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domingo, junho 29, 2025

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Especial Jornalismo nas veias: Tiago Maranhão, meu filho

Especial Jornalismo nas veias: Tiago Maranhão, meu filho

Carlos Maranhão, ex-diretor de Redação das Vejinhas, e o filho, Tiago Maranhão

Filho e neto (pelo lado materno) de jornalistas, Tiago tinha uma vocação hereditária. Mas iria seguir o mesmo caminho? Sem nunca ter procurado influenciá-lo diretamente, fiquei em dúvida até o dia em que ele marcou um almoço comigo e sua mãe para falar sobre o próprio futuro. Foi direto ao ponto e disse que iria prestar vestibular para Jornalismo. Perguntei se estava ciente das dificuldades do mercado e de que os salários dos seus pais – eu como diretor de Redação, ela como editora de arte – eram exceções e não a regra na profissão. Ele respondeu que sim para as duas perguntas e erguemos um brinde para lhe desejar boa sorte.

Embora seja complicado elogiar publicamente um filho, passados mais de 20 anos não posso esconder meu orgulho: Tiago tornou-se um jornalista respeitado e bem-sucedido. Não só, inicialmente, no meio impresso e em sites, mas sobretudo na televisão e hoje em dia no meio que desconheço por completo, a inteligência artificial.

Graças ao convite honroso de J&Cia., tive agora a chance de passar tudo isso em revista (sem trocadilho) e de lhe perguntar coisas sobre as quais nunca havíamos conversado com alguma profundidade. Eis aí.

Pai: Por que você resolveu ser jornalista?

Filho: Acho que nunca sequer considerei outra carreira. Para ser completamente honesto, contemplei a ideia de estudar Direito durante um período. Mas senti que o jornalismo era a minha vocação. Nunca encarei em termos de carreira, mas sim com um sentido de missão e realização.

Pai: Que missão?

Filho: Informar com clareza, traduzindo o que é nebuloso, checando o que é suspeito, dando o espaço correto ao que é mais relevante. Dar contexto é fundamental, manter uma perspectiva saudável é essencial. Se puder fazer isso com alguma graça e personalidade, missão cumprida.

Pai: Quando você tomou a decisão de ser jornalista?

Filho: Durante os últimos anos no colégio, já pensando no vestibular, eu alimentava uma visão romântica da profissão, me imaginava em grandes coberturas, com textos de fôlego, sonhava em ser repórter especial de uma grande revista. Acredito que nessa época eu já estava decidido. O curioso é que o jornalismo esportivo não era necessariamente meu plano principal, nem o trabalho em televisão. Foram caminhos que minha carreira tomou, um pouco por decisão minha e oportunidades que persegui, muito por sorte também.

Pai: O que é jornalismo para você?

Filho: Jornalismo é contar histórias que precisam ser contadas. A partir daí, a definição começa a ficar flexível. Talvez essas histórias precisem ser contadas porque estão escondidas e são de interesse público, ou porque são injustiças que precisam ser corrigidas ou talvez apenas porque são histórias divertidas, quem sabe inspiradoras ou simplesmente boas histórias.

Pai: Eu praticamente só trabalhei em revistas – Placar, Playboy, Veja, Veja São Paulo – e vivi quatro décadas na Editora Abril. Você, ao contrário, esteve em quase todas as mídias, passando por Reuters, iG, Exame, Band, Globo e SporTV, antes de ir para a Amazon, onde atualmente cuida do conteúdo da Alexa. Quem de nós tomou as melhores decisões na carreira?

Filho: Queria evitar respostas exageradamente clichês, mas aqui preciso dizer que sua carreira sempre foi minha maior referência profissional. E não porque foi uma carreira de sucesso, com coberturas que um dia eu sonhava fazer, como Copas do Mundo e Jogos Olímpicos, e por dirigir grandes redações, e sim pelo respeito e deferência que sempre falam de você para mim: “O Maranhão tem o melhor texto”, “seu pai faz as melhores entrevistas”, “ninguém apura com tanto rigor”, entre outros elogios que ouço.

Pai: Obrigado, mas fico até constrangido…

Filho: Bem, dito isso, acho que o mercado mudou demais e muito rápido nas últimas décadas, o que talvez explique minha experiência mais, digamos, diversa. O que posso afirmar é que tudo me serviu de aprendizado para o que veio em seguida.

