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terça-feira, dezembro 16, 2025

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Confira as principais matérias do ano na Retrospectiva 2019

Por Victor Felix Arakaki

O Portal dos Jornalistas faz neste final de ano uma retrospectiva das principais matérias de 2019, os assuntos que mais “bombaram” e que tiveram mais acessos ao longo de 2019. Foram selecionadas as matérias com mais cliques em cada mês, até novembro.

O destaque fica para setembro, único mês com duas matérias na seleção. Uma foi a mais acessada da história do portal: a demissão da cúpula da redação da revista Época, após publicação de uma reportagem que investigava a atuação como coaching de Heloisa Bolsonaro, esposa do deputado federal Eduardo Bolsonaro. A outra foi o encerramento do jornal DCI, uma das publicações de economia mais tradicionais do País, que rendeu muitos acessos ao portal.

Janeiro – Eliane Brum, novamente a +Premiada da história

Eliane Brum

Eliane Brum (El País) foi a +Premiada Jornalista da História do Brasil pelo terceiro ano consecutivo, seguida de perto por Miriam Leitão (O Globo) e Cid Martins (Rádio Gaúcha), que ocuparam, respectivamente, as segunda e terceira posições. A categoria faz parte do ranking anual feito pelo portal, o +Premiados Jornalistas do Ano, que, por meio de uma rigorosa seleção/apuração, classifica o jornalista ou a jornalista mais premiado(a) do ano pelo número de pontos ganhos, equivalentes à quantidade/qualidade de prêmios que recebeu no ano. O estudo apresenta também uma divisão por região e os veículos de comunicação mais premiados. Confira a matéria, publicada em 16/1.

Fevereiro – Ricardo Boechat: o adeus a um ícone

Ricardo Boechat

Fevereiro ficou marcado com uma das notícias mais tristes do ano e talvez de toda a história do jornalismo brasileiro: a morte de Ricardo Boechat, que sofreu um acidente de helicóptero em 11 de fevereiro. Ele voltava de um evento quando a aeronave caiu na região do Rodoanel, em São Paulo. Conhecido por suas ética, carisma e profissionalismo, o ex-âncora da Band marcou sua história no jornalismo com uma carreira brilhante, repleta de realizações, grandes reportagens e prêmios.

Março – Divergências familiares causam mudanças no comando da Folha de S.Paulo

Sérgio Dávila

Sérgio Dávila assumiu o cargo de diretor de Redação da Folha de S.Paulo em 17 de março. Ele deu mais informações e detalhes sobre a mudança a este Portal dos Jornalistas, em entrevista exclusiva. Dávila substituiu Maria Cristina Frias, que estava no cargo havia seis meses. A mudança, segundo comunicado, foi uma decisão de acionistas. A situação financeira do jornal, em crise econômica, causou dissenções entre Cristina e seu irmão Luiz Farias, que também integra o grupo de diretores da Folha. Ela defendia investimentos no jornal, enquanto ele acreditava em um jornalismo autossustentável. O caso gerou algumas polêmicas e muita repercussão nas redes sociais. Houve cortes de gastos e demissões, mas o jornal garantiu a manutenção dos princípios do Projeto Folha. Veja a notícia.

Abril – Seis Minutos: novo projeto, mais empregos

Rodrigo Flores

Surgiu em abril o site Seis Minutos, com foco em economia, empreendedorismo e educação financeira, que prometeu dezenas de empregos até o final do ano. O projeto, que faz parte da holding que controla o C6 Bank, é capitaneado por Rodrigo Flores, que foi por 20 anos diretor de Conteúdo do UOL. Confira a matéria.

Maio – Eleição de nova diretoria da ABI

As eleições para a Diretoria Executiva e dos Conselhos Consultivo, Fiscal e Deliberativo da Associação Brasilera de Imprensa (ABI) começaram em 16 de maio. Os associados da entidade votaram para eleger os novos membros para o triênio 2019-2022. A Chapa 2, liderada por Paulo Jerônimo de Souza, o Pagê, foi a vencedora. Veja os detalhes das eleições.

Junho – Demissões na Rádio Globo

A Rádio Globo acabou com noticiários e programas de entretenimento e esportes, com direito a demissões na equipe, inclusive de profissionais renomados. A decisão acabou com o projeto chamado de Nova Rádio Globo, iniciado dois anos antes, que buscava fazer uma reformulação no perfil e na programação da rádio, com foco no entretenimento. Porém, comunicado de 30/5 informava que os grandes nomes contratados para o projeto deixariam a rádio em junho. Veja mais.

