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quinta-feira, junho 5, 2025

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Morreu Fernando Pedreira, aquele que, no Estadão, publicava os sonetos de Camões

Fernando Pedreira, em foto nos anos 1980. Crédito: Jorge William/Agência Globo

Fernando Pedreira morreu em 21/4 enquanto fazia a sesta em sua casa no Vale das Videiras, em Itaipava, distrito de Petrópolis, no Estado do Rio, aos 94 anos. Era casado com Monique há 48 anos, o casal não teve filhos e se retirou para Petrópolis para cumprir o isolamento exigido por Covid-19.

Carioca, era formado em Direito, mas não seguiu a carreira jurídica. Aos 30 anos, mudou-se para São Paulo e começou no Diário de S.Paulo. Teve breve participação na UNE (União Nacional dos Estudantes) e no Partido Comunista, dos quais se afastou. Trabalhou ainda na Última Hora. Transferiu-se então para O Estado de S. Paulo e foi o primeiro chefe da sucursal em Brasília, nos anos 1960. Depois do golpe militar, passou uma temporada nos Estados Unidos, como visiting scholar na Universidade de Columbia.

Voltou ao Brasil em 1971 como diretor do Estadão, de 1971 a 1977. O jornal estava sob censura, e Pedreira passou a publicar trechos de Os Lusíadas, de Camões, no lugar das reportagens proibidas, numa decisão que se tornou clássica. Quando o jornal preparou um caderno para celebrar seu centenário, Pedreira foi informado de que mesmo esse especial seria submetido à censura. Preferiu, então, cancelar a publicação e deixar o material para ser avaliado pela História. Surpreendentemente, um telefonema do então presidente Geisel avisou que estava suspensa a censura prévia a todo o jornal, no que Pedreira, com ironia, considerou “a contribuição governamental às comemorações da efeméride”. Depois disso, foi ainda sob seu comando que o Estadão venceu o Esso de Jornalismo de 1976, com uma série sobre os abusos de alguns servidores com o dinheiro público, um marco no jornalismo investigativo e que cunhou a expressão “mordomia”.

Voltou para o Rio no ano seguinte, deixou o cargo de diretor de Redação, mas continuou colaborando com o Estadão como articulista político. Trabalhou ainda no Jornal do Brasil, como editorialista e comentarista político, e na coluna Ponto de vista da revista Veja. Amigo do presidente Fernando Henrique, no governo deste foi nomeado embaixador do Brasil junto à Unesco, em 1995, em Paris. Em 2016, publicou o livro de memórias Entre a Lagoa e o mar – Reminiscências.

O coronavírus e os veículos de comunicação − VIII

Confira as últimas informações sobre os cortes de salários nos veículos de comunicação

Em meio à crise econômica gerada pelo novo coronavírus, bem como a aprovação da MP 936, que permite entre outros fatores a redução de salários e de jornadas de trabalho, veículos de comunicação de todo o País estão fazendo cortes e acordos com seus trabalhadores. O Portal dos Jornalistas fez um balanço parcial das medidas que algumas grandes empresas têm tomado. Confira:

O Estado de S. Paulo

Em assembleia online realizada no domingo à noite (26/4) por convocação do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), jornalistas de O Estado de S. Paulo aprovaram, em decisão unânime, o acordo referente às mudanças e reduções no salário e jornada de trabalho.

Segundo Paulo Zocchi, presidente do da entidade, foi aprovado o aumento da indenização financeira em caso de demissão: a MP 936 propõe multa de 50% do salário, mas o Estadão aceitou 55% do salário mais o proporcional de férias, 13º e FGTS, o que dará um total de aproximadamente 70% do salário.

Por questões práticas, devido às complicações causadas pelo coronavírus, o jornal aprovou também que a garantia de estabilidade de emprego – válida por um ano – passe a vigorar a partir de 1º/5 para que todos possam assinar o documento. Mas esse tópico foi assinado na segunda-feira (27/4) e já está valendo.

Em relação ao auxílio alimentação de R$ 150 por mês aos profissionais em home office, ocorreram algumas mudanças: antes da redução de salário e jornada de trabalho, esse aporte vale para os profissionais que recebem até R$ 7,2 mil. Depois da redução, o auxílio será para quem recebe até R$ 5,4 mil.

Os outros tópicos que foram acertados são: redução de 25% do salário, a partir do dia 2/5, por 90 dias; contrato coletivo: a empresa impôs controle de jornada às pessoas em home office, com redução de jornada e vedação de horas extras, que serão compensadas dentro do mesmo mês; plano de saúde garantido até 31/12, mesmo em caso de demissão; e reembolso dos gastos dos profissionais em home office.

Paulo Zocchi informou que, até a publicação desta nota, o Sindicato não havia recebido solicitação de negociações com Rede Globo, Record TV, SBT, Band, Folha de S.Paulo e UOL.

