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Pesquisa analisa “cancelamento” no mundo corporativo

Cancelamento digital
Cancelamento digital

A Porter Novelli promoveu uma pesquisa no Estados Unidos para avaliar o impacto do cancelamento corporativo nas empresas. O levantamento trouxe um compilado das principais razões que levam as pessoas a “cancelarem” uma marca nas redes sociais e apontou ferramentas e ações para reverter essa onda negativa.

Pesquisa analisou a cultura do cancelamento no mundo corporativo
Pesquisa analisou a cultura do cancelamento no mundo corporativo

O estudo Cultura do Cancelamento Corporativo mostra que o intuito desse cancelamento massivo não é uma ‘aversão gratuita’. Ele é encarado como uma forma de chamar atenção das marcas para 69% dos entrevistados.

Segundo a pesquisa, os consumidores entendem que são eles que ditam as novas regras. 72% dos ouvidos pela agência se sentem mais capacitados do que nunca para compartilharem seus pensamentos ou opiniões sobre as empresas, e 64% usam redes sociais, hashtags e afins para darem esse feedback.

Mesmo a fidelidade e o apreço por uma marca ou seus produtos, não isentam as empresas desse turbilhão digital. De acordo com 66% dos entrevistados, mesmo que amem os produtos ou serviços de uma empresa, ainda a cancelariam se ela fizesse algo errado ou ofensivo.

Há, porém, uma maior tolerância para aquelas empresas com um propósito autêntico, que tendem a se saírem melhor diante do olhar atento e crítico do consumidor. Quase três quartos (73%) assumem que têm menos probabilidade de cancelar uma empresa se ela for guiada por propósitos genuínos.

Sobre o impacto desse tipo de ação, 34% dos entrevistados acreditam que a cultura do cancelamento é boa para a sociedade, já que induz empresas ou indivíduos a reconhecerem o mau comportamento ou erros. Mas eles também admitem excessos, e 30% acham que o tal cancelamento tem sido usado de forma indiscriminada.

Entre as razões que levam uma empresa ou marca a serem rechaçadas há mais coesão. A maioria está relacionada às questões sociais e conectadas com minorias. Sete em cada 10 disseram que estariam dispostos a cancelar uma marca se ela dissesse ou fizesse algo ofensivo em relação à justiça racial. Outros 69% apontariam empresas que violassem os direitos da mulher, e outros 61% desprezariam empresas que minimizassem questões ligadas à imigração.

Há unidade também em temas relacionados ao dia a dia dos cidadãos: 68% cancelariam empresas que quebrem protocolos relacionados a COVID-19 ou que cometam deslizes relacionados às questões climáticas (57%).

Temas que motivam cancelamento corporativo:

  • 70% – Justiça racial
  • 68% – Quebra de protocolos da COVID-19
  • 61% – Imigração
  • 57% – Mudanças climáticas / meio ambiente
  • 57% – LGBTQIA+
  • 57% – Religião
  • 54% – Política

A pesquisa também apontou uma série de ações que teriam mais chance de sucesso na luta das empresas para contornar uma crise de cancelamento. A maioria dos ouvidos (79%) diz que, provavelmente, “descancelaria” uma empresa se essa organização se desculpasse e se comprometesse a fazer mudanças.

O que fica claro é que o ‘discurso’ deve ser parte desse processo, mas que ações práticas são fundamentais. Quando questionados sobre as ações específicas que as empresas podem realizar para melhorarem sua imagem após um cancelamento público, a maioria citou fazer uma declaração pública de desculpas (43%) e esclarecer a situação (41%). Outros 40% disseram que as empresas devem ir além de uma declaração e trabalhar para criar programas e políticas internas para realizarem as mudanças necessárias.