Julho – A triste despedida de Milton Gamez

Milton Gamez

Morreu em 23/7 Milton Gamez, renomado profissional do jornalismo econômico. Ele havia desaparecido após entrar numa lagoa dentro de um condomínio fechado no município paulista de Ibiúna. Miltinho, como era carinhosamente conhecido pelos colegas desde os tempos de Gazeta Mercantil, sempre foi muito querido por onde passou. Atuou também em Exame, O Globo e Folha de S.Paulo. Foi um dos fundadores da IstoÉ Dinheiro. Integrou os Top 50 entre Os +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças, realizado por este Portal dos Jornalistas, em 2016 e 2017. Confira a matéria.

Agosto – Polêmicas e saídas

Dony e Samy

Dony De Nuccio, que apresentava o Jornal Hoje na TV Globo, pediu demissão em agosto após ser revelado seu envolvimento em negociações com clientes de uma empresa que abriu em 2017 juntamente com Samy Dana, que também saiu da emissora. Além disso, houve uma denúncia de negócios paralelos dos dois com um banco, algo vedado pelo regulamento interno da Globo. Veja mais detalhes.

Setembro – Polêmica leva a desligamento da cúpula de Época

Após publicação de uma reportagem polêmica na revista Época sobre a atuação de Heloisa Bolsonaro, mulher do deputado federal Eduardo Bolsonaro, como coaching, a cúpula da redação da revista pediu demissão. A matéria teve repercussão negativa e o Grupo Globo desculpou-se publicamente por ela.

A diretora Daniela Pinheiro, o redator-chefe Plínio Fraga e o editor Marcelo Coppola se demitiram por discordarem com o que foi dito no pedido de desculpas. Este contrariava uma nota emitida pela própria revista, na qual afirmava que a reportagem “não havia extrapolado os limites éticos do Jornalismo”.

Essa foi a matéria mais acessada da história deste Portal dos Jornalistas.

DCI, o fim de uma referência

DCI

Ainda em setembro, o jornal DCI, uma das publicações de jornalismo econômico mais tradicionais do País e referência na área, anunciou o fim de suas atividades. O diretor executivo Raphael Müller relacionou o encerramento com as dificuldades econômicas do Brasil e a ruptura no modelo de negócios do jornalismo, além da falta de perspectiva para conseguir investimentos e recuperar financeiramente o jornal. Confira os detalhes.

Outubro – Críticas ao crítico

Daniel Castro e Maju Coutinho

Daniel Castro, autor da coluna Notícias da TV no UOL, criticou a forma como Maju Coutinho apresenta o Jornal Hoje, apontando e contabilizando os erros que a apresentadora cometeu em algumas edições do telejornal. O colunista do UOL foi criticado por sua atitude.

Em nota, a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial de São Paulo (Cojira-SP) repudiou as críticas de Daniel, ressaltando que “é comum apresentadores errarem e nem por isso são feitas semelhantes apurações”. A entidade solidarizou-se com Maju Coutinho e defendeu a presença de mais mulheres no comando de telejornais no País. Veja a notícia.

 

Novembro – Os mais renomados nomes do jornalismo econômico

A edição deste ano do ranking +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças, realizado por este Portal dos Jornalistas, fecha com chave de ouro a retrospectiva. Foram selecionados os 50 principais nomes do jornalismo de Economia do País, bem como os principais veículos de comunicação na área, nas categorias Jornal, Revista, Programa de Rádio, Programa de TV, Site/Blog e Agência de Notícias.

Os prêmios foram entregues em evento realizado em 25 de novembro, em São Paulo. Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg foram os +Admirados de Economia, empatados na primeira posição. Luís Nassif ficou em terceiro. Confira o ranking na íntegra.

Ranking 2019: Chega a 166 o número de premiações analisadas

Mais cinco premiações foram incluídas nesta edição do Ranking dos +Premiados da Imprensa em comparação com sua edição de 2018. Passaram a integrar a base os prêmios ABF, Abmes, Alltech, SBR/Pfizer e Sincor-GO.

Vale lembrar que, para integrar a base de pesquisa, a iniciativa deve ter ao menos três edições realizadas e passar pelo crivo do comitê de organização do Ranking dos +Premiados da Imprensa.

