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segunda-feira, dezembro 15, 2025

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Adriana Araújo assina com a Band

Adriana Araújo assina com a Band

A apresentadora Adriana Araújo é a nova contratada da Bandeirantes. Ela integrará a equipe de jornalismo de diferentes veículos do grupo, como o canal de TV aberta, a BandNews TV e a rádio BandNews FM. Também fará parte da cobertura das eleições de 2022, que pretende ser a maior da história já feita pelo grupo, segundo Fernando Mitre, diretor nacional de Jornalismo da Band.

“Desenvolver novos projetos na Band é um desafio e uma oportunidade de fazer o que sempre defendi: jornalismo ao vivo, dinâmico, com responsabilidade e bem próximo do público, com empatia, do jeito que eu gosto”, declarou Adriana.

A apresentadora iniciou a carreira em 1995, como repórter da TV Globo em Belo Horizonte, e depois foi transferida para Brasília. Assinou com a Record TV em 2006, onde permaneceu por 15 anos, sendo dez à frente do Jornal da Record. Em junho de 2020, fez críticas à emissora e ao telejornal pela forma como abordavam a pandemia de Covid-19, e foi substituída por Christina Lemos. Depois, comandou o Repórter Record Investigação. Deixou a emissora em março deste ano.

Em suas redes sociais, Adriana afirmou: “Fui repórter do começo ao fim desse ciclo, ao persistir na defesa da notícia, da verdade. E quero me lembrar daqui 20 ou 30 anos que, num dos momentos mais dramáticos da humanidade, me posicionei ao lado da ciência e da vida. E lutei por preservar a dignidade profissional da qual não se pode abrir mão. Vou sempre me lembrar de quem caminhou junto comigo nessa jornada. Felizmente todos eles sabem quem são”.

Após 19 dias de paralisação, acaba greve na EBC, a mais longa desde 2013

Com 19 dias de paralisação, greve na EBC é a mais longa desde 2013

Em assembleia nessa terça-feira (14/12), as trabalhadoras e trabalhadores da EBC decidiram suspender a greve de 19 dias, a mais longa desde 2013, ano em que os profissionais suspenderam as atividades por 16 dias. Ao mesmo tempo, mantiveram o estado de greve, após decisão judicial de quantitativo mínimo, enquanto o Tribunal Superior do Trabalho analisa o Dissídio Coletivo. Nesta quinta-feira (15/12), haverá mediação chamada pelo Ministério Público do Trabalho. Segundo os movimentos sindicalistas de radialistas e jornalistas de Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro, cerca de 70% dos funcionários aderiram à paralisação.

O Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal (SJPDF) informou que a greve, iniciada em 26 de novembro, foi em protesto à retirada de direitos dos trabalhadores, à demora na negociação do Acordo Coletivo de Trabalho e ao avanço na privatização da empresa.

Em entrevista ao Poder 360, Juliana Cézar Santos, coordenadora do sindicato, disse que as reivindicações dos funcionários são “reajuste salarial de acordo com a inflação” e “manutenção das cláusulas do último acordo coletivo”. “Diariamente, os empregados e empregadas sofrem censura, assédio moral e perseguição. A gestão da empresa é dividida entre militares e pessoas ligadas ao gabinete do ódio da família Bolsonaro”, denuncia a coordenadora.

O estopim da greve foi a suspensão do antigo acordo coletivo, há um mês, o que fez com que diversos direitos deixassem de valer, como o auxílio a pessoas com deficiência, a estabilidade pós-licença-maternidade e o adicional noturno.

Em 8/12, a EBC chegou a acionar a polícia contra os funcionários em greve por causa de um aparelho de som, que, segundo os grevistas, estava desligado. E um dia depois, a empresa entrou com uma ação de Dissídio Coletivo junto ao Tribunal Superior do Trabalho.

Ao Poder 360, Márcio Garoni, diretor da Federação Nacional dos Jornalistas e funcionário da TV Brasil, disse que a EBC vem sendo “intransigente”, recusando pedidos dos trabalhadores, como a reposição das perdas da inflação e a regulamentação do trabalho remoto, e querendo implementar um banco de horas, o que, segundo ele, “é muito prejudicial aos funcionários”.

