O ministro do STF André Mendonça pediu vista, em 5/2, do processo que pede a suspensão do monitoramento, pelo Governo Federal, de parlamentares e jornalistas em redes sociais. No dia anterior, a relatora da ação, ministra Cármen Lúcia, havia votado pela inconstitucionalidade de todo e qualquer ato da Secom voltado à produção desse tipo de relatório. A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental foi protocolada pelo Partido Verde.
Segundo reportagem do UOL, uma empresa de comunicação contratada pelo Governo Federal orientava como o órgão deveria lidar com um grupo de 77 jornalistas, como resultado de um levantamento intitulado “mapa de influenciadores”. Na análise da empresa, o relatório separou os perfis em três categorias: os “detratores”, aqueles que iriam contra o atual governo, os “neutros informativos” e os “favoráveis”. Além das classificações, a análise dizia como o governo deveria agir com os influenciadores.
No voto, a ministra Cármen Lúcia argumentou que a atividade caracteriza desvio de finalidade da Secretaria e destaca que não seria lícito: “Não está entre atribuições da Secretaria Especial de Comunicação – nem seria lícito – a função de monitorar redes sociais de pessoas, físicas ou jurídicas, até porque objetivo dessa natureza descumpre o caráter educativo, informativo e de orientação social que legitimam a publicidade dos atos estatais”.
O Instituto Reuters recebe até a próxima segunda-feira (14/2), as inscrições para o Journalist Fellowship Program. O treinamento terá duração de três a seis meses, com aulas presenciais na Universidade de Oxford, e disponibilizará bolsa de estudos para jornalistas em começo de carreira.
O início do programa está previsto para outubro deste ano e, para participar, é necessário ter pelo menos cinco anos de experiência na área, além de certificado de conhecimento da língua inglesa. O programa exige dedicação exclusiva e podem se inscrever jornalistas de todo o mundo.
A bolsa de estudos ofertada pela Reuters cobre totalmente os custos das viagens, além de documentação e moradia.
Já há muito tempo que o rádio tem se apoiado em conteúdos de outras mídias para alcançar mais audiência em plataformas diferentes. Nesse contexto, o uso de vídeos nas transmissões ao vivo e em eventos como jogos, shows, e externas tem se tornado um fator diferencial para a produção dos conteúdos.
Muitas emissoras e produtoras já pensam seus produtos sonoros com a produção de vídeo inclusa, textos para sites, redes sociais e fotos para as chamadas.
Para os puristas, isso “mata” a graça do meio rádio e das mídias sonoras, pois tira sua principal característica: a falta da imagem, que favorece a imaginação dos ouvintes. Por outro lado, ocorreram várias mudanças nos perfis dos públicos e da própria forma de consumir mídia. Com isso, fica difícil que os mais jovens queiram apenas ouvir, de forma passiva, uma programação pré-determinada.
Em meio a esse cenário, o YouTube, a segunda maior plataforma de busca do planeta, tornou-se uma das formas mais utilizadas para a transmissão de imagens pelas rádios, produtoras e podcasters.
Para Eduardo Brandini, head de Parcerias do YouTube Brasil e professor do curso de Rádio, TV e Internet da Faap, esse caminho já era esperado, pois não podemos dissociar o áudio do vídeo, sendo a complementariedade de ambos o grande produto de consumo nas redes.
Eduardo Brandini
Ele lembra que, independentemente do conteúdo, todos querem formas diferentes de distribuição e, para isso, a plataforma na qual trabalha tem grande potencial, sendo que a cada minuto são inseridas 500 horas de produção no YouTube. Parte disso, são vídeos sem importância para a grande maioria, mas temos receitas, tutoriais, vídeocassetadas, aulas, palestras etc., no mesmo espaço virtual, possibilitando ao público uma vasta gama de opções.
Brandini destaca que o diferencial está nas narrativas apresentadas, principalmente a forma autoral do áudio. Ou seja, o vídeo é uma forma de ilustrar as falas (narrativas) apresentadas em áudio dentro da plataforma. Esse elemento é o diferencial entre os diversos produtores de conteúdo.
