A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) divulgou em 11/3 seu relatório anual sobre Violações à Liberdade de Expressão. O estudo mostrou que, em 2019, a imprensa brasileira sofreu cerca de 11 mil ataques diários nas redes sociais, o equivalente a sete ataques por minuto.
O número de casos de violência contra jornalistas diminuiu aproximadamente 51% em relação a 2018: foram 58 casos, envolvendo 78 profissionais. Outro dado relevante foi o aumento de 15% em decisões judiciais de censura ao jornalismo, algo que, segundo Paulo Tonet Camargo, presidente da entidade, “contraria o entendimento do Supremo Tribunal Federal contrário à censura prévia na publicação de reportagens. A imprensa não é a favor ou contra nada. A imprensa traz os fatos, sejam eles bons ou maus”.
Tonet Camargo comentou que os dados obtidos “revelam uma
incompreensão com o papel do jornalismo. Nunca o jornalismo profissional foi
tão importante e tão relevante para a sociedade brasileira e mundial”.
Esta foi a primeira vez que a entidade incluiu ataques virtuais na pesquisa. No ano passado, cerca de quatro milhões de posts nas redes sociais eram negativos e direcionados à imprensa, desmerecendo-a, com direito a xingamentos e palavras de baixo escalão.
Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de J&Cia no Rio de Janeiro
A GloboNews prossegue com a implantação de seu on air look – o conjunto de conceitos e design que lhe dão identidade visual. Estreia novos cenários nos telejornais e nos programas, com aspecto alinhado ao posicionamento do canal. Também lança um site que traz novidades para os internautas, com maior interatividade e mais vídeos disponibilizados.
O Jornal GloboNews passa a ser apresentado diariamente por Guilherme Cardoso, no Rio de Janeiro, e ancorado por Bianca Rothier, de diferentes pontos da Europa. Desde o início do mês (2/3), o programa Em pauta ganhou mais meia hora de duração.
Com isso, são 17h30 diárias de noticiário ao vivo durante a semana. Esse investimento na informação é um movimento constante nos últimos anos. Desde 2018, o noticiário ao vivo aumentou em quase 30%, com a estreia do Em ponto, na faixa das 6h às 9h, e do Edição das 3h, na madrugada; além do aumento de duração do Edição das 10h, do Estúdio I, do Edição da meia-noite e do próprio Em pauta.
Uma faixa especial – a Central GloboNews – das 23h a 0h, que estreia este mês, traz grandes entrevistas feitas por nomes consagrados do jornalismo. Na segunda-feira, Míriam Leitão e Roberto D´Ávila; na terça, Andreia Sadi, do Em foco, e Gerson Camarotti, do GloboNews Política; na quarta, a Central GloboNews, apresentada por Heraldo Pereira; na quinta, um novo programa, Papo de Política, tem estreia prevista para abril, e Mário Sérgio Conti, de Diálogos; e, na sexta, Cristiana Lôbo, de Fatos e Versões, além do GloboNews Internacional.
Super terça, que estreou no dia 3, cobre a eleição americana. O canal tem equipes na Califórnia, com Carolina Cimenti; na Virgínia, com Luís Fernando Silva Pinto e Raquel Krähenbühl; e em Nova York, com Sandra Coutinho, Candice Carvalho e Guga Chacra, que fazem entradas ao vivo durante toda a programação. Analistas como Demétrio Magnoli e Marcelo Lins ajudam a explicar a mecânica da eleição e avaliam a situação de cada candidato.
O podcastPapo de Política vira programa semanal, uma versão para a tevê do diálogo comandado por Julia Duailibi, Andréia Sadi, Maju Coutinho e Natuza Nery. Semanalmente, o quarteto se reúne para analisar os fatos que mexeram com a política nacional, com informações exclusivas sobre os bastidores do poder em Brasília.
Para dar mais espaço ao que mexe com o bolso do brasileiro, vem aí uma parceria com o Valor Econômico, e que vai gerar boletins especiais sobre economia em todos os programas, das 6h às 20h, de segunda a sexta-feira. Especialistas da redação do jornal vão explicar as movimentações da economia mundial e dar dicas sobre como fazer o dinheiro render.
