Segundo o Boletim Emprego em Pauta do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o número de contratos de trabalho extintos por morte do trabalhador no setor de Informação e Comunicação, no qual os profissionais de imprensa estão inseridos, cresceu 129% nos primeiros quatro meses de 2021, em comparação ao mesmo período de 2020.

Com 672 contratos encerrados por morte, os trabalhadores de comunicação e informação foram o terceiro setor com maior número de desligamentos por óbitos no primeiro quadrimestre do ano, atrás apenas de profissionais da Educação (1.479) e da Administração Pública, Defesa e Seguridade Social (794).

Para a a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), esses números estão diretamente relacionados com o cenário de pandemia agravado no Brasil em 2021. A entidade destaca que, desde o início da crise sanitária, o trabalho da imprensa foi considerado como essencial, ou seja, os profissionais estão sujeitos a contaminação, e consequentemente, a morte.

Para o Departamento de Saúde e Segurança da Fenaj, que divulga trimestralmente novos dados sobre jornalistas vitimados pela Covid-19, houve um aumento de 277% na média mensal de mortes de profissionais de imprensa em decorrência do coronavírus em pouco mais de cinco meses, em comparação ao mesmo período no ano passado. O mês com o maior número de casos foi março deste ano, com 51 mortes.

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