Pai: Quais são para você as principais diferenças entre o que eu fazia e o que você faz no jornalismo?

Filho: Talvez a principal diferença seja o formato. Ou melhor, formatos. Décadas atrás, uma matéria de revista era pensada apenas para as páginas impressas da revista. Depois vieram os formatos para site, celular e tablet. Hoje os formatos são interativos, uma reportagem pode ser um carrossel no Instagram, uma entrevista pode estar no TikTok com uma edição esperta ou no YouTube com links para outros conteúdos. Há também uma diferença na percepção de quem recebe a notícia em relação ao veículo e ao jornalista. Existe um conceito que se forma antes mesmo de se ler a manchete.

Pai: A mais velha das suas três filhas optou por uma área completamente diferente da nossa: a neurociência. As duas menores têm hoje 7 e 2 anos de idade. Gostaria que pelo menos uma delas se tornasse jornalista?

Filho: A Isabel já está a poucos meses de concluir o doutorado em neurociência e acredito que vai seguir nessa carreira. Já Cecília e Clara, as mais novas, se eu fosse apostar, diria que vão adotar profissões que sequer foram inventadas ainda. Algo relacionado a comunicação, quem sabe?

Pai: Onde você imagina que estará daqui a cinco anos? Dez? Vinte?

Filho: Três meses antes de ir para a Amazon, eu sequer cogitava mudar de emprego, muito menos trabalhar com inteligência artificial. Então, gosto de pensar que ainda vou me surpreender algumas vezes com os rumos da minha carreira. A única coisa que sei é que vou sempre trabalhar com as palavras. Como você.

Polícia descarta motivação profissional em ataque contra Gabriel Luiz

Gabriel Luiz está no Grupo Globo desde 2014
Gabriel Luiz está no Grupo Globo desde 2014

O repórter da TV Globo em Brasília Gabriel Luiz, de 28 anos, foi esfaqueado na noite de 14/4 (quinta-feira), em um estacionamento perto de sua casa, no Distrito Federal. Ele foi atingido por diversos golpes no pescoço, abdômen, tórax e na perna, e internado em estado grave, mas estável, no Hospital de Base do DF (HBDF).

Após a captura dos dois suspeitos de terem cometido o crime, a Polícia Civil do Distrito Federal descartou qualquer outra hipótese que não tentativa de latrocínio (homicídio por tentativa de roubo).

José Felipe Leite Tunholi, de 19 anos, foi preso e após audiência de custódia, teve sua prisão convertida em preventiva, sendo transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda por tempo indeterminado. Já o segundo envolvido, um menor de 17 anos, está recolhido no Núcleo de Atendimento Integrado (NAI), ligado à Subsecretaria de Políticas para Crianças e Adolescentes.

Segundo a polícia, os dois confessaram envolvimento no caso, disseram que decidiram assaltar Gabriel Luiz porque ele estava caminhando sozinho, e afirmaram não conhecer o jornalista.

Gabriel tem se destacado nos últimos anos por suas reportagens investigativas, que apuravam irregularidades nos mais variados setores do poder, e por isso chegou-se a ventilar a hipótese de que o ataque tivesse como motivação algum tipo de retaliação.

Em um de seus últimos trabalhos, por exemplo, o jornalista apurou uma denúncia de balas perdidas em um clube de tiro em Brazlandia, região administrativa do Distrito Federal. Após a reportagem, o Exército interditou o local, alegando risco à segurança das pessoas. O caso, inclusive, foi registrado nas redes sociais do jornalista dois dias antes do ataque.

Gabriel Luiz está no Grupo Globo desde 2014
Gabriel Luiz está no Grupo Globo desde 2014

Formado em Jornalismo na Universidade de Brasília (UnB), Gabriel entrou na Globo como estagiário, em 2014. Em 2017, foi contratado como repórter do G1 DF, portal no qual ficou por dois anos, até 2019, quando migrou para a equipe do DF1, como editor do jornal local da capital.

Segundo os últimos boletins médicos, Gabriel, que passou por quatro cirurgias, está lúcido, estável, consciente e já consegue conversar, mas segue sem previsão de alta.

TV com foco em favelas será lançada com grade diária

A Sou+Favela, empresa que visa integrar o meio empresarial à periferia, anunciou, em parceria com o bloco de empreendedores de impacto social G10 Favelas, o lançamento da +FavelaTV.