Editora Globo

No Grupo Globo, o corte será de 25% nos jornais O Globo, Extra, Expresso e Valor Econômico, e nas revistas Época, Quem, Glamour, Marie Claire, Vogue e Crescer, entre outras. A redução terá validade de três meses e os profissionais que aderirem ao acordo terão estabilidade de emprego até outubro. As férias de maio foram canceladas e haverá controle de folgas.

Em nota divulgada nessa segunda-feira (27/4), jornalistas que atuam nas sedes da editora em Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, informaram concordar com a proposta. A decisão foi confirmada após três assembleias gerais virtuais, mas apesar do acordo, os profissionais repudiaram a maneira como as negociações foram conduzidas pela direção do grupo.

RedeTV

No caso da RedeTV, segundo o colunista Flávio Ricco (UOL), todos os celetistas terão o mesmo corte de 25% em seus salários por três meses. Já os contratados como pessoas jurídicas – grande parte dos apresentadores de programas e telejornais – sofrerão uma redução de 33%, também pelo período de três meses. A medida será aplicada também aos profissionais que recebem valor igual ou superior a R$ 20 mil. Além disso, a suspensão de alguns contratos está sendo analisada.

Editora Abril

De acordo com Paulo Zocchi, a Abril acordou uma redução de 25% no salário de 40 jornalistas, algo em torno de 20% da mão de obra da empresa, integrantes das redações de Casa Cor, Estúdio Abril, Capricho, Guia do Estudante, Viagem e Turismo, Vejinha e Claudia. A revista Veja não foi atingida. Segundo Zocchi, não houve acordo coletivo, foram impostos acordos individuais, cujas regras seguem a MP.

TV Bandeirantes

Johnny Saad, presidente do Grupo Bandeirantes, vetou o corte de 25% no salário de trabalhadores que ganham até R$ 10 mil prestando serviços como pessoa jurídica (PJ). O grupo inclui repórteres, apresentadores, produtores e editores. Profissionais cujo salário é maior a esse valor, sofrerão o corte de 25%. A redução havia sido anunciada na semana passada, mas agora foi barrada pelo presidente.

Segundo o colunista Flávio Ricco, do UOL, Saad considerou que não seria justo tomar tal medida com os profissionais que estão colocando a própria vida em risco, além da de seus familiares, em nome da emissora, para apurar notícias sobre o coronavírus.

Com dívidas e faturamento com patrocínios em queda, os impactos econômicos gerados pela pandemia agravaram ainda mais a crise na Band e fizeram o setor financeiro decretar os cortes de salários, conforme previsto na MP 936. Jonny Saad, porém, vetou e decidiu atrasar o pagamento de parcelas das dívidas da emissora.

Grupo RBS

A empresa anunciou em 24/4 uma série de medidas para diminuir os impactos da crise econômica. Segundo o site Coletiva.net, foram demitidos 20 profissionais das redações de RBS TV, Rádio Gaúcha, Zero Hora, Pioneiro e GaúchaZH.

Ao Coletiva.net, o grupo declarou que “está adaptando sua operação ao momento atual para estar preparada frente a um cenário ainda incerto. Todas as decisões têm como objetivo principal manter a sustentabilidade do seu propósito no longo prazo”. A RBS informou ainda que cortes nos salários e nas jornadas de trabalho dos profissionais estão sendo feitos de acordo com as demandas de cada área da empresa.

Abril demite 60 funcionários, entre eles seis jornalistas, e paga apenas metade da multa do FGTS

Abril na Marginal Tietê – Crédito Onildo Lima

O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) denunciou nessa terça-feira (28/4) que a Editora Abril demitiu 60 funcionários de diferentes categorias, entre eles seis jornalistas, e depositou apenas metade da multa do FGTS devida.

Segundo o SJSP, a empresa fez uso equivocado da Medida Provisória (MP) 927/20 que flexibiliza direitos trabalhistas para o enfrentamento da pademia. O artigo 502 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) diz que “os pagamentos devidos em caso de rescisão sem justa causa só podem ser reduzidos pela metade quando houver extinção da empresa ou de um dos estabelecimentos em que trabalhe o empregado”, o que não é o caso.

Além disso, a Abril causou um impasse burocrático com a Caixa Econômica Federal que impede os trabalhadores de sacarem o valor reduzido que foi depositado. Para a Caixa, o pagamento reduzido do FGTS só pode ser feito por meio de decisão judicial, o que não foi feito.

Em nota, o Sindicato declarou que suas tratativas “buscam reverter a decisão da empresa em enquadrar as demissões como motivo de força maior e, assim, garantir o pagamento da diferença do FGTS. Caso a negociação não prospere, o Sindicato deve ingressar com uma ação coletiva”.

Dentro da série Economia na Quarentena, que destaca como as empresas estão lidando com as dificuldades econômicas trazidas pela pandemia do novo coronavírus, o Estadão entrevista nesta quinta-feira (30/4), às 14h, Pablo Di Si, presidente da Volkswagen no Brasil. Acompanhe pelo @Estadão.

