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quarta-feira, dezembro 24, 2025

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Audi lança série sobre estilo de vida

eis estrela nova campanha da Audi
eis estrela nova campanha da Audi

A Audi e o apresentador e ator Cássio Reis inauguraram a série Audi Destinations. Com o objetivo de apresentar a visão da marca sobre estilo de vida, liberdade e empoderamento, os episódios, quatro no total, trazem os modelos A6, Q7, Q8 e Audi e-tron Sportback em quatro cidades escolhidas para a primeira temporada.

“A série apresenta muito mais que um compilado de episódios sobre carros e destinos”, explica o diretor de Comunicação Cláudio Rawicz. “Mostra de forma bastante emocionante quanto cada momento e caminho seguido é importante. As mensagens representam um verdadeiro manifesto sobre estilo de vida e reencontro com a liberdade, além de reforçarem a importância do momento que vivemos e como queremos que seja nos próximos meses”.

“Acreditamos que os desafios enfrentados no último ano fizeram a gente entender a importância de valorizar cada momento de nossas vidas e de corrermos atrás do nosso destino”, completa Cássio Reis. “Os vídeos e roteiros mostram exatamente como é essa perspectiva a partir de um olhar de estilo de vida e com textos que têm o objetivo de trazer emoção para o público”.

O primeiro filme está disponível desde 15/2 nos canais da marca no YouTube e demais redes sociais. Os próximos episódios serão liberados quinzenalmente.

Audi Destinations – Episódio 1

Os 100 anos da Folha de S.Paulo

Folha de S.Paulo
Folha de S.Paulo

O Jornalismo brasileiro, tão atacado e vilipendiado ultimamente, tem motivos mais do que justos para celebrar este 19 de fevereiro de 2021, que marca o centenário de fundação de nosso maior e mais influente jornal, a Folha de S.Paulo. Por essa razão, Jornalistas&Cia, em parceria com o seu braço online, o Portal dos Jornalistas, dedica esta edição e toda a sua energia para contar um pouquinho da trajetória de perseverança, inquietude, inovação e transformação do jornal, que começou lá em 1921, tendo, entre os fundadores, ninguém menos que Júlio de Mesquita Filho. Isso mesmo, ele, que, ainda jovem, com 30 anos, fez uma breve pausa em sua passagem por O Estado de S. Paulo para fundar a então Folha da Noite, não exatamente um concorrente do jornal de sua família, mas um periódico que, naquele começo, voltava-se para outro público e funcionava quase que como um complemento da atuação editorial do jornal das elites de São Paulo.

Quando decidimos fazer este especial, numa conversa no começo do ano com nosso colaborador Assis Ângelo, ele que por lá trabalhou por alguns anos, de imediato veio à cabeça a ideia de convidar Oscar Pilagallo para a empreitada. Não só pelo relacionamento de anos e proximidade no curso de Jornalismo da Faap, mas principalmente por sua trajetória de 30 anos no jornal e por ser ele uma espécie de cronista da história da Folha, tantos são os projetos que tem liderado no campo da Memória − entre eles História Oral da Folha e livros como O Brasil em Sobressalto – 80 anos de história contados pela Folha (Publifolha, 2002) e História da Imprensa Paulista (Três Estrelas, 2012).

Não poderia ter sido uma escolha mais feliz. Oscar tem essa história decupada na memória e um talento imenso para contá-la, em texto primoroso, sereno e envolvente. Sorte de nossos leitores que poderão ver nas 45 páginas desta edição a história do jornal, em todas as suas variáveis. E, ainda, textos primorosos de colegas como Assis Ângelo, Estela May, Fábio Takahashi, Leão Serva, Magê Flores, Matheus Moreira, Mauro Zafalon e Nair Suzuki, além de uma entrevista com o diretor de Redação Sérgio Dávila sobre os novos caminhos que se desenham para o jornal. Sobre ombros dele foi depositada a responsabilidade de suceder a Otavio Frias Filho, idealizador e principal fiador do Projeto Folha, que mudou o curso do jornal e a história da imprensa brasileira.

Uma edição histórica, que com imenso prazer e alegria compartilhamos com nossos leitores.