O pesquisador traz outro elemento para o cenário: os “sentidos” dados pelos produtores aos produtos disponibilizados. Para isso, não basta contar uma história, mas, sim, pensar em como contar aproveitando ao máximo as características técnicas disponíveis e o fator humano envolvido.
Assim, para Eduardo, os podcasts ganharam grande visibilidade, explorando uma das características fundamentais da comunicação: a pessoalidade de uma conversa. Ele recorda que assistir a um jogo de futebol pela TV ou ouvir pelo rádio sozinho (sem qualquer pessoa por perto) é chato, pois para quem vamos reclamar da arbitragem ou da falta de garra do jogador? Por isso, os podcasts e transmissões de rádio com vídeo ficaram tão interessantes: eles são o prolongamento da conversa do bar, do sofá de casa, da janela com o vizinho.
Isso justifica o interesse do público em uma transmissão histórica, ocorrida na última semana de janeiro, quando o pessoal do Flow Podcast transmitiu um jogo ao vivo (com imagem) via YouTube. O diferencial não foi a narração, mas a conversa com o público durante o jogo, os comentários, as piadas e os conflitos. Tudo muito próximo do que fazíamos no rádio lá nos anos 1970 e 80, porém agora com as imagens do estúdio ou do jogo.
Modernos estúdios de rádio incluem recursos de vídeo
Nos últimos cinco anos houve um aumento do número de emissoras transmitindo as imagens de eventos e de seus estúdios. O professor afirma que, “mais importante do que saber onde está a bola, é poder trocar ideias, conversar, discutir com os apresentadores, permitindo que os ouvintes tenham o status de usuários, podendo escolher o que ouvir e quando ouvir, interagindo com o material”.
Essa interação é beneficiada pelo uso do áudio, pois o consumidor pode fazer várias atividades enquanto acompanha um conteúdo escolhido. No caso da transmissão do podcast do jogo, por exemplo, o narrador envolve o ouvinte no ambiente em que ele não pode estar (por qualquer motivo) possibilitando que reclame, xingue, ria e chore com o comunicador.
Para Brandini, é o som da conversa em contraponto à narração formal que gera a conexão entre amigos (comunicadores e ouvintes), somando imagens mediadas pela internet.
Novamente, vem a velha história de que com tudo isso uma mídia matará a outra. NÃO!!!!. O head de parcerias do YouTube reafirma que isso não é verdade e que cada mídia tem seu espaço, porém gera uma necessidade latente de que cada meio de comunicação seja repensado para interagir com esse novo contexto.
Brandini é categórico: “Cada vez mais teremos novas formas de transmissão, mas o foco é o formato, não o meio”. Particularmente, podemos entender que essa é a chave do sucesso para os profissionais de mídia. Não importa por onde o consumidor irá acessar o conteúdo, o que importa é que ele acessará algo que realmente queira ver e ouvir…
Outro ponto chave para o futuro dos conteúdos, segundo ele, é que todos disputam o mesmo espaço de atenção do público. Brandini exemplifica usando uma pizza que representaria as 24 horas de um dia de um consumidor.
Imagine que o tamanho da pizza não muda, mas o número de pedaços sim… É o mesmo processo com a nossa atenção diante dos diversos conteúdos nos quais somos bombardeados todos os dias. Dessa forma, o vídeo de um produto novo em uma rede social, uma notícia sobre a pandemia da Covid-19 e uma conversa no WhatsApp disputam o mesmo espaço de atenção do usuário.
Nesse ponto, entra o fator empatia e humanidade, pois, para Eduardo, quem será visto ou ouvido é quem conseguiu gerar uma conexão com seu público. Fator muito forte para quem usa áudio, pois é um recurso que traz confiança e proximidade com o mediador.