Confira a lista completa:

  • +Admirados da Imprensa
  • 3M
  • Abag/RP
  • ABCR
  • ABCZ
  • Abdias Nascimento
  • Abear
  • Abecip
  • ABF
  • Abimilho
  • Abmes
  • ABP
  • Abraciclo
  • Abracopel
  • Abrafarma
  • Abraji
  • Abramge
  • Abrapp
  • Abrelpe
  • Abril
  • Abvcap
  • Aceesp
  • ACI
  • ACIE
  • Adpergs
  • AEA de Meio Ambiente
  • Agência Estado
  • Águas Guariroba
  • Aimex/Danilo Remor
  • Alexandre Adler/Sindhrio
  • Allianz Seguros
  • Alltech
  • Amaerj (Patrícia Acioli)
  • AMB
  • Amrigs
  • ANA
  • Anamatra
  • Andifes
  • ANTF
  • ARI
  • Asdep
  • Automação Imprensa
  • Ayrton Senna
  • Biodiversidade da Mata Atlântica
  • BM&FBovespa
  • BNB
  • Bracelpa
  • Brasil Ambiental
  • Braskem
  • Caixa
  • Câmara Espanhola
  • Cbic
  • CDL/BH
  • Chico Lins
  • Citi
  • Cláudio Abramo
  • CNA
  • CNH
  • CNI
  • CNT
  • Comissão Europeia de Turismo
  • Comunique-se
  • Cooperativismo Gaúcho
  • Corecon-MG
  • Corecon-RJ
  • CPJ Internacional Press Freedom
  • Crea-MG
  • Cristina Tavares
  • CRO-SC
  • Crosp
  • Délio Rocha
  • Direitos Humanos-RS
  • Econômico Ibero Americano
  • Ecopet
  • Editora Globo
  • Embrapa
  • Embratel
  • Engenho
  • Eset-LA
  • Esso
  • Estácio de Sá
  • Estadão
  • Ethos
  • Every Human Has Rights
  • Fapeam
  • Fecomércio-PR
  • Fenabrave-SC
  • Fenacon
  • Fenacor
  • Fiesc
  • Firjan
  • Folha
  • Fraterno Vieira
  • Fundação Feac
  • Gabriel Garcia Marquez (antigo FNPI)
  • Gandhi
  • Gilberto Velho
  • Global Shining Light Award
  • GTPS
  • Iberoamericano Rei da Espanha
  • IBGC
  • IGE
  • Imprensa de Educação ao Investidor
  • Itaú de Finanças Sustentáveis
  • Jabuti
  • João Valiante
  • Jornalista Tropical
  • Jornalistas&Cia
  • José Hamilton Ribeiro
  • José Lutzemberger
  • José Reis
  • Kinght International
  • Latino Americano em Saúde Vascular
  • Latinoamericano de Jornalismo Investigativo
  • Líbero Badaró
  • Longevidade
  • Lorenzo Natali
  • Maria Moors Cabot
  • Massey Ferguson
  • Medtronic
  • Microcamp
  • Ministério Público-RN
  • Ministério Público-RO
  • Ministério Público-RS
  • Mobilidade Urbana
  • Mobilidade Urbana Sustentável (ITDP)
  • Mongeral Imprensa
  • MPT
  • Mulher Imprensa
  • New Holland
  • OAB-GO
  • Ocepar
  • Octávio Brandão
  • Onip
  • Personalidade da Comunicação
  • Petrobras
  • Prefeitura de Fortaleza
  • Press
  • República
  • RBS
  • Roche
  • SAE Brasil
  • Sangue Bom
  • Santos Dumont
  • SBD
  • Sbim
  • SBR/Pfizer
  • Sebrae
  • Secovi-rio
  • Sefin
  • Senai
  • Setcergs
  • Sincor-GO
  • SIP
  • Sistema Fiep
  • Sistema Fiepa
  • Telesp
  • Tim Lopes (Andi)
  • Tim Lopes (Disque Denúncia-RJ)
  • Top Etanol
  • Transparência
  • Unisys
  • Vladimir Herzog
  • Volvo
  • Wash Media Awards
  • Zero Hora

Ranking 2019: Como funciona o sistema de pontuação?

A exemplo de 2018, o sistema de pontuação do Ranking dos +Premiados da Imprensa Brasileira atribuiu notas de 5 a 100 pontos por conquista, de acordo com a amplitude de temas, relevância e abrangência geográfica da iniciativa.

Assim sendo, uma premiação estadual sobre um tema específico, por exemplo, renderá aos seus premiados menos pontos do que uma premiação nacional, ou até mesmo do que uma iniciativa também estadual, mas que não limite sua temática.