“GloboNews é um canal arrojado, que experimenta. Além disso, contamos com a estrutura da Globo, com mais de dois mil profissionais ligados à atividade jornalística, trabalhando de forma integrada. E a nossa rede de afiliadas soma mais 2,5 mil profissionais também ligados ao trabalho jornalístico, que nos conectam a todos os estados e ao Distrito Federal. A gente nunca desliga”, repete o slogan Miguel Athayde, diretor da GloboNews.
O drama do coronavírus ainda não chegou ao Brasil com severidade equivalente à de outras nações. Mas os acontecimentos recentes proporcionam elementos para reflexões que podem servir de alerta caso a situação se agrave no País. E que se aplicam não apenas ao caso do Covid-19, mas igualmente a outras crises de vasto impacto na sociedade.
Saúde pública é uma das áreas mais afetadas pelas fake news desde que as redes sociais se
consolidaram com fonte principal de informação para um número cada vez maior de
pessoas. Uma doença nova virou prato cheio para teorias absurdas.
Mesmo em um país com nível educacional alto e
imprensa sólida como o Reino Unido, multiplicam-se histórias falsas sobre a
nova doença, como a da de que alho e água sanitária curam, ou de que sorvete
pode causá-la. E bizarrices como a de que a culpa seria da tecnologia 5G ou do
Bill Gates. Ou de que estamos vivendo uma guerra química.
A boa notícia é que em vez de assistir
passivamente, o Governo resolveu agir, anunciando a criação de uma unidade
destinada a monitorar mídias sociais, identificar boatos e esclarecê-los. Os
alvos são as fake news criadas
propositalmente para causar mal ou auferir ganho pessoal, político ou
financeiro, e também as informações falsas disseminadas por pessoas que nelas
acreditaram. Ambas são danosas, mas as primeiras podem ser enquadradas como
crime.
Conscientes de seu papel, as plataformas digitais trabalham para
neutralizar a imagem de vilãs. As buscas por “coronavirus” no Facebook e no
Twitter levam agora aos canais do sistema público de saúde britânico, o NHS.
Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, assumiu o compromisso de colaborar com
medidas como propaganda gratuita para a Organização Mundial de Saúde divulgar
mensagens sobre a doença e um esforço para remover rapidamente conteúdo falso a
respeito do Covid-19.
Não é fácil. Um jornalista especializado em tecnologia da BBC fez uma
reportagem apontando barbaridades. Uma delas foi um vídeo no YouTube postado
por um ativista contrário à telefonia 5G demonstrando uma engenhoca russa que
protegeria contra seus efeitos e contra o coronavirus. Ele tinha uma loja online
ofertando produtos inacreditáveis como tendas e capas antirradiação. O YouTube
retirou o video, mas maluquices semelhantes continuam circulando.
Os limites do pânico – O coronavírus colocou em pauta também o debate sobre como Governos e
entidades de saúde devem alertar sem causar pânico. A diferença de tratamento
do assunto pela imprensa tradicional e a diversidade de opiniões nas mídias
sociais mostra que não há consenso sobre os limites entre adequado e exagerado.
Um dos ataques que ganhou mais visibilidade nos últimos dias foi o do ator Hugh
Grant, que disparou contra o que considera falta de ação do Governo em relação
a pessoas que chegam da Itália.
Na semana passada a rainha Elizabeth, de 93 anos,
virou manchete ao aparecer em uma solenidade usando luvas longas para entregar
condecorações. A Comunicação do Palácio de Buckingham desmentiu a tese de medo
da doença. Dias depois veio outra manifestação, confirmando que ela seguiria
com seus compromissos normalmente, sob inspiração da célebre frase “keep calm
and carry on”.
É de se pensar se nesse caso a mensagem de
otimismo usada na Segunda Guerra se aplica, pois idosos que não mudem suas
rotinas podem ficar mais vulneráveis.
