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domingo, maio 5, 2024

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Mudanças no Jornalismo e em Negócios da Globo

Emissora concentra foco da programação no entretenimento A TV Globo faz mudanças no seu Jornalismo mais aparente, o dos apresentadores de alguns campeões de audiência. Os novos postos entram em vigor em novembro, e já foram comunicados aos funcionários da casa. Patrícia Poeta deixa o Jornal Nacional quando termina a cobertura das eleições, depois de três anos dividindo a bancada com William Bonner. Gaúcha, começou na Band local e passou à Globo São Paulo em 2000. Foi correspondente em Nova York por três anos, afastou-se para trabalhar com cinema por um ano e, em 2007, voltou ao Brasil para dividir com Zeca Camargo a apresentação e algumas reportagens do Fantástico. Vai agora para a área de entretenimento, como foram sua antecessora no JN Fátima Bernardes e Camargo. Nessa troca de apresentadores, Renata Vasconcellos, desde o ano passado no Fantástico com Tadeu Schmidt, vai substituir Patrícia como editora executiva do Jornal Nacional. Ela começou na GloboNews e esteve antes por 11 anos no Bom dia, Brasil. Poliana Abritta entra no lugar de Renata no Fantástico. Há 17 anos na Globo, fez carreira em Brasília, apresentou duas temporadas da série Globo Mar com Ernesto Paglia, cobriu folgas e férias no Jornal Hoje e no Jornal da Globo. Há um mês, foi designada correspondente em Nova York mas, ao que parece, deu meia volta. Na área de Negócios, foi anunciada a contratação de Thais Chede como diretora executiva de uma nova área de Projetos Especiais. Thais esteve por 25 anos na Editora Abril, foi diretora geral de Publicidade e, por último, diretora superintendente do Grupo Veja. De outubro em diante, terá a seu encargo, além dos novos negócios, os projetos com vistas ao futuro do mercado. Em termos internos, a ela caberá identificar oportunidades de sinergia, em ações multidisciplinares que empreguem as áreas da Rede Globo, outras empresas do grupo, e até mesmo a associação com outras empresas de Comunicação. O triunvirato A ida de outra jornalista para o entretenimento da TV Globo é mais uma demonstração da opção preferencial que o diretor geral Carlos Henrique Schroder atribui a essa área na programação da emissora. Ele deixa claro, internamente, seu interesse em aprofundar a própria familiaridade nesse campo. Com origem no Jornalismo, conhece bem o prestígio e a credibilidade de que desfrutam esses profissionais e os vem, aos poucos, transferindo. Não se comenta sobre novos programas jornalísticos em perspectiva, após a estreia do Como será? de Sandra Annenberg, nas manhãs de sábado. Horário nobre, nem pensar. Foram extintos, e o gênero agora está confinado aos assinantes da GloboNews, um nicho já consolidado no grupo. Como bem sabe o departamento comercial de qualquer emissora aberta, telejornais são fáceis de vender, mesmo cercados por uma programação pífia. Não é o caso da Globo, que conta com líderes de audiência em vários segmentos. E cuja saborosa receita de sanduíche inventada por Walter Clark (novela-jornal-novela) atravessa décadas sem ser ameaçada por algum formato competitivo, em que uma atração alavanca a audiência da que vem a seguir, e assim por diante. Do mesmo atributo não dispõem os programas jornalísticos, se buscarem qualidade no conteúdo sem apelar para o mundo cão e a apresentação agressiva que caracterizam a concorrência – e a ela dão boa audiência vespertina. Nessa linha de privilegiar o entretenimento, pode-se observar que a cúpula da Globo transita por um caminho novo, em termos de distribuição de responsabilidades. Substituindo a anterior convergência para a direção geral, com capilaridade para controlar departamentos (as Centrais Globo disso e daquilo) dos mais diversos matizes, parece que a nova política tende à gestão nos moldes de um triunvirato. A Schroder caberia a missão autoatribuída de alavancar o entretenimento, sabe-se lá com quantos paus para fazer essa canoa. Com Rossana Fontenele, diretora de Planejamento e Gestão, como o título do cargo já diz, Schroder contaria para administrar essa cidade. E caberia a Willy Haas, diretor geral de Negócios, responder pelo dinheiro que entra para pagar as muitas contas, remunerar os acionistas e encabeçar a condição da Rede Globo como uma das maiores emissoras do mundo, no seleto grupo de que fazem parte ABC, CBS, NBC, Televisa, CNN e BBC.

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