Conquistas individuais computam 100% da pontuação para o vencedor, enquanto premiações em equipe rendem 50% dos pontos para cada integrante. Ou seja, um profissional que conquistar, por exemplo, um Prêmio RBS em equipe, receberá por esse prêmio cinco pontos, enquanto um reconhecimento obtido no Maria Moors Cabot, mais antiga e importante premiação jornalística internacional de que se tem conhecimento no mundo, rende ao homenageado 100 pontos. Foi essa conquista, por exemplo, que garantiu o título de +Premiado Jornalista de 2018 a Fernando Rodrigues, do Poder360, na última edição deste Ranking.

Confira na tabela um resumo da escala de pontos:


British Journalism Awards, uma coleção de iniciativas marcantes

Por Luciana Gurgel, especial para o J&Cia

Luciana Gurgel

Diante do vasto universo de impressos e periódicos online à disposição – sem contar os livros – fica difícil encontrar tempo para tudo. Mas se prêmios contam pontos na hora de priorizar, aqui vai a dica: Financial Times.

O FT fechou o ano com chave de ouro, conquistando pelo segundo ano consecutivo o título de Veículo do Ano no disputado British Journalism Awards, anunciado em 10 de dezembro. É o primeiro jornal a levar o prêmio por dois anos seguidos.

Jornal é maneira de dizer, porque o FT vai além do papel. A presença digital é um de seus maiores ativos: 3/4 dos assinantes optaram pela versão online. Ele vai além também no conteúdo. Conquistou mais dois prêmios secundários, nas categorias Tecnologia e Jornalismo Político, mesmo sendo um veículo originalmente dedicado a finanças. 

Os prêmios reconhecem o veículo que se consolidou como um dos mais relevantes da atualidade. Ano passado, empatou com o Político em uma pesquisa da consultoria política britânica ComRes sobre os jornais mais influentes no Parlamento Europeu. Um dos aspectos apontados pelo júri de 60 profissionais que elegeu os vencedores do British Journalism Awards foi a quantidade de matérias exclusivas relevantes publicadas pelo FT em 2019.

Modelo de negócio vencedor – Adquirido em 2015 pelo grupo japonês Nikkei, o Financial Times merece ser observado não apenas pelo conteúdo, mas também por seu modelo de negócio. Em uma indústria impactada pelas plataformas digitais, o jornal de 131 anos vem conseguindo combinar qualidade editorial e saúde financeira.

Em abril passado, celebrou um ano antes do projetado a marca de um milhão de assinantes, com 70% dos leitores fora do Reino Unido. O paywall foi implantado em 2002, mas em 2007 o FT foi um dos pioneiros no modelo de oferecer acesso livre a uma quantidade limitada de matérias aos leitores cadastrados, estratégia que ajuda a angariar assinantes. A receita bateu £ 383 milhões em 2018, com lucro operacional de £ 25 milhões.

Curiosamente, um dos responsáveis pelo desempenho brilhante do jornal está de partida. O editor Lionel Barber deixará em janeiro o posto em que esteve por 14 anos, passando o cetro para a primeira mulher a ocupar tal posição na história do FT. Roula Khalaf, atual subeditora,  assumirá o comando com a responsabilidade de manter o alto padrão do jornal.

Roula Khalaf

ThinkIns, um modelo inovador – Na categoria Inovação do British Journalism Awards, o destaque foi para os encontros ThinkIn, promovidos pelo Tortoise, uma bem-sucedida iniciativa jornalística independente do país. São sessões realizadas na própria redação do Tortoise em Londres ou em locais externos – incluindo outras cidades – em que os participantes debatem um tema político, econômico ou social.

O modelo é mesmo original. Nem bem uma palestra, nem bem um debate. Parece mais uma reunião de pauta. Começa com um drinque ou café da manhã (dependendo do horário), perfeito para esquentar a conversa sobre o que será tratado em seguida. Não há hierarquia rígida separando palestrantes e plateia. Prevalece um clima de troca de ideias, mesmo com opiniões bastante divergentes.

Tudo é filmado, e um video bem editado é publicado no Tortoise dias depois. Quem não pode ir tem a opção de assistir em tempo real pela internet. Uma ótima ideia de engajamento do público, aproximando jornalistas dos leitores e enriquecendo o conteúdo dos artigos e videos do Tortoise.

