O Projeto Comprova, coalizão de 43 veículos que atuam na checagem da veracidade de informações, está com inscrições abertas para um minicurso de dois dias que ensinará técnicas e métodos de verificação de fatos, com base em checagens feitas pelo projeto desde 2018.
Os casos serão apresentados pelos próprios repórteres que atuaram nas investigações. As verificações abordam temas como eleições, políticas públicas e pandemia. Serão destacadas as ferramentas utilizadas nas checagens e haverá espaço para perguntas enviadas pelos participantes. Na abertura do curso, o Comprova apresentará a caixa de ferramentas do projeto,
A iniciativa faz parte do programa de capacitação para checagem no Comprova. Comprometidos com a Educação Midiática, o projeto lançou recentemente um aplicativo para celular, com o objetivo de ajudar usuários a identificarem fake news, que possibilita que as pessoas acompanhem as verificações feitas pelo Comprova, enviem sugestões de conteúdos suspeitos e conheçam técnicas de checagem de fatos.
Em seu mês de aniversário, a Record fará mudanças na apresentação dos programas Domingo Espetacular eFala Brasil, a partir do dia 11 de setembro.
Após um ano e meio na apresentação do Fala Brasil, Sérgio Aguiar passará a comandar o Domingo Espetacular, ao lado de Caroline Ferraz, trazendo entrevistas exclusivas e reportagens especiais sobre diversos segmentos.
Eduardo Ribeiro, que até agora fazia dupla com Caroline no comando do Domingo Espetacular, apresentará o Fala Brasil, dividindo a bancada com Mariana Godoy. O telejornal terá outras novidades, como um noticiário mais dinâmico e descontraído, e as principais praças terão mais espaço com entradas direto das ruas e das redações espalhadas pelo Brasil.
O Fala Brasil terá ainda novos recursos técnicos, como drones e mais mochilinks. Na Grande São Paulo, o número de repórteres deve aumentar, e os correspondentes internacionais terão mais entradas diárias do local. Além disso, haverá espaço para blocos sobre esportes e previsão do tempo, e um núcleo especial de matérias investigativas sobre temas relevantes do dia a dia do brasileiro.
O Domingo Espetacular vai ao ar aos domingos, às 19h45, e o Fala Brasil, de segunda a sexta-feira, às 8h40, na Record.
Numa sexta-feira de agosto, ano 1975, dia 8: o secretário de Redação Emir Nogueira (de gravata) lê o lide de reportagens produzidas pela editoria Local em busca de chamadas para a capa da FSP. Vicente Alessi Filho e Ivan Pinheiro assistem à troca de ideias. André Kallás é quem coça a têmpora esquerda.
Por Vicente Alessi, filho
Vida profissional é uma surpresa todo dia. Surpresas que, afinal, nos enchem de lembranças, orgulhos e, quem sabe, poucas vergonhas. Somos apenas jornalistas – mesmo que profissionais e diplomados – e sujeitos às três estações todos os dias. A exceção é a primavera: trata-se de estado de espírito. E esse estado de espírito foi a absoluta surpresa que me abateu nos meados dos anos 1970, na Redação da Folha de S. Paulo – quando formávamos um bandinho que desejava ser bons repórteres –, na forma de um Editor com E em caixa alta: André Kallás. Pois descobrimos: o mundo também era feito de copydesks…
Em certos círculos mais conservadores da Redação não tinha boa fama o André, pois, diziam, bebia demais. Provavelmente era a reação de quem tivera algum atrito com ele e saiu xingado, no conhecido estilo pavio curto do André: porque pra ele ou era assim ou era frito!, sem outras possibilidades.
Placa que eterniza Aristides Lobo na Redação do Folhão foi jogada fora em reforma recente. Paulo Zocchi a resgatou
Mas nos nossos círculos, da meninada mais novinha, como eu, 25 anos incompletos, André Kallás já era lenda quase bem formada, mercê não ter medo de assuntos controversos, se bem apurados, como o caso dos meninos da Febem abandonados, nus, pela Polícia paulista, na mineira Camanducaia: não fosse ele, quem teria levado a história além da tinta e do papel? Ou os acidentes ocorridos durante a construção da Rodovia dos Imigrantes… E, claro: se bebia deveria ter boas razões, como todos nós. Quem sabe gostasse, como todos nós.
