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MediaTalks by J&Cia celebra um ano de vida

MediaTalks by J&Cia celebra um ano de vida

O MediaTalks by J&Cia tem bons motivos para celebrar seu primeiro ano de vida. Além de consolidar a parceria com o UOL, que permitiu elevar a audiência para mais de 200 mil usuários-únicos por mês, o projeto celebra seu primeiro partner, a General Motors, que estará presente em toda a jornada editorial do projeto, desde a home page até o noticiário do dia a dia.

Construído em parceria com Luciana Gurgel e Aldo De Luca, que vivem em Londres, o MediaTalks nasceu como uma coluna semanal neste J&Cia focada em informações internacionais sobre jornalismo e comunicação pouco ou nada exploradas por aqui.

Fez sucesso e isso foi decisivo para o passo seguinte, a criação de um site, com o objetivo de ampliar a cobertura, aportando ao mercado brasileiro uma seleção de assuntos de grande interesse profissional.

A ideia inicial era abordar três ou quatro temas por semana, mas hoje a cobertura expandiu-se – e a equipe também. São pelo menos cinco novos conteúdos diários.

E a eles se somam um boletim de segunda a sexta-feira, e uma newsletter especial aos sábados, com o melhor da semana, enviados a cerca de 15 mil formadores de opinião por meio do parceiro Comunique-se.

Temas que interessam a toda a sociedade

O acordo com o UOL permitiu alcançar pessoas que não são do trade, mas que têm interesse em jornalismo e comunicação.

O conteúdo do MediaTalks aparece regularmente nas editorias Internacional, Tecnologia, Mídia e Marketing do UOL, e com frequência tem sido destacado em chamadas na home page e em seções como Splash e até Esportes.

“Pode soar clichê, mas não poderíamos imaginar onde estaríamos em um ano”, diz Luciana Gurgel, cofundadora e editora do MediaTalks. “Conquistamos um público fiel (e entusiasta) dentro do mercado de jornalismo e comunicação − a taxa de abertura dos nossos boletins está em torno de 50%, e a de cliques chega a bater 300%. Ao nos tornarmos parceiros de conteúdo do UOL, confirmamos nossa impressão de que os temas do MediaTalks são relevantes não apenas para nós, mas para toda a sociedade”.

Outra conquista foi o estabelecimento de acordos editoriais com instituições reconhecidas, como a coalização Covering Climate Now e o Knight Center de Jornalismo para as Américas, dirigido pelo brasileiro Rosental Calmon Alves. Eles ajudaram a aumentar variedade de artigos no site em inglês, que oferece aos que não leem português conteúdos relevantes sobre a mídia brasileira e latino-americana.

“Tem sido uma jornada fantástica, e agradecemos cada palavra de apoio recebida de tantos velhos amigos, novos amigos e leitores que nos escrevem, e que assinam os boletins”, afirma Luciana. “E às instituições que nos honraram com seu endosso desde o primeiro dia − ABI, Aner, ANJ, Abraji e Projor”.

Para Eduardo Ribeiro, cofundador do MediaTalks e diretor da Jornalistas Editora, “temos consciência dos desafios de saltar de uma coluna semanal para um site parceiro do UOL, em que trocamos uma audiência que se media em alguns milhares de pessoas para outra abrangendo dezenas de milhares, e em que também incorporamos às tradicionais preocupações com conteúdo um rol de outras novas,com tecnologia, segurança, SEO, retenção de audiência, tratamento especial para a publicidade, entre outros.

O que vem por aí

De olho no futuro, os planos são intensificar a participação de jornalistas brasileiros no exterior, como nas edições que marcaram o lançamento do MediaTalks. Em Os efeitos da pandemia sobre o Jornalismo, o MediaTalks teve a colaboração de correspondentes em Suécia, Austrália, Estados Unidos, Itália, Argentina, França e Alemanha.

Também está nos planos diversificar os formatos, com podcasts e lives como as realizadas em 2020. Em Fake News, vacina, jornalismo e liberdade de imprensa, contamos com as participações do médico Drauzio Varella, Natália Leal (Agência Lupa) e Emmanuel Colombié (Repórteres sem Fronteiras). E em O novo ciclo do jornalismo à luz dos impactos da pandemia, o MediaTalks conversou com Sérgio Dávila (Folha de S.Paulo), Leão Serva (TV Cultura), Fernando Rodrigues (Poder360) e Washington Olivetto (também vivendo em Londres).