Nas empresas o desafio é informar funcionários, dialogar com o público com
seriedade sem provocar pânico, e principalmente ter um discurso consistente com
a prática. Uma grande rede de academias britânica mandou e-mail aos associados
recomendando uso de álcool gel para higienizar equipamentos e tapetes de
ginástica. Só que não há álcool gel em todos os locais, e os intervalos entre
as aulas não permitem que cada um limpe seu material antes de sair. Um tiro
pela culatra.
O vírus já mostrou que é perigoso, não só pelas mais de 100 mil pessoas que
contaminou, como também pelos milhões que deixa apavorados e confusos. Enquanto
a vacina não é descoberta para resolver o primeiro problema, o bom jornalismo,
as boas práticas das mídias sociais e comunicação eficiente das empresas
assumem papel central como o melhor remédio para evitar o pânico e levar ao
público informações corretas que podem ajudar a salvar vidas.
O MOV.doc, do UOL, lançou o documentário A Fronteira, que mostra os perigos frequentes do cotidiano das pessoas que vivem na região da fronteira entre Paraguai e Brasil, majoritariamente dominada pela organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
O repórter Luís Adorno fez um trajeto pela cidade de
Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, passando pela divisa com a cidade paraguaia
Pedro Juan Caballero. Conversou com especialistas em segurança pública e
economia, que explicaram a importância da região para o tráfico internacional
de drogas na América Latina, o que aumenta a violência e a presença do PCC na
área. Também mostrou relatos de pessoas que vivem na região, expostas a
inúmeros perigos.
A Fenaj lançou nas redações uma campanha de combate à violência de gênero e aos ataques a jornalistas. Pretendia, assim, fazer uma denúncia pública das violações ao trabalho das profissionais, e do assédio moral e sexual, entre outros. Chamou também às ruas as mulheres – no domingo (8/3), o 8M, Dia Internacional da Mulher, e na segunda-feira (9/3) – vestindo camisetas lilás com a frase: Lute como uma jornalista. Os sindicatos fizeram camisas para os associados nos estados de Bahia, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo; e nos municípios de Dourados (MS), Londrina (PR) e Rio de Janeiro (RJ).
O caso mais recente e notório ocorreu com Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo, agredida pelo presidente da República, que atacou injustamente a dignidade da profissional pela sua condição de mulher, com insinuações de cunho sexual. Patrícia aparece em terceiro lugar numa lista que reúne os dez casos mais graves de ataques feitos a jornalistas no mundo, conforme noticiou o jornal O Dia. O índice foi montado pela organização internacional One Free Press Coalition e tem por objetivo chamar a atenção para episódios de perseguição aos profissionais da imprensa.
Igor Ribeiro deixou o Meio&Mensagem, jornal especializado em publicidade e marketing do qual há oito anos era um dos editores, e começou na Turner como head de Comunicação Corporativa do Brasil. A posição estava vaga há mais de seis meses e eles procuravam alguém com experiência e conhecimento do mercado de mídia, publicidade e conteúdo. Igor teve passagens, entre outros, por Estadão, Folha de S.Paulo e G1, e foi editor executivo do portal e revista Imprensa e editor deste J&Cia antes de ir para o M&M.
Segundo ele, a ideia é que colabore na elaboração de uma comunicação estratégica para o Brasil, principalmente no que tange às demandas institucionais, mas também realizando conexões com a comunicação das diversas marcas (Warner, Cartoon Network, TNT, Esporte Interativo etc.), que já têm suas estruturas organizadas, e com os diversos departamentos da empresa (como Ad Sales, Marketing, Pesquisa, Content Partnership etc.). “É um ótimo desafio e espero integrar meus conhecimentos de mercado às necessidades da Turner nesse momento especial, em que a empresa atravessa uma transformação de cultura e de tecnologia, incluindo o contexto da aquisição internacional da AT&T”, diz Igor. “Pessoalmente, também é um grande aprendizado. Estou há mais de 23 anos em redações, 12 deles dedicados ao trade de mídia, e essa é uma nova jornada que abraço com entusiasmo, dedicação e humildade para recomeçar e trabalhar sincronizado a uma equipe maravilhosa”.