Mas é preciso mostrar o pano de fundo dessa história, o que era o nosso Folhão na ordem das coisas. Naquela época não tínhamos a respeitabilidade reconhecida quando comparado ao maioral, o grande O Estado de S. Paulo. Os dois patrões tinham apoiado a ditadura civil-militar de 1964, o Estadão à frente, pois, afinal, via chegada a sua hora depois de perder batalhas, imaginárias ou não, desde 1922. O Folhão era mais discreto e dispensável por não representar paulistas quatrocentões e apenas a classe comercial surgida da nossa Revolução Industrial.
Pois doutor Júlio Mesquita, logo após vencida a quartelada de 1º de abril e já empossado o general Castello Branco como, digamos, presidente, foi a ele com comitiva paulista, em visita ao Catete. A certa altura tirou papel dobrado do bolso interno do paletó, apesar de portar colete, e disse ao novel mandatário que naquela “folha constavam nomes de paulistas, sugestão para compor seu Ministério”. A resposta do general presidente foi fatal: “Muito obrigado, doutor Júlio. Mas do meu Ministério cuido eu”. E devolveu, com movimento de acinte, a folha de papel ao diretor do jornalão.
Numa sexta-feira de agosto, ano 1975, dia 8: o secretário de Redação Emir Nogueira (de gravata) lê o lide de reportagens produzidas pela editoria Local em busca de chamadas para a capa da FSP. Vicente Alessi Filho e Ivan Pinheiro assistem à troca de ideias. André Kallás é quem coça a têmpora esquerda.
O jornalão foi para a oposição, ganhou censura prévia, passou a publicar Camões. O outro jornal da SA O Estado de S. Paulo defendia-se com receitas que jamais davam certo.
Isso deu ao Estadão um certo ar de respeitabilidade que nenhum Folhão do mundo conseguiria. Pois naquela altura do jogo o Folhão dedicava-se, oficialmente, a tentar fazer um jornal informativo, se fosse possível, obedecendo sem discutir às ordens sombrias da Censura e da Polícia Federal. Extra-oficialmente, emprestava ao DOI-Codi viaturas de serviço para serem utilizadas como cobertura em ações contra jovens que haviam optado por enfrentar a ditadura, principalmente pós-AI-5, por meio de organizações revolucionárias não partidárias.
Isso significa que repórteres da Major Quedinho eram os queridinhos em qualquer evento, e que os da Barão de Limeira faziam só figuração, assim como os da 7 de Abril e os da Almeida Lima (N.daR.: então sedes de, respectivamente, Estadão, Folha, Diários Associados e DCI).
Mas naquela grande Redação que funcionava na Barão de Limeira, 425, em 1975 havia virtudes: os patrões obedeciam à ditadura e não encorajavam nenhum gesto contrário, mas revisores, repórteres, redatores, subeditores, editores, repórteres-fotográficos e o resto da estrutura diretiva viviam processo de solidariedade que eu somente presenciara na cadeia, no Presídio Tiradentes. Sou viúvo dessa solidariedade até hoje: nunca tive tanta emoção, pessoal e profissional, em fazer parte de um coletivo de jornalistas como ali.
Ali, perto de nós, quem mandava eram Dante Matiussi e Renato Sant’Anna, que formavam a, digamos, nova ordem. E brilhavam repórteres que tinham as faces de Carlos Rangel, Dirceu Soares, Marco Antônio Montandon, Mírian Ibañez, Nélio Lima, Paulo Sérgio Markun – depois chegou Getúlio Bittencourt.
E ali reinava, naquele microcosmo da Redação Velha, na qual Aristides Lobo trabalhara por 23 anos, discreto, às vezes invisível, André Kallás. Como um dos subeditores da editoria Local, era o responsável pelos fechamentos das edições de segunda-feira, e de todas as outras na ausência do editor. Não havia tempo feio se fossem 60 colunas ou 16: ele sempre tinha material pra tudo aquilo e sabia, perfeitamente, o que deveria caber em duas páginas: tinha o senso das importâncias sem vacilo. Foi sempre um prazer dividir tantos domingos de plantão com ele.
Ele passava as matérias para os copydesks, que é como se chamavam os redatores de antigamente, já dando forma para seus títulos. Aos sábados, às vezes com 80 colunas pra cobrir com letrinhas, ilustrações e fotos, brigava com alguém da arte para dispor de quatro, cinco diagramadores trabalhando ao mesmo tempo – e André fechava página após página como se estivesse no balcão pedindo mais um gin tônica.