Na tevê

Em confinamento em casa, assim como todos os 60+, mas participando diariamente do Aqui na Band, Silvia Poppovic foi demitida por telefone da Band na sexta-feira (24/4). Os colunistas Fernando Gomes, Nana Rude e Sérgio Tannuri também deixaram o programa, que segue sob o comando de Luís Ernesto Lacombe e Nathália Batista.

Na comunicação corporativa

Enquete realizada entre 11 e 15/4 pelo Portal Comunica.Dores, com 47 profissionais autônomos e donos de agências, mostra grande pessimismo com o futuro da atividade, em decorrência da crise do novo coronavírus. Dos que foram ouvidos, 85% projetam perda de receitas à medida que o período de quarentena avançar no País. O portal, vale acrescentar, será lançado oficialmente em maio. (Veja+)

Já está no ar a segunda edição do boletim CDI Trends, da CDI Comunicação, com uma entrevista do médico e filantropo José Luiz Egydio Setúbal, presidente do Hospital Sabará e acionista do Itaú Unibanco. Para ele, o SUS sairá fortalecido da crise sanitária provocada pelo novo coronavírus. Confira!

A LLYC Brasil informa ter desenvolvido neste período de pandemia uma série de ações para clientes, parceiros e colaboradores, a fim de compartilhar experiências, informações e análises. As iniciativas abrangeram, por exemplo, webinars sobre gestão de crises e engajamento de colaboradores; o Boletim LLYC Brasil, resumo analítico do cenário político e econômico da crise; uma série de vídeos com as experiências relatadas pelos clientes (o Radar LLYC − Covid-19); e um Manual de Resiliência, com reflexões e dicas práticas para os colaboradores da agência vivenciarem melhor a temporada de home office.

Cleber Martins

“Desde o início de março, quando começamos nossa reclusão para implantar o home office geral, nós, da LLYC Brasil, nos reinventamos, tanto no modo como nos organizamos na nossa rotina de trabalho quanto na oferta de serviços e projetos especiais para ajudar nossos clientes em meio à crise da pandemia”, explica Cleber Martins, sócio e diretor geral da LLYC Brasil.

Internacionais

Facebook cria fundo de US$ 2 milhões para apoiar veículos de notícias na América Latina

O Facebook anunciou um fundo de US$ 2 milhões para apoiar veículos jornalísticos latino-americanos durante a pandemia do novo coronavírus. A iniciativa faz parte do Projeto Facebook para Jornalismo (FJP), em parceria com a ONG Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ, em inglês).

O programa visa a ajudar as empresas de notícias com mentoria e treinamento para ajudá-las em suas transformações digitais, além de fornecer apoio ao trabalho que seguem fazendo para cobrir a doença. A mentoria e o treinamento serão liderados por Tim Griggs, ex-executivo do New York Times.

No site do Projeto Facebook para Jornalismo, a empresa escreveu que o fundo pode ajudar os veículos de diversas maneiras, como a “lançar newsletters, remover paywalls de acesso exclusivo para assinantes, contratar jornalistas freelance, fortalecer o jornalismo de dados, criar eventos online, financiar necessidades relacionadas a tecnologia da informação, integrar serviços e infraestrutura de softwares, apoiar métodos de distribuição digital e adquirir equipamentos de proteção para manter jornalistas seguros durante suas coberturas, assim como garantir a continuação do trabalho”.

As inscrições abrem em 5 de maio. É possível inscrever-se para um webinar que o Facebook realizará um dia antes para esclarecer dúvidas sobre o programa.

Centro Knight dá curso online sobre a cobertura do coronavírus

O Centro Knight, em parceria com a OMS e a Unesco, promove em maio o curso online e gratuito Jornalismo na Pandemia: Cobertura da Covid-19 agora e no futuro, que oferece o conhecimento necessário para cobrir o coronavírus e os impactos/consequências na saúde, economia, e outros setores da sociedade.

O curso, de 4 a 31/5, será ministrado por Maryn Mckenna, jornalista de ciência e palestrante do TED. As aulas terão quatro módulos: na primeira semana, os alunos estudarão as pandemias e desastres do século XX; na segunda, a cobertura do coronavírus nos dias de hoje, quais seus impactos econômicos, na saúde, como os governos estão reagindo e qual a importância da liberdade de imprensa nesse contexto; na terceira, aulas sobre vacinas, testes e tratamentos, quais são as expectativas que englobam estes temas; e a quarta e última semana abordará o período pós-vírus: quais serão os impactos, como a pandemia mudou a história e o mundo inteiro, quais os caminhos a serem seguidos. Inscreva-se!