E isso se estende a todos os profissionais que pretendem atuar com comunicação nesse mundo digitalizado, sejam jornalistas, produtores de conteúdo, humoristas, artistas etc. Brandini afirma que eles terão cada vez mais que se organizar sobre as diversas formas de tecnologias, pensando no diferencial de como contar suas histórias.
Tudo isso, porque os acessos às tecnologias foram barateados com os anos e basta um celular para que um consumidor se transforme também em produtor de conteúdo. Tudo seguindo a lógica da conversa casual…
O pesquisador recorda: “Quando você quer contar algo diferente para outra pessoa, as vezes só o texto não dá conta, então você manda um áudio. Mas, às vezes, o áudio ainda é insuficiente, aí mandamos um vídeo. Pôxa, ainda falta algo… temos que fazer referência a um momento que estivemos juntos… então mandamos uma foto em um link de uma rede social…” Tudo isso faz parte da mesma conversa. Ou seja, temos de pensar em uma comunicação com todos esses elementos, pois é assim que conversamos em nosso cotidiano, pais e filhos, chefes e colaboradores, amigos, namorados, casais… enfim, todos utilizam essas ferramentas.
Eduardo Brandini cita como tendência para a empresa a diversificação e segmentação dos conteúdos, possibilitando que sempre alguém produza algo para que outro alguém consuma.
Nesse contexto, a criatividade e a forma de contar serão fatores decisivos para capturar o consumidor. E finaliza: “Não adianta produzir mais se as pessoas não conseguem ter mais tempo para consumir”. É preciso produzir sempre mais e melhor para sobreviver nesse mercado.
Se você quer saber mais sobre o tema ou apenas ouvir a entrevista, entre neste link abaixo e ouça o podcast Radiofrequência.
Álvaro Bufarah
(*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.
Givanildo Oliveira foi morto a tiros na noite da última segunda-feira (7/2), em Fortaleza, próximo de sua casa.
Givanildo Oliveira, criador do portal de notícias Pirambu News, foi morto a tiros na noite da última segunda-feira (7/2), em Fortaleza, próximo de sua casa.
No canal, que leva o nome de um bairro da cidade e que acumula mais de 73.600 seguidores em Instagram, Facebook, YouTube e no blog de notícias, Oliveira divulgava matérias contra violência e fazia denúncias de crimes que aconteciam principalmente em Pirambu.
Em sua última postagem, Gigi, como era conhecido, divulgou a prisão de um suspeito de duplo homicídio ocorrido no domingo (6/2) e, segundo a Abraji, as primeiras informações apontam que “ele havia sido ameaçado para que não publicasse informações sobre criminosos da região”.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Ceará lamentou em nota a morte de Givanildo Oliveira e ressaltou que “entre os anos de 1995 e 2021, ao menos 70 jornalistas e comunicadores foram executados por conta do exercício da profissão no Brasil”.
A Abraji repudiou o crime, “que apresenta todos os indícios de ser uma retaliação ao seu trabalho como jornalista”. E ressaltou que “é inadmissível que um jornalista seja morto ao exercer sua profissão. Também preocupa o grave efeito de tais ataques à democracia, como a suspensão, por parte de um site regional, do noticiário policial, medida adotada pelo Portal Fortaleza para preservar a integridade física de sua equipe”.
A Jovem Pan demitiu o comentarista Adrilles Jorge após ele fazer um gesto com a mão direita que foi associado ao Sieg Heil, uma saudação nazista. O caso ocorreu no programa Jovem Pan News, durante debate sobre o caso do youtuber Monark, que defendeu no podcast Flow a existência de um partido nazista no Brasil.
No final do programa, Adrilles disse que “o nazismo matou seis milhões de judeus. O comunismo matou mais de 100 milhões de pessoas e hoje é visto aqui no Brasil como uma coisa livre, absolutamente liberada como partidos organizados”. Ao se despedir, levantou a mão direita e fez o gesto que foi associado à saudação nazista. É possível ouvir o apresentador William Travassos comentar “surreal, Adrilles”.