Tortoise ThinkIn

O furo do ano – E se houver um tempinho livre nos feriados, vale conferir a matéria que valeu a Anthony Loyd, do The Times, o troféu de furo do ano no British Journalism Awards. Trata-se da entrevista exclusiva com Shamima Begun, uma das chamadas “Noivas do Estado Islâmico” – jovens britânicas que se alistaram na organização em 2015 para casar com terroristas.

Loyd encontrou Begun em um campo de refugiados, e a entrevista desencadeou uma crise sobre como lidar com cidadãos que fogem para integrar organizações terroristas e depois querem retornar ao país. Jornalismo da melhor qualidade, com a sensibilidade que o tema exige.

Anthony e Shamima

E para terminar, obrigada pela companhia aqui no J&C este ano.  Nos vemos em 2020!

Rodrigo Alvarez deixa a Globo

O correspondente internacional da TV Globo Rodrigo Alvarez pediu desligamento da emissora. Em comunicado à redação, o diretor-geral de Jornalismo Ali Kamel confirmou a informação e disse que “contribuiu para a decisão dele a vida de escritor, que ele consolidou”. Rodrigo sairá da França com a família e irá para os Estados Unidos.

Ele estava na Globo há 23 anos, onde começou pela GloboNews, no Rio de Janeiro, como trainee de editor de imagens. Sua última cobertura pela Globo foi a reeleição de Boris Johnson para primeiro ministro do Reino Unido, em 12 de dezembro.

Com informações do Notícias da TV (UOL). 

Jeduca lança banco de fontes para jornalismo de educação

A Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca) lançou um banco de fontes da área da educação para ajudar profissionais que cobrem a área e oferecer especialistas que possam agregar ainda mais conteúdo às reportagens.

Um dos objetivos do projeto é que os próprios integrantes alimentem o banco de fontes, indicando os especialistas mais adequados para cada área que engloba a educação. A ferramenta, exclusiva para associados do Jeduca, está disponível no site da entidade. Também é possível sugerir uma fonte ao cadastrar-se no Jeduca.

Organização americana financia projetos de mídia independente

A organização americana National Endowment for Democracy (NED) oferece financiamento para projetos de ONGs e mídias independentes que promovam a democracia ao redor do mundo. Interessados devem enviar as propostas até 10 de janeiro.

A ajuda financeira é de aproximadamente 50 mil dólares em 12 meses, podendo variar de acordo com o tamanho e escopo do projeto. A NED incentiva a participação de mídias independentes de países com democracias recém estabelecidas, com governos autoritários ou que estejam passando por transições democráticas. Mais informações aqui.

Carlos Félix Ximenes assume a Diretoria de Comunicação de Varejo da Amazon

Carlos Félix Ximenes

De volta ao Brasil após um curto período sabático na Europa, em que aproveitou para fazer uma caminhada a pé por mais de 3 mil km, saindo de Amsterdã até a cidade do Porto, Carlos Félix Ximenes assumiu a Diretoria de Comunicação de Varejo da Amazon no Brasil. Ele dirigiu anteriormente, por pouco mais de três anos e meio, a Comunicação da Nike e foi o primeiro head de Comunicação do Google, quando a empresa se instalou no País. Passou ainda por Microsoft, Nestlé, Multibrás e Nokia.

Eficiência para entender anseios e calibrar discurso definiram eleição britânica

Por Luciana Gurgel, especial para o J&Cia

Luciana Gurgel

Após a vitória do Partido Conservador britânico nas eleições gerais, contrariando pesquisas que apontavam vantagem apertada, o papel dos meios de comunicação vem sendo exaustivamente debatido. É difícil demarcar a influência da imprensa e das mídias sociais sobre o eleitor, mas há sinais interessantes sobre o impacto de cada uma.

Um deles é o alcance das redes como fonte de informação no país. Segundo o novo relatório da PAMCo (Publishers Audience Measurement Company), todos os jornais reunidos (incluindo versões online) atingiram 47,9 milhões de pessoas entre outubro de 2018 e setembro deste ano, superando os canais do Facebook (com 42,6 milhões) e Google, com 41,5 milhões.

Isso não significa que os britânicos tenham sido mais influenciados pela mídia tradicional ao escolher o candidato. Mas sugere que ela se mantém relevante diante das plataformas digitais quando se trata de informação.

O problema é que ambas são vistas com desconfiança. Uma pesquisa do Intuit Research/Norstat antes do pleito indicou que 57% dos britânicos acreditam que a mídia veicula notícias falsas, percentual que sobe para 71% entre os usuários do Facebook e 67% dos seguidores do Twitter. A estatal BBC vive um inferno astral, acusada de parcialidade por todos os lados.