E mais…

Uma frente bipartidária de mais de 200 políticos assinou uma carta enviada em 20/4 ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pedindo que a Casa Branca direcione recursos federais para as organizações de notícias locais, as mais afetadas com a queda de investimentos publicitários em meio à pandemia de Covid-19. O grupo, liderado pelos congressistas Debbie Dingell (Democrata), Bill Flores (Republicano), Marc Veasey (Democrata) e Fred Upton (Republicano), pediu ao governo federal mais publicidade na mídia local por agências federais, além da agilização de qualquer campanha de marketing que estiver em andamento. Os políticos também solicitaram a Trump que incentive as empresas que recebem fundos de estímulo a anunciarem na mídia local.

Outras iniciativas

Prêmio Roche de Jornalismo inclui menção honrosa por cobertura do coronavírus

O Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde, realizado pela Roche América Latina em parceria com a Secretaria Técnica da Fundação Gabriel García Márquez para o Novo Jornalismo Ibero-Americano (FNPI), decidiu acrescentar à premiação uma menção honrosa a trabalhos que demonstram excelente cobertura da Covid-19. Para participar, os trabalhos devem estar publicados entre 1º de janeiro e 20 de maio, abordando o coronavírus e seus impactos na sustentabilidade dos sistemas de saúde na América Latina, além dos desafios que saúde pública da região está enfrentando para combater a doença. Todos os requisitos estão disponíveis em nota publicada no site do prêmio.

As inscrições foram prorrogadas até 31/5 por causa do contexto pandêmico atual. O prêmio visa a valorizar as principais reportagens sobre saúde na América Latina. Vale lembrar que o vencedor de cada categoria receberá um troféu, um certificado e poderá escolher entre uma bolsa com tudo pago para participar de um workshop da Fundação Gabo ou participar do Festival Gabo 2020. Os finalistas receberão certificado, medalha e o livro Gabo PeriodistaInscreva-se!

E mais…

Permanece aberta até 1º/5 a pesquisa nacional Como trabalham os comunicadores em tempos da Covid-19, promovida pelo Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho (CPCT) da ECA-USP. O estudo online, que até o último final de semana contava com respostas de mais de 500 profissionais, pretende dispor de um panorama da rotina de quem atua na área de comunicação, os principais temores e os cuidados adotados em meio à pandemia do novo coronavírus.

Segundo os organizadores do levantamento, avaliação preliminar dos dados, coletados em todo o País, permite reafirmar a continuidade da precarização das relações de trabalho a partir da intensificação do home office, com maior demanda de dedicação de tempo e o uso de infraestrutura própria (computadores, notebooks, smartphones e conexões domésticas de internet). Também há o medo de contágio e de transmissão aos familiares, além de dúvidas e receios quanto ao futuro profissional (desemprego). O formulário, de preenchimento anônimo, pode ser acessado neste link.

Em função do cenário criado pela pandemia do coronavírus, o programa Estratégias Digitais para Empresas de Mídia (EDEM) do ISE, que há havia sido adiado para a primeira semana de junho, teve suas atividades presenciais transferidas para o segundo semestre.

O primeiro módulo, Como monetizar e diversificar os produtos jornalísticos?, será realizado de 17 a 21 de agosto; o segundo, O que torna o seu conteúdo exclusivo?, de 21 a 25 de setembro; e o terceiro e último, Como conciliar a necessidade de inovar a uma cultura já estabelecida?, de 16 a 20 de novembro.

Mesmo com o ajuste de calendário, estão confirmadas as participações dos professores internacionais Ramón Salaverría (vice-decano de pesquisas da Universidade de Navarra) e Hugo Pardo (especialista em cultura digital), da Espanha, Pedro Sellos (professor da American University, de Dubai) e Alexandre Gonçalves (Columbia University).

Na tentativa de viabilizar a ampliação do debate público e promover maior conhecimento sobre as pautas parlamentares, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e o Transparência Partidária estruturaram um mapeamento das manifestações e propostas dos partidos políticos sobre medidas relacionadas à pandemia, a partir de suas postagens no Facebook. A análise considerou as publicações de Facebook dos 33 partidos políticos registrados no TSE e da Aliança pelo Brasil − organização que o presidente Jair Bolsonaro tenta formalizar na Justiça Eleitoral. Os dados correspondem às publicações encontradas entre 24/1 e 19/4 e reúnem 146 temas ou propostas. No total, foram encontrados 2.120 posts sobre o tema da covid-19.

As manifestações e propostas sobre covid-19 com mais apoio de partidos foram: política de isolamento social; testagem em massa; renda básica emergencial; tributação de grandes fortunas; contra a MP 936/2020, que permite redução de salários; e afastamento do presidente da República.

A Fenaj, em conjunto com os sindicatos de jornalistas nas diversas regiões, anunciou que está atuando na busca e no monitoramento de ocorrências de coronavírus na categoria. A ação é coordenada pelo Departamento de Saúde, Previdência e Segurança da entidade. Para acompanhar a evolução num cenário de subnotificação e, com isso, readequar a ação sindical sempre que for necessário, a entidade convoca os jornalistas a notificarem seu sindicato local e a própria Fenaj (fenaj@fenaj.org.br) para que ela possa sistematizar as ocorrências.