Não sou capaz de determinar o que rolou aqui, mas vi o vídeo em baixa qualidade circulando, fui atrás do arquivo com qualidade e o apresentador William Travassos terminou o jornal com um “surreal, Adrilles” pic.twitter.com/uIOe59nlLs
Adrilles foi muito criticado nas redes sociais, com acusações de apologia ao nazismo. Jornalistas, sociólogos, instituições judaicas e influenciadores repudiaram o gesto do comentarista. Ele defendeu-se das acusações, dizendo que foi apenas um “tchau” para os telespectadores.
O jornalista William de Lucca publicou que “o mundo é cheio dessas coincidências”, com um print do gesto de Adrilles ao lado de uma foto do ditador nazista Hitler, fazendo gesto semelhante. Em outro post, escreveu que “Adrilles Jorge sabe o que fez. Sabe a saudação que fez. Sabe o que ela significa. Fez de propósito num debate sobre nazismo. Em seguida, ri, sozinho, ante a incredulidade de seus companheiros de programa. Ele sabe o que fez. Todos sabemos”.
Adrilles Jorge sabe o que fez.
Sabe a saudação que fez.
Sabe o que ela significa.
Fez de propósito num debate sobre nazismo.
Em seguida, ri, sozinho, ante a incredulidade de seus companheiros de programa.
Thiago Amparo, advogado e colunista da Folha de S.Paulo, questionou: “Será que o Adrilles Jorge fez uma saudação nazista enquanto defendia que partidos nazistas existissem legalmente ou só foi uma mera coincidência e ele quis dar um tchau pra mãe dele que estava vendo o programa?”
Será que o Adrilles Jorge fez uma saudação nazista enquanto defendia que partidos nazistas existissem legalmente ou só foi uma mera coincidência e ele quis dar um tchau pra mãe dele que tava vendo o programa? https://t.co/c3Cyra4Ywa
Diogo Schelp, colunista da Gazeta do Povo e comentarista da Jovem Pan, que estava ao lado de Adrilles durante o ocorrido, publicou que repudia “qualquer uso de símbolo do nazismo ou relativização dessa ideologia abjeta que levou ao assassinato em massa de milhões de pessoas, principalmente judeus”. Ele escreveu que não viu o gesto de Adrilles pois estava olhando para a câmera, e que, ao ser questionado pelo apresentador William Travassos, o comentarista disse, fora do ar, que havia sido apenas um gesto de despedida.
“Por isso, não posso afirmar se foi intencional ou não. O que posso dizer é que me provoca repulsa, por tudo o que já pesquisei e escrevi sobre o assunto, ver minha imagem na tela ao lado de um gesto que foi interpretado, corretamente ou não, como uma saudação nazista”, escreveu.
Repudio qualquer uso de símbolo do nazismo ou relativização dessa ideologia abjeta que levou ao assassinato em massa de milhões de pessoas, principalmente judeus.
Não vi a saudação de @AdrillesRJorge ao final do Opinião porque estava de lado para ele, olhando para a câmara+
O grupo Judeus pela Democracia repudiou o ocorrido: “Já vimos atrocidades serem ditas nesta TV e rádio, mas um ‘sieg heil’ é absurdo demais, até para a Jovem Pan. Depois de um dia como ontem, após um deputado e um youtuber defenderem a existência do Partido nazista no Brasil, Adrilles fez uma SAUDAÇÃO NAZISTA na TV. Intolerável”.
Já vimos atrocidades serem ditas nesta TV e rádio, mas um "sieg heil" é absurdo demais, até para a Jovem Pan.
Depois de um dia como ontem, após um deputado e um youtuber defenderem a existência do Partido nazista no Brasil, Adrilles fez uma SAUDAÇÃO NAZISTA na TV.
— Judeus pela Democracia – Oficial (@jpdoficial1) February 9, 2022
Adrilles escreveu no Twitter que “a insanidade dos canceladores ultrapassou o limite da loucura. Depois de um discurso meu veemente contra qualquer defesa de nazismo, um tchau é interpretado como um saudação nazista. Nazista é a sanha canceladora que não enxerga o próprio senso assassino do ridículo”.
