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quinta-feira, maio 2, 2024

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Memórias da Redação ? O catador de milho

q A história desta semana é de Paulo Markun, outro estreante deste espaço. Diz ele que é “uma história velha e engraçada. Não me promove, nem valoriza, mas é real. Mando de La Rochelle, na França, onde meu documentário sobre médicos cubanos foi selecionado para o Festival Sunny Side of The Doc”. > Markun, que há alguns anos fixou residência em Florianópolis, trabalhou nos principais jornais e emissoras de tevê do País, foi um dos criadores da revista Imprensa e presidiu a Fundação Padre Anchieta, entre outras atividades. Desde agosto comanda na TV Câmara de São Paulo o programa SP, Brasil. O catador de milho Poucos gostam de admitir fracassos, enganos, erros. Mas acho que é assim que se aprende. Sucessos não se reproduzem. Malogros, como diria o Estadão de antigamente, são pedagógicos. A primeira cobertura importante da minha vida foi do incêndio do edifício Andraus, em São Paulo, em 1972. Eu era foca do Estadão. O chefe de Reportagem, A. P. Quartim de Moraes, colocou toda a sua tropa na rua. Fui dos primeiros. Por um orelhão – não tínhamos as modernidades de hoje –, mandei muito material para a Redação. Mas não via a hora de escrever minha versão do drama. Anotei tudo, vi tudo e ao voltar para a redação datilografei o texto a mil por hora, sem rever. Entreguei o material para o ATC (Aluisio de Toledo Cesar) e fui para casa, exausto e feliz, sonhando com o jornal do outro dia. Mas na edição seguinte, nem uma palavra do que escrevera no jornal. Cobrei o motivo do editor, que me apresentou laudas ininteligíveis, com todas as letras fora do lugar. Na pressa, errei demais. De lá para cá, cuidei de revisar os originais várias vezes. Mas ainda sou um” catador de milho”.

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