Com público-alvo estimado em 2,7 milhões de moradores de favelas em todo o País, a iniciativa busca fortalecer a comunicação entre as marcas e a audiência das comunidades. A +FavelaTV ficará disponível on demand e de forma linear, com grade diária.

Ainda sem data de estreia, a programação, criada na favela e voltada para a favela, terá atrações próprias sobre temas como esporte, empreendedorismo, celebridades, educação infantil e bem-estar.

A +FavelaTV conta com três diretores: Mauricio Alvarenga, egresso do mercado de TV por assinatura e distribuição de conteúdo; Milton Neto, com passagens por Turner International, LG Eletronics e Amazon; e o publicitário Edmundo Gavioli.

Repórter Brasil oferece bolsas para investigação de financiamento de violações socioambientais

Repórter Brasil oferece bolsas para investigação de financiamento de violações socioambientais

A Repórter Brasil está lançando a segunda edição do programa que oferece duas bolsas de R$ 5.500,00 para a produção de reportagens sobre financiamento de atividades econômicas que causam graves impactos socioambientais. As inscrições vão até 29 de abril.

O programa é destinado a jornalistas e estudantes de Jornalismo de todo o Brasil interessados em investigar mais a fundo o papel de bancos e investidores em atividades econômicas que geram violações socioambientais. As pautas propostas devem obrigatoriamente utilizar informações do banco de dados da Florestas e Finanças, coalizão internacional da qual a Repórter Brasil faz parte.

Além disso, os interessados devem participar da live de apresentação da Florestas e Finanças e de lançamento do concurso de bolsas para reportagens, nesta terça-feira (19/4), das 14h às 15h30, no Instagram da Repórter Brasil.

As pautas inscritas devem conter informações de contato, experiências acadêmicas e profissionais, links para reportagens anteriores, uma referência profissional com telefone de contato e a proposta de pauta detalhada, com contexto, abordagem, possíveis fontes, cronograma e plano de trabalho.

Os vencedores serão anunciados em 13 de maio, no site da Repórter Brasil e via e-mail. O processo de produção da reportagem será acompanhado por membros da organização. As reportagens geradas serão publicadas no site da Repórter Brasil e, possivelmente, em outros republicadores.

Confira o regulamento e inscreva-se aqui.

Embate com mineradora Brazil Iron

O programa de bolsas vem após um embate entre a Repórter Brasil e a mineradora Brazil Iron, no final de março. Na ocasião, uma ação policial foi realizada contra os repórteres Daniel Camargos e Fernando Martinho, que foram até a sede da mineradora em Piatã (BA) para ouvir o lado da empresa em reportagem sobre os impactos da mineradora no meio ambiente e nas comunidades locais.

A Brazil Iron teria acusado os jornalistas de invasão da mineradora e acionado a Polícia, solicitando também as gravações da reportagem. Daniel e Fernando teriam prontamente explicado que utilizaram um drone para imagens aéreas dias antes, mas que não haviam invadido a propriedade, como alegado. Sem acordo, os repórteres foram encaminhados para a delegacia e liberados horas depois.

Em nota, a mineradora negou que denunciou os repórteres por invasão e que chamou a polícia após “tomar conhecimento de que a reportagem sobrevoou a área de operação da Mina Mocó com um drone”. Entenda o ocorrido.

Gilmar Mendes cassa decisão que proibia publicação de reportagem da RBS

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cassou decisões da 18ª Vara da Justiça do Rio Grande do Sul que proibiram a publicação de matéria da RBS TV, assinada por Giovani Grizotti, o Repórter Sem Rosto, sobre supostos atos ilícitos praticados pelo prefeito de Bagé, Divaldo Lara.

Para Gilmar, houve desrespeito ao entendimento do STF que veda a censura prévia à atividade jornalística. O Supremo assentou que não cabe ao Estado definir o conteúdo jornalístico, nem impedir a livre difusão de ideias. No começo do ano, Mendes já havia concedido uma liminar para suspender as decisões. Agora, na análise do mérito, o ministro concluiu que não cabe a um juiz ou colegiado impor censura prévia, “considerando que o livre trânsito de ideias constitui elemento essencial ao desenvolvimento da democracia”.

