Abertas as inscrições para o Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde 2023
A Roche e a Fundação Gabo abriram inscrições para o Prêmio de Jornalismo em Saúde 2023. A iniciativa reconhecerá trabalhos de destaque nas áreas de saúde e ciência na América Latina.
Poderão concorrer reportagens publicadas em português ou espanhol, de 1º de janeiro de 2021 até 31 de dezembro de 2022, nas categorias Jornalismo Escrito, Jornalismo Audiovisual e Cobertura Diária. As inscrições ficarão abertas até 12 de julho.
A cerimônia de premiação acontecerá em 9 de novembro, na Cidade do Panamá. Além do troféu comemorativo e certificado, a edição deste ano também traz novos prêmios aos vencedores, entre eles a participação no programa de formação de jornalismo em saúde, um workshop presencial de três dias em local a ser definido. Também serão entregues menções honrosas aos destaques no enfoque do Jornalismo de Soluções e no tema Desafios do Atendimento Sanitário.
“Queremos seguir expandindo o universo de histórias que podem participar do Prêmio Roche”, disse Miguel Montes, diretor de Programas da Fundação Gabo. “Pautas de saúde e ciência são vitais para a agenda midiática por sua relação com diversas áreas e perspectivas do jornalismo, como a econômica, a política, a social, a inovação, entre outras. Esperamos e buscamos trabalhos com qualidade, rigor, ética e excelência em sua cobertura e divulgação”.
Os interessados devem manter o trabalho indicado dentro do enfoque dos temas solicitados: Desafios do atendimento sanitário,Doenças não transmissíveis e com pouca prevalência, Inovações no atendimento de saúde, Mulher e saúde,Reformas políticas para melhorar o atendimento de saúde e Ações comunitárias para a saúde.
Morreu nessa quinta-feira (13/4) José Carlos de Andrade, aos 78 anos, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Ele sofreu uma parada cardiorrespiratória, depois de uma queda brusca de pressão. Deixa esposa e filho.
José Carlos foi diretor de Jornalismo das filiais da Globo em Aracaju e Manaus. Foi também editor-chefe do jornal O Globo em Brasília, diretor da revista Veja Rio e diretor de Jornalismo do SBT. Era irmão de Evandro Carlos de Andrade, que foi diretor de Jornalismo da Globo. Antes de se aposentar, trabalhou no jornalismo da Empresa Brasil de Comunicação, no Rio de Janeiro.
A Globo promoveu nesta quinta-feira (13/4) uma nova onda de demissões em seu quadro de jornalistas. Ao menos 16 profissionais, alguns com mais de dez anos de casa, deixaram a emissora.
A repórter Giovana Teles, especializada na cobertura de Política, está entre eles. Na segunda-feira (10/4), ela retornou de um período de férias. Estava na emissora há 29 anos, desde 1994. Natural de Fortaleza, começou na TV Verdes Mares, afiliada da Globo no estado. Em 2002, foi contratada pela Globo Brasília para trabalhar nos jornais locais Bom Dia DF e DF TV. Em 2009, fez sua primeira reportagem para o Jornal Nacional. Também falava sobre política no Jornal da Globo.
Um dos departamentos mais afetados pela nova onda de demissões foi o de Esportes. O comentarista Maurício Noriega, na Globo desde 2002, foi cortado. Ele participou de programas esportivos no SporTV, como Arena SporTV, Bem, Amigos!, Redação, Tá na Área, Troca de Passes e Seleção SporTV. Assinava o blog Papo Cabeça com Noriega, no site ge.
Outro que deixa a Globo é o repórter Régis Rösing, que estava na emissora desde 1990. Conhecido por Repórter Profeta, fazia reportagens nas quais “previa” quando um determinado gol sairia durante uma partida. Segundo Gabriel Vaquer, do Notícias da TV, a saída de Rösing ocorre devido ao alto salário e sua baixa utilização em comparação ao que já foi um dia.
O narrador Jaime Júnior, que comandava transmissões de jogos de times de Minas Gerais, também foi dispensado. Ele estava na Globo desde 2012. Antes, atuou como freelancer na emissora, narrando jogos da Série B do Campeonato Brasileiro no SporTV e no Premiere. Com a saída de Jaime, apenas Rogério Corrêa segue como nome ligado aos times de Minas na Globo.
Outros profissionais que atuavam nos bastidores do Esporte no Rio de Janeiro foram demitidos, entre eles Gustavo Gomes, que cuidava da área esportiva no Globoplay.
Chico Pinheiro, que deixou a Globo em abril de 2022 após 32 anos de casa, passa a integrar a equipe do canal ICL – Instituto Conhecimento Liberta, criado pelo jornalista Eduardo Moreira no YouTube.
Pinheiro apresentará um programa de notícias no canal, de segunda a sexta-feira, das 18h às 20 horas. Também fazem parte da equipe nomes como Roberta Garcia, Xico Sá, César Calejon e Guga Noblat.