“Temos agora a missão de garantir a sustentabilidade do projeto, mantendo a excelência editorial e a qualificação da audiência”, ressalta Eduardo Ribeiro. “Acabamos de conquistar nosso primeiro partner, a GM, e estamos negociando com outras marcas expressivas, que, ao aderirem, garantirão exclusividade no segmento em que atuam. Queremos compartilhar reputações. Quem sabe possamos celebrar novas adesões em breve”.

Abraji usa formulário online para denúncias de ataques de gênero a jornalistas

Abraji usa formulário online para denúncias de ataques de gênero a jornalistas

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) lançou um formulário online para denúncias de ataques de gênero contra profissionais de imprensa. O canal abrange situações de violência de gênero em sua totalidade, de modo a que homens cisgênero, pessoas transgênero e não-binárias também possam encaminhar suas notificações.

O formulário permite a denúncia de agressões físicas e verbais, ameaças, intimidações, insultos e assédio. É importante que o caso seja relatado de forma detalhada. Após o envio das informações, a equipe do projeto poderá entrar em contato para apurar o ocorrido. Pessoas que tiveram conhecimento de algum caso também podem enviar suas denúncias.

O canal solicita informações essenciais, como faixa etária da vítima, cidade/estado onde ocorreu o episódio, veículo no qual trabalha, tema da cobertura que desencadeou o ataque, além de nome, gênero e cargo dos agressores.

O objetivo da iniciativa é eliminar o problema da subnotificação de casos no que se refere ao monitoramento da violência de gênero no jornalismo. A ideia da Abraji é ampliar suas fontes de denúncia para alcançar números mais próximos da realidade.

Acesse o formulário de denúncia aqui.

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RSF registra meio milhão de tuítes ofensivos à imprensa em três meses

RSF registra meio milhão de tuítes ofensivos à imprensa em três meses

Em levantamento, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e o Instituto Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS-Rio) registraram cerca de meio milhão de tuítes contendo hashtags com ataques à imprensa entre março e junho deste ano. Aproximadamente 20% das postagens foram publicadas em contas com alta probabilidade de estarem agindo sob sistema automatizado.

A pesquisa mostra que os tuítes com maior engajamento são aqueles que defendem o governo federal, bem como aqueles que direcionam ataques a grandes grupos de comunicação críticos ao governo, além de jornalistas, em especial, mulheres. Ao menos 498 mil posts mencionavam as hashtags #imprensalixo, #extreamaimprensa, #globolixo, #cnnlixo e/ou #estadaofake.

O dia com o maior número de postagens foi 10 de maio (quase 37 mil tuítes), após a publicação de uma reportagem do Estadão sobre um esquema de orçamento paralelo utilizado para liberar verbas para emendas parlamentares. “Ao analisar os períodos de maior engajamento com as hashtags monitoradas, fica evidente um movimento amplo de reação a informações reveladas pela imprensa que expõem negativamente o governo”, escreveu a RSF.

O levantamento detectou diversos ataques a perfis de jornalistas, como Maju Coutinho (Globo), após defender medidas de isolamento; Daniela Lima (CNN Brasil), que comentou sobre a operação policial na favela do Jacarezinho e a situação do desemprego no País; Pedro Duran (CNN Brasil), que foi expulso de uma manifestação bolsonarista em 22 de maio; Mariliz Pereira Jorge (Folha de S. Paulo), atacada após a publicação de um artigo crítico ao presidente Jair Bolsonaro; e Rodrigo Menegat (DW News), acusado sem provas de ter hackeado um aplicativo do governo federal que deveria orientar pessoas infectadas pela Covid-19.

A pesquisa detectou também os termos mais usuais direcionados a esses profissionais, bem como o comportamento automatizado e o posicionamento ideológico dos autores das postagens.

Confira o levantamento na íntegra aqui.

Fábio Piperno passa a integrar o time do 3 em 1, na Jovem Pan

Fábio Piperno (BandSports) é o mais novo contratado da Jovem Pan para integrar a equipe do 3 em 1, programa presentado por Paulo Mathias.
Fábio Piperno (BandSports) é o mais novo contratado da Jovem Pan para integrar a equipe do 3 em 1, programa presentado por Paulo Mathias.

Fábio Piperno (BandSports) é o mais novo contratado da Jovem Pan para integrar a equipe do 3 em 1, programa de análise dos bastidores do poder transmitido de segunda a sexta-feira. Com isso, passou a dividir-se entre as duas emissoras, mas sem participar de forma fixa de nenhuma atração do BandSports.