Para o Grupo RBS, a partir do momento que o Ministério Público apresentou uma denúncia contra Divaldo Lara, a reportagem tornou-se de interesse público e, portanto, o conteúdo deveria ser publicado para informar a comunidade local. A empresa também afirmou que entrou em contato com o prefeito para que ele pudesse se manifestar sobre a acusação do Ministério Público. Mas Lara, além de não apresentar sua versão dos fatos, ajuizou ação para proibir a veiculação da reportagem, aceita pelo juiz de primeiro grau. O prefeito de Bagé, inclusive, revelou a identidade visual de Giovani Grizotti e atacou a honra e o trabalho do jornalista.

Com informações do Coletiva.net.

Especial Jornalismo nas veias: Todos têm história relevante para contar

Especial Jornalismo nas veias: Todos têm história relevante para contar

(Ancelmo Gois, colunista de O Globo, e o filho, Antonio Gois*)

Ser filho de jornalista me fez guardar com mais intensidade algumas memórias de criança relacionadas a fatos históricos. Por exemplo, tinha apenas dez anos de idade, mas lembro relativamente bem do dia da morte de Tancredo Neves, em 21 de abril de 1985, quando o telefone tocou em casa e meu pai teve que voltar à redação num domingo à noite. Em 1º de janeiro de 1989, estávamos em férias, na primeira viagem internacional da família. A principal preocupação de meu pai, porém, não era nos guiar pelos brinquedos da Disney, mas, sim, achar um telefone público para entrar em contato com a redação do JB e saber como estava a cobertura do naufrágio do Bateau Mouche.

Relatos como esses, tão comuns entre aqueles que têm pais ou mães na profissão, poderiam gerar desencanto com um ofício que interfere tanto em momentos de descanso ou lazer em família. No meu caso, o efeito foi oposto. Apesar de ele nunca me ter sugerido que escolhesse o jornalismo, acabei contaminado pelo seu entusiasmo.

Comecei a trabalhar em 1996, mas sou dos poucos de minha geração que frequentou redações nos tempos das máquinas de escrever. Por vários domingos, ao final dos 1980 e início dos 1990, o programa mais comum era acompanhar meu pai em plantões do Informe JB. As horas eram preenchidas por visitas à Fotografia (o momento mais aguardado era a chegada das primeiras fotos dos jogos de futebol), aos estúdios de rádio e à lanchonete do sétimo andar do edifício da Avenida Brasil, 500.

De tanto frequentar redações, meu pai conta que, certa vez, um colega advertiu-o de que eu acabaria virando jornalista, e melhor seria me levar ao aeroporto para, quem sabe, ser piloto da Varig no futuro. Era tarde demais. Mesmo tendo vivenciado inúmeras crises na profissão, em nada me arrependo. Sem contar que a Varig foi à falência.

Contrário ao discurso saudosista de que não se faz mais bom jornalismo como antigamente, nas inúmeras trocas que tivemos ao longo do tempo sobre a profissão, um dos argumentos que meu pai mais repete, até hoje, é o de que as novas gerações chegam às redações mais bem preparadas. Não apenas sigo concordando, como acrescento que os jovens que hoje se formam nas faculdades de Jornalismo trazem uma vantagem que nem a geração de meu pai, nem a minha, teve: maior diversidade de olhares e trajetórias de vida, fruto do processo – ainda inconcluso – de democratização do acesso ao ensino superior nas duas últimas décadas.

Fazer jornalismo em tempos de desinformação e crise dos meios tradicionais de comunicação traz desafios novos. A curiosidade e a persistência na busca de informações seguem sendo as características mais importantes de um bom jornalista. Mas a elas soma-se também a capacidade de entender mais sobre o assunto que cobre. Isso exige ampliação de repertório, de modo a conhecer a história, as estatísticas e a literatura acadêmica de sua área de especialização. As boas histórias, de preferência exclusivas, seguem sendo o principal atrativo, mas é ainda mais essencial nos dias de hoje a responsabilidade em contextualizá-las devidamente num mundo em que todos têm acesso fácil à informação de baixa qualidade.

No entanto, o conselho profissional mais válido que recebi de meu pai é o de que todos − do porteiro ao presidente, da secretária ao executivo, do faxineiro à juíza – têm uma história relevante para contar, e é importante saber ouvi-la. Pensando bem, é também uma lição de vida.


