O jornalista e escritor Odir Cunha idealizou um produto que pode revolucionar o futebol: o Cabeceador, espécie de capacete que, segundo ele, tem três grandes objetivos: dar mais potência e direção às cabeçadas dos jogadores; proteger a cabeça do jogador dos males que constantes cabeçadas podem levar ao cérebro; e criar mais um espaço de marketing e renda para jogadores e clubes.

Em entrevista para a Associação Nacional dos Inventores (ANI), Odir destacou o resultado de uma pesquisa de uma universidade de Nova York: quem cabeceia cerca de 1.500 bolas por ano pode desenvolver um tipo de concussão cerebral que com o tempo pode gerar outros males, como o mal de Alzheimer.

“Como jornalista, fui testemunha de vários casos de atletas que, na terceira idade, tiveram esses problemas de tanto cabecear a bola. O famoso Baltazar, o Cabecinha de Ouro, ídolo do Corinthians, teve Alzheimer, assim como Coutinho e Zito, lendas do Santos, e muitos outros casos. Então, esse produto vai amenizar as cabeçadas na bola”.

Diz ele que o Cabeceador vai também melhorar a potência e a direção das cabeçadas, com uma área mais lisa e compacta, ideal para o cabeceio: “O produto é reforçado, mais espesso e granulado, com uma superfície irregular justamente na área que mais toca na bola em uma cabeçada, na testa, no osso frontal e nos ossos temporais”. Segundo o jornalista, o produto poderá ser feito de diferentes tipos de plástico, mas o ideal seria o silicone, por ser mais flexível e leve. “Devemos pensar no peso também, considerando que o jogador ficará 90 minutos com o Cabeceador”.

Cabeceador (Crédito: Associação Nacional dos Inventores/YouTube)

Por fim, o produto criará um espaço importante para o marketing dos clubes e dos atletas, gerando mais lucro para todos: “Hoje em dia, a grande maioria dos atletas não vê necessidade de usar algo na cabeça, eles têm receio de que atrapalhe a cabeçada, e também porque eles não ganham nada com isso. Quando perceberem que usar o cabeceador vai gerar mais uma fonte de renda para eles, os profissionais vão usar. Isso será bom para eles, para os clubes e para o futebol”.

Sobre a situação atual do produto, Odir explicou que já conseguiu o protocolo da patente nacional e internacional, que congrega cerca de 150 países, e que agora tem cerca de 30 meses para decidir pela produção ou pela transferência dessa patente para uma grande empresa de materiais esportivos.

“Vejo esse produto sendo utilizado por todo mundo que joga futebol, em todos os continentes”, afirmou Odir. “Minha intenção é provar que o produto é eficiente e necessário ao futebol e, a partir daí, ouvir propostas de empresas da área interessadas em produzi-lo e torná-lo popular no mundo todo”.

O Cabeceador serviria não só para jogadores profissionais, mas também para amadores e crianças. Além disso, não seria utilizado apenas no futebol de campo, mas de salão, futevôlei, entre outros.

“No caso das crianças, como o produto é bonito, vistoso, elas podem querer usar, e os pais se sentirão mais seguros quando os filhos jogarem futebol. Em alguns países, como Escócia, Estados Unidos e até no Brasil, já se está proibindo crianças de cabecear a bola nas escolinhas de futebol, pois sabem dos males que as constantes cabeçadas podem causar ao cérebro. Com o Cabeceador, os riscos serão minimizados”.

Formado pelas Faculdades Integradas Alcântara Machado, de São Paulo, Odir trabalhou no Jornal da Tarde como redator, repórter e editor de esportes. Pelo jornal, cobriu a Copa da Argentina em 1978. Atuou também no extinto Caderno de Domingo. Foi editor e comentarista de tênis na Record TV e comentarista de futebol na Rádio Record.

Foi editor de cinco revistas especializadas em tênis, dirigiu o departamento de imprensa da Secretaria Municipal de Esportes da cidade de São Paulo, durante a gestão Oscar Schmidt. Atuou também como repórter da sucursal paulista do jornal O Globo e na antiga Rádio Excelsior, hoje CBN. Foi produtor dos programas Balancê e Partido do Esporte. Tem ao todo 34 livros publicados.

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