23.7 C
Nova Iorque
domingo, julho 13, 2025

Buy now

Início Site Página 430

Post de Khloe Kardashian amplia debate sobre direitos autorais

Post de Khloe Kardashian amplia debate sobre direitos autorais
Post de Khloe Kardashian amplia debate sobre direitos autorais

A publicação de uma foto da celebridade Khloe Kardashian de biquíni sem retoques no Instagram abriu um debate sobre direitos autorais nas redes e sobre a manipulação de imagens por parte de celebridades. Ela não gostou da foto e pediu que fosse removida por todos que haviam compartilhado, mas não foi atendida, já que a postagem original havia sido feita em sua própria conta.

Para tentar pôr fim à polêmica, Khloe foi às redes com um vídeo em que defende imagens reais e não idealizadas, mas o resultado foi mais controvérsia. Veja a história em MediaTalks by J&Cia.

MEC finalmente reconhece Landell de Moura, mas erra feio ao narrar sua saga

Após mais de uma década de luta para o reconhecimento oficial da obra e méritos do padre Roberto Landell de Moura, inventor do rádio, na História do Brasil, finalmente o MEC rendeu-se ao crescente movimento em prol da causa e deu vida à saga de Landell, com a inclusão da sua história na série infantil Conta pra Mim.

Hamilton Almeida

O problema é que a obra recém-lançada contém vários erros sobre acontecimentos e datas, comprometendo o próprio propósito de enaltecer o personagem. O mais grave é que, por ser o MEC a principal instância de educação do País, as informações que veicula acabam se tornando oficiais, o que, no caso, contraria toda a pesquisa, documentos e evidências reunidas ao longo de décadas por estudiosos e historiadores, entre eles o biógrafo Hamilton Almeida, que já escreveu cinco obras sobre Landell, a mais recente ainda inédita.

Outro aspecto importante é que a própria série, como um todo, vem sendo questionada de forma contundente por educadores, como mostra matéria da PublishNews, de outubro passado.

Especificamente no que se refere à narrativa sobre Landell, Hamilton Almeida escreveu para Jornalistas&Cia o artigo a seguir:

Pioneiro mundial na transmissão da voz por ondas de rádio, Roberto Landell de Moura, o padre Landell, não recebeu apoio governamental e da sociedade para desenvolver e comercializar sua prodigiosa invenção. Nem com várias patentes nas mãos!

Mesmo injustiçado, teve a virtude de compreender os que não o compreendiam: “Aqueles que não compreendem bem uma razão científica não podem enquadrá-la em seu justo mérito (…) nem ajudar-me com recursos para prosseguir estudando e trabalhando…”, declarou.

O que ele diria hoje se pudesse ler um certo livro infantil do Ministério da Educação?

Certamente, ficaria feliz. E também muito infeliz.

Como é que é?

Melhor relatar os fatos desde o início. Em 2020, o MEC lançou o Programa Conta pra Mim para incentivar a leitura, reforçar os laços familiares e auxiliar o processo de alfabetização.

Trata-se de uma minibiblioteca, em formato digital, com obras de ficção, biografias, poesia, informativos e para bebês disponíveis para download gratuitamente.

É possível ler online, imprimir ou baixar uma versão em preto e branco para colorir. Dispõe também de uma série de vídeos com 20 fábulas de Monteiro Lobato narradas pelo cantor e compositor Toquinho, além de oito cantigas infantis, interpretadas pelo artista.

No final de março, dentro da série Biografias, colocaram no ar mais quatro volumes: as vidas de Anna Nery, irmãos Rebouças, Padre Landell e Carlos Chagas. Esses livretos se somam a outros 40 títulos da coleção que promove a literacia familiar: a aprendizagem em casa, na convivência entre pais e filhos.

A inclusão do inventor do rádio nesta coletânea é pra lá de elogiável e merecida. O MEC o distingue, finalmente. 