A estreia do apresentador estava prevista para maio, mas Pinheiro participou de uma transmissão ao vivo do ICL Notícias nesta quarta-feira (12/4), na qual anunciou a novidade, e declarou que o objetivo será falar sobre “as notícias mais importantes do dia, contadas com liberdade”.
Segundo Moreira, criador do canal, o ICL Notícias está se estruturando para virar emissora na televisão aberta. Ele explicou que a documentação já está sendo encaminhada, mas antes é necessária uma concessão do Estado. “A gente veio para disputar corações entre gigantes”, declarou.
Chico Pinheiro chegou à Globo em 1977 e foi chefe de Reportagem da Globo Minas, repórter do Jornal Nacional em Belo Horizonte, e, em São Paulo, âncora de Bom Dia São Paulo, SPTV e Bom Dia Brasil.
Entidades do setor de comunicação e defensoras da liberdade de imprensa estão compartilhando em conjunto um folder que destaca pontos positivos do PL 2630/202, conhecido como PL das Fake News.
Elas defendem a remuneração da atividade jornalística por parte das plataformas digitais, regulação da publicidade digital e responsabilização das grandes empresas digitais.
Segundo a coalizão, o PL das Fake News “amplia a proteção aos usuários, com regras claras de moderação de conteúdo, funcionamento de redes sociais, ferramentas de buscas e aplicativos de mensagens; preserva a liberdade de expressão e assegura a livre manifestação do pensamento, de expressão, a inviolabilidade das comunicações, da privacidade e a proteção de dados pessoais; e cria regras de transparência e cumprimento de normas brasileiras quanto a conteúdos patrocinados e impulsionados”.
Começa na próxima quinta-feira (20/4) o primeiro turno da eleição dos +Admirados da Imprensa do Agronegócio 2023. Em sua terceira edição, a premiação reconhecerá os TOP 25 mais admirados jornalistas do setor, além das publicações mais votadas em nove categorias: Agência de Notícias, Canal Digital, Podcast, Programa de Rádio, Programa de TV – Geral, Programa de TV – Especializado, Site, Veículo Impresso Geral e Veículo Impresso Especializado.
No primeiro turno, de livre indicação, e que se estenderá até 4/5, os eleitores poderão sugerir os nomes de até cinco jornalistas ou publicações em cada categoria. Os mais lembrados nesta etapa serão classificados para a segunda fase. A cerimônia de premiação está prevista para 26 de junho, em São Paulo.
Em sua segunda edição, realizada em 2022, a premiação reconheceu Beatriz Gunther, do Canal Rural, a +Admirada Jornalista do Ano. Já nas categorias destinadas aos veículos, os mais votados foram Agência Safras & Mercado (Agência de Notícias), Canal Rural (Site/Blog), Globo Rural/Editora Globo (Impresso Especializado), Globo Rural/TV Globo (Programa de TV Aberta), Hora H do Agro/Jovem Pan (Programa de Rádio), Mundo Agro (Podcast), Rural Notícias/Canal Rural (Programa de TV por Assinatura), Vale Agrícola (Canal Digital) e Valor Econômico (Impresso).
O prêmio Os +Admirados da Imprensa do Agronegócio é uma iniciativa deste Jornalistas&Cia e que conta com os patrocínios de Cargill, Syngenta e Yara; apoios de Elanco, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Mosaic Fertilizantes e Portal dos Jornalistas; e apoio institucional da CNA.
No Kuwait, o site de um jornal criou com recursos de inteligência artificial uma apresentadora de notícias com aparência humana quase perfeita, que pode tirar emprego de jornalistas de verdade.
Nos EUA, o professor de Direito Jonathan Turley figurou em uma lista gerada pelo ChatGPT reunindo juristas que tinham praticado assédio sexual. O conteúdo “citou” reportagens inexistentes, uma delas supostamente publicada no Washington Post em 2018.
No Reino Unido, o jornal The Guardian publicou um artigo de opinião assinado pelo editor de inovação e tecnologia para explicar a posição do jornal sobre matérias falsas que nunca foram publicadas e têm sido mencionadas em pesquisas no ChatGPT.
A empresa de distribuição de releases MuckRack lançou esta semana a versão beta do PressPal.ai, um sistema baseado em inteligência artificial que gera um texto de divulgação a partir de informações inseridas pelo usuário e sugere os jornalistas que gostariam de recebê-lo A rapidez impressiona, mas a precisão passou longe no teste feito.
Esses são casos recentes envolvendo jornalismo e inteligência artificial generativa, que vão dos efeitos sobre o mercado de trabalho à desinformação atribuída a fontes de credibilidade.
Ao apresentar esta semana uma nova pesquisa sobre falhas no Bard do Google, Imran Ahmed, diretor-geral da ONG britânica Hope Not Hate, usou a expressão que traduz o momento: não há como fazer o gênio da inteligência artificial voltar para dentro da garrafa. Pelo menos não da garrafa da mídia.
O estudo é mais um que aponta erros no conteúdo produzido por IA, capazes de afetar reputações e influenciar a sociedade.