Caminhos para empresas serem “descanceladas”:

  • 43% – Declaração pública de desculpas
  • 41% – Esclarecimento da situação
  • 40% – Programas e políticas internas para realizar as mudanças necessárias
  • 33% – Demissão da pessoa responsável por fazer a declaração ofensiva
  • 20% – Alteração de marca e / ou representação externa
  • 17% – Doação para uma organização sem fins lucrativos relevante

“O cancelamento é uma postura extrema, uma disfunção das redes sociais, que tende a se agravar à medida que o diálogo com as marcas não se efetiva”, destaca Eraldo Carneiro, head de Gestão de Reputação e Propósito na InPress Porter Novelli, representante da rede Porter Novelli no Brasil. “Assim como os americanos, os brasileiros – um dos maiores consumidores de mídias sociais do mundo – entenderam que o cancelamento público é uma forma de expressar seu descontentamento, de mostrar sua desaprovação e forçar mudanças. Cabe às marcas e empresas serem coerentes com seus valores, reconhecerem seus erros, se for o caso, e mudarem suas atitudes. Para algumas, o cancelamento pode tornar-se uma oportunidade de rever seu comportamento”.

O estudo Cultura do Cancelamento Corporativo foi realizado de 4 a 6 de dezembro de 2020, com uma amostra total de 1.004 adultos nos Estados Unidos.

Austrália aprova lei que obriga gigantes de tecnologia a pagarem por conteúdo jornalístico

O Senado australiano aprovou nesta quinta-feira (25/02) a nova lei de mídia que obriga empresas de tecnologia a pagarem pelo conteúdo jornalístico compartilhado em suas plataformas. É a primeira lei no mundo que regulamenta as plataformas digitais.

A nova regulamentação entra em vigor após semanas de tensão, negociações e até mesmo declarações de guerra entre gigantes como Facebook e Google e o primeiro-ministro da Austrália Scott Morrison.

Apesar de a nova lei de mídia defender e valorizar o trabalho da imprensa, especialistas acreditam que o governo cedeu em alguns pontos importantes, “favorecendo”, de certa forma, as empresas de tecnologia, pois a versão final do texto não impede que Facebook ou Google, por exemplo, removam notícias caso não cheguem a acordo com as empresas jornalísticas no futuro.

Austrália

A aprovação é apenas mais um passo na longa história que promete mudar o relacionamento entre as plataformas digitais e o jornalismo em todo o mundo, não apenas na Austrália. Outros países aceleram seus planos de implantar novas leis, como o Reino Unido e o Canadá.

Na União Europeia, a Microsoft anunciou uma aliança com veículos jornalísticos para garantir que eles sejam remunerados pelo uso do conteúdo que produzem, em moldes semelhantes à lei de mídia australiana.

Leia mais sobre o assunto em MediaTalks by J&Cia.

Abraji estreia programa de entrevistas com Marcelo Beraba

Abraji

Marcelo Beraba estará à frente do programa de entrevistas Jornalismo Essencial – Diálogos, da Abraji, a partir de 2/3, às 19 horas. Com frequência quinzenal, o fundador e primeiro presidente da entidade receberá a cada programa um profissional para conversar sobre reportagens investigativas. O programa, que terá 1 hora de duração e será dividido em três blocos, será transmitido pelos Instagram, Facebook e YouTube da Abraji.

O objetivo do programa é discutir os pontos de inflexão na carreira de repórter e os desafios para realizar apurações mais robustas no contexto brasileiro. Antes de cada entrevista, a Abraji vai divulgar as matérias que serão discutidas no programa.

Sobre o projeto, Beraba acredtia que “a melhor resposta que podemos dar aos que tentam sufocar as redações e calar os jornalistas é aprimorar cada vez mais nossas técnicas de apuração, tornando nossas reportagens essenciais, indispensáveis”.

O primeiro convidado é Rubens Valente, colunista do UOL e vencedor de 17 prêmios internacionais e nacionais. Ele é autor dos livros Operação Banqueiro: As provas secretas do caso Satiagraha (2014) e Os fuzis e as flechas (2017).

Em reportagem publicado em dezembro do ano passado, Valente escreveu sobre uma agência contratada pelo governo federal para monitorar o comportamento de 77 jornalistas e outros formadores de opinião nas redes sociais, classificando os influenciadores como “detratores”, “neutros informativos” e/ou “favoráveis”.