Nunca deu xabu: não tomava furos nem tinha contestadas matérias publicadas. O pessoal da rádio-escuta o adorava porque ele reconhecia suas vitórias em cima da hora do fechamento.
E tinha, ele, virtude determinante para um editor: uma visão gráfica página a página, que se tornava conjunto pulsante: rock para nós, samba-canção para ele, e ao fim cantávamos todos, juntos. Isto envolvia títulos, linhas-finas, legendas, textos-legendas: cada edição deveria contar um dia de nossas próprias histórias.
Perdi André de vista. Espero que esteja bem e a salvo das pragas. Teve a boa vontade e a tolerância de me ensinar os segredos da cozinha de uma Redação e tornei-me melhor profissional por causa disto e dele. Longa e muito boa vida a ele.
Vicente Alessi, filho
A história desta semana é novamente de Vicente Alessi, filho, cofundador e conselheiro da AutoData Editora, que trabalhou na Folha de S.Paulo de setembro de 1974 a abril de 1978.
Nosso estoque do Memórias da Redação continua baixo. Se você tem alguma história de redação interessante para contar mande para baroncelli@jornalistasecia.com.br.
Segundo informações da Ponte Jornalismo, o fotógrafo João Leoci, o psiquiatra e médico-palhaço Flavio Falcone e outras pessoas foram detidas pela Polícia Civil nesta quinta-feira (1º/9) enquanto trabalhavam em uma ação de redução de danos na região da Cracolândia, no bairro da Luz, centro de São Paulo.
Leoci estava acompanhando o trabalho do psiquiatra Flavio Falcone, que toda quinta-feira realiza atividades e apresentações com dependentes químicos. O fotógrafo registrava ações das forças de segurança durante o chamado “fluxo”, cena aberta de venda e consumo de drogas. Depois de um tempo, policiais civis e o delegado Severino Vasconcelos, do 77º DP, detiveram Flavio e mais 20 pessoas que faziam parte da ação de redução de danos, incluindo Leoci, sob a justificativa de “perturbação da ordem”, mas eles já foram liberados.
Em entrevista ao repórter da Ponte Gil Luiz Mendes, Flavio classificou o ocorrido como “tentativa de criminalização da redução de danos e das pessoas que defendem os usuários e estão denunciando as violações constantes de direitos humanos que essa operação está fazendo”. O psiquiatra disse que fará uma denúncia na Corregedoria da Polícia Civil contra o delegado Severino Vasconcelos.
Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que realizou uma operação na região da “Cracolândia” e encaminhou cerca de 15 pessoas ao 77º DP para elaboração de um BO de “perturbação de sossego”. Segundo a secretaria, moradores da região reclamam com frequência do som alto que ocorre às quintas-feiras.
Sobre o ocorrido, Fausto Salvadori, diretor de Redação da Ponte, escreveu no Twitter que “a Polícia Civil do governo de Rodrigo Garcia acaba de deter ilegalmente um jornalista. Um ataque à liberdade de imprensa em pleno período eleitoral. Ainda mais grave porque João, como sempre faz, cobria o cotidiano das pessoas mais vulnerabilizadas pelo Estado quando foi detido”.
A Associação de Jornalismo Digital (Ajor) chegou à marca de 100 associadas, entre elas este Portal dos Jornalistas, que faz parte da entidade desde agosto de 2021. Dentre as novas associadas estão veículos como Favela em Pauta e portal Terra.
Para celebrar o marco, a Ajor lançou nesta quinta-feira (1º/9) a newsletter Brasis, projeto de curadoria diária com conteúdos feitos pelas associadas, com o objetivo de trazer maior visibilidade ao trabalho feito por elas, além de mostrar um novo olhar sobre renovação de pautas e diversidade no Brasil.
A editora da newsletter é Audrey Furlaneto, autora de uma biografia de Marielle Franco que será lançada em breve, com 15 anos de experiência em redações. Também chega à equipe da Ajor Tainah Ramos, que ocupará o cargo de assistente de comunicação.
Brasis será enviada diariamente por e-mail. A newsletter é dividida em editoriais fixas (Política, Cultura, Meio ambiente, Outras histórias, Investigação, Podcast) e rotativas (Direitos Humanos, Raça e gênero, Checagem, Tecnologia, Esporte), que aparecem em dias alternados durante a semana. Interessados em receber podem fazer a inscrição aqui.