Não poderíamos deixar de agradecer às empresas que emprestaram seu apoio a esta edição mais do que especial, engrandecendo-a. Caso de nossos patrocinadores Gerdau, Prevent Senior, Samsung, Vivo e XP Inc, e das organizações 2PRÓ, Aberje, Alubar, BRF, CNH Industrial, Fato Relevante, Febraban, FSB Comunicação, GBR Comunicação, Grupo InPress, Grupo Máquina, I’Max, Imagem Corporativa, Intel, Itaú-Unibanco, Klabin, Prefeitura de São Paulo, RPMA Comunicação, Rhodia – Solvay Group, Uber, Vedacit e XCOM Comunicação.

Parabéns, Folha de S.Paulo! Hoje começa a caminhada rumo ao bicentenário.

Eduardo Ribeiro e Wilson Baroncelli

Leia o especial na íntegra.

Diário do Nordeste anuncia fim de sua versão impressa

Diário do Nordeste

A Editora Verdes Mares, do Grupo Edson Queiroz, anunciou nessa quinta-feira (18/2) que a última edição impressa do Diário do Nordeste vai circular em 28 de fevereiro. A partir dessa data, o veículo terá apenas a versão online. A nova fase 100% digital vai incluir a implementação de um modelo de paywall e assinatura. O jornal foi fundado há 39 anos pelo empresário Edson Queiroz.

A publicação também anunciou novos colunistas: o escritor Lira Neto, a professora Zelma Madeira, o jornalista Xico Sá, o escritor Ruy Câmara, o ator Silvero Pereira, a escritora Socorro Acioli e o ativista e produtor cultural Preto Zezé.

A Federação Nacional de Jornalistas e o Sindicato dos Jornalistas do Ceará lamentaram o ocorrido. Em nota, as entidades escreveram que “o fim da circulação impressa de mais um jornal no Brasil é um duro golpe no direito da população de ser informada. Segundo o projeto Atlas da Notícia, vivemos em um país onde 62% dos municípios não têm cobertura noticiosa. E 15,9% da população carecem de acesso a jornalismo produzido localmente. São 33,7 milhões de brasileiros vivendo nos chamados desertos de notícia. Norte e Nordeste continuam sendo as regiões com maiores concentrações de vazios de cobertura local”.

O estudo Atlas da Notícia, do Projor, detectou em 2020 o fechamento de 272 veículos, e incorporou à base 1.170 novos veículos nativos digitais, a maior parte na Região Nordeste.

Um vinho com Julio Iglesias

Julio Iglesias
Julio Iglesias

Corria o ano de 2008 e eu ocupava, à época, o cargo de editor-chefe do Jornal de Brasília, o mais alto daquela redação. O empresário e ex-senador Paulo Octávio, com quem viria a trabalhar anos depois, era o então vice-governador do DF e me convidou para uma entrevista no programa que Aristóteles Drummond mantinha em um canal regional. Aceitei, com meu habitual bem-humorado mau humor, sem saber o que me esperava.

Após a gravação, que transcorreu sem maiores problemas, me encaminhei ao meu carro, quando o vice-governador me chamou para um evento insólito. “Vamos jantar com o Julio Iglesias?”, disparou. Pensei ter ouvido errado, mas me lembrei que naquele mês de março ele faria um show na capital do País. Não tinha mais compromissos e topei – afinal, iria ver o ídolo da minha mãe. PO, como é conhecido o político Paulo Octavio, entrou no banco carona do meu carro, para minha surpresa (e dos seguranças e de seu motorista). E lá fomos nós para a churrascaria, de uma extinta rede nacional.

Havia, na filial de Brasília, salas reservadas para eventos. Era lá o jantar com o cantor e entourage – um séquito de mulheres de todas as idades, secundadas pelos empresários que bancavam a turnê do espanhol no Brasil. Eu e PO sentamos ao lado de Julio, ele à direita do interprete de Manuela, eu à esquerda. Ao meu lado, o assessor do vice-governador, o queridíssimo Darse Júnior, que deu seus primeiros passos jornalísticos na redação do JBr.