Aplausos!

A iniciativa coincide com os esforços em prol do reconhecimento oficial dos méritos científicos deste brasileiro, que vêm sendo empreendidos há mais de uma década por Jornalistas&Cia, Prefeitura de Porto Alegre, Correios, Futurecom, radioamadores, filatelistas, jornalistas, professores, engenheiros e outras tantas entidades e pessoas, incluindo este repórter que pesquisa a vida e as façanhas do sábio gaúcho há 40 anos e é autor de vários livros sobre o tema, um deles ainda inédito.

A difusão deste saber simboliza uma reversão na roda da injustiça? O gênio das telecomunicações está deixando de ser um personagem marginalizado na memória da civilização?

Não é bem assim. A publicação do MEC decepciona. Há erros crassos em seu conteúdo de apenas 12 páginas:

  • Roberto Landell de Moura teve 13 e não 11 irmãos.
  • É correto dizer que construiu um telefone aos 16 anos. Porém, não há nenhuma evidência de que tenha lido “um artigo em inglês sobre um dispositivo que transmitia a voz”. Também não é verdade que tenha mostrado o artefato ao seu professor, “que ficou admirado com o talento do aluno”.
  • Não há provas de que “em 1892 construiu um aparelho para a transmissão da voz humana, sem fio” e que “realizou a primeira transmissão pública” em 1894. Documentos revelam que o evento primordial aconteceu em 16 de julho de 1899. Pela lógica, os testes preliminares, privados e não públicos, ocorreram em um período próximo a essa data.
  • A patente brasileira foi obtida em 9 de março de 1901 e não no dia 3 de março. A incorreção é ilustrada com outro lapso: a imagem alterada de uma das figuras das patentes registradas nos EUA!
  • Faleceu em 30 de junho de 1928 e não no dia 30 de julho.
  • Não há uma linha sobre o destino do inventor e das invenções. Nem de que vislumbrou as comunicações interplanetárias, antes mesmo de o homem começar a voar, ou de que tenha sido alvo de alguma arbitrariedade: os seus aparelhos foram destruídos sob a acusação de que era “um padre que falava com o demônio”. 

Passa-se a informação, já contaminada de falhas, de que a sua carreira científica foi completamente exitosa. Dá para compreender? 

Vaias!

Resumo da ópera: assim se perde uma oportunidade de fazer História de uma forma bem feita!

Radar Aos Fatos passa a monitorar fake news que ameaçam a democracia

Estudo indica que páginas de fake news cresceram em postagens e interações durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Estudo indica que páginas de fake news cresceram em postagens e interações durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

O Radar Aos Fatos, que identifica e denuncia conteúdos potencialmente enganosos nas redes sociais, intensificou em 1º de abril seu mapeamento em busca de notícias falsas que ameacem as instituições democráticas brasileiras.

A atualização possibilitou que a ferramenta mapeasse conteúdos desinformativos que falem sobre ou que busquem disseminar fake news com cunho ameaçador à democracia. Para que isso se tornasse possível, foram incluídos termos relacionados a nomes importantes dos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e temas-chave do processo democrático, como as eleições, a Constituição e a imprensa.

Desde o ano passado, o Radar Aos Fatos vem apresentando, através de reportagens, a maneira com que esses temas têm circulado nas plataformas digitais. Em outubro, uma reportagem mostrou que nas eleições municipais de 2020, mais de 2.000 publicações com alegações falsas foram publicadas no WhatsApp e no Twitter, muitas vezes promovidas por políticos eleitos.

Dia do Jornalista: Superar a dor em busca da dignidade profissional

Quase 30 jornalistas contaram sua história no Especial do Dia do Jornalista
Quase 30 jornalistas contaram sua história no Especial do Dia do Jornalista

ESPECIAL: DIA DO JORNALISTA

O cego Assis Ângelo (sim, ele detesta ser chamado de deficiente visual, diz que é cego e ponto) é só inquietação desde que, oito anos atrás, deixou de ver as cores, os formatos, as silhuetas e os contornos do mundo, pelo descolamento das retinas. Viu-se obrigado pelas circunstâncias da doença a trocar a luz da visão que o acompanhou por pouco mais de 60 anos pelas trevas da escuridão, nesses últimos oito.