Há também questionamentos sobre a capacidade de a propaganda eleitoral em redes sociais converter eleitores. Jake Wallis Simons, do Daily Mail, citou um registro da plataforma Who Targets Me apontando que os videos do derrotado Partido Trabalhista foram vistos 82,2 milhões de vezes, contra apenas 24,5 milhões dos do Conservador.

A tese está em linha com um estudo científico feito pelas universidades americanas Northeastern e Southern California e pela organização Upturn sobre propaganda eleitoral no Facebook. Os experimentos comprovaram que ao direcionar as mensagens por relevância, a rede social acaba atingindo pessoas que já concordam com aquela posição política, reduzindo a eficácia no sentido de conquistar adeptos.

O meio e a mensagem – Com maior ou menor grau de confiança, porém, a realidade é que em um país de alta escolaridade e acesso fácil à internet os eleitores não ficam mais sujeitos a apenas uma fonte, como no passado, em que o assinante de um título conservador como o The Times raramente era exposto a opiniões divergentes. E aqui entra o mais importante em qualquer processo de comunicação, seja para um candidato ou para uma marca de sabonete: quem consegue ser mais eficiente ao entender os anseios do público e calibrar o discurso conforme as expectativas.

O Partido Conservador venceu a guerra. Boris Johnson foi ridicularizado no fim da campanha por controvérsias como a recusa em ser entrevistado pelo duro apresentador Andrew Neil; por se esconder em um frigorífico para fugir da Imprensa ao visitar uma fábrica; ou ainda por colocar no bolso o celular de um jornalista da ITV que tentava confrontá-lo com a foto de uma criança atendida no chão de um hospital.  Memes circularam nas redes, sobretudo entre o público contrário ao Brexit – intelectuais, jovens, residentes de Londres e gente que posta mas não vota.

Não colou nele, que venceu fácil e agora tem maioria expressiva no Parlamento. Garantiu a vitória com uma surpreendente votação em regiões historicamente trabalhistas, cuja importância econômica foi esvaziada devido ao fechamento, fábricas, minas e do comércio de rua afetado pelas vendas online.

O resultado da eleição mostra que o Partido Conservador, ainda que dominado pela elite, soube transmitir à classe média e trabalhadora britânica a ideia de que o Brexit vai restaurar a glória do passado, um discurso nacionalista que soou como música aos ouvidos de quem quer uma vida melhor. Isso foi mais decisivo do que críticas sobre transparência ou questões morais. E talvez mais “seguro” do que as promessas radicais do Trabalhista.

Parece que continua atual a frase cunhada em 1992 pelo então assessor da campanha de Bill Clinton, James Carville: “É a economia, estúpido!”.

E em uma nação em que a imprensa escrita assume seu lado, o Daily Telegraph, alinhado a Johnson – que até se tornar primeiro-ministro assinava lá uma coluna – não perdeu tempo. Três dias após a eleição, capitalizou a proximidade com uma ação de marketing online conclamando o público a assinar o jornal cuja equipe “mais conhece Boris”. Isso é que é campanha de oportunidade.

Justiça derruba veto de Crivella ao Grupo Globo

A 8ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou nessa segunda-feira (16/12) o livre acesso de jornalistas do Grupo Globo a entrevistas e coletivas da Prefeitura da capital. A decisão derruba o veto do prefeito Marcello Crivella, que afirmou no começo do mês que não responderia mais aos pedidos de informação feitos pela Globo e que em diversas ocasiões atacou-a abertamente.

A liminar, determinada pela juíza Alessandra Cristina Peixoto, obriga a Prefeitura a encaminhar ao Grupo Globo todas as informações divulgadas abertamente à imprensa, sob pena de multa de R$ 10 mil para cada vez que não o fizer.

Um dos argumentos da juíza foi o de que diferenças político/ideológicas não podem ser utilizadas como justificativa para o veto da Prefeitura. “Frise-se que os agentes públicos, bem como os atos de suas gestões, estão sujeitos a questionamentos quanto às suas condutas e atuações, não havendo razão para impossibilitar os jornalistas de emitirem opiniões sobre pessoas públicas ou sobre a gestão dos agentes, o que, na realidade, faz parte de suas funções como fomentadores de questionamentos e opiniões”, diz a liminar.

Com informações da Folha de S.Paulo.

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