LLYC fatura mais de 44 milhões de euros em 2020

LLYC
LLYC

A LLYC divulgou na última semana seus resultados globais em 2020. Eles indicam que os ingressos totais alcançaram 44,3 milhões de euros (40,2 milhões de euros no critério de honorários), com um EBITDA recorrente de 8,5 milhões de euros. O impacto das taxas de câmbio em operações como Brasil, México e Argentina levou as cifras de faturamento a um patamar ligeiramente abaixo do de 2019, quando a firma obteve os melhores resultados de sua 

Sem o efeito da desvalorização das moedas latino-americanas e a taxas de câmbio constantes, a LLYC manteve seu volume de negócios e superou o exercício com um fortalecimento de sua liquidez. A consultora resistiu aos efeitos da crise sem se endividar e sem adotar medidas de ajuste laboral. A firma segue avançando nos compromissos de seu atual Plano Estratégico, que inclui um ambicioso objetivo de crescimento e foco constante nas necessidades de seus clientes. 

Nesse sentido, o sócio-fundador e presidente José Antonio Llorente sinalizou que “o entorno atual é complexo e supõe, sem dúvida, um período difícil, que significa desafios enormes, mas na LLYC olhamos para a frente com vontade de seguir crescendo, investindo em nossa empresa e em nossos profissionais para oferecer o que nossos clientes necessitam e esperam de nós. Felizmente, pudemos manter boas cifras de atividade e proteger a nossa equipe de profissionais, aos quais quero agradecer e reconhecer o esforço enorme que realizaram durante os últimos meses, demostrando uma grande capacidade de trabalho, criatividade, agilidade e espírito coletivo”.

Atualmente a LLYC conta com escritórios próprios na Europa (Espanha, Portugal), América Latina (Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, México, Panamá, Peru, República Dominicana) e Estados Unidos (Miami e os Latam Desk de Nova York e Washington). Em 2020, as operações da LLYC na América contribuíram com 52% dos ingressos da empresa e as da Europa, com 48%. Destacam-se os crescimentos de Portugal (9%), Colômbia (8%) e Argentina (20%).

New York Times cria aplicativo de notícias positivas

O New York Times lançou um aplicativo para a plataforma de comunicação empresarial Slack. Disponível desde 11/2, o app foi projetado para ajudar a promover conversas sobre as notícias positivas e divertidas veiculadas no jornal.

O aplicativo é parte de uma exploração maior do New York Times para alcançar novos públicos. Além de recomendar leituras diárias, com curadoria pessoal de um dos editores de audiência do Times, o mecanismo alerta o usuário quando uma notícia compartilhada já foi replicada por outras pessoas. O objetivo é comunicar que o assunto é de interesse de outras pessoas e pode gerar conversas saudáveis no local de trabalho.

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Celso Chagas é novo editor da Brasil Energia

 

A revista Brasil Energia tem novo editor. Celso Chagas assumiu em dezembro a edição digital da revista, em substituição a Lívia Neves, que deixa a empresa para conduzir projetos pessoais. Ele se junta à equipe de editores composta por Felipe Salgado, Fábio Couto e Rosely Fagundes.

Chagas é bacharel em Direito pela Estácio e em Comunicação Social pela Gama Filho; pós-graduado em Comunicação Integrada pela ESPM, e com MBA em Gestão da Inovação na FGV-RJ. Começou como repórter no jornal O Dia, e passou depois por redações e assessorias, como a da CNC (Confederação Nacional do Comércio). Também é músico, vocalista do bloco de Carnaval Desliga da Justiça, que desfila (desfilava, antes da pandemia) com membros do Judiciário e jurídicos em geral.

editora Brasil Energia é independente e especializada nos segmentos de energia, petróleo e gás, eólica e solar. Mantém diversas publicações, como a versão em inglês da revista, que transmite newsletter diária a assinantes e circula edição impressa nos eventos do setor.

Rio TV Câmara lança newsletter e podcast

O programa trata de temas que marcam a cidade, numa conversa com vereadores e especialistas, e tem um formato que favorece a escolha da emissora para investir em novas plataformas. Segundo o relatório publicado em outubro do ano passado pela Deezer, o consumo de podcasts no Brasil cresceu 177% em sua plataforma, no período de 12 meses. Atualmente, o País é o segundo maior mercado do mundo para podcasts, atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com a Podcasts Stats Soundbite.