A entidade também convidou 12 profissionais para gravarem um vídeo elogiando e homenageando os colegas que seguem trabalhando arduamente e expondo suas vidas em risco para trazer as últimas informações sobre o novo coronavírus. Em texto publicado no site, a Fenaj explica que abril foi especial pois, “além de celebrarmos nosso dia no calendário, é neste mês de 2020 que a profissão vem sendo profundamente afetada por uma doença e por medidas governamentais que supostamente viriam para proteger o trabalhador”. O texto também explica que o papel do jornalista é, mais do que nunca, essencial no contexto pandêmico atual. (Veja+)

O Portal R7 lançou a plataforma Virtz, que oferece conteúdo sobre bem-estar e saúde física e mental, notícias e informações positivas em meio à pandemia do novo coronavírus. O site é multiplataforma e traz vídeos, reportagens, lives, podcasts e webséries.

Segundo Claudia Caliente, diretora executiva Multiplataforma, a ideia do projeto é disseminar informações positivas em meio ao medo e histeria gerados pelo coronavírus e a grande quantidade de notícias e dados negativos que o acompanham: “A proposta deste ‘ciclo virtuoso’ é inspirar, entreter, motivar, acolher e informar nosso público. Nesse momento importante do mundo, o R7 traz um posicionamento e oferece uma nova forma de consumir conteúdo criando o Virtz, o novo vertical do portal que traz notícias positivas e conteúdo que faz a diferença na quarentena”. Confira!

INMA promove encontro online sobre indústria jornalística

A International News Media Association (INMA) promove de 5 a 28/5 um evento virtual com a participação 46 palestrantes e moderadores, e cerca de 18 horas de programação, divididos em nove módulos. O projeto serve para substituir em parte o 90º Congresso Mundial de Mídia da INMA, que seria realizado em abril, mas foi cancelado por causa do coronavírus.

O evento virtual, que tenta seguir os moldes do congresso cancelado, visa a discutir os impactos da pandemia na indústria jornalística, levando em conta as principais tendências e estratégias de notícias no cenário atual. O conteúdo do encontro será gravado e estará disponível para os participantes. Para conferir a programação completa e inscrever-se, clique aqui.

Abril demite 60 funcionários, entre eles seis jornalistas, e paga apenas metade da multa do FGTS

Sede da Editora Abril
Abril na Marginal Tietê – Crédito Onildo Lima
Abril na Marginal Tietê – Crédito Onildo Lima

O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) denunciou nessa terça-feira (28/4) que a Editora Abril demitiu 60 funcionários de diferentes categorias, entre eles seis jornalistas, e depositou apenas metade da multa do FGTS devida.

Segundo o SJSP, a empresa fez uso equivocado da Medida Provisória (MP) 927/20 que flexibiliza direitos trabalhistas para o enfrentamento da pandemia. O artigo 502 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) diz que: “os pagamentos devidos em caso de rescisão sem justa causa só podem ser reduzidos pela metade quando houver extinção da empresa ou de um dos estabelecimentos em que trabalhe o empregado”, o que não é o caso da Editora Abril.

Além disso, a Abril causou um impasse burocrático com a Caixa Econômica Federal que impede os trabalhadores de sacarem o valor reduzido que foi depositado. Para a Caixa, o pagamento reduzido do FGTS só pode ser feito por meio de decisão judicial, o que não foi feito no caso.

Em nota, o Sindicato declarou que suas tratativas “buscam reverter a decisão da empresa em enquadrar as demissões como motivo de força maior e, assim, garantir o pagamento da diferença do FGTS. Caso a negociação não prospere, o Sindicato deve ingressar com uma ação coletiva”.

Facebook cria fundo de US$ 2 milhões para apoiar veículos de notícias na América Latina

O Facebook anunciou um fundo de US$ 2 milhões para apoiar veículos jornalísticos latino-americanos durante a pandemia do novo coronavírus. A iniciativa faz parte do Projeto Facebook para Jornalismo (FJP), em parceria com a ONG Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ, em inglês).

O programa visa a ajudar as empresas de notícias com mentoria e treinamento para ajudá-las em suas transformações digitais, além de fornecer apoio ao trabalho que seguem fazendo para cobrir a doença. A mentoria e o treinamento no programa serão liderados por Tim Griggs, ex-executivo do New York Times.

No site do Projeto Facebook para Jornalismo, a empresa escreveu que o fundo pode ajudar os veículos de diversas maneiras, como a “lançar newsletters, remover paywalls de acesso exclusivo para assinantes, contratar jornalistas freelance, fortalecer o jornalismo de dados, criar eventos online, financiar necessidades relacionadas a tecnologia da informação, integrar serviços e infraestrutura de softwares, apoiar métodos de distribuição digital e adquirir equipamentos de proteção para manter jornalistas seguros durante suas coberturas, assim como garantir a continuação do trabalho”.