Notei que, na mesa, havia várias garrafas de bebida, em especial três de vinho, das de 1,5 litro. Na época, estava sem beber, pelo quinto ano. PO e Julio Iglesias começaram uma conversa em portunhol sobre dona Sarah Kubitschek, bisavó de seus filhos mais novos e amiga do espanhol. Mas logo o papo morreu. O cantor dispersava-se rápido, mexia com as mulheres, e isso constrangia PO, sempre muito comedido e que quase não bebia.

A certa altura, Julio Iglesias começou a conversar comigo, após PO me apresentar a ele. Como tenho nível intermediário de espanhol, comecei a falar na língua de Cervantes. E fui logo perguntando dos tempos em que ele era goleiro do time júnior do Real Madrid. Seus olhos brilharam e nós dois engatamos um papo sobre futebol, política e morenas, três paixões que vimos que eram comuns.

Já embebido no vinho, que mais tarde eu descobriria ser francês, Julio Iglesias começou a me elogiar para todos, sem que eu soubesse o porquê.  Virava para PO e dizia “Paulo, este hombre es un genio”, o que denotava claramente seu estado etílico, pois, para mim, apenas falávamos platitudes. E, a certa hora, ele insistiu: “Jorge, prueba este vino”. Olhei para a garrafa e lá estava escrito o que eu não esperava: Château Margaux, 1982. Vinho que jamais teria dinheiro ou paladar para beber.

O dilema era de fácil solução: eu ia beber. Não havia outro jeito. Não dava para ignorar a oferta, quem oferecia e nem a qualidade do que seria degustado. Eu e Darse nos servimos e, ao provar, decidi que aquilo é que era bebida. Não ia tomar algo assim nunca mais, mas certamente voltaria a apreciar um bom vinho, com moderação – algo que fiz regulamente até a Covid quase me matar, em agosto do ano passado.

Sorvemos algumas taças, até que Julio Iglesias deu PT – a famosa perda total. Foi preciso levá-lo até um táxi e o encarregado de ampará-lo fui eu… Braço embaixo da axila esquerda e mão na direita, conduzi o megastar até o carro, que o levou ao hotel. Não sem antes ser intimado a ir ao show e ouvir ele dizer a PO, por umas dez vezes, que eu era um gênio – e até hoje eu acho que foi o Margaux que o convenceu disso.

Entrei no meu carro, deixei PO com seus motoristas e seguranças e fui para casa, contar aquela noite doida para Andreia Salles, jornalista e minha esposa. Cheguei a cantarolar Hey por breves momentos, mas logo me concentrei no som do carro. Não era época de Spotify, não tinha CD dele no carro e era bom cuidar do volante depois de me inebriar com Margaux em seu chateau…

Mas, ao chegar, mudei de ideia e liguei para minha mãe, contando do jantar. E levei uma bronca: “O senhor, hein… nem para pegar um autógrafo para mim”. Essa dona Nair era fogo!


Jorge Eduardo Antunes

A história desta semana é de outro estreante no espaço, Jorge Eduardo Antunes, ex-diretor de Comunicação das Organizações Paulo Octávio e ex-editor chefe do Jornal de Brasília, entre outros, atualmente titular do programa Ponto e Vírgula, na Rádio JK FM, da Capital Federal.


Tem alguma história de redação interessante para contar? Mande para [email protected].

Leia outras histórias:

Mariana Godoy e Sergio Aguiar vão comandar matutino da Record TV

Mariana Godoy
Mariana Godoy e Sergio Aguiar

Antônio Guerreiro, chefe do Jornalismo da Record, contratou Mariana Godoy (ex-Band) para apresentar o Fala Brasil ao lado de Sergio Aguiar. Com reestreia marcada para 22/2, o telejornal será repaginado e os atuais âncoras serão reacomodados em novos projetos. Salcy Lima passará para a reportagem de rua e bancada do Jornal da Record, Roberta Piza, quando retornar da da licença-maternidade, iniciará um projeto aos sábados, e Celso Zucatelli será transferido para o núcleo artístico.

O formato do Fala Brasil será reformulado, no intuito de deixá-lo com um aspecto mais jornalístico, mas manter seu estilo “popular”, marca do programa. A ideia é ter mais interação com o telespectador, e priorizar notícias ao vivo.