Boris Johnson e a falta que faz um bom assessor de imprensa

Boris Johnson e a falta que faz um bom assessor de imprensa

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

A gestão da Coivd-19 no Reino Unido foi turbulenta desde o início. Mas nem quando o país registrava 1,2 mil mortes por dia, número absurdo diante de seus 67 milhões de habitantes, o desgaste de imagem do primeiro-ministro foi tão grande como agora.

A culpa não é só do coronavírus. Boris Johnson enfrenta denúncias envolvendo doações ao partido Conservador e uso de verbas para reformas na residência oficial, bem como questionamentos sobre o custeio de viagens de férias.

No entanto, tudo piorou depois das notícias sobre confraternizações realizadas em Downing Street 10, onde trabalha a cúpula da administração pública, no longínquo dezembro de 2020, quando o país amargava um lockdown.

Parece notícia velha. Mas a mídia, os adversários políticos e sobretudo a população não perdoam o fato de os criadores das regras que separaram famílias inteiras no Natal passado terem sido os primeiros a descumpri-las.

Assessores de comunicação têm a missão de aconselhar os líderes nas crises e atenuar problemas diante da imprensa e do público.

Ironicamente, coube a uma graduada assessora o episódio mais inacreditável do enredo.

A protagonista foi Allegra Stratton, experiente jornalista de TV, que havia sido contratada por Johnson para ser a porta-voz do governo. A ela caberiam os briefings diários para a imprensa, no modelo americano, em um auditório que consumiu quase 2 milhões de libras (e mal foi usado).

Stratton cometeu um erro infantil, ignorando um conselho elementar dado a executivos em media trainings: nem de brincadeira deixar-se gravar falando o que não falaria em público.

Em uma simulação para o papel que viria a desempenhar, respondeu com ironias a perguntas sobre uma suposta confraternização na sede do governo durante o lockdown, em meio a risos.

A falha primária, capaz de comprometer o governo se o vídeo vazasse − como vazou −, é incompatível com uma profissional de seu calibre. E mais: tendo ao lado um time de profissionais de comunicação.

Difícil entender como ninguém apagou o trecho, que ficou esperando para sair das trevas e assombrar o governo no momento certo.

O momento foi justamente após rumores sobre as festas começarem a aparecer. Sem provas, quem poderia confirmar? Mas as provas existiam, verbalizadas pela principal figura da comunicação do governo britânico naquele momento.

Depois do vazamento, um furo da ITV, Stratton pediu demissão aos prantos, desculpando-se por ter dado a impressão de fazer troça. Não era impressão, como se pode atestar no vídeo.

Mas continuou faltando assessoramento. O primeiro-ministro passou a semana esquivando-se de responder sobre as confraternizações, e se teria participado delas. Até que o tabloide Sunday Mirror colocou a pá de cal.

“Nada vai acontecer”

No domingo, publicou uma foto de Johnson comandando alegremente um quiz, ao lado de dois auxiliares sem máscara. Não há provas de que os demais competidores estivessem ou em grupos em outras salas da sede do governo, quebrando o isolamento, como as “fontes” informaram à imprensa.

No entanto, diante de imagens, fica difícil acreditar que as outras festinhas não aconteceram ou que o líder da nação não tinha conhecimento delas.

Mais difícil ainda é entender como nenhum assessor impediu seu assessorado de comandar o quiz, já que qualquer um poderia capturar a imagem.

Alguns analistas atribuem esse comportamento de Boris Johnson a um excesso de confiança, a uma sensação de que nada vai acontecer com ele.

Pode ser. E quem trabalha ou já trabalhou em assessoria de imprensa sabe que nem sempre os conselhos são seguidos.

Mas, nesse caso, os próprios assessores entraram no jogo do “nada vai acontecer”, falha imperdoável para quem é treinado para antecipar crises.

É verdade que ao fim de 2020 todos estavam extenuados depois de quase um ano de pandemia, ansiosos para confraternizar. Mas não eram apenas os que comandavam o governo. Era toda a população.

Não foi seguro brincar com esse sentimento. E o preço para a nação é alto.

Uma pesquisa feita pelo instituto YouGov na semana passada revelou que 70% dos entrevistados não confiam em Boris Johnson para liderar as medidas de contenção da variante ômicron.