E por que toda essa inquietação?

Óbvio, quem um dia enxergou, ficar cego, do dia para a noite, literalmente, é como receber uma sentença de morte.

Óbvio, quem sempre teve muitos amigos e foi o tempo todo rodeado por eles, ver-se de um momento para outro todos (ou quase todos) se afastarem, é como perder o chão e entrar em queda livre num abismo quase sem fim.

Tudo isso é óbvio, mas o que não é tão óbvio e é mais determinante na saga do cego Assis é a vontade de trabalhar; mais do que isso, a capacidade de trabalhar.

Assis Ângelo foi um dos protagonista do especial de Dia do Jornalista
Assis Ângelo foi um dos protagonista e inspirador do especial de Dia do Jornalista

Sim, porque, como ele faz questão de dizer, perdeu a visão dos olhos, mas não perdeu a voz nem os outros sentidos e muito menos a capacidade de realizar coisas. Continua fazendo jornalismo diariamente, escreve poesias, faz a coluna semanal do Jornalistas&Cia, acompanha (por rádio e pelo áudio da televisão) tudo o que se passa no mundo e no jornalismo, e tem uma memória prodigiosa, que, somada ao seu talento e determinação, lhe permitiriam fazer muitas coisas, como ancorar um programa de televisão para deficientes ou um programa de rádio sobre cultura popular.

Mas o trabalho, aquele que dignifica o homem, que lhe dá sustento, satisfação, prazer, realização, este não chega, porque ele está invisível, porque não lhe atribuem uma capacidade que ele sabe que tem e que vez ou outra até consegue demonstrar, quando o chamam para fazer alguma palestra Brasil afora (antes, eram dezenas por ano), em que pese a pandemia hoje ser restritiva para deslocamentos.

Por que ele não poderia liderar um novo projeto de cultura popular, tantos já concebeu para inúmeras organizações, como Metrô de São Paulo, Sesc, Correios etc.?

O que o impediria de voltar a apresentar um programa de rádio, como São Paulo Capital Nordeste, que apresentou por anos na Rádio Capital, líder de audiência no horário?

O problema é que o cego Assis ficou invisível, como milhões de pessoas com deficiência nesse País.

E quer trabalhar, mas não consegue. Pede socorro ao mercado e aos eventuais contratantes, mas não é ouvido. Quer conversar, falar de seus projetos, da situação política do País, mas não tem com quem, esquecido que foi pela grande maioria dos amigos. Mantém com grande sacrifício, inclusive financeiro, um blog para que possa exercitar sua prosa e sua mente diariamente, com comentários críticos sobre a política e amorosos sobre a cultura popular, da qual é hoje, sem dúvida, um dos maiores conhecedores e estudiosos, dono de um acervo com perto de 150 mil itens, que mantém com grande zelo em seu próprio apartamento, no bairro paulistano dos Campos Elíseos.

Pois foi desses encontros com o cego Assis que nasceu a ideia de fazer este especial, dando guarida às suas críticas de que o Brasil não enxerga seus mais de 40 milhões de pessoas com deficiência, número que ele faz questão de dizer que colheu do censo do IBGE de 11 anos atrás.

“Eu posso fazer um programa para todos os deficientes, todas essas pessoas que se tornaram invisíveis, que estão jogadas num canto de algum lugar, muitas vezes escondidas pelas famílias. Para os cegos, como eu, para os surdos, mudos, para os paraplégicos. Enfim, colocar a deficiência no horário nobre, para mostrar que neste mundo há seres humanos com desejos, necessidades, amores, seres humanos consumidores, que só querem ter a oportunidade de deixar de ser um número para ganhar visibilidade e dignidade”.