As inscrições abrem em 5 de maio. É possível inscrever-se para um webinar que o Facebook realizará um dia antes para esclarecer dúvidas sobre o programa.

A imprensa esportiva e o coronavírus (II)

Foto: Shutterstock/Reprodução
Foto: Shutterstock/Reprodução

Por Victor Félix, da equipe de J&Cia

O setor dos impressos foi muito afetado pelo coronavírus. Ao longo dessas semanas de quarentena, foi possível ver renomados títulos como a revista Caras, o jornal Lance e algumas revistas da Editora Globo suspenderem suas versões impressas por causa do contexto pandêmico atual.

Levando em conta os impactos que o coronavírus trouxe ao impresso, Daniel Batista, repórter da editoria de Esportes do Estadão, e Robson Morelli, editor de Esportes, conversaram com J&Cia sobre o cotidiano do jornal.

Robson Morelli

Entre as principais mudanças que o Estadão realizou na sua redação, destaca-se o fato de que todos os profissionais estão trabalhando remotamente, sem exceção. Robson contou que isso altera drasticamente o dia a dia dos jornalistas: “Nós agora estamos nos contatando via ferramentas de meeting, videoconferências, e o processo fica mais lento, mas funciona. Alguns especialistas dizem que talvez essa situação possa vir a se tornar um legado, pois as pessoas se deram conta de que é possível trabalhar remotamente sem perder a qualidade do que é feito”. O editor destacou o papel do setor de Recursos Humanos do Estadão nesta transição para o home office: “Eles nos forneceram todo o material de segurança necessário, desde máscaras, luvas e até trajes de proteção, e também foram muito atenciosos em relação ao fornecimento de notebooks próprios do jornal para trabalhar, com a possibilidade de levar o próprio desktop para casa, como foi o meu caso”.

Daniel Batista

No que se refere ao conteúdo produzido neste período em que as competições estão suspensas, Daniel comentou que é impossível separar assuntos esportivos do contexto atual: “Num primeiro momento, todas as notícias eram relacionadas ao coronavírus, jogadores que foram infectados, competições suspensas, entre outros. Depois, passamos a focar nos impactos da doença nos esportes, ou seja, se as competições voltariam ainda este ano, como isso afetou a preparação dos atletas, os impactos econômicos para os clubes e entidades. Agora, estamos em uma ‘terceira fase’: os esportes vão voltar, mas quando e como? Em quais circunstâncias? Com a presença de torcedores e da imprensa? Como priorizar a saúde dos atletas em esportes de contato físico, como é o futebol? Qual é a opinião de especialistas? Estamos produzindo matérias especiais nesse sentido, com entrevistas de médicos, representantes de clubes, jogadores, para saber se de fato estamos prontos para retornar com os esportes de forma segura e priorizando a saúde de todos”. O repórter contou que a editoria de Esportes utiliza também as matérias da Agência Estado, que produz conteúdo para diversos clientes, sendo um deles o Estadão. “Essas matérias nos fornecem um volume considerável de conteúdo esportivo”, declarou.

Robson disse que o conteúdo se resume basicamente a “muitas entrevistas, especiais, análises sobre o impacto do coronavírus nos esportes, como pensam as entidades como a CBF, os clubes, dívidas, como ficam os programas de sócio-torcedor, contratos trabalhistas, salários, doações, ou seja, tudo o que é pertinente no momento”.

No impresso, o espaço de Esportes está sendo de apenas uma página. Anteriormente, era de até três páginas aos fins de semana e às segundas e quintas-feiras. É inevitável uma queda na audiência do setor de Esportes, algo que ocorreu na imprensa esportiva de todos os veículos noticiosos do País. Robson comentou que, em termos de cliques e visualizações, os índices de Esportes estão em cerca de 30 a 40% dos valores habituais, algo que configura uma situação muito ruim, segundo o editor. A média de assinaturas digitais está sendo mantida, algo em torno de 100.

Daniel comentou que “o Esporte teve queda de audiência, mas isso era esperado, e aos poucos vamos retomando a audiência. A impressão que passa, analisando números da mídia global, é que as pessoas estão começando a se cansar de notícias do coronavírus, esse bombardeio de informações, números, a todo o momento há algo novo sobre isso, não é à toa que, ao mesmo tempo em que a editoria de Esportes do Estadão caiu de audiência, outras áreas como Política, Economia e Saúde cresceram exponencialmente. Então, as pessoas estão querendo ver coisas sobre outros assuntos, um descanso de todo esse acúmulo de informações sobre o coronavírus”.

Sobre essa questão, Robson comentou que o trabalho deles “entra justamente aí, para fornecer conteúdo sobre esportes para as pessoas que estão sobrecarregadas, uma espécie de diversão, relaxamento para os amantes de esportes, fornecendo conteúdo que julgamos relevante atualmente”.