Outra novidade é que a Ajor está agora na plataforma Slack, com canais específicos pensados de acordo com demandas das associadas. A própria Brasis é um desses canais. Na plataforma, será possível que as associadas, entrem em contato com Audrey para informar sobre novos projetos e coberturas especiais que gostariam de ver na newsletter.
Em 19 de novembro, a Ajor realizará seu primeiro evento presencial: o Festival 3i NE 2022, em parceria com a Universidade Católica de Pernambuco. Associadas da entidade na região estão ajudando a pensar na programação e no formato. Interessados em contribuir podem escrever para a equipe da Ajor.
O livro Fake news e desinformação nas eleições de 2020 (Editora Fi), que mostra a visão do eleitorado paulistano em relação a informações falsas no pleito seguinte ao de 2018, será lançado nesta sexta-feira (2/9), às 19h, no campus Monte Alegre da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
O evento contará com um debate sobre o tema com Rosemary Segurado, doutora em ciência política e uma das coordenadoras do livro, e Pollyana Ferrari, pesquisadora em comunicação digital e professora da universidade.
O livro é baseado em uma pesquisa, de caráter qualitativo, realizada pelo Núcleo de Estudos em Arte Mídia e Política (Neamp) da PUC-SP, por meio de grupos de discussão e entrevistas com o eleitorado paulistano, abordando suas percepções sobre fake news, checagem de fatos e as formas como adquiriam informações confiáveis.
“A pesquisa traz uma importante contribuição, já que conseguimos captar o que as eleitoras e os eleitores sabiam e pensavam sobre fake news no pleito seguinte ao de 2018, momento em que a circulação de notícias falsas teve caráter sem precedentes no Brasil”, analisa Rosemary.
O sexto e último episódio da primeira temporada do videocast#diversifica recebeu Erick Mota, da RIC TV/Record-PR, site Regra dos Terços e podcast Distraídos, para debater a realidade de pessoas neurodivergentes no Jornalismo.
Apresentado por Luana Ibelli, o conteúdo faz parte do especial Subjetividades, iniciativa que reúne seis jornalistas para discutir a diversidade na profissão sob a ótica as quais estão inseridos.
Todas as entrevistas estão disponíveis no canal do Portal dos Jornalistas no YouTube e nos principais tocadores de podcast.
E na próxima segunda-feira (5/9), o #diversifica, hub multimídia de conteúdo sobre Diversidade, Equidade e Inclusão da Jornalistas Editora, prepara o lançamento da revista digital do especial Subjetividades.
Produzido por Fernando Soares, editor deste Portal dos Jornalistas, o conteúdo foi extraído das principais reflexões discutidas nos seis episódios do videocast.
O #diversifica é um dos 15 projetos brasileiros selecionados pelo Programa Acelerando a Transformação Digital, financiado pelo Meta Journalism Project, com o apoio de Associação de Jornalismo Digital (Ajor) e Internacional Center for Journalists (ICFJ). Também apoiam a iniciativa Anglo Américan, Énois Conteúdo, GPA, Imagem Corporativa, Itaú, Oboré. PMI Philip Morris e Rádio Guarda-Chuva.
Ao mesmo tempo em que cobram inclusão e diversidade das empresas e da sociedade, organizações de mídia nem sempre escapam de críticas por suas condutas.
O constrangimento mais recente envolve o New York Times. Na semana passada, a Associação Nacional de Jornalistas Hispânicos, a Associação de Jornalistas Asiático-Americanos e a Associação Nacional de Jornalistas Negros uniram-se para condenar o jornal em resposta a um levantamento feito pelo NewsGuild de Nova York, o sindicato dos funcionários do Times.
O problema não foi a quantidade de profissionais negros, hispânicos ou asiáticos nos quadros do jornal, e sim algo mais subjetivo: uma alegada discriminação nas avaliações de desempenho.
A análise do sindicato, com base em dados fornecidos pelo próprio New York Times, constatou que em 2021 mais da metade (56,1%) dos membros do Latino Guild, 39% dos membros do Asian Guild e 37% dos membros do Black Guild que trabalhavam havia três anos ou menos no jornal receberam classificação baixa. Já entre os profissionais sindicalizados brancos, apenas 25,9% foram mal avaliados.
O caso expõe preconceitos velados, que resistem a programas e políticas, nem sempre visíveis e fáceis de serem desconstruídos. E que não são um problema somente do New York Times.