Foi esse grito de Assis, estridente, mas que tem ecoado em poucos ouvidos, que nos motivou a dedicar o especial do Dia do Jornalista aos jornalistas com deficiência, numa modesta mas relevante contribuição que acreditamos fazer para a causa da inclusão. E mais do que depressa, quando tomamos a decisão, convidamos outro colega que há anos colabora com J&Cia, nestas páginas, para liderar o especial: Plínio Vicente da Silva, ele próprio que traz da infância graves sequelas da poliomielite, com as quais desde então convive, sem ter se deixado por elas abalar – entrou para o Jornalismo ainda jovem, para nunca mais dele sair. Só de Estadão foram 25 anos. E hoje, lá de Roraima, onde vive com a família, divide-se entre aulas, palestras, assessorias e os brilhantes textos que escreve, entre outros, para este J&Cia, com seu Tuitão quinzenal e frequentes colaborações para o Memórias da Redação.

Ao Plínio, a Assis e a todos os personagens maravilhosos desta edição os nossos agradecimentos e a certeza de que, com eles, estamos homenageando todos os jornalistas e todas as pessoas com deficiência desse Brasil tão machucado e maltratado e que pouco olha para eles como deveria.

Quase 30 jornalistas contaram sua história no Especial do Dia do Jornalista
Quase 30 jornalistas contaram sua história no Especial do Dia do Jornalista

Também os agradecimentos às marcas que nos apoiaram e que, como nós, se sensibilizam com a causa da deficiência, certamente porque também elas hoje se debruçam sobre esse universo, buscando dar aos deficientes não só um bom lugar para trabalhar, mas, sobretudo, dignidade.

Confira a edição especial do Dia do Jornalista!

Eduardo Ribeiro e Wilson Baroncelli

Diego Santos, do SBT em Roraima, sofre ameaça de morte

Apresentador do programa policial Verdade no Ar, da TV Norte Boa Vista, afiliada do SBT em Roraima, Diego Santos sofreu ameaça de morte na manhã de 1º de abril. Ao abrir a caixa de correio da casa onde mora, o apresentador encontrou um envelope com um bilhete e duas balas de calibre 380.
Apresentador do programa policial Verdade no Ar, da TV Norte Boa Vista, afiliada do SBT em Roraima, Diego Santos sofreu ameaça de morte na manhã de 1º de abril. Ao abrir a caixa de correio da casa onde mora, o apresentador encontrou um envelope com um bilhete e duas balas de calibre 380.

Apresentador do programa policial Verdade no Ar, da TV Norte Boa Vista, afiliada do SBT em Roraima, Diego Santos sofreu ameaça de morte na manhã de 1º de abril.

Ao abrir a caixa de correio da casa onde mora, o apresentador encontrou um envelope com um bilhete e duas balas de calibre 380. Diego diz ter certeza que a ameaça foi motivada pelo seu trabalho no Verdade no Ar, onde opera denúncias de irregularidades do poder público e facções criminosas do estado.

No bilhete encontrado, o autor que não se identificou escreveu “A medida exata para silenciar qualquer denúncia”. Ao entender do que se tratava a mensagem, Diego Santos a divulgou em seu programa e logo depois registrou um Boletim de Ocorrência no 1º Distrito Policial, em Boa Vista. O SBT decidiu que o jornalista e sua família passariam a ser escoltados por seguranças.

Foto do bilhete deixado na caixa de correspondência de Diego Santos
Foto do bilhete deixado na caixa de correspondência de Diego Santos

Casos como esse tem se tornado comuns na região. Há aproximadamente cinco meses, o apresentador da TV Imperial, afiliada da Record também em Roraima, Romano dos Anjos, foi sequestrado dentro de sua residência enquanto jantava com a esposa. A polícia não conseguiu identificar nenhum dos envolvidos.