No programa apresentado por Paulo Mathias, Piperno agora faz parte do time de comentaristas ao lado de Bruna Torlay, Jorge Serrão e Rodrigo Constantino.

“Continuarei no @bandsports aguardando novas missões. Espero em breve estar de volta”, disse ele no Instagram.

Jatobá PR encerra inscrições nesta sexta, 17/9

Encerram-se nesta sexta-feira (17/9) as inscrições para a edição 2021 do Prêmio Jatobá PR, que este ano contempla 21 categorias.
Encerram-se nesta sexta-feira (17/9) as inscrições para a edição 2021 do Prêmio Jatobá PR, que este ano contempla 21 categorias.

Organização concede uma semana a mais para a entrega dos cases

Encerram-se nesta sexta-feira (17/9) as inscrições para a edição 2021 do Prêmio Jatobá PR, que este ano contempla 21 categorias, uma delas internacional, aberta a todos os interessados; dez exclusivas para as grandes agências e agências-butique; cinco para as organizações empresariais; e cinco para as organizações públicas. Face ao acúmulo de trabalhos em finalização e ainda não incluídos na plataforma de julgamento, a organização decidiu prorrogar por uma semana o prazo final para essa inclusão, mas apenas para trabalhos que tenham sido inscritos até o dia 17.

O calendário da premiação prevê os períodos de 27/9 a 8/10 para o julgamento, de 11 a 13/10 para a apuração e divulgação das shortlists e 2 de dezembro para o evento de premiação, que este ano será novamente virtual.

Elaine Cotta vai para a NR-7

Elaine Cotta
Elaine Cotta

A NR-7, agência especializada no atendimento a startups e empresas do setor de tecnologia e internet, reforçou seu time com a chegada de Elaine Cotta como diretora de Atendimento.

Com grande experiência em redação e agências de comunicação, a profissional cuidará de estratégias e planos integrados com foco em reputação e geração de valor aos clientes da agência.

“Elaine chega com uma grande bagagem e certamente será peça fundamental para consolidar ainda mais a reputação e exposição de nossos clientes na imprensa e em diversas outras frentes e formatos que hoje são indispensáveis em qualquer estratégia de comunicação”, destacou Henrique Repiso, diretor executivo da NR-7.

Ela teve passagens por veículos como Folha de S. Paulo, Gazeta Mercantil, IstoÉ Dinheiro e Brasil Econômico, atuando como repórter e editora de economia, finanças e negócios.

Nos últimos 12 anos, passou a se dedicar à Comunicação Corporativa, com foco em gestão de crise e desenvolvimento de estratégias de posicionamento e construção de reputação.

Nesse período, atuou em agências como Máquina CW, S2 (atual Weber Shandwick), InPress Porter Novelli e Edelman, atendendo a clientes de diversos segmentos, como varejo, tecnologia, energia, construção civil e financeiro.

Ao longo de sua trajetória Elaine Cotta esteve envolvida na gestão de imagem de clientes como Microsoft Brasil, Engie Brasil Energia, Red Ventures, Blackrock, Deloitte, Qualcomm, Enel/Eletropaulo, Cosan, Telefônica/Vivo, Confidence/Travelex, Schroders, Tegra, Aegea Saneamento, Itaú BBA, HSBC, CBA, entre outros.

Fabíola Gadelha é contratada pela Record Entretenimento

Fabíola Gadelha é a nova contratada da Record Entretenimento, empresa do Grupo Record voltada a gerenciamento de carreira.
Fabíola Gadelha é a nova contratada da Record Entretenimento, empresa do Grupo Record voltada a gerenciamento de carreira.

Fabíola Gadelha é a nova contratada da Record Entretenimento, empresa do Grupo Record voltada a gerenciamento de carreira, publicidade, eventos, projetos especiais e licenciamentos. A empresa vai gerenciar a carreira de Gadelha trabalhando sua imagem nas redes sociais e para o desenvolvimento de projetos em todas as mídias.

Fabíola começou no jornalismo em Manaus, sua cidade natal. Destacou-se como repórter policial por fazer matérias de risco. Foi então convidada para apresentar as edições de sábado do programa Cidade Alerta. Após um ano de participações especiais, foi contratada pela Record TV, passando a morar em São Paulo.