As três associações elogiaram o Times por identificar deficiências quando anunciou um plano para tornar a empresa mais inclusiva, em 2021. O jornal admitiu na época que seus sistemas de recursos humanos e as práticas de gestão “permaneciam subdesenvolvidos”. E assumiu que sem sistemas funcionando bem para definir as maneiras pelas quais as pessoas vivenciam uma organização − contratação, feedback e avaliações, desenvolvimento − a informalidade pode levar a uma falta de consistência e de justiça.
Mas para as três associações não houve avanços desde então. A insatisfação foi agravada pelo fato de o jornal não se ter mostrado aberto ao diálogo, segundo afirmaram as entidades.
Depois que o levantamento foi publicado, uma porta-voz do Times, Danielle Rhoades, disse à NPR (National Public Radio, a rede pública de notícias americana) que as classificações não refletiam preconceito… mas que a empresa estava trabalhando para melhorar o sistema.
O problema apontado pelos representantes dos funcionários vai além de insatisfações ou injustiças individuais. Jornalistas talentosos − ou profissionais talentosos de qualquer outra companhia em que isso também aconteça − tendem a mudar de emprego. E isso torna mais difícil atingir as metas de equidade e inclusão na força de trabalho. A reportagem da NPR citou jornalistas que disseram ter saído do New York Times diante de avaliações frustrantes e incompatíveis com o feedback recebido verbalmente.
Nem todos concordam com essa visão. Jenny Holland, uma jornalista irlandesa-americana que já trabalhou no NYT, escreveu um artigo na revista britânica Spike (reduto de gente “anti-woke”) sobre o assunto, afirmando nunca ter experimentado racismo no jornal.
Sendo ela uma bonita mulher branca de olhos bem azuis, talvez fosse difícil mesmo. Ela não questiona os dados do relatório, mas sugere que “obcecados” enxergam racismo onde não existe. E que as acusações poderiam estar relacionadas a negociações de acordo salarial, com o sindicato acusando o jornal “do pecado mais grave na América liberal, o racismo”.
Se há motivações trabalhistas ou não, o fato é que o relatório tem números, não apenas queixas isoladas ou subjetivas, lembrando a expressão “contra fatos não há argumentos”.
Na manifestação conjunta, Michelle Ye Hee Lee, presidente da organização de jornalistas asiáticos, defendeu a necessidade de as redações questionarem suas culturas e sistemas internos que marginalizam jornalistas de outras etnias e são responsáveis por criar ou contribuir para desequilíbrios − incluindo as avaliações de desempenho.
Um bom alerta, que vale para qualquer tipo de empresa, pois como diz outra expressão popular, “o diabo mora nos detalhes”.
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Escolha até esta quinta-feira, 1º de setembro, os profissionais e veículos +Admirados da Imprensa de Saúde, Ciência e Bem-Estar. Um prêmio do Hospital Israelita Albert Einstein, organizado por Jornalistas&Cia. Vote aqui!
No primeiro turno, que encerrou em 11/8, foram mais de 180 jornalistas indicados nas categorias nacional, regional e colunistas, e 156 veículos/programas/podcasts. Cinquenta e nove jornalistas classificaram-se nacionalmente, muitos dos quais também indicados nas regionais, que somaram 54 profissionais; 24 jornalistas estão entre os finalistas em ambas as categorias. Nessas indicações estão representados 36 diferentes veículos/ programas/podcasts. No total, 72 veículos passaram para o segundo turno nas oito categorias do prêmio, sete dos quais em duas categorias. Veja Saúde foi indicada em três categorias: Site/ Blog, Imprensa Especializada e Canal Digital.
O Prêmio Einstein +Admirados da Imprensa de Saúde, Ciência e Bem-Estar elegerá profissionais e veículos de comunicação dedicados a essas três áreas de atuação. Entre os profissionais, elegerá os TOP 25 Brasil e os TOP 3 das regiões Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste e Sul.
Na cerimônia de premiação serão anunciados os TOP 5 Brasil e os campeões regionais além do(a) +Admirado(a) Colunista. Já os veículos disputam o certame nas categorias Agência de Notícias, Canal Digital, Podcast, Programa de Rádio, Programa de TV, Site/Blog, Veículo Impresso e Veículo Impresso Especializado. Para votar, basta clicar neste link e preencher um breve cadastro. A cerimônia de premiação será no dia 10/10, no Salão Chella do Hospital Israelita Albert Einstein em São Paulo.