Baseado em São Paulo, ele se reporta a Caroline Rittenberry, vice-presidente de Comunicação para América Latina, que fica em Atlanta (Georgia, EUA).
O canal BandNews TV faz a partir de 19/3, quando completa
19 anos, uma série de investimentos e mudanças em sua programação, comandados
pelo diretor executivo Marcello D’Angelo. A emissora passará a exibir o
seu primeiro talk show, num formato mais tradicional na área do
entretenimento. O ineditismo da atração deve atrair a atenção dos
telespectadores.
O canal também estreará o programa Estado de Direito,
semanal comandado por Eduardo Oinegue, âncora do Jornal da Band,
abordando questões de segurança jurídica e institucional. Vale lembrar que a
emissora já havia anunciado o Oléé S.A., com Beetto Saad, e o
novo canal de agronegócio Agro News.
Patrícia Campos Mello, repórter especial da Folha de S.Paulo, apresentou à Justiça um pedido de indenização por danos morais contra o presidente Jair Bolsonaro, após os ataques e insultos com insinuações sexuais que ele lhe fez.
Os advogados de Patrícia relataram também que já iniciaram
processos cíveis contra Hans River e contra Allan dos Santos, apresentador do
canal Terça Livre, também por causa de ofensas de cunho sexual feitas a ela.
O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou na segunda-feira (9/3) dois homens acusados de racismo contra a apresentadora da TV Globo Maju Coutinho. O caso ocorreu em 2015, quando os dois réus direcionaram de forma coordenada xingamentos e injúrias de cunho racista à apresentadora, na página do Facebook da TV Globo.
Segundo o juiz Eduardo Pereira dos Santos Júnior, que
assina a sentença, os réus controlavam uma comunidade online e ordenaram aos
membros desse grupo que “efetuassem postagens de cunho preconceituoso e
discriminatório contra a raça negra e a cor preta, o que efetivamente
aconteceu, e de modo maciço e impactante. (…) Ao atacar figura pública
emblemática, os réus visavam – e de alguma forma obtiveram – ampla repercussão
de suas mensagens segregacionistas”.
Na época, o caso ganhou enorme repercussão. A redação do Jornal
Nacional uniu-se e apoiou a jornalista, que em 2015 integrava a equipe. Em
vídeo, eles gritaram e lançaram a hashtagSomos Todos Maju.
As penas variam de cinco a seis anos de reclusão em regime
semiaberto, mais multa. Outros dois homens foram indiciados, mas acabaram absolvidos
por falta de provas.
A equipe do Auto+, dirigida por Benê Gomes e Marcelo Sant’Anna, ganhou um reforço nesta semana. Depois de quase dois anos atuando no setor corporativo, no Grupo Printer, Vagner Aquino está de volta às redações. Ele assumiu em 2/3 o cargo de editor de conteúdo, tanto para as plataformas digitais (site e redes sociais) quanto para o programa, exibido semanalmente aos sábados pela RedeTV.
“O Vagner
chega com sua experiência e alegria para tocar a redação do Auto+ e desenvolver um projeto mais
apurado de conteúdo digital, mas vai também coordenar alguns projetos especiais”,
destaca Benê. “Estamos em um período de reordenação de ideias e ações para
seguirmos vivos e criativos como produtores de conteúdo especializado nesse
universo de que a gente tanto gosta, por isso a chegada dele é muito importante
para nós”.
Vagner
começou a carreira no setor automotivo justamente no Auto+, em 2008. Passou depois pela revista Motor Show e pelos
jornais Diário de S.Paulo e Diário do Grande ABC, onde permaneceu por seis anos
e meio. Como freelance, produziu
também matérias para a revista Autoesporte.
“Além de
estar em outro momento da vida (pessoal), não é segredo para ninguém que meu
coração sempre bateu mais forte por redação; afinal, são muitos anos do lado de
cá do balcão”, afirma Aquino. “Estou muito feliz com este novo
momento, sem contar que atuar novamente ao lado do querido Benê Gomes é uma
honra! Além de um coração gigante, Benê tem um profissionalismo inspirador.
Essa oportunidade, para mim, é um presente”.