Ex-Globo e Rede TV, Mariana foi contratada pela Band em junho de 2020, inicialmente para apresentar um programa matinal, mas depois foi deslocada para as noites de segunda-feira. Em setembro, estreou no comando do talkshow Melhor Agora, que acabou sendo cancelado após menos de três meses no ar. Posteriormente, Mariana contraiu a Covid-19 e teve que se afastar por um tempo. Retornou ao trabalho, mas logo pediu nova licença ao canal para cuidar da saúde, pois estava sofrendo de ansiedade. Em janeiro deste ano, anunciou sua saída da emissora.

Mané de Oliveira morre em Goiânia

Mané de Oliveira morre em Goiânia
Mané de Oliveira

Morreu em 13/2, em Goiânia, aos 80 anos, o jornalista esportivo Manoel José de Oliveira, conhecido como Mané de Oliveira. Ex-deputado estadual, ele estava desde setembro do ano passado em tratamento contra um câncer de pulmão, fígado e intestino.

Nascido em Pires do Rio, a 146 quilômetros de Goiânia, Mané atuava na crônica esportiva e tornou-se um dos comentaristas mais populares de Goiás. Eleito deputado estadual em 1986 e 2014, foi nas duas vezes o parlamentar estadual mais bem votado. Voltou à política depois da morte de seu filho, o radialista Valério Luiz, assassinado a tiros em 2012 quando saía da rádio onde trabalhava, em Goiânia. Desde então, passou a lutar pela realização do julgamento dos criminosos, que ainda não ocorreu. Deixa esposa, sete filhos e netos.

O velório foi realizado no Ginásio de Campinas, no Setor Campinas, e o sepultamento, no Cemitério Jardim das Palmeiras.

Mané recebeu muitas homenagens de fãs pelas redes sociais. O ex-governador Marconi Perillo (PSDB), foi um dos que lembrou do radialista em seu perfil do Instagram. “Goiás perdeu uma de suas grandes vozes. Sempre preocupado com as pessoas mais carentes, Mané tinha uma aguçada sensibilidade social. Falava a língua do povo e deixa uma grande legião de ouvintes, telespectadores e admiradores. Perdi um grande amigo, um companheiro leal e sincero. Que Deus conforte a sua família e amigos.”

Escritas pretas apresenta literatura ativista

Escritas pretas
Nankupé Tupinambá participa do painel A lei escrita

A Feira Literária de São Gonçalo (Flisgo) realiza de 19 a 21/2 o seminário Escritas pretas, online e gratuito. O evento reúne pesquisadores, professores, escritores e artistas, que palestram ou ministram oficinas, com uma reflexão sobre as relações étnico-raciais de matriz africana e indígena.

Escritas Pretas é uma ação afirmativa e inclusiva da autoria negra e indígena que dinamita preconceitos e estereótipos veiculados pela literatura canônica, consolidando um campo de estudos linguísticos para o literário que reconhece especificidades a partir da criação de redes de diferença fundamentadas na similaridade de experiências históricas, existenciais, identitárias, raciais e étnicas”, contou o organizador da Feira Alberto Rodrigues para Irma Lasmar do jornal O Dia.

Hoje (19), às 20h, o Nankupé Tupinambá participa do painel A lei escrita. Jornalista que colabora com publicações na internet, é graduado em Filosofia e faz mestrado em Temáticas Indígenas, na Bahia.

No sábado, a Ana Cruz, que tem formação no Jornalismo, mas hoje se dedica à literatura ativista, participa, às 20h, do painel Educação e racismo.

Escritas pretas
Ana Cruz é autora de literatura ativista

O encontro está no Instagram e no canal Q-Cria! no YouTube.