Pior: entre os que não se mostram inclinados a cumprir regras de isolamento, um em cada cinco atribui a decisão ao mau exemplo dado pelo primeiro-ministro e por seus auxiliares.

Isso é mais do que crise política. É uma severa crise de confiança, com efeitos sobre a saúde pública, que assessores mais responsáveis e cuidadosos poderiam ter ajudado a evitar − para começar, proibindo festas e não participando delas ou brincando com a câmera ligada.

Se há uma lição nessa história é a de que contra fatos (e fotos, e gravações…) não há argumentos.


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El País Brasil encerra atividades

El País Brasil encerra atividades

O jornal El País anunciou nesta terça-feira (14/12) o fim de sua versão em português. Segundo comunicado aos leitores, a versão, criada em 2013, atingiu grandes audiências e números relevantes de assinantes digitais, mas “não alcançou sua sustentabilidade econômica, o que levou à decisão por sua descontinuidade”.

A publicação, porém, manterá correspondentes em São Paulo e destaca que a edição do El País América “oferece a mais completa cobertura em espanhol da área”, a partir de sua redação na Cidade do México, escritórios em Washington, Bogotá e Buenos Aires, e profissionais nas principais capitais da região. “Um esforço que será ampliado nos próximos meses e no qual o jornal concentrará suas energias”, escreve a publicação.

“Queremos agradecer aos profissionais do El País Brasil por seu grande esforço e dedicação”, diz o texto. “Como também à fidelidade de nossos leitores, que poderão acompanhar a informação sobre a região e o resto do mundo em nossa edição da América. Para este jornal, o Brasil é um eixo da informação global tanto no plano político e econômico, quanto no cultural e social”.

Segundo J&Cia apurou, os cortes têm relação direta com a passagem do controle da espanhola Prisa, que edita o jornal, para a norte-americana Vivendi. No Brasil, serão 17 demissões de colaboradores fixos.

Boris Casoy assina com a CNN Brasil

Boris Casoy assina com a CNN Brasil

A CNN Brasil anunciou nesta terça-feira (14/12) a contratação de Boris Casoy, que a partir de 10 de janeiro será comentarista do quadro Liberdade de Opinião, dentro do programa CNN Novo Dia, que vai ao ar de segunda a sexta, das 6h às 11 horas.

Ele assume o lugar de Alexandre Garcia, demitido em setembro pela emissora após defender remédios ineficazes contra a Covid-19. No quadro, dois comentaristas apresentam opiniões divergentes sobre um mesmo tema. O outro debatedor é Sidney Rezende.

Casoy iniciou a carreira com 15 anos de idade, como narrador e locutor esportivo na Rádio Eldorado. No jornalismo impresso, foi editor de política, editor-chefe da Folha de S.Paulo e colunista da seção Painel. Aos 36 anos, assumiu o cargo de diretor de Redação do jornal, onde permaneceu até o final dos anos 1980.

Na televisão, foi âncora de Rede Record (1997 a 2005), TV Band (2008 a 2016) e RedeTV, onde ficou até o ano passado. É autor de famosos bordões como “isso é uma vergonha” e “é preciso passar o país a limpo”, este último criado na época do impeachment do ex-presidente Fernando Collor.


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Abraji destaca como meios de mídia independentes se sustentam

Amazônia Real é finalista do Prêmio de Liberdade de Imprensa da RSF

Após analisar questões de financiamento e sustentabilidade que atingem o jornalismo nos dias atuais, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) listou dez iniciativas de mídia independentes que mostram como e o que fazem para se sustentar.

Os veículos, das cinco regiões do País, citam financiamento coletivo, parcerias público-privadas, editais, publicidade, assinatura fixa, branded content, entre outras estratégias utilizadas para viabilizar seus negócios.

A entidade destaca uma pesquisa realizada pela SembraMedia em América Latina, Sudeste Asiático e África, que mostra que a maioria das 200 mídias digitais analisadas não sofreu enormes perdas financeiras em decorrência da pandemia, como ocorreu com a mídia tradicional.

Segundo a pesquisa, isso ocorreu pois essas mídias não são exclusivamente dependentes de publicidade, e porque os financiamentos via subvenções aumentaram em 2020 (recursos de fundações privadas, investidores filantrópicos, subsídio de ONGs, entre outros).

