem discriminação de orientação sexual, identidade de gênero, etnia, opção política partidária ou atuação sindica.

Assédio Moral − a cláusula da CCT de jornais e revistas da Capital estabelece um procedimento de denúncia e investigação. Assim, a jornalista vítima de assédio, entra em contato com o Sindicato e fundamenta sua denúncia.

Assédio Sexual, jornalistas profissionais vítimas de assédio sexual no local de trabalho ou no cumprimento da pauta que realizarem denúncia formal ao poder público terão garantia de que não terão seu nome ou qualquer informação divulgada que possa identificar a vítima, sem anuência. Além disso, a cláusula prevê que o assediador seja punido nos termos da legislação trabalhista. Nas campanhas 2021-2022, as jornalistas pleiteiam a ampliação e aprimoramento da cláusula, garantindo o impedimento da demissão imotivada até a conclusão do inquérito. Caso tenha sido convertido em ação penal, o impedimento durará 12 meses a partir da data do recebimento da denúncia pela Justiça. As jornalistas dos demais segmentos lutam para que tenham os mesmos direitos e as cláusulas de assédio moral e sexual sejam incorporadas nas demais convenções coletivas. As campanhas salariais 2021-2022 reivindicam estabilidade de 180 dias, ampliando o direito das mulheres após o nascimento de seus filhos.

Auxílio-Creche − os valores em cada Convenção Coletiva variam, mas todas têm garantido o auxílio, que geralmente é reajustado na mesma proporção das cláusulas econômicas nas campanhas salariais. A reivindicação é para aumentar os valores, pois em geral são insuficientes para arcar com a mensalidade, e que o auxílio seja pago indiscriminadamente para jornalistas homens e mulheres.

Caso a jornalista sinta falta de algum direito, pode informar ao Sindicato por meio de formulário.

E mais:

 

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