Confira a programação da Flisgo abaixo:

19/2 – Sexta-Feira

  • 10h – Oficina de Escrita
  • 13h – Mostra de Texto
  • 15h – Abertura
  • 16h – Painel Escrita da Fé
  • 18h – Painel Historicidade da Escrita
  • 20h – Painel A Lei escrita: Poder e Representatividade

20/2 – Sábado

  • 10h – Oficina
  • 13h – Mostra de arte indígena
  • 15h – Entrevista
  • 16h – Painel Escritas e Arte
  • 18h – Painel Narrativas Negras e Indígenas: a perspectiva autoral e social
  • 20h – Painel Educação e Racismo: Escrita negra e indígena como estratégia de intervenção.

21/2 – Domingo

  • 10h – Oficina
  • 13h – Mostra “Lembranças de um carnaval”
  • 15h – Entrevista
  • 16h – Painel A escrita do samba

Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação é prorrogada

Pesquisa Mega Brasil é prorrogada

A Mega Brasil Comunicação prorrogou em uma semana, até 26/2, o prazo para o preenchimento da Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação, que se encerraria hoje (19/2). Ela é aberta às agências de todo o País, de qualquer porte, e serve de base para a produção dos indicadores setoriais e do Ranking das Agências de Comunicação do Anuário da Comunicação Corporativa

São aproximadamente 30 questões sobre itens como investimentos, expectativas, desempenho, número de colaboradores, faturamento, principais áreas de atuação, entre outros.

Vale ressaltar, segundo explica Maurício Bandeira, diretor do Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas e coordenador da Pesquisa Mega Brasil desde a sua criação, “que graças a essa pesquisa sabe-se hoje que o mercado brasileiro conta com perto de 1.600 agências e que faturou cerca de R$ 2,3 bilhões em 2020”.

O resultado consolidado e o ranking serão publicados na edição 2021 do Anuário, publicação que conta com o apoio institucional de Aberje e Abracom e que é dirigida por Eduardo Ribeiro e Marco Rossi, com consultoria de Adriana Teixeira (editora executiva da publicação nos últimos anos).

O preenchimento da pesquisa pode ser feito em www.megabrasil.com.br/anuario2021. Outras informações e dúvidas podem ser encaminhadas à Bianca Dornellas, pelo endereço [email protected].

LiveSports contrata Fábio Seixas

LiveSports
LiveSports
Da esquerda para a direita: João Palomino, Fábio Seixas e Nilson Fujisara

Fábio Seixas é o novo diretor de Conteúdo do serviço de streaming esportivo LiveSports. Ele também está à frente das produções realizadas para os clientes da empresa, que recentemente fechou parcerias com a Liga Paulista de Futsal e o Cruzeiro Esporte Clube.

Ao longo da carreira, Seixas cobriu importantes eventos esportivos, como 150 GPs de Fórmula 1, finais da NBA, Jogos Pan-Americanos, Copas do Mundo e Olimpíadas. Graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, com mestrado em Sports Management pela London Metropolitan University, ele tem passagens por Rádio Trianon, Folha de S.Paulo,  SporTV, Globo, UOL, Rádio Bandeirantes e BandNews FM, além de ter colaborado para revistas da Itália e do Japão. Até dezembro, era head of Publishing & Programming no DAZN.

A LiveSports é um serviço live streaming para eventos esportivos, encontros corporativos e entretenimento. Responsável desde a captação, no local do evento, o streaming, a bilhetagem e a segurança, até os olhos e a paixão dos fãs e fanáticos. Foi criada em setembro de 2020 por João Palomino, ex-VP de Conteúdo e Produção da ESPN; e Nilson Fujisawa, CTO da Lineup, uma das principais fornecedoras de equipamentos e soluções do mercado televisivo.

Trabalhadores da EBC denunciam novos casos de censura

EBC
EBC

Em carta publicada em 11/2, trabalhadores da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que reúne Agência Brasil, TV Brasil e Rádio Nacional, denunciaram novos episódios de censura e reafirmaram o caráter público da empresa.

O documento, aprovado em assembleia virtual pelos funcionários, pede para que os atuais gestores da empresa respeitem os objetivos e os princípios constitucionais da lei que a criou, que diz que a EBC deve ter “autonomia em relação ao Governo Federal para definir produção, programação e distribuição de conteúdo no sistema público de radiodifusão”, algo que, segundo eles, não vem acontecendo.