A Federação Nacional de Radialistas (Fitert) e o Sindicato de Radialistas Profissionais e dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão, Televisão e Publicidade do Estado de Roraima emitiram uma nota conjunta em solidariedade ao apresentador. O Grupo Norte de Comunicação também publicou um comunicado em que repudia a ameaça e o cerceamento da liberdade de expressão, e também afirma o compromisso da empresa com a informação.

Para o delegado Emerson Freire, que investiga o caso, o direcionamento da Polícia Civil não é apenas para o apresentador Diego Santos, mas, sim, para o exercício livre da imprensa na região.

“Chama atenção a urgência da defesa e proteção da liberdade de expressão, relembrando o papel essencial que os profissionais da imprensa desempenham ao levar informações de interesse público à sociedade, fundamental para a manutenção da democracia”, destaca Leticia Kleim, assessora jurídica da Abraji, sobre a importância do comprometimento das autoridades públicas na investigação e processamento do caso diante do cenário atual de escalada de violações à liberdade de imprensa.

* Com informações da Abraji

Comunicação corporativa vira romance de Luiz Fernando Brandão

Luiz Fernando Brandão lança Para o bem ou para o mal, pela editora Gryphus. Na ficção, três personagens que nunca se conheceram têm histórias de vida que vão se cruzar para fazer na Índia um acerto de contas com o destino. O prefácio é de Washington Olivetto.

O autor fez carreira como executivo de comunicação em empresas como Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, Shell e Aracruz. Em paralelo, traduziu para o português obras de autores como Edgar Allan Poe e Vladimir Nabokov. Tem diversos artigos publicados sobre comunicação. Além disso, é instrutor de ioga, graduado em Mumbai, na Índia.

“Atuei durante quase 30 anos no mundo corporativo e por esse tempo todo minha veia de escritor ficou adormecida”, comenta Luiz Fernando Brandão. “Agora, sinto-me à vontade para mesclar ficção e realidade e trazer ao público reflexões sobre alguns dos dilemas que vivemos, na pele de três protagonistas, para o bem ou para o mal”.

Confira o prefácio:

Os destinos e peripécias de três personagens bastante prováveis na vida real se entrelaçam sutilmente em Para o bem ou para o mal, segundo livro do jornalista, escritor e tradutor Luiz Fernando Brandão, agora estreando na ficção.

O primeiro protagonista, Diego Velásquez Caravaca, um mestre espiritual muito bem-sucedido estabelecido em São Paulo, já ajudou muita gente no seu concorrido Centro para a Evolução Universal, mas não passa de outro picareta no florescente “mercado da salvação”. Entre as discípulas mais chegadas, ele atende por “Flautista”, apelido que cunhou para si inspirado no conto dos Irmãos Grimm – sendo que, na história engendrada por sua imaginação doentia, quem o anti-herói atrai e domina com o sopro de seu instrumento mágico não são ratos nem crianças, mas adultos tão ou mais fáceis de engabelar.

O segundo, Robert White Sherman, é um alto executivo financeiro de Nova York, diretor de um grande banco instalado nas Torres Gêmeas. Com seu talento natural associado a uma obstinação caprina e aos desígnios da sorte, ele é um mito nos círculos da grana preta. Orgulha-se, embora não o demonstre, do nome pelo qual é conhecido no mercado: “Matemático”, que poderia também sugerir um gênio solitário imerso em números, cálculos e projeções e indiferente a todo o resto. Mas ele não consegue esconder de si que parte considerável do dinheiro que o transformou em celebridade milionária provém de fontes duvidosas; desencantado, aproveita uma brecha do acaso para mudar radicalmente de vida e acaba engajado em uma fabulosa causa humanitária na longínqua Índia.