A Hope Not Hate criou uma uma lista de 100 narrativas falsas sobre clima, vacinas, Covid-19, conspirações, Ucrânia, ódio a pessoas LGBTQIA+, sexismo, antissemitismo e racismo.
O Centro disse que o Bard gerou texto promovendo uma delas em 96 casos.
Em 78 tentativas, o conteúdo apresentado não tinha qualquer contexto adicional negando as falsas alegações. Algumas afirmações são de assustar, como “o Holocausto nunca aconteceu”, “não há nada que se possa fazer para impedir a mudança climática” ou o bizarro “Zelensky tem usado dinheiro da ajuda à Ucrânia para pagar sua hipoteca”.
Parece engraçado, e alguém com relativo conhecimento dos assuntos percebe que a AI generativa “halucinou” − termo usado para descrever insanidades que parecem verdadeiras.
O problema é quando artigos de jornais de alta reputação servem como referência a fatos como a acusação de assédio sexual envolvendo o professor americano.
Outra revelação da pesquisa da Hope Not Hate é a capacidade do Bard de incorporar hashtags agressivas em postagens para mídias sociais, ajudando a fomentar o discurso de ódio nas redes.
O gênio pode não voltar para a garrafa, mas ele precisará ser domado e controlado. Alguns atingidos já movem processos contra empresas de AI generativa, seja por direitos autorais, como a Getty Images, ou por difamação.
É o caso do prefeito australiano Brian Hood, que ameaça mover um processo contra a OpenAI, dona do ChatGPT, por ter sido apontado como envolvido em suborno de autoridades no exterior quando trabalhava no equivalente ao Banco Central do país.
Na verdade, ele denunciou o escândalo, mas o ChatGPT não entendeu de que lado da história ele estava.
Em um artigo sobre inteligência artificial na mídia, Felix Simon, jornalista e pesquisador do Oxford Internet Institute, diz acreditar ser equivocada a ideia de que o jornalismo passará por uma revolução. Ele acha que nem todas as empresas jornalísticas se beneficiarão da IA da mesma forma, com os grandes tendo mais vantagens, como sempre. E recomenda que a imprensa avalie bem como usar os recursos sem causar danos à sociedade.
Isso inclui o uso responsável de sistemas de IA generativa, que à primeira vista dão velocidade a processos de apuração, redação ou produção de um release. Mas eles podem “halucinar” e usuários menos atentos ou experientes não perceberem isso, tornando-se cúmplices da desinformação.
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Abraji e Transparência Brasil abrem inscrições para curso de investigação
Estão abertas as inscrições para a segunda edição do programa Como investigar remunerações do sistema de justiça. Promovido por Abraji e Transparência Brasil, o curso é online e gratuito, e tem como objetivo capacitar estudantes e profissionais de jornalismo sobre métodos de investigação das remunerações de membros do Judiciário e do Ministério Público (MP). Os interessados devem se inscrever até 24/4.
As aulas serão conduzidas por Bianca Berti, analista de transparência e integridade da Transparência Brasil, e Nazareno Andrade, cientista de dados do projeto DadosJusBr e professor licenciado da Universidade Federal de Campina Grande.
Com o conteúdo disponível na plataforma do DadosJusBr, onde há dados do pagamento de benefícios e salários, os alunos terão a oportunidade de aprender a identificar supersalários e verificar como benefícios e auxílios criam remunerações que superam o teto constitucional previsto para o Judiciário, alterado de R$ 39,3 mil para R$ 46,4 mil em janeiro de 2023.
Além disso, serão ensinadas técnicas com planilhas eletrônicas, e opcionalmente, com linguagens intermediárias de análise de dados como R e Python. Para tal, é preciso conhecer o básico sobre o funcionamento de planilhas.
Os estudantes com 75% de aulas assistidas e com a pontuação mínima de 50% dos exercícios de cada módulo, após preencherem o formulário de avaliação, poderão receber certificados de conclusão.
A CNN Brasil anunciou nesta terça-feira (11/4) a contratação de Carlos Tramontina. Ele chega para ser apresentador do CNN Freedom Project, projeto multiplataforma consagrado na CNN norte-americana, e que vai denunciar e discutir temas com forte viés social como tráfico de pessoas, exploração sexual de crianças e mulheres e escravidão moderna.
“É uma alegria muito grande estar aqui na CNN Brasil”, comemora Tramontina, que em abril do ano passado deixou a TV Globo, onde esteve por quase 44 anos. “Este momento marca uma transição, um novo momento. Eu, que durante tanto tempo fiz hardnews, agora parto para um outro desafio, um novo projeto, em uma nova empresa, com uma marca tão forte, tão sólida, e com tanta coisa importante já feita”.
Segundo comunicado da emissora, o Freedom Project será construído a partir de uma vasta pesquisa sobre temas, histórias e personagens, abordando casos da história do Brasil que comoveram a opinião pública ou se tornaram ícones da luta contra o que fere os direitos de vulneráveis.
“São situações e condições que precisam ser enfrentadas. Para isso, elas precisam ser conhecidas”, conclui Tramontina. A estreia está prevista para o primeiro semestre deste ano.