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sexta-feira, maio 3, 2024

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Juliana Dal Piva lança seu primeiro livro

Editora Multifoco e Juliana Dal Piva, repórter da IstoÉ no Rio de Janeiro, lançam Em luta pela terra sem mal ? A saga guarani contra a escravidão na Bolívia, livro-reportagem desenvolvido entre o fim de 2008 e o início de 2010. Incentivada por um intercâmbio acadêmico em julho de 2008, a então aluna de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) partiu para a Argentina buscando aprimorar seus conhecimentos sobre América Latina, tema no qual pretende se especializar como jornalista: ?Ganhei uma bolsa para estudar na Universidade de Buenos Aires e optei pela disciplina de História Social Latino-americana, na Sociologia, justamente acompanhar mais os temas da América Latina?. O interesse pela Bolívia surgiu quando o país viveu momento histórico, por causa de um massacre entre simpatizantes e opositores de Evo Morales no Departamento (Estado) de Pando, próximo à fronteira com o Peru, no qual morreram 17 camponeses. ?Desde que o presidente Evo Morales assumiu a Presidência, diversas discussões sociais interessantes surgiram na Bolívia, especialmente durante o trabalho da Assembleia Constituinte que culminou na elaboração da Constituição Plurinacional, aprovada em janeiro de 2009?, diz ela. ?Entre os inúmeros temas, estavam a reforma agrária, construção da autonomia dos Departamentos e a autonomia indígena. Escolhi reforma agrária por ser uma inquietação minha e que estava sendo discutida fortemente na Bolívia?. A obra aborda o regime de escravidão na Bolívia ? legalmente abolido em 1891 ?, que persiste dentro de fazendas de criação de gado na região do Chaco, no departamento de Santa Cruz, o mais desenvolvido do país. A situação só começou a ser denunciada publicamente em 1990, e ganhou notoriedade em 2004, quando chegou à Corte Interamericana de Direitos Humanos, em São José da Costa Rica. O interesse de Juliana foi reforçado quando, já no início de 2009, ocorreram as primeiras reversões de terras bolivianas onde havia sido constatado trabalho escravo, ?o que me impressionou muito, porque no Brasil, por exemplo, uma legislação semelhante está parada desde 2004, a PEC do trabalho escravo?. Em julho de 2009, ela partiu para uma expedição de 34 dias a La Paz (onde entrevistou autoridades), Santa Cruz de la Sierra e à região de Camiri, cidade mais próxima das comunidades guaranis. Em Camiri, durante a noite, abrigava-se do rigoroso inverno acampada em um posto de saúde em construção. De dia, contava com o apoio de lideranças indígenas para conviver com pessoas como Juan Flores, que conhecera a liberdade aos 55 anos, mas que ainda vivia em condições subumanas ao lado de sua esposa, filhas e netos.   ?Algumas pessoas lá foram escravas por 50 anos e seus pais tinham sido também antes deles. É preciso muito cuidado e muito respeito para ouvir histórias como as que eu ouvi: de muita dor e luta. A experiência foi maravilhosa e decisiva para a minha carreira como jornalista, mas especialmente para o meu amadurecimento como cidadã?. Juliana colheu os primeiros frutos do trabalho ainda antes de sua publicação: sua adaptação venceu a categoria Reportagem-crônica do XXVII Prêmio Direitos Humanos em Jornalismo, concedido pela OAB/RS e pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos, em 2010.     SERVIÇO Lançamento do livro Em luta pela terra sem mal ? A saga guarani contra a escravidão na Bolívia, de Juliana Dal Piva Número de páginas: 176 Preço: R$ 40 Mais informações: www.emlutapelaterrasemmal.com

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