Hélio Araújo, diretor-geral da Rio TV Câmara, vê como público-alvo desses novos produtos de mídia os moradores do Rio interessados em acompanhar as decisões dos vereadores nas sessões plenárias, os projetos votados e as principais notícias da cidade.

Para ouvir e acompanhar o podcast da Rio TV Câmara, basta acessar anchor.fm/riotvcamara. Já para inscrever-se na newsletter, o endereço é bit.ly/Newsletter-RioTV. A TV também está no Facebook, Instagram, Youtube e Twitter.

ABI e Fenaj homenageiam jornalistas mortos pela Covid

Levantamento da Fenaj mostra que, até janeiro, 94 jornalistas brasileiros morreram afetados pela Covid-19, sendo Amazonas e São Paulo os estados com o maior número de vítimas. Segundo a ONG suíça Press Emblem Campaign, que acompanha a ocorrência do coronavírus entre jornalistas, o Brasil é o segundo país no mundo com o maior número de profissionais mortos pela Covid, atrás apenas do Peru.

Nos Bosques da Memória, cada árvore representa uma vítima da pandemia como um símbolo de vida e esperança. No plantio dos jornalistas foram homenageados, por exemplo, o gaúcho José Silveira, que fez carreira no Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro, tendo se destacado por sua atuação contra a censura durante a ditadura. O mineiro Jesus Chediak, da área de cultura e que também foi integrante da ABI, deu seu nome a um ingá banana.

Familiares dos jornalistas plantaram mudas de espécies nativas da Mata Atlântica. O cronista esportivo Orlando Duarte, de São Paulo, deu seu nome a um ingá. A ABI foi representada pela também conselheira Cristina Serra, que também é voluntária da Associação Mico-Leão-Dourado.

A campanha é coordenada por três redes: Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, Pacto pela Restauração da Mata Atlântica e Rede de ONGs da Mata Atlântica. Elas reúnem instituições que trabalham com a conservação e restauração de um dos ecossistemas mais ameaçados do mundo.

Inserem-se também na Década da Restauração de Ecossistemas (2021-2030), da ONU, para criar um movimento global de recuperação, reverter a perda de espécies e ajudar no cumprimento de metas de redução de emissões de carbono. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente reconheceu a campanha brasileira como exemplo para outros países.

Para falar mais desse trabalho, a ABI e a coordenação da campanha farão uma live nesta sexta-feira (26/2), às 19h30, no canal da ABI no YouTube.

Brasil cai e mídia brasileira sobe em ranking de influência global

Influência

O Brasil caiu seis posições e deixou de figurar entre os Top 30 do Índice Global de Soft Power, a mais abrangente pesquisa sobre o poder de influência de cada país sobre a atuação dos demais utilizando-se de recursos como cultura, comércio e relações internacionais − em contraposição ao hard power, forma de atingir os objetivos por meios menos sutis, como o poder militar.

Os resultados foram divulgados nesta quinta-feira (25/2) em Londres pela Brand Finance, maior consultoria global de avaliação de marcas, e analisados pelo MediaTalks by J&Cia

A boa notícia para o País é que categoria em que o Brasil ganhou mais posições foi a de Mídia e Comunicação. Ela faz parte da avaliação dos países por parte da Brand Finance porque um setor de comunicações forte, confiável e bem estruturado colabora para a influência de um país sobre os outros.

A conquista de nove posições foi a segunda maior dentre os 60 países pesquisados desde o ano passado. O Brasil passou a integrar os Top 30, na 29ª colocação. E o Reino Unido passou a figurar como o país com a mídia mais influente, tirando o lugar que era dos Estados Unidos.

O relatório completo, que relevou a Alemanha como o país mais influente do mundo e mostrou a perda de força dos Estados Unidos (que caiu de líder para sexto lugar), está no MediaTalks by J&Cia.