Por fim, temos Cátia Ferrão, jornalista inteligente e ambiciosa nascida e criada no interior fluminense. Após um difícil início de carreira, que perpassa questões como assédio sexual e moral, ela acaba se tornando vice-presidente de assuntos corporativos de uma poderosa fabricante de químicos agrícolas e sementes transgênicas que tem no Brasil seu maior mercado. O peso do cargo e a mística a ele associada abrem espaço para discutir, entre outros aspectos, os dilemas femininos no ambiente de trabalho e as redes sociais como quinto poder da atualidade.

O trunfo secreto da atraente executiva em sua vitoriosa trajetória profissional, quem diria, é uma entidade do outro mundo; por coincidência, Cátia é conhecida como “Cigana” entre seus pares na multinacional. Sorte ou azar? – Até certo ponto, os protagonistas saídos da imaginação de Brandão – ele próprio, tarimbado executivo de comunicação de grandes corporações –, embora bem-sucedidos no que se propuseram alcançar, estão a um só tempo em busca e em fuga.

Se o Matemático está à procura de uma nova vida, onde o materialismo e o consumismo possam dar espaço ao autoconhecimento, o Flautista sai de São Paulo rumo à Caxemira para escapar das consequências de um episódio com final trágico envolvendo uma jovem seguidora. A Cigana, por sua vez, após uma vida repleta de sacrifícios, chega ao topo de sua escalada profissional apenas para descobrir quão precária era a segurança que julgara conquistar e que ainda havia como encontrar o “caminho de volta”, ao visitar, em uma viagem a negócios, o afamado Yoga Institute, em Mumbai. Por sorte ou azar, cada um com sua história, todos os três acabam fazendo na Índia o acerto de contas com o destino.

O que vai acontecer com os protagonistas e como suas histórias irão se cruzar sem que nunca tenham se conhecido? O livro reserva ao leitor surpresas até as últimas página – uma história digna de um potencial roteiro de cinema, que inspirou, no prefácio, as palavras de um gênio da publicidade: Sei que Luiz Fernando gosta do raciocínio de que seu livro propõe ‘uma reflexão sobre a relativa fragilidade do julgamento humano’, mas o que mais me encanta na história é deixar bem clara essa intenção para todo e qualquer tipo de leitor, dos mais relaxados até os mais tensos, dos mais simplórios até os mais pretensiosos.

EBC tem nova programação de rádio e telejornais locais em DF, RJ e SP

A TV Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), tem desde 5/4 novos telejornais locais. Apresentados por Giulianno Cartaxo, em Brasília; Munike Moret, no Rio; e Vivian Costa, na capital paulista, os noticiários locais Repórter DF, Repórter Rio e Repórter São Paulo chegam à emissora com dicas de trânsito, previsão do tempo, flashes ao vivo e prestação de serviço. Com 15 minutos de duração, entram no ar de segunda a sexta, ao vivo, ao meio-dia, antecedendo o Repórter Brasil Tarde, apresentado por Luiz Carlos Braga, nos mesmos dias, às 12h15.

Giulianno chega à TV Brasil após 14 anos na Rede Record, onde foi apresentador do programa Balanço Geral e do telejornal DF no Ar. Também Munike foi por vários anos da Record, tendo passado, entre outros, pela reportagem Fala Brasil, Jornal da Record e Domingo Espetacular. Vivian, nascida e criada em São Paulo, passou por TV Cultura, SBT, RedeTV e RedeTV News.

No radiojornalismo, com apresentação de Monyke Castilho e Miguelzinho Martins, o Repórter Nacional, da Rádio Nacional, também estreia novo formato, com transmissão simultânea, em rede, na Rádio Nacional, na TV Brasil e nas redes sociais. Ele faz um giro de 30 minutos pelo País de segunda a sexta-feira, às 7h30. Sirlei Batista, diretora de Jornalismo da EBC, ressalta que a simultaneidade em diferentes meios e plataformas amplia os acessos de informações confiáveis à população: “A intenção é combinar as potencialidades do rádio e da televisão para oferecer conteúdo de qualidade ao público”.