A insanidade dos canceladores ultrapassou o limite da loucura . Depois de um discurso meu veemente contra qualquer defesa de nazismo, Um tchau é interpretado como um saudação nazista . Nazista é a sanha canceladora que não enxerga o próprio senso assassino do ridículo
O repórter Fernando Rêgo Barros deixou a Globo nessa terça-feira (8/2) após 31 anos de casa. Em seu Instagram, contou que gravou sua última matéria para a emissora no domingo (6/2), que foi ao ar no Bom Dia, Brasil: “Não sabia que seria a minha última matéria na Globo”.
“Depois de 31 anos e milhares de reportagens, fui desligado da empresa onde aprendi quase tudo o que sei de jornalismo”, escreveu. “(…) Sei que o jornalismo sério, comprometido com a verdade e com os fatos, esse vai seguir comigo para onde eu for. Na Globo, muitos colegas se tornaram grandes amigos”.
Fernando realizou matérias dos mais diversos assuntos para os principais telejornais da Globo, em especial para o Jornal Nacional e o Jornal da Globo. Fez reportagens sobre política, saúde, economia e esportes. Cobriu tragédias como as enchentes de 2010 em Pernambuco para o Bom Dia PE e o surto de microencefalia em 2015, por causa do vírus Zika. Essa cobertura, inclusive, concorreu ao prêmio Emmy de Jornalismo. Nos esportes, cobriu a Copa do Mundo de 2014 e a Copa das Confederações de 2013.
Nos últimos anos, integrava a equipe da Globo em Brasília, focado na cobertura dos bastidores do poder na capital do País. Anteriormente, atuou na base da emissora em Pernambuco.
Fernando é mais um da lista de jornalistas veteranos demitidos da Globo nos últimos meses. Segundo levantamento de Poder360, de julho até 8 de dezembro do ano passado, deixaram a emissora ao menos 12 comunicadores que tinham de 15 a 46 anos de empresa.
O jornalista e escritor Odir Cunha idealizou um produto que pode revolucionar o futebol: o Cabeceador, espécie de capacete que, segundo ele, tem três grandes objetivos: dar mais potência e direção às cabeçadas dos jogadores; proteger a cabeça do jogador dos males que constantes cabeçadas podem levar ao cérebro; e criar mais um espaço de marketing e renda para jogadores e clubes.
Em entrevista para a Associação Nacional dos Inventores (ANI), Odir destacou o resultado de uma pesquisa de uma universidade de Nova York: quem cabeceia cerca de 1.500 bolas por ano pode desenvolver um tipo de concussão cerebral que com o tempo pode gerar outros males, como o mal de Alzheimer.
“Como jornalista, fui testemunha de vários casos de atletas que, na terceira idade, tiveram esses problemas de tanto cabecear a bola. O famoso Baltazar, o Cabecinha de Ouro, ídolo do Corinthians, teve Alzheimer, assim como Coutinho e Zito, lendas do Santos, e muitos outros casos. Então, esse produto vai amenizar as cabeçadas na bola”.
Diz ele que o Cabeceador vai também melhorar a potência e a direção das cabeçadas, com uma área mais lisa e compacta, ideal para o cabeceio: “O produto é reforçado, mais espesso e granulado, com uma superfície irregular justamente na área que mais toca na bola em uma cabeçada, na testa, no osso frontal e nos ossos temporais”. Segundo o jornalista, o produto poderá ser feito de diferentes tipos de plástico, mas o ideal seria o silicone, por ser mais flexível e leve. “Devemos pensar no peso também, considerando que o jogador ficará 90 minutos com o Cabeceador”.
