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domingo, maio 5, 2024

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Diário de S.Paulo muda de endereço após o Natal

Como previsto desde que a Cereja Comunicação assumiu o Diário de S.Paulo e a rede Bom Dia há cerca de dois meses, a sede dos jornais deixa Osasco, onde ocupa instalações próximas do km 16,5 da rodovia Anhanguera, e volta para São Paulo no próximo dia 26 de dezembro. Vai se mudar para a rua Ricardo Cavatton, 251, na Lapa, bem perto do prédio da Polícia Federal. Segundo Portal dos Jornalistas apurou, a mudança impõe alguns transtornos, até por ocorrer próximo aos feriados e folgas de fim de ano e porque a gráfica está se mudando para Jarinu. O início da desmontagem das impressoras levou a alterações no horário de fechamento do jornal, que foi antecipado. Desde a venda dos jornais, têm chegado ao Portal dos Jornalistas algumas queixas de que a política da empresa de reduzir gastos chega a quase inviabilizar o trabalho. Um profissional da redação, que prefere não se identificar, cita como exemplo o cancelamento do contrato com a terceirizada que tinha os carros e os motoristas para a reportagem; agora, só usam táxis, ainda evitando grandes gastos, muitas saídas etc.. Ele informa também que os ônibus fretados, que faziam o transporte dos funcionários da Barra Funda à Anhanguera, foram cortados em 5/12, ou seja, mais de 20 dias antes da mudança, “o que obrigou os funcionários sem carro a irem com ônibus de linha, descer num local ermo da Anhanguera e chegar a pé ao jornal. No primeiro dia, duas funcionárias foram assaltadas por motoqueiros armados. Depois disso, foram montados esquemas de carona, gambiarras e soluções caseiras para tentar evitar mais problemas”. Há também uma preocupação, compartilhada pelo Sindicato, de que a empresa acirre uma política de pejotização, demitindo todos (ou quase todos) na redação e (re)contratando como PJs. Esse boato circula na redação, indicando inclusive que a Cereja gostaria de já ter feito isso e só teria adiado por um tempo porque o Sindicato ficou em cima do que ela fez nas cidades em que circulam os jornais da Rede Bom Dia. Carlos Frey de Alencar, editor-chefe do Diário de S.Paulo, aceitou falar ao Portal dos Jornalistas sobre essas informações e preocupações. Sobre a mudança de endereço, disse tratar-se de uma medida fundamental para tornar a empresa competitiva: “Com o movimento, seguimos na direção de equilibrar receita com despesa. De nada adiantava ficar num elefante branco em Osasco, com custos altíssimos de infraestrutura (locação, IPTU, restaurante, fretado, segurança, limpeza), sem ter uma receita que fizesse frente a ela. Logo, precisávamos sair da atual sede e mudar para um prédio mais alinhado às nossas necessidades e orçamento”. Com relação às medidas de contenção de custos, afirmou que “até para tomar pé da situação, o presidente Mário Cuesta teve de cortar algumas despesas, mas sem que isso interferisse nas atividades. Como estamos de mudança, os contratos com fornecedores tiveram de ser rescindidos. Natural. O importante é colocar em prática um diagnóstico que apontava a necessidade de racionalizar custos. Como era desejo da redação, estamos voltando para São Paulo após três anos, um retorno valioso para um jornal de vocação metropolitana como é o nosso, facilitando os nossos deslocamentos na realização de reportagens”. Sobre as preocupações dos profissionais, garantiu que o cenário não é sombrio como se pinta: “Apesar dos contratempos da mudança, teremos um ganho inclusive na qualidade do produto. Com as transferências das nossas rotativas para a gráfica GMA, de propriedade de Mário Cuesta, em Jarinu, os jornais estão sendo rodados a quente, em sistema heatset, com visível qualidade gráfica. Vale lembrar ainda que o Mário cumpriu outra promessa (além do retorno do jornal para São Paulo), a de ampliação da Rede Bom Dia, com o lançamento da edição Campinas há dois meses. Estamos também com a reformulação do site em curso. E não existe nada dessa história de pejotização. Tanto que todos os companheiros recontratados pela Cereja foram no sistema CLT de 5 horas home-office, como aliás havia sido recomendado pelo Sindicato dos Jornalistas. O fato é que o jornal vai arrancar em 2014 em nova sede, com orçamento equilibrado, estrutura enxuta e com mais condições até de investir”.

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