(*) Antônio Gois é colunista de educação de O Globo e fundador e primeiro presidente da Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação). Cobre o tema desde 1996. É autor dos livros Quatro Décadas de Gestão Educacional no Brasil, com depoimentos de ex-ministros da Educação desde o governo Figueiredo, e Líderes na Escola: o que fazem bons diretores e diretoras, e como os melhores sistemas educacionais do mundo os selecionam, formam e apoiam. Foi bolsista dos programas Knight Wallace Fellows, na Universidade de Michigan, e da Spencer Education Journalism Fellowship, na Universidade de Columbia. É vencedor dos prêmios Esso, Embratel, Folha, Undime e Andifes, sempre com reportagens sobre educação. Trabalhou nos veículos O Dia, Folha de S.Paulo, O Globo, CBN e Canal Futura.

Revista AzMina e Núcleo Jornalismo lançam ferramenta para conectar audiências

A revista AzMina e o Núcleo Jornalismo lançaram o Amplifica, ferramenta de escuta e interação social criada para conectar audiências.
A revista AzMina e o Núcleo Jornalismo lançaram o Amplifica, ferramenta de escuta e interação social criada para conectar audiências.

A revista AzMina e o Núcleo Jornalismo lançaram o Amplifica, ferramenta de escuta e interação social criada para conectar audiências de veículos jornalísticos. Reunindo dados do público, o Amplifica consegue identificar quais publicações estão em alta, links compartilhados, assuntos e hashtags mais usadas no Twitter de ambos os veículos.

Selecionado no Desafio da Google News Initiative, o projeto apresentou a primeira etapa da iniciativa intitulada Beta. Nela, foi disponibilizado um painel no qual é possível explorar as publicações e dados das comunidades de ambos os veículos no Twitter. A fase contou com a participação de aproximadamente 200 leitores e tuiteiros.

A coleta de dados permite desenvolver uma aproximação com o público, a criação de estratégias de engajamento e a identificação de assuntos importantes para as comunidades de cada um.

A escolha do Twitter deu-se pela rede possuir uma API aberta que permite a captura de tweets para o desenvolvimento do programa, além disso, foi levado em conta número expressivo de seguidores que os AzMina e o Núcleo Jornalismo possuem na plataforma.

Qualquer pessoa pode ter seu perfil incluído na ferramenta, basta preencher o formulário. Os dados coletados ficam armazenados em um banco, que é acessado somente pelas equipes d’AzMina e do Núcleo. O consentimento pode ser revogado a qualquer momento.

Futuro da Saúde ganha newsletter semanal

O hub de conteúdo digital Futuro da Saúde, criado e dirigido por Natalia Cuminale, lançou em 14/4 uma newsletter semanal homônima com o objetivo de trazer curadoria de conteúdo e tendências em saúde para as lideranças do setor e interessados nas novidades da área.

Natalia Cuminale
Natalia Cuminale

“Há muita informação de saúde espalhada em vários canais brasileiros e internacionais, mas no ritmo em que vivemos é impossível ler tudo e falta tempo para filtrar aquilo que é essencial, e a newsletter nasce com o propósito de fazer essa curadoria”, explica Natalia. “Não há uma ferramenta como essa no Brasil hoje. Com o apoio da tecnologia, a ideia é levar de forma fácil as informações cruciais para que os líderes do setor e interessados na área estejam antenados sobre o que é mais importante para o dia a dia de suas atividades”.

O desenvolvimento do novo produto de Futuro da Saúde começou em meados de 2021 e foi ganhando corpo após pesquisas e análises de ferramentas de comunicação internacionais. Para Natalia, o formato atual trará inovações interessantes ao mercado, com a apresentação não apenas de reportagens exclusivas do hub de conteúdo, mas também de outros meios de comunicação.

A newsletter, que conta com apoio do Hospital Israelita Albert Einstein, será distribuída gratuitamente toda quinta-feira de manhã. Os interessados em receber diretamente por e-mail precisam apenas preencher o cadastro no site www.futurodasaude.com.br.


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Morre, aos 50 anos, o jornalista Luís Perez

Luís Perez
Luís Perez

Faleceu na noite desta sexta-feira (15/4), aos 50 anos, o jornalista especializado em automóveis Luís Perez. A morte, por infarto, foi confirmada pelos médicos na madrugada deste sábado.