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Malcriações dos Sussex e de Zuckerberg na pauta da imprensa britânica

Luciana Gurgel

Muitos ironizam os britânicos por sua obsessão pela realeza. Mas pela quantidade de jornalistas estrangeiros em um briefing da Foreign Press Association, na terça-feira (23/2), sobre as recentes turbulências no clã comandado por Elizabeth II, conclui-se que a obsessão não tem fronteiras. Ou que os que vêm morar no país ficam contagiados por ela.

Durante uma hora, 125 profissionais de 33 países ouviram Peter Hunt, ex-setorista do Palácio de Buckinghan, contar histórias e dar palpites sobre o que vem por aí. O clima é tenso, com o príncipe Philip internado e os Sussex fazendo malcriação de além-mar com a avó rainha.

É um acontecimento jornalístico e de RP a ser acompanhado. A família sabe o que é crise. E já lidou com entrevistas-bomba históricas, como as da princesa Diana há 25 anos e do príncipe Andrew ano passado, ambas para a BBC.

Mas a bomba como a que pode vir da conversa (já gravada) entre Meghan, Harry e Oprah Winfrey chega em uma hora difícil, até mesmo politicamente.

Um dos temas explorados foi o risco de o esfacelamento da família favorecer uma crise de confiança quando Elizabeth se for. A percepção de unidade do reino simbolizada pela monarca de 94 anos poderia ser ameaçada, dando combustível a movimentos separatistas como o da Escócia, que vive a perspectiva de novo referendo para decidir pela independência de Londres.

Para quem acha exagero, vale lembrar que boa parte do país não conheceu outro chefe de estado, já que ela assumiu o trono em 1952.

Hunt falou dos bastidores. Comentou sobre a opinião dos que trabalhavam com Meghan a respeito da chefe, deu sua visão sobre o casal perfeito-mas-não-muito-emocionante Will & Kate, e especulou sobre como o poderia ter sido o desfecho do Meg-xit caso o príncipe Philip estivesse mais envolvido com as decisões da chamada “firma”, como na crise subsequente à morte de Diana.

Naquele momento, o marido da rainha foi uma voz ponderada que ajudou a conduzir a situação.  Agora, vozes ponderadas andam em falta. Pegou mal no país (e na imprensa) a resposta atravessada dos Sussex ao serem informados do óbvio: de que perderiam seus cargos honorários em instituições de caridade depois de romperem os laços.

Até 7 de março, quando a entrevista com Oprah vai ao ar, tudo pode acontecer. Mas a turma de RP do palácio preferiu não pagar para ver. Na terça-feira, os jornais noticiaram que um programa com a família em comemoração ao dia da Comunidade Britânica irá ao ar na mesma data.

Elegantes, não vão lavar roupa suja em público, mas a percepção é de revide. Deve ser a primeira vez na história em que dramas familiares atingirão tamanha audiência.

Facebook e os Sussex, alguma coisa em comum

Do outro lado do mundo, outra crise assume ares de filme, com direito a vilões, mocinhos e uma dose de nacionalismo. De um lado, o popular primeiro-ministro australiano, Scott Morrison. De outro, Google e Facebook.

A temperatura ferveu quando chegou ao Parlamento australiano a rigorosa lei de mídia, que vai obrigar as plataformas a pagarem pelo conteúdo jornalístico nelas exibido.

A exemplo do que fizeram Harry e Meghan, o Facebook assumiu um risco gigantesco ao endurecer o jogo e proibir o compartilhamento de links, deixando de fora até serviços públicos e derrubando o tráfego dos sites, enquanto o Google cedia e fechava contratos milionários com jornais.

É outro caso que vale acompanhar. Os statements do Facebook e do Governo anunciando a paz na terça-feira (23) são um exemplo de como o mesmo acordo pode ser narrado de formas tão diferentes, ao ponto de os dois lados aparecerem como vencedores e não como perdedores.

Zuckerberg, na mira da imprensa

De fora, é difícil avaliar se o movimento solitário de Mark Zuckerberg foi calculado e se atingiu os objetivos, já que o Governo acabou aceitando flexibilizar aspectos da lei. Mas ao encarar a briga de nariz empinado, como fizeram os Sussex desafiando em público uma adorada senhora de 94 anos, o Facebook submeteu-se ao risco de gerar uma comoção e ganhar adversários em vez de aliados.

 

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