O texto repudia a possível interferência do governo Bolsonaro no conteúdo publicado nas plataformas da empresa, que busca “camuflar e blindar o atual governo de quaisquer polêmicas”, evitando citar temas como “as incompetências administrativas de ministérios chefiados por militares, o desmatamento da Amazônia, o negacionismo científico sobre a Covid-19, além de ausência de cobertura humanizada, com histórias de perdas familiares relacionadas à pandemia”. A carta cita casos mais recentes, como a falta de oxigênio em Manaus e a primeira pessoa vacinada no Brasil, pautas que não puderam ser divulgadas pela empresa.

Os funcionários denunciam que tais interferências afetam significativamente o papel jornalístico da empresa: “Em alguns poucos casos, a insistência do profissional com a pauta rende uma matéria sobre esses temas, desde que não contenha críticas ao governo”. Os mecanismos de censura incluem atraso de horas na publicação de reportagens, conteúdos colocados no ar sem os metadados necessários para que eles apareçam em mecanismos de busca como o Google, perseguição a jornalistas, com direito a mudança compulsória de setor, entre outros.

A carta revela que “repórteres recebem pautas vexatórias ou absurdas, com destaques, enfoques e temas favoráveis ao governo ou que apenas promovem a imagem do presidente e de ministros de Estado. Vozes dissonantes – incluindo presidentes e autoridades dos Poderes Judiciário e Legislativo – são silenciadas. Jornalistas são constrangidos diariamente a ignorar assuntos relevantes do dia ou fazer uma abordagem superficial que não desagrade”.

Casos anteriores de censura

Essa não é a primeira vez que a EBC sofre com censura e interferência do governo atual. Em novembro de 2020, Carlos Alberto Vilhena, procurador federal dos Direitos do Cidadão, avaliou que pode caracterizar como ato de improbidade administrativa a saudação a Bolsonaro durante a transmissão do jogo entre Brasil e Peru na TV Brasil, em 13 de outubro. Ele citou o artigo 37 da Constituição Federal, que prevê que “atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverão ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, deles não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores público”.

Em setembro do ano passado, os trabalhadores da EBC, ao lado de sindicatos de jornalistas e da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) divulgaram o 2º Dossiê Censura EBC, denunciando casos de interferência e propaganda do governo, algo que, segundo o documento, acontece desde 2016, mas foi agravado sob a gestão Bolsonaro.

E em novembro de 2019, jornalistas da EBC enviaram carta para a direção da emissora questionando a demora em noticiar o pronunciamento de Jair Bolsonaro sobre os desdobramentos da investigação do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. O texto afirmou que a EBC publicou brevemente algo sobre o assunto cerca de 15 horas após a fala do presidente. Vale lembrar que em agosto do mesmo ano uma rápida exibição da imagem da vereadora assassinada em um programa da TV Brasil resultou na demissão do diretor da atração e na saída do programa da grade da emissora.

Leia a carta aberta dos funcionários da EBC na íntegra:

Carta aberta à sociedade brasileira em defesa da Empresa Brasil de Comunicação

Nós, trabalhadores da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), vimos por meio desta carta aberta reafirmar o caráter público da empresa e exigir que os atuais gestores RESPEITEM os objetivos e os princípios constitucionais da lei que criou a Empresa.

Em seu artigo 2º, parágrafo 8º, a Lei nº 11.652/2008, afirma que a empresa deve ter “autonomia em relação ao Governo Federal para definir produção, programação e distribuição de conteúdo no sistema público de radiodifusão”, a base da comunicação pública.

A Lei da EBC foi aprovada para aplicar o artigo 223 da Constituição, que estabeleceu “o princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal”.

Por lei, os veículos da EBC devem difundir e promover a cidadania, a diversidade e a pluralidade.

Não podemos servir de instrumento para propaganda e promoção pessoal de presidentes ou de governos, como tem sido atestado em inúmeros relatórios produzidos por seus empregados.

Ao longo de 2020, listamos grande volume de episódios de censura no 2º Dossiê de Censura e o relatório da Ouvidoria Cidadã da EBC, lançada em dezembro pela Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública, detalhou casos de governismo e desrespeito à lei em conteúdos veiculados.