Na Região Norte, a Abraji destaca o site investigativo Amazônia Real, cuja sustentabilidade financeira é baseada em doações de leitores, parcerias com instituições filantrópicas e parcerias com empresas privadas; e o podcast As Amazonas, produzido de forma gratuita nos estúdios da Jovem Pan, que busca financiamento para a segunda temporada.

No Nordeste, a entidade destaca a Agência Tatu de Jornalismo de Dados, formada por estudantes de jornalismo e sustentada por parcerias com empresas privadas, instituições públicas e ONGs; e a Mídia Caeté, cuja sustentabilidade vem de editais, campanhas de financiamento coletivo e trabalhos de comunicação para organizações focadas em direitos humanos.

No Sudeste, a Alma Preta, especializada na temática racial do Brasil, tem seis formas de captação de receitas: subvenção de entidades do Terceiro Setor, publicidade, editais para empresas jornalísticas, consultorias, doação de apoiadores e produção de conteúdo para terceiros; e a Ponte Jornalismo, que se sustenta com o programa de membros Tamo Junto, além de aporte de fundações, venda de conteúdo e serviços, entre outros.

No Sul, o Jornal Plural arrecada cerca de 80% de suas receitas através de publicidade e apoio de assinantes; e o Grupo 100fronteiras utiliza publicidade paga e busca novas fontes de receita, como assinaturas e venda de produtos digitais.

No Centro-Oeste, a Abraji destaca a Rádio Noroeste, com doações de entidades, e planos para a implementação de novos projetos, como um rodízio de doações e editais para promoção de eventos culturais; e a Revista Badaró, que se sustenta a partir de parcerias com empresas e um inovador plano de assinatura via PicPay.

Leia mais sobre as iniciativas destacadas.

O inacreditável encontro de Deus com Marx

Especial de J&Cia mostra encontro ficcional entre Deus e Marx

Assis Ângelo ficou cego há oito anos. Teve descolamento na retina nos dois olhos e nada houve na medicina capaz de salvar-lhe a visão. Desde então, vive o desafio de seguir, como cego, a vida que por 61 anos enxergara na plenitude.

Ao longo da carreira, passou pelos mais importantes veículos e cargos do jornalismo. Teve programa de rádio sobre cultura popular, líder de audiência nas noites de sábado. Frequentou e foi frequentado por dezenas de artistas do Brasil. E sua paixão pelo tema levou-o a formar aquele que talvez seja o maior arquivo de cultura popular do País nas mãos de um particular. São mais de 200 mil itens, entre discos (bolachões, LPs, compactos, CDs), partituras, quadros, cordéis, livros, jornais, revistas, esculturas, artesanatos, tudo armazenado no apartamento de pouco mais de 100 m2 em que mora, no bairro dos Campos Elíseos, em São Paulo.

Com mente privilegiada e memória inacreditável, Assis tem produzido textos diários para seu blog e conteúdos semanais para a coluna que produz para este Jornalistas&Cia, mostrando preciosidades de seu acervo (e já há uns seis, sete anos, sem nunca falhar). Isso quando não lhe damos algum desafio extra, muitas vezes provocado por ele mesmo, como foi a magistral entrevista fictícia que fez com João do Rio, cujo centenário de morte foi celebrado em junho passado, e que, graças à insistência dele, foi o tema do especial de J&Cia sobre o Dia da Imprensa. É também dele o brilhante texto sobre a história dos negros e da Imprensa Negra no Brasil para outro especial que produzimos, com o Perfil Racial da Imprensa Brasileira, publicado na Semana da Consciência Negra, em novembro passado.

Forte pela capacidade e pela intensidade de produção, de conhecimento e experiência, e frágil pela crueldade da cegueira, ele de trabalho não reclama, não foge, não tergiversa. Tudo o que a ele é proposto e que esteja ao seu alcance, não refuga. Faz.