Em relação a cortes e redução de salários, Robson declarou que, até onde ele sabe, “não houve nenhuma demissão na equipe inteira do Estadão”.  Em relação a reduções salariais, o jornal assinou um corte de 25% do salário, conforme determinado pela MP 936, o que “não era nenhuma surpresa para ninguém”, segundo o editor.

Outra mudança radical que ocorreu no Estadão foi o processo de deslocamento de profissionais de outras editorias para o Núcleo Corona, criado especificamente para a cobertura da doença. Uma grande parte da equipe de Esportes foi transferida, e atualmente, toda a produção esportiva passa pelos únicos quatro profissionais restantes na editoria: o próprio Daniel Batista, os repórteres Andreaza Galdeano e Ciro Campos e o estagiário Raul Vitor. Robson agora está auxiliando tanto a editoria de Esportes quanto o Núcleo Corona, dividindo suas atividades profissionais em duas áreas diferentes, porém correlatas.

“Não vou negar, essa situação está sendo muito desafiadora. Eu trabalho há cerca de 17 anos, e este com certeza é um dos maiores desafios da minha carreira”, declarou Daniel. “É difícil falar sobre esportes num período em que as competições estão suspensas, ou seja, quase nada acontece, e quando algo porventura ocorre, o fato está relacionado ao coronavírus”.

Nesse sentido, Robson destacou a versatilidade da equipe de esportes: “Os profissionais são versáteis, somos muito requisitados por outras editorias, acho que o próprio tema de esportes contribui muito para o fortalecimento dessa versatilidade”.


Confira as outras matérias da série

Band veta redução de salário de PJs que ganham até R$ 10 mil

Johnny Saad

Johnny Saad, presidente do Grupo Bandeirantes, vetou o corte de 25% no salário de trabalhadores que ganham até R$ 10 mil prestando serviços como pessoa jurídica (PJ). O grupo inclui repórteres, apresentadores, produtores e editores. Profissionais cujo salário é maior a esse valor, sofrerão o corte de 25%. A redução havia sido anunciada na semana passada, mas agora foi barrada pelo presidente.

Segundo o colunista Flávio Ricco, do UOL, Saad considerou que não seria justo tomar tal medida com os profissionais que estão colocando a própria vida em risco, além da de seus familiares, em nome da emissora, para apurar notícias sobre o coronavírus.

Com dívidas e faturamento com patrocínios em queda, os impactos econômicos gerados pela pandemia agravaram ainda mais a crise na Band e fizeram o setor financeiro decretar os cortes de salários, conforme previsto na MP 936. Jonny Saad, porém, vetou e decidiu atrasar o pagamento de parcelas das dívidas da emissora.

ESPN estreia formato “feito de casa” do Bola da Vez

A ESPN Brasil estreia neste sábado (2/5), às 22h, o formato “feito de casa” do programa de entrevistas Bola da Vez, com todos os participantes trabalhando remotamente. Com conteúdo inédito e ao vivo, o primeiro convidado deste novo formato será o técnico uruguaio Diego Aguirre, que já dirigiu o São Paulo e o Internacional. A informação é de Flávio Ricco (UOL).

Segundo a coluna, o canal foi um dos primeiros a produzir conteúdo ao vivo com toda a equipe trabalhando de casa, modelo já adotado em outros programas como SportsCenter, Linha de Passe, BB Debate, Futebol na Veia, Futebol no Mundo e ESPN League. Vale destacar que não só os profissionais que aparecem na frente das câmeras estão de casa, mas a equipe de produção e técnica também.

Confira as últimas informações sobre os cortes de salários nos veículos de comunicação

Em meio à crise econômica gerada pelo novo coronavírus, bem como a aprovação da MP 936, que permite entre outros fatores a redução de salários e de jornadas de trabalho, veículos de comunicação de todo o País estão fazendo cortes e acordos com seus trabalhadores. O Portal dos Jornalistas fez um balanço parcial das medidas que algumas grandes empresas têm tomado. Confira:

O Estado de S.Paulo

Em assembleia online realizada no domingo à noite (26/4) por convocação do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), jornalistas de O Estado de S. Paulo aprovaram, em decisão unânime, o acordo referente às mudanças e reduções no salário e jornada de trabalho. 

Segundo Paulo Zocchi, presidente do da entidade, foi aprovado o aumento da indenização financeira em caso de demissão: a MP 936 propõe multa de 50% do salário, mas o Estadão aceitou 55% do salário mais o proporcional de férias, 13º e FGTS, o que dará um total de aproximadamente 70% do salário.

Por questões práticas, devido às complicações causadas pelo coronavírus, o jornal aprovou também que a garantia de estabilidade de emprego – válida por um ano – passe a vigorar a partir de 1º/5 para que todos possam assinar o documento. Mas esse tópico foi assinado na segunda-feira (27/4) e já está valendo.

Em relação ao auxílio alimentação de R$ 150 por mês aos profissionais em home office, ocorreram algumas mudanças: antes da redução de salário e jornada de trabalho, esse aporte vale para os profissionais que recebem até R$ 7,2 mil. Depois da redução, o auxílio será para quem recebe até R$ 5,4 mil. 