A nova gestão altera o organograma e cria novos cargos para abrigar apaniguados.

Enquanto isso, a programação própria dos veículos da EBC é reduzida a quase nada e feita sem nenhum investimento. Não há mais incentivo para a produção independente. A empresa produz programas encomendados pela Esplanada e pelas Forças Armadas – que, inclusive, se regozijou premiando um deles, o Faróis do Brasil. Outra imoralidade é a injeção de dinheiro público em emissoras privadas. Saiu no jornal que a EBC negocia a compra de “Os dez mandamentos”, a novela bíblica da Record, para ser exibida na TV Brasil.

O próprio diretor-presidente da EBC, Glen Lopes Valente deu declarações que contrariam os princípios de comunicação pública previstos na lei. Em tom de comunicação institucional, sua fala foi publicada na Agência Brasil no dia 19 de novembro, na matéria “EBC participa do 10º Encontro de Gestão de Custos do Setor Público”: “Brinco que a gente tem um conglomerado de comunicação. A gente tem plataforma de rádio, televisão, internet e a gente está maximizando todas essas plataformas para fazer a comunicação de tudo que acontece no governo”.

São inúmeros os casos de interferência na pauta jornalística e na grade das emissoras de rádio ou da TV Brasil. Tivemos alterações profundas em programas que são patrimônio da TV pública, como o Sem Censura, há 35 anos no ar. Um marco por ampliar o debate na sociedade no pós-ditadura, o Sem Censura foi totalmente reformulado em 2020 e saiu da grade no fim do ano passado.

Registramos também a edição do programa Antenize para retirada de uma imagem de Marielle Franco; a censura ao Alto-Falante, da Rede Minas, que não foi ao ar por conter clipe de Arnaldo Antunes falando sobre milícia, autoritarismo, tortura e terraplanistas.

A diversidade, uma marca da TV Brasil, que já teve uma jornalista negra, Luciana Barreto, entre os seus âncoras, também sofre. Não se pode fazer qualquer menção ao público LGBTI.

Todos os esforços dessa gestão são contrários e desencorajadores da comunicação pública, assim como em igual medida buscam camuflar e blindar o atual governo de quaisquer polêmicas.

A empresa negligencia, ainda, a cobertura da pandemia de Covid-19, dando dados descontextualizados e não acompanhando a evolução da doença no Brasil. A TV Brasil ignorou a falta de oxigênio em Manaus e as Redes Sociais não puderam noticiar a primeira pessoa vacinada contra à Covid.

Outros assuntos sequer foram pautados, como as incompetências administrativas de ministérios chefiados por militares; o desmatamento da Amazônia; o negacionismo científico sobre a Covid-19; além de ausência de cobertura humanizada, com histórias de perdas familiares relacionadas à pandemia e demandas de movimentos sociais. Em alguns poucos casos, a insistência do profissional com a pauta rende uma matéria sobre esses temas, desde que não contenha críticas ao governo.

Censura e governismo

São utilizadas diferentes táticas de censura, como o atraso de horas na publicação de reportagens e conteúdos colocados no ar sem os metadados necessários para que eles apareçam em mecanismos de busca como o Google. Ou seja, as reportagens desaparecem.

O jornalismo é o alvo central de decisões autoritárias e colegas têm sofrido perseguição até com mudança compulsória de setor. Repórteres recebem pautas vexatórias ou absurdas, com destaques, enfoques e temas favoráveis ao governo ou que apenas promovem a imagem do presidente e de ministros de Estado.  Vozes dissonantes – incluindo presidentes e autoridades dos Poderes Judiciário e Legislativo – são silenciadas. Jornalistas são constrangidos diariamente a ignorar assuntos relevantes do dia ou fazer uma abordagem superficial que não desagrade.

Destacamos o vergonhoso episódio de transmissão da seleção brasileira de futebol, no qual o narrador saudou o presidente Bolsonaro. Além desse evento, há outros sem nenhuma relevância, como a participação do presidente em jogo beneficente, em infindáveis formaturas militares ou nos mais de 10 minutos em que Bolsonaro apareceu ao vivo acenando para carros em uma rodovia.