Só que Assis ficou invisível para o mercado, após a cegueira. Poucos dele se lembram. Poucos o procuram para dar trabalho. Quase ninguém, das centenas de amigos que frequentaram regularmente sua casa e seus projetos, hoje o visitam. E é dessa invisibilidade que ele reclama, pois tem cabedal, saúde e energia para conduzir programas de rádio sobre cultura popular, programas de televisão sobre deficiência física, colunas em jornais, revistas ou sites sobre atualidades ou cultura. Mas, qual o quê, quem dele se lembra? Pois J&Cia avisa: Assis está aí, no pedaço, pronto para o que der e vier, louco para trabalhar, com a experiência de quem já foi repórter de polícia, chefe de reportagem, assessor de imprensa, curador de dezenas de projetos culturais e com a capacidade de quem continua a ser poeta, escritor, contador de causos, palestrante, autor de cordéis, entrevistador (e dos bons), entre outras façanhas.

Uma delas − anotem aí, pois ele busca quem o apoie − foi adaptar para cordel e teatro Os Lusíadas, de Camões, que em 2022 completará 450 anos de lançamento. Está prontinho. É só enfornar.

Pois bem, a mais recente loucura que propusemos a ele foi conceber um encontro e uma conversa surrealista entre Deus e Marx, para ver até onde poderia chegar sua imaginação, com base em todo o conhecimento que tem da Bíblia, da Antiguidade, do Cristianismo e de Marx. Seria um desdobramento da inusitada entrevista com João do Rio.

Pois foi esse o desafio que ele topou enfrentar, criando este Inacreditável Encontro de Deus com Marx, que teve ainda a participação de Jesus Cristo, combinando filosofia, ficção, humor e informação histórica (as ilustrações são do cartunista Fausto Bergocce). Um desafio que tem tudo, agora, para virar peça de teatro, quem sabe história em quadrinhos e outros filhotes que o talento de Assis poderá ajudar a concretizar.

Esse é o melhor presente de Natal que o Jornalistas&Cia e o Portal dos Jornalistas podem dar a essa espetacular audiência que há 26 anos nos acompanha. Leiam, compartilhem, comentem, pensem em como usar ainda melhor o talento de Assis Ângelo.

Leia o especial na íntegra aqui.

Crédito: Fausto Bergocce

Entidades repudiam agressões de seguranças de Bolsonaro a jornalistas na Bahia

Entidades repudiam agressões de seguranças de Bolsonaro a jornalistas na Bahia

Jornalistas da TV Bahia, afiliada da Globo na Bahia, e da TV Aratu, afiliada do SBT, foram agredidos por seguranças do presidente Jair Bolsonaro nesse domingo (12/12), em Itamaraju. Ele visitava o local após as fortes chuvas que atingiram a região. Entidades defensoras da liberdade de imprensa repudiaram o ocorrido.

Os profissionais agredidos foram Camila Marinho e Cleriston Santana, da TV Bahia, e Dário Cerqueira e Xico Lopes, da TV Aratu. Eles aguardavam no estádio municipal Juarez Barbosa o pouso do helicóptero que transportava o presidente. Após o pouso, seguranças impediram a aproximação dos jornalistas e um deles agarrou Camila pelo pescoço, em espécie de “mata-leão”.

Em seguida, Bolsonaro subiu na caçamba de uma caminhonete, e os jornalistas tentaram novamente uma entrevista com o presidente, mas um segurança impediu que eles erguessem os microfones e os acusou de agressão após um dos microfones esbarrar em suas costas: “Se bater de novo, vou enfiar a mão na tua cara. Não bata em mim. Não batam em mim”, ameaçou.

Um militante bolsonarista puxou os microfones dos profissionais e outro arrancou a pochete de Camila Marinho, que foi recuperada posteriormente.

Em nota, a Globo repudiou as agressões: “As cenas bárbaras deste domingo e aquelas ocorridas na Itália, no dia 31 de outubro, ensejam duas constatações. Se os seguranças agem por contra própria, a Presidência deve ser responsabilizada por omissão. Se agem seguindo ordens superiores, a Presidência deve ser responsabilizada por atentar contra a liberdade de imprensa e fomentar a violência contra jornalistas”.