Cabeceador (Crédito: Associação Nacional dos Inventores/YouTube)
Por fim, o produto criará um espaço importante para o marketing dos clubes e dos atletas, gerando mais lucro para todos: “Hoje em dia, a grande maioria dos atletas não vê necessidade de usar algo na cabeça, eles têm receio de que atrapalhe a cabeçada, e também porque eles não ganham nada com isso. Quando perceberem que usar o cabeceador vai gerar mais uma fonte de renda para eles, os profissionais vão usar. Isso será bom para eles, para os clubes e para o futebol”.
Sobre a situação atual do produto, Odir explicou que já conseguiu o protocolo da patente nacional e internacional, que congrega cerca de 150 países, e que agora tem cerca de 30 meses para decidir pela produção ou pela transferência dessa patente para uma grande empresa de materiais esportivos.
“Vejo esse produto sendo utilizado por todo mundo que joga futebol, em todos os continentes”, afirmou Odir. “Minha intenção é provar que o produto é eficiente e necessário ao futebol e, a partir daí, ouvir propostas de empresas da área interessadas em produzi-lo e torná-lo popular no mundo todo”.
O Cabeceador serviria não só para jogadores profissionais, mas também para amadores e crianças. Além disso, não seria utilizado apenas no futebol de campo, mas de salão, futevôlei, entre outros.
“No caso das crianças, como o produto é bonito, vistoso, elas podem querer usar, e os pais se sentirão mais seguros quando os filhos jogarem futebol. Em alguns países, como Escócia, Estados Unidos e até no Brasil, já se está proibindo crianças de cabecear a bola nas escolinhas de futebol, pois sabem dos males que as constantes cabeçadas podem causar ao cérebro. Com o Cabeceador, os riscos serão minimizados”.
Formado pelas Faculdades Integradas Alcântara Machado, de São Paulo, Odir trabalhou no Jornal da Tarde como redator, repórter e editor de esportes. Pelo jornal, cobriu a Copa da Argentina em 1978. Atuou também no extinto Caderno de Domingo. Foi editor e comentarista de tênis na Record TV e comentarista de futebol na Rádio Record.
Foi editor de cinco revistas especializadas em tênis, dirigiu o departamento de imprensa da Secretaria Municipal de Esportes da cidade de São Paulo, durante a gestão Oscar Schmidt. Atuou também como repórter da sucursal paulista do jornal O Globo e na antiga Rádio Excelsior, hoje CBN. Foi produtor dos programas Balancê e Partido do Esporte. Tem ao todo 34 livros publicados.
Os sites CIO e ComputerWorld, especializados na área de TI, serão incorporados ao portal IT Forum, da IT Mídia. O objetivo da união é transformar as três marcas, que atraem mais de 6,6 milhões de leitores por ano, no maior canal de notícias da indústria de tecnologia do Brasil. A mudança passa a valer a partir da próxima terça-feira (15/2).
Com a mudança, CIO e ComputerWorld passam a ter seções no portal principal IT Forum. A equipe editorial da IT Mídia vai concentrar esforços em um único portal. A mudança é resultado de uma pesquisa realizada pela IT Mídia e visa a oferecer um acesso mais ágil e fácil a informações da área, assim como a conteúdos mais aprofundados.
O portal IT Forum passou por uma repaginação que aprimora a usabilidade, a velocidade e a navegabilidade com o objetivo de facilitar o acesso a notícias do segmento. André Cavalli, CEO da IT Mídia, explicou que “a integração tem sido possível graças a um trabalho de seis meses de planejamento e outros seis meses de execução, realizado por uma equipe de 17 pessoas exclusivamente dedicadas ao projeto”.
Os portais CIO e o ComputerWorld publicaram, juntos, mais de 120 mil reportagens desde 2018, que serão migradas para o IT Forum.
O UOL está lançando neste mês de fevereiro uma série de newsletters de diferentes temas, assinadas por jornalistas da empresa.
Thais Oyama, especializada na cobertura de política, lançou nessa segunda-feira (7/2) uma newsletter que foca em entrevistas com pessoas inusitadas, que contam bastidores sobre suas profissões e revelam alguns mistérios, com o objetivo de “mergulhar na intimidade de pessoas comuns com vidas extraordinárias”. Na edição de estreia, Thais destaca a conversa com Bob, um comissário de bordo.