As redes sociais foram apropriadas para fazer propaganda governamental, com publicações coordenadas em todos perfis da casa de assuntos de interesse do governo – como a campanha do PIX – e com conteúdo sem nenhuma relação com as emissoras públicas Lembramos também o fim do perfil EBC na Rede e o apagamento de publicações antigas. Além de orientações de censura prévia, com a divulgação de lista de assuntos permitidos para publicação e o veto a assuntos “sensíveis”. Entre eles, o caso Beto Freitas, brutalmente assassinado no Carrefour em Porto Alegre, e matérias relacionadas à Pandemia da Covid-19.

Esses episódios poderiam ser caracterizados como crime contra o princípio constitucional da impessoalidade na administração pública, já que não é permitido o uso de meios de comunicação públicos ou estatais para promoção pessoal.

Ataques à EBC e a seus funcionários

Convivemos com a permanente ameaça de fechamento de emissoras históricas de rádios e a privatização da própria EBC.

RESSALTAMOS que extinguir a empresa deixaria órfãs 7 mil rádios por todo o país. As emissoras baixam conteúdo diariamente da Radioagência Nacional, que publica uma média de 80 matérias por dia para utilização gratuita. Também deixaria sem conteúdo qualificado um número incalculável de veículos pelo país que reproduzem fotos e notícias gratuitamente da Agência Brasil.

Em meio a uma pandemia que manteve as pessoas em casa, precisamos lembrar que a TV Brasil tem a maior programação infantil em canal aberto e um dos mais premiados programas de jornalismo da televisão brasileira: o Caminhos da Reportagem. A emissora também exibe shows e apresentações de artistas que não têm espaço nos canais privados.

Não poderíamos deixar de mencionar a necessidade de uma política de valorização profissional, como a aprovação do Plano de Cargos e Salários, do Acordo Coletivo de Trabalho para 2021 e a redução de jornada de 1 hora para as mães que amamentam – realidade em empresas públicas como a Embrapa, o Inep, tribunais superiores e o Congresso Nacional.

A luta pelo fim do chapa-branquismo

O pedido dos empregados e empregadas da EBC para 2021 é que possamos ser referência em jornalismo e voltar a fazer programas de rádio e de TV de excelência. Queremos ter orgulho de trabalhar na EBC e em todos os seus veículos e setores.

Convidamos, mais uma vez, o Ministério Público Federal (MPF) a cumprir a sua função de fiscalizar a Lei da EBC e o uso abusivo e reiterado dos veículos públicos para promoção pessoal do presidente da república, seus ministros e de seu projeto político.

Reiteramos: não servimos a interesses de governo, qualquer que seja ele, nem para promoção pessoal de figuras públicas ou proselitismo. Esse não é nosso papel e repudiamos a insistente interferência do governo federal nas redações da empresa. Assim como repudiamos e nos envergonhamos com a passividade de parte dos atuais gestores – concursados – que aceitam esse papel e pressionam colegas a se submeterem.

A EBC NÃO PERTENCE AO GOVERNO!  A EBC É DO POVO!

Entenda como funciona a EBC

A EBC é responsável por sete emissoras de rádio (Nacional FM Brasília; Nacional Brasília AM, Nacional Rio AM, Nacional Alto Solimões AM, Nacional da Amazônia, MEC FM Rio, MEC AM Rio) e duas retransmissoras (MEC AM Brasília e Nacional Alto Solimões FM), pela TV Brasil e produz, além do conteúdo jornalístico, programas de entretenimento e culturais.

A empresa responde também pela formação da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), atualmente consolidada com 33 emissoras de TV afiliadas e 11 de rádio.

Tem, ainda, duas agências públicas de notícias: a Agência Brasil e a Radioagência Nacional.

Por meio de contrato firmado com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, cabe à EBC Serviços produzir a TV Brasil Gov, A Voz do Brasil e gerenciar a Rede Nacional de Rádio, além de licenciar os programas dos veículos da EBC, fornece monitoramento e análise de mídias sociais e realiza todo o trabalho de publicidade legal para os órgãos federais.

Carta aprovada por unanimidade em assembleia pelos empregados e empregadas da EBC

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