Jornalista formado pela PUC-SP, Perez também estudou História, na USP, e Marketing, na ESPM. Começou a carreira na Folha de S.Paulo, onde exerceu diversas funções, incluindo a de editor de Veículos. Se destacou nesse período pelo senso crítico aguçado e ótimo texto, tanto que tinha entre seus grandes ídolos, o renomado professor de português Pasquale Cipro Neto.

Luís Perez
Luís Perez

Deixou a Follha em 2003 e depois de dois anos trabalhando na Motorpress, lançou em 2006 o Interpress Motor, que anos mais tarde, em 2012, passou a se chamar Carpress. Ao longo de sua carreira, também colaborou com diversas publicações especializadas em automóveis, entre elas as revistas Quatro Rodas, Car and Driver e Jornauto, além do jornal Agora SP.

Por anos, também foi colunista semanal da newsletter Jornalistas&Cia Imprensa Automotiva, publicação segmentada do setor, publicada pela Jornalistas Editora, também responsável por este Portal dos Jornalistas.

Luís Perez não era casado, mas deixa a filha, Julia, que sempre foi motivo de orgulho em suas postagens nas redes sociais.

Seu velório será realizado a partir das 11h deste domingo (17/4), no Cemitério do Araçá, (Av. Dr. Arnaldo, 300, Pacaembu).

Gabriel Luiz, da TV Globo, é esfaqueado no DF

Gabriel Luiz está no Grupo Globo desde 2014
Gabriel Luiz está no Grupo Globo desde 2014

O repórter da TV Globo em Brasília Gabriel Luiz, de 28 anos, foi esfaqueado na noite desta quinta-feira (14/4), em um estacionamento perto de sua casa, no Distrito Federal. Ele foi atingido por diversos golpes e internado em estado grave, mas estável, no Hospital de Base do DF (HBDF).

Segundo o Portal Metrópoles, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) trata o caso, inicialmente, como tentativa de latrocínio. Entretanto, os investigadores não descartam a possibilidade de tentativa de homicídio devido à violência do ataque.

Formado em Jornalismo na Universidade de Brasília (UnB), Gabriel Luiz entrou na Globo como estagiário, em 2014. Em 2017, foi contratado como repórter do G1 DF, portal no qual ficou por dois anos, até 2019, quando migrou para a equipe do DF1, como editor do jornal local da capital.

Conhecido pelo estilo irreverente e bem-humorado, Gabriel realiza reportagens investigativas, que apuram irregularidades em nos mais variados setores do poder. Em um de seus últimos trabalhos, o jornalista apurou uma denúncia de balas perdidas em um clube de tiro em Brazlandia, região administrativa do Distrito Federal. Após a reportagem, o Exército interditou o local, alegando risco à segurança das pessoas.

Câmeras de segurança registraram a aproximação dos suspeitos. As imagens, disponíveis no site do G1 DF, mostram o jornalista passando pelo local, e em seguida dois suspeitos aparecem atrás. Mais à frente, a dupla atacou Gabriel. Em seguida, os dois saíram correndo em fuga.

Peritos da Polícia Civil fizeram análises no local do ataque e no apartamento do jovem. A carteira dele foi encontrada, mas o celular está desaparecido. Segundo a corporação, equipes estão na rua para tentar identificar e encontrar os suspeitos.

Em nota, a TV Globo se manifestou sobre o caso. Veja íntegra:

“A Globo lamenta profundamente o ocorrido. Está aguardando as investigações da polícia e prestando toda ajuda ao nosso repórter e aos familiares. A Globo repudia veemente todas as formas de violência e espera que o caso seja esclarecido o mais rapidamente possível.”

Gabriel Luiz está no Grupo Globo desde 2014
Gabriel Luiz está no Grupo Globo desde 2014

Já a Secretaria de Segurança Pública do DF informou que “todos os órgãos de segurança estão empenhados na captura dos bandidos. A investigação está em curso e chegará a bom termo. Não descartamos nenhuma hipótese sobre as razões do ataque. Tudo vai ser esclarecido. Prestamos solidariedade ao Gabriel e sua família.”

Após a divulgação do caso, diversas entidades de imprensa se manifestaram em repúdio ao ataque sofrido pelo jornalista. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) estão entre as instituições que se manifestaram.

As entidades pedem que os fatos sejam investigados com rapidez e que os responsáveis sejam identificados e punidos. Também se solidarizam com o repórter e a família.

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