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quarta-feira, maio 8, 2024

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Imprensa chora a morte de Rozane Monteiro

Rozane Monteiro morreu na 2ª.feira (4/8), aos 47 anos. Há algum tempo, teve um aneurisma cerebral e enfrentou um tratamento difícil e doloroso; ao ser diagnosticada com um novo aneurisma recentemente, suicidou-se. Rozane começou em O Fluminense e foi depois para o Jornal do Brasil. Em 2002, foi um dos dez jornalistas contemplados pelo World Press Institute com bolsa de estudos em Minnesota, nos Estados Unidos. Dois anos mais tarde, mudou-se para a República Tcheca. Na Europa, cobriu acontecimentos históricos, como a morte do Papa João Paulo II, na Polônia, e denunciou a perseguição a homossexuais no Irã pelo governo de Ahmadinejad. De volta ao Brasil, foi editora de Internacional do JB. Passou a maior parte da carreira em O Dia, onde por 14 anos comandou as editorias de Polícia e Política. Aziz Filho, diretor de Redação do jornal, diz dela: “Pensava politicamente com muita astúcia. O texto atrevido e cortante vai fazer muita falta. A morte de Rozane deixa em todos nós um vazio e uma tristeza que nem ela, com sua escrita hábil e certeira, daria conta de traduzir”. Há um mês, transferiu-se para o Extra, para reforçar a cobertura das eleições. Definida por colegas como “uma jornalista dedicada aos bastidores da política”, Berenice Seara, colunista de Política do Extra, acrescenta: “O calor do seu sorriso não chegava às páginas do jornal. E era com ele que derretia as mais duras fontes, políticos de todos os partidos e matizes”. Rozane foi também escritora, blogueira, poeta, amante de literatura e da música. Criou um blog que originou o livro Sua excelência, o canalha, em que contava, de forma divertida, as agruras das relações afetivas. Maria Luiza Barros, de O Dia, completa: “Espirituosa, chegou a esboçar o próprio obituário em um de seus blogs, O dodói da doida, em 2011, após o tratamento do aneurisma. ‘Será que o meu próprio obituário chegou a ficar pronto? Estando eu, editora, morta, quem editaria minha biografia, uma vez que a pessoa mais do que indicada pra corrigir certas incorreções estaria, digamos, impedida?’, brincava”. Este ano, no e-mail em que se despediu dos colegas de O Dia, deixou o recado: “Desculpa o susto aê. Hasta la vista, babies”.

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