A Repórter Brasil está lançando a segunda edição do programa que oferece duas bolsas de R$ 5.500,00 para a produção de reportagens sobre financiamento de atividades econômicas que causam graves impactos socioambientais. As inscrições vão até 29 de abril.

O programa é destinado a jornalistas e estudantes de Jornalismo de todo o Brasil interessados em investigar mais a fundo o papel de bancos e investidores em atividades econômicas que geram violações socioambientais. As pautas propostas devem obrigatoriamente utilizar informações do banco de dados da Florestas e Finanças, coalizão internacional da qual a Repórter Brasil faz parte.

Além disso, os interessados devem participar da live de apresentação da Florestas e Finanças e de lançamento do concurso de bolsas para reportagens, nesta terça-feira (19/4), das 14h às 15h30, no Instagram da Repórter Brasil.

As pautas inscritas devem conter informações de contato, experiências acadêmicas e profissionais, links para reportagens anteriores, uma referência profissional com telefone de contato e a proposta de pauta detalhada, com contexto, abordagem, possíveis fontes, cronograma e plano de trabalho.

Os vencedores serão anunciados em 13 de maio, no site da Repórter Brasil e via e-mail. O processo de produção da reportagem será acompanhado por membros da organização. As reportagens geradas serão publicadas no site da Repórter Brasil e, possivelmente, em outros republicadores.

Confira o regulamento e inscreva-se aqui.

Embate com mineradora Brazil Iron

O programa de bolsas vem após um embate entre a Repórter Brasil e a mineradora Brazil Iron, no final de março. Na ocasião, uma ação policial foi realizada contra os repórteres Daniel Camargos e Fernando Martinho, que foram até a sede da mineradora em Piatã (BA) para ouvir o lado da empresa em reportagem sobre os impactos da mineradora no meio ambiente e nas comunidades locais.

A Brazil Iron teria acusado os jornalistas de invasão da mineradora e acionado a Polícia, solicitando também as gravações da reportagem. Daniel e Fernando teriam prontamente explicado que utilizaram um drone para imagens aéreas dias antes, mas que não haviam invadido a propriedade, como alegado. Sem acordo, os repórteres foram encaminhados para a delegacia e liberados horas depois.

Em nota, a mineradora negou que denunciou os repórteres por invasão e que chamou a polícia após “tomar conhecimento de que a reportagem sobrevoou a área de operação da Mina Mocó com um drone”. Entenda o ocorrido.

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