“Além disso, é escandalosa a atitude da Presidência de deixar jornalistas à própria sorte, em meio a apoiadores fanáticos, que são insuflados quase diariamente pelo próprio presidente em sua retórica contra o trabalho da imprensa”, disse a emissora. “Frente aos evidentes e graves riscos enfrentados por repórteres de todos os veículos, é urgente que o Judiciário se pronuncie”.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) escreveu em nota que “demanda que as autoridades competentes orientem a equipe de segurança do presidente para que respeite o trabalho dos jornalistas, pois lamentavelmente esse tipo de agressão vem se repetindo. Além disso, exige que Jair Bolsonaro cesse os ataques verbais contra a imprensa, os quais incentivam sua militância a agredir repórteres e impedir seu trabalho, o qual é garantido pela Constituição Federal”.

Paulo Jeronimo, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) escreveu que “cabe aos democratas repudiarem mais esta agressão, que tem o objetivo de cercear e intimidar o livre exercício do jornalismo, na tentativa de impedir a plena circulação das informações”.

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) escreveu que, “na raiz da violência do presidente, seguranças e seguidores, está a postura antidemocrática e autoritária que caracteriza esta corrente política e é sua forma de imposição e reconhecimento. Este governo elegeu a imprensa como inimiga porque quer se esconder da sociedade e omitir da população a tragédia que são os três anos da pior gestão presidencial da história democrática do País”.

Turma da Mônica Jovem reflete sobre os perigos das fake news

Turma da Mônica Jovem reflete sobre os perigos das fake news

Mauricio de Sousa e Januária Cristina Alves lançam o livro #XôFakeNews (Nova Fronteira/Mauricio de Sousa Editora), com personagens da Turma da Mônica Jovem, que debate sobre perigos da desinformação, liberdade de expressão e outros temas urgentes. Na história, a personagem Tina, agora formada em Jornalismo, faz uma palestra sobre as diferenças entre informação, notícia e opinião, e as fake news.

O objetivo da obra é falar de forma leve e descontraída para o público jovem sobre a difusão massiva de desinformação, tratada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “infodemia”. O roteiro da história faz os personagens refletirem sobre temas relacionados às fake news, e convida também o leitor a pensar sobre as consequências de suas atividades nos ambientes digitais. O livro tem ainda a participação da influencer Camila Coutinho, que dá dicas a Tina sobre como trabalhar com as redes sociais.

“Junte-se a nós nessa luta constante contra as fake news”, escreve Mauricio de Sousa na apresentação do livro. “Porque informação boa é aquela apurada, checada, baseada em pesquisas sérias. Prefira sempre os fatos; e não os boatos”. O prefácio da obra é de Michael Klaus, coordenador de Comunicação do Unicef no Brasil, e o texto de orelha é de Laura Mattos, da Folha de S.Paulo.

Globo demitiu 12 jornalistas veteranos em seis meses, mostra levantamento

Globo encerrará canal de TV na Europa em 31/12

A TV Globo demitiu nos últimos seis meses 12 jornalistas veteranos, que tinham de 15 a 46 anos de empresa, segundo levantamento do Poder 360, que contabilizou os profissionais demitidos de julho até 8 de dezembro. Em média, foram duas demissões por mês.

Em julho, deixou a emissora o comentarista esportivo Carlos Cereto, após 20 anos de casa. Um mês antes, ele criticou as opiniões políticas de colegas, dizendo que havia “muita lacração” por parte dos companheiros de imprensa.

Só em outubro, seis jornalistas foram demitidos: Alberto Gaspar (39 anos de casa), Ari Peixoto (34 anos), Robinson Cerântula (28 anos), Fernando Saraiva (22 anos), Roberto Paiva (21 anos) e Alexandre de Oliveira (15 anos).

E em novembro, outros cinco profissionais deixaram a emissora, incluindo Francisco José, ex-Globo Repórter, o mais experiente da lista, que estava há 46 anos na emissora. Também foram demitidos José Hamilton Ribeiro e Isabela Assumpção, ambos com 41 anos de casa; Renato Machado, com 39; e Eduardo Faustini, o repórter secreto do Fantástico, com 26 anos.

Segundo o Poder 360, as demissões são resultado de um processo de corte de gastos da empresa, que afetou os jornalistas mais experientes do grupo. Além das demissões, a emissora cortou salários de funcionários. Procurada pela reportagem do Poder 360, a Globo não se pronunciou até a publicação deste texto.

Confira mais detalhes do levantamento aqui.

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