Marcello Moraes é o novo diretor-geral da Rede Gazeta (ES)

Rede Gazeta anuncia Marcello Moraes como novo diretor-geral

A Rede Gazeta (ES) anunciou nesta quinta-feira (15/9) que Marcello Moraes é o novo diretor-geral da empresa, e que Café Lindenberg assume a Presidência do grupo e do Conselho de Administração, posto anteriormente ocupado por seu pai, Cariê Lindenberg, que faleceu em abril.

Marcello, no grupo desde 2016, até agora comandava a Diretoria de Negócios. Antes, foi CEO da Infoglobo e membro efetivo do Conselho de Administração de Valor Econômico, Instituto Verificador de Circulação (IVC) e International News Media Association (INMA).

Outra novidade anunciada pela empresa é a incorporação da área de tecnologia à nova Diretoria de Tecnologia e Operações, comandada por Gabriel Moura. Paulo Canno passará a atuar como consultor de tecnologia.

Além de Lindenberg, Moraes e Moura, a diretoria da Rede Gazeta é composta por Abdo Chequer (Jornalismo), Márcio Chagas (Mercado), Helder Luciano (Administração e Recursos Humanos), Dudu Lindenberg (Inovação e Novos Negócios), Bruno Passoni (Regional Sul) e Maria Helena Vargas (Regionais Norte).

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PF do MT recusa notícia-crime de jornalista que deixou o estado após ameaças

A Polícia Federal do Mato Grosso recusou uma notícia-crime apresentada por Alexandre Aprá, do site Isso É Notícia, contra o governador Mauro Mendes. Segundo o jornalista, existe um plano para difamá-lo e incriminá-lo por causa de reportagens publicadas em seu blog sobre um suposto esquema de corrupção no governo estadual. O jornalista pediu investigação contra o governador, a primeira-dama Virgínia Mendes e a empresa ZF Comunicação, de Ziad Fares que, segundo Aprá, teriam contratado um detetive particular para investigá-lo.

Em nota, a Secretaria de Comunicação do Mato Grosso escreveu que a notícia-crime foi negada pelo delegado Renato Sayao Dias por falta de “elementos mínimos” contra o governador. “Nos arquivos encaminhados através de um disco rígido, não existe, ao que nos parece, nenhum indício de materialidade de crime cometido por autoridade com foro privilegiado”, diz trecho do despacho.

Segundo o delegado, a denúncia de Aprá não apresentou descrição de “nenhum ato praticado pelo governador do Estado”. A PF destacou ainda a “ausência de elementos mínimos de indício de cometimento de crime”.

Desde 2013, Aprá publica reportagens sobre suspeitas de irregularidades envolvendo o governador do estado, a primeira-dama e a empresa ZF Comunicação. À PF, declarou que foi informado por colegas de que o site precisaria parar de publicar tais reportagens e que o detetive particular Ivancury Barbosa teria sido contratado para incriminá-lo por tráfico de drogas e abuso sexual de menores. Segundo Aprá, os financiadores da investigação seriam o governador, a primeira-dama e o dono da ZF Comunicação.

Aprá, que deixou o Mato Grosso por temer por sua integridade física, disse que usou um amigo para se aproximar do detetive e colher informações paralelas: “Apelei a essa estratégia para salvar minha vida, tive que agir e um amigo se fez passar por meu inimigo”.

Em mensagens enviadas pelo detetive a Aprá, fica claro que ele queria obter informações do jornalista: “Você esculacha todo mundo nos jornais, você gosta de fazer isso (…) Nenhum detetive foi contratado para te matar, para fazer nada com você, só para pegar que você usa cocaína, certo? (…) Nesta sorte, deu certo também que eu achei mais uns quatro traficantes que fala sempre com você direto, traficante, que você é ligado. Então eu acho que era bom você ficar meio quieto com isso aí (…) Ninguém vai fazer nada de mal com você não, agora você também não vai continuar com este jornalzinho marrom seu aí esculachando todo mundo (…) Eu acho que você é um cara inteligente, acho que você vai parar com isso (…) Ninguém tá com medo de você não. Você sai com moleque e é pedófilo. Eu descobri tudo isso…”.

Em entrevista a um site local, o detetive negou as acusações. Ele admitiu que foi contratado para investigar o jornalista, mas negou ter intenção de matar Aprá e negou que Ziad Fares, o governador Mauro Mendes e a primeira-dama Virgínia Mendes tenham contratado seus serviços. Por meio de sua assessoria, o dono da ZF Comunicação também negou que contratou o detetive e declarou que a denúncia de Aprá “não corresponde com a verdade”.

À Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Aprá disse que está atualmente em um local não identificado. Vale lembrar que ele foi um dos selecionados para o Programa de Proteção Legal para Jornalistas da Abraji.

O “hacktivismo” está substituindo o ativismo e pode piorar as coisas para empresas e instituições

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Em meio aos eventos para marcar os 20 anos dos atentados de 11 de setembro em Nova York, poucos lembraram de um outro aniversário este mês: os dez anos do movimento Occupy Wall Street.

A ocupação de uma praça no centro financeiro americano por manifestantes protestando contra a desigualdade econômica espalhou-se por outras cidades dos Estados Unidos e chegou à Europa, América do Sul e Ásia.

A festa da democracia com doses de anarquia acabou dois meses depois, quando o então prefeito Michael Bloomberg mandou desocupar a praça (uma área privada), despachando para casa os que ainda resistiam ao frio e à chuva.

Mas o modelo inspirou outros grupos.

O mais notório é o Extinction Rebellion (XR), movimento ambientalista britânico que de tempos em tempos causa confusão em locais centrais de Londres e em outras cidades britânicas.

O objetivo é responsabilizar os “culpados pela sexta extinção em massa da espécie”.

Eles acampam em ruas e praças, interrompem o tráfego, acorrentam-se a grades e colam as mãos a monumentos ou a fachadas de prédios que simbolizam os problemas ambientais.

Já atacaram gráficas de jornais, bloqueando a saída de caminhões com os exemplares − o que não impediu os leitores de acessarem suas edições online, mas atraiu a antipatia da mídia.

O último ato aconteceu há duas semanas, e chegou a paralisar a Tower Bridge, uma via importante do centro da cidade.

Sobrou até para a respeitada WWF. Ativistas invadiram a sede da ONG ambiental, alegando que sua ação “perpetua métodos coloniais de conservação que expulsam os indígenas de suas casas”.

A causa do Extinction Rebellion é nobre, mas nem todos concordam com essa forma de protesto disruptivo, como se pode observar pelas redes sociais.

A reação negativa deixa uma pergunta: qual o futuro do ativismo? Será que manifestações que incomodam tanto para chamar a atenção podem acabar afastando aqueles que seriam simpáticos à causa mas discordam dos métodos?

A pergunta tem sido feita exaustivamente aos membros do XR, e a resposta é sempre a mesma: sim, os fins justificam os meios.

Para eles, o problema do clima é gigante, e somente com muito tumulto as autoridades e empresas vão fazer algo concreto para solucionar a crise climática.

Uma questão geracional

Há muitos jovens engajados no XR, mas ele foi criado e é comandado por gente madura, na faixa dos 50/60 anos, talvez mais influenciada pelas passeatas “clássicas” e pelo modelo OWS do que pelo universo digital.

O grupo utiliza bem as redes para mobilizar seguidores e multiplicar o alcance de seus atos, mas restringe sua ação ao mundo real.

E não tem obtido resultados concretos, já que seus  pedidos em relação ao clima são tão difíceis de serem atendidos quanto a bandeira do OWJ era há dez anos.

Eles queriam que o presidente Barack Obama “ordenasse uma comissão presidencial encarregada de acabar com a influência que o dinheiro tem sobre nossos representantes em Washington”. O XR tem como lema “exija o impossível”.

“Hacktivismo”

De forma mais pragmática, um protesto do outro lado do Atlântico demonstrou que o chamado “hacktivismo” ganha espaço como alternativa para o barulho nas ruas.

Uma turma de meninas usou o TikTok na semana passada para compartilhar vídeos curtos ensinando como sabotar o site Texas Right To Life, criado pelo maior grupo antiaborto do estado para receber denúncias anônimas de violação à lei promulgada há um mês.

O site foi inundado com conteúdo falso, e teria chegado a sair do ar.

Adolescentes atacam site antiaborto

A mesma fórmula havia sido empregada durante as eleições presidenciais americanas. Adolescentes usuários do TikTok e fãs da música pop coreana inscreveram-se em massa para participar de um comício do ex-presidente Donald Trump mas não apareceram, deixando o candidato diante de uma plateia vazia.

Para marcas e instituições, essa forma de protesto pode ser ainda mais ameaçadora do que manifestantes acorrentados diante de suas sedes. E despertar mais simpatia do público do que ações disruptivas. É bom se preparar para ela.


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