Com apoio institucional do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a Associação Bahiana de Imprensa lança nesta terça-feira (30/4) o Protocolo Antifeminicídio – Guia de Boas Práticas para a Cobertura Jornalística. Inicialmente no formato e-book, traz orientações para a realização de coberturas responsáveis e sensíveis em reportagens sobre violência contra mulheres. O lançamento será às 10h, no Auditório Samuel Celestino, 8º andar do Edifício Ranulfo Oliveira, em Salvador.

Produzido por uma equipe composta por membros da diretoria e do corpo técnico da entidade, o guia utiliza casos para ilustrar a construção de estereótipos e o fenômeno da revitimização. Além disso, inclui estatísticas, fontes confiáveis e redes de acolhimento disponíveis para mulheres vítimas de violência.

O documento compara os casos de feminicídio com revitimização de Júlia Fetal (o chamado Crime da Bala de Ouro, em 20 de abril de 1847), Ângela Diniz (1976), Sandra Gomide (2000) e Sara Freitas (2023), destacando que, apesar de terem ocorrido em períodos diferentes, contém características semelhantes na abordagem feita pela mídia. As recomendações presentes na publicação buscam evitar hábitos jornalísticos que perpetuem a reprodução da revitimização.

“Não é uma norma. Não queremos ensinar aos veículos como trabalhar”, explica Suely Temporal, segundo vice-presidente da associação: “São recomendações de boas práticas antifeminicídio para aqueles que ainda não incorporaram medidas nesse sentido. Precisamos de uma imprensa livre e responsável”.

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