Nesta terça-feira (8/2), foi ao ar A Companhia, boletim semanal exclusivo para assinantes, que traz informações e análises sobre companhias que estejam em destaque no mercado de ações.
Às quartas-feiras, Maurício Stycer escreverá sobre os bastidores da televisão, e Daniela Pinheiro, novo reforço do UOL, publicará crônicas semanais sobre o cotidiano em Portugal, onde mora atualmente, incluindo entrevistas com personalidades da cultura e curiosidades da região.
Ainda em fevereiro, estreiam as newslettersCrise Climática, sobre as mudanças climáticas e suas consequências, e Pra Começar a Semana, uma agenda especial publicada aos domingos com os eventos da semana seguinte.
No Esporte, Flávio Gomes escreverá sobre automobilismo, em especial Fórmula 1, e José Trajano trará crônicas sobre futebol, política e outros temas. E às segundas-feiras, Demétrio Vecchiolli assinará o boletim semanal Olhar Olímpico, que fará um resumo da preparação de atletas brasileiros e estrangeiros para eventos esportivos como ligas nacionais, Pan-Americanos e Mundiais, sempre de olho na Olimpíada de Paris-2024.
Em entrevista à LatAm Journalism Review, Flavia Lima, editora de Diversidade da Folha de S.Paulo, comentou a polêmica envolvendo o jornal sobre a suposta publicação recorrente de conteúdos racistas, o que iria contra os princípios de pluralidade de opiniões e liberdade de expressão defendidos pela publicação.
Para Flavia, o debate gerado após a publicação em janeiro de um artigo do antropólogo Antonio Risério, no qual ele identifica supostos excessos das lutas identitárias que estariam levando ao “racismo reverso”, levanta questões muito importantes para o público, como o significado dos conceitos de racismo e de liberdade de expressão.
“É um convite à discussão sobre racismo e também sobre o próprio jornalismo, à medida que propõe uma reflexão mais ampla sobre os critérios editoriais que levam jornais a publicar um texto como o de Antonio Risério, que se distancia da crítica amparada em argumentação consistente e apresenta um conceito, ‘racismo reverso’, que não encontra respaldo nos debates que vêm sendo feitos pela academia sobre as questões raciais, tampouco nos dados sociais e econômicos colhidos pelas instituições de pesquisa. Nesse processo, critérios editoriais podem ser repensados e fortalecidos”, afirmou Flavia.
Para ela, as críticas ao jornal “não buscam obliterar o debate, mas qualificá-lo”. Ela citou como exemplo trechos de textos publicados pela Folha em resposta ao artigo de Risério, como o do historiador Petrônio Domingues e do grupo Judeus pela Democracia, que trazem críticas que qualificam o debate.
“A defesa da liberdade de expressão deve ser feita com firmeza, mas ela não é incompatível com a constatação de que os jornais não acolhem tudo: escolhas são feitas diariamente”, disse Flavia. “Também sabemos que a liberdade de expressão não nos dispensa, como jornalistas, de compreender a relevância daquilo que entregamos ao leitor, do espírito crítico e do compromisso com os fatos”.
Por fim, explicou que tem feito esforços para “tornar a Redação e seu elenco de colunistas e blogueiros mais plurais, assim como as fontes ouvidas para a elaboração do conteúdo entregue ao leitor e à leitora”.
A editora cita iniciativas como a própria editoria de Diversidade, o Programa de Treinamento em Jornalismo Diário exclusivo para profissionais negros, e outros projetos que seriam direcionados para resolver a “inédita crise” gerada pelo artigo de Risério, como a criação de um comitê de jornalistas negros e não negros da Redação para ouvir as demandas e encaminhá-las, a organização de seminários internos sobre pluralismo, liberdade de expressão e questão racial, e a retomada de encontros da direção da Redação com as editorias do jornal, ampliando canais de comunicação.