Os outros tópicos que foram acertados são: redução de 25% do salário, a partir do dia 2/5, por 90 dias; contrato coletivo: a empresa impôs controle de jornada às pessoas em home office, com redução de jornada e vedação de horas extras, que serão compensadas dentro do mesmo mês; plano de saúde garantido até 31/12, mesmo em caso de demissão; e reembolso dos gastos dos profissionais em home office.

Paulo Zocchi informou que, até a publicação desta nota, o Sindicato não havia recebido solicitação de negociações com Rede Globo, Record TV, SBT, Band, Folha de S.Paulo e UOL.

Editora Globo

No Grupo Globo, o corte será de 25% nos jornais O Globo, Extra, Expresso e Valor Econômico, e nas revistas Época, Quem, Glamour, Marie Claire, Vogue e Crescer, entre outras. A redução terá validade de três meses e os profissionais que aderirem ao acordo terão estabilidade de emprego até outubro. As férias de maio foram canceladas e haverá controle rigoroso de folgas. A informação é de Leo Dias (UOL).

Em nota divulgada nessa segunda-feira (27/4), jornalistas que atuam nas sedes da editora em Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, informaram concordar com a proposta. A decisão foi confirmada após três assembleias gerais virtuais, mas apesar do acordo, os profissionais repudiaram a maneira como as negociações foram conduzidas pela direção do grupo.

RedeTV

No caso da RedeTV, segundo o colunista Flávio Ricco (UOL), todos os celetistas terão o mesmo corte de 25% em seus salários por três meses. Já os contratados como pessoas jurídicas – grande parte dos apresentadores de programas e telejornais – sofrerão uma redução de 33%, também pelo período de três meses. A medida será aplicada também aos profissionais que recebem valor igual ou superior a R$ 20 mil. Além disso, a suspensão de alguns contratos está sendo analisada.

Editora Abril

De acordo com Paulo Zocchi, presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), a Abril acordou uma redução de 25% no salário de 40 jornalistas, algo em torno de 20% da mão de obra da empresa, integrantes das redações de Casa Cor, Estúdio Abril, Capricho, Guia do Estudante, Viagem e Turismo, Vejinha e Claudia. A revista Veja não foi atingida. Segundo Zocchi, não houve acordo coletivo, foram impostos acordos individuais, cujas regras seguem a MP. 

Grupo RBS

A empresa anunciou em 24/4 uma série de medidas para diminuir os impactos da crise econômica. Segundo o site Coletiva.net, foram demitidos 20 profissionais das redações de RBS TV, Rádio Gaúcha, Zero Hora, Pioneiro e GaúchaZH.

Ao Coletiva.net, o grupo declarou que “está adaptando sua operação ao momento atual para estar preparada frente a um cenário ainda incerto. Todas as decisões têm como objetivo principal manter a sustentabilidade do seu propósito no longo prazo”. A RBS informou ainda que cortes nos salários e nas jornadas de trabalho dos profissionais estão sendo feitos de acordo com as demandas de cada área da empresa.

Fenaj convida jornalistas a homenagearem a cobertura do coronavírus

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) convidou 12 profissionais para gravarem um vídeo elogiando e homenageando os colegas que seguem trabalhando arduamente e expondo suas vidas em risco para trazer as últimas informações sobre o novo coronavírus.

Em texto publicado no site, a entidade diz que abril foi especial pois, “além de celebrarmos nosso dia no calendário, é neste mês de 2020 que a profissão vem sendo profundamente afetada por uma doença e por medidas governamentais que supostamente viriam para proteger o trabalhador”.

O texto também explica que o papel do jornalista é, mais do que nunca essencial no contexto pandêmico atual: “Jornalistas de todo o País foram convocados a responder ao chamado de se manterem nas ruas, independentemente de seus medos, crenças ou relações familiares em jogo. Para exercer esse papel múltiplo, da apuração da informação, da divulgação de dados, de estatísticas, mas também de contar histórias, de vida, de superação e de luto. Uma função que também salva vidas”.

O vídeo contém depoimentos de (na ordem em que aparecem) Leonardo Sakamoto (UOL), Bruna de Lara (The Intercept Brasil), Luís Nassif (Jornal GGN), Elaine Barcellos de Araújo (Rede Pampa – RS), Amanda Audi (The Intercept Brasil), Edilene Lopes (Rádio Itatiaia – MG), Vitor Costa (Record TV – RS), Nonato Albuquerque (TV Jangadeiro – CE), Kátia Brasil (Amazônia Real), Wilson Soler (RPC TV – PR), Laercio Portela (Marco Zero Conteúdo – PE) e Helena Bertho (AzMina), que valorizam o árduo trabalho dos jornalistas que colocam suas vidas em risco para trazer informações sobre o vírus. Os profissionais também pedem à população que, “se possível, fique em casa”.

Confira o vídeo.

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