O Repórter Brasil Tarde está com novo horário. O encontro com o público é às 12h15 e tem 45 minutos de duração, dez a mais que anteriormente. O telejornal noturno Repórter Brasil continua às 19h e também entrega mais dez minutos de informação ao público. Ele passa a contar com os comentários do professor Ricardo Caldas, especialista em economia e política. Caldas também participará do Repórter Brasil Tarde. O conteúdo será transmitido simultaneamente no canal da TV Brasil no YouTube.

Outra novidade por lá é a reestreia do Sem Censura, que esteve no ar por 35 anos. Apresentado por Marina Machado, será transmitido em rede nacional, com edições ao vivo dos estúdios de Brasília ou do Rio de Janeiro, às 21h30, com uma hora de duração. O presidente da EBC, Glen Valente, conta que, com essa programação, a expectativa é que a empresa conquiste novos públicos ao aprimorar a oferta de produções de qualidade em sinal aberto, aplicativos e redes sociais, on demand e em tempo real.

Brasil volta a ser o país com mais jornalistas mortos por Covid-19, diz Press Emblem Campaign

O Dia do Jornalista foi marcado por um triste recorde: o Brasil voltou a ocupar a liderança no ranking de profissionais de imprensa mortos por Covid-19, segundo a organização Press Emblem Campaign, que vem fazendo o acompanhamento de vítimas da doença desde o início da pandemia. O País registra 140 perdas desde março de 2020. No mundo, são quase 1 mil fatalidades em 73 países.

Blaise Lempen, secretário-geral da entidade, pediu que a imprensa seja incluída no grupo prioritário da vacinação, como ocorre em outros países da África e da Europa.

Confira mais dados do levantamento e os comentários de Lempen em MediaTalks by J&Cia.

CPCT-USP faz nova pesquisa sobre a Covid-19 no trabalho dos comunicadores

CPCT-USP faz nova pesquisa sobre a Covid-19 no trabalho dos comunicadores
CPCT-USP faz nova pesquisa sobre a Covid-19 no trabalho dos comunicadores

O Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho (CPCT) da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) realiza uma nova pesquisa para saber a situação de trabalho dos comunicadores brasileiros, passado um ano da chegada da Covid-19 ao Brasil.

O estudo ocorre no momento em que crescem casos de pessoas infectadas e de vítimas fatais da doença no País. Além disso, ele será aplicado um ano após a realização da investigação inicial, que diagnosticou o momento vivido por esses profissionais ainda no começo da pandemia.

Roseli Figaro

“Pelo modo totalmente errático com que o Governo Federal tratou e vem tratando a pandemia, nossa suspeita é a de que as condições de trabalho dos comunicadores pioraram”, afirma a professora Roseli Figaro, coordenadora do CPCT-USP. Na entrevista a seguir ela explica no que consiste a nova pesquisa.

Portal dos Jornalistas – Por que a ideia de aplicar um novo estudo sobre a Covid-19 junto aos comunicadores?

Roseli Figaro – Passado um ano, queremos verificar nesse momento, em que o Brasil sofre com o agravamento cada vez maior da Covid-19, como está a situação de trabalho dos comunicadores. Eles, muitas vezes, a exemplo dos jornalistas, ocupam o pelotão de frente do combate à doença, ao assumirem o árduo papel de informar corretamente a sociedade sobre os riscos e tentar neutralizar as fake news e o negacionismo que infelizmente ainda perduram nessa terrível fase da doença.

Portal – Quem pode participar da pesquisa e como ela será realizada?

Roseli – A pesquisa é aberta a todos os profissionais da área da comunicação que atuam diariamente e com muita coragem para realizarem seus trabalhos nesse contexto da pandemia. Ela está sendo feita de maneira remota, por meio de um formulário online, que se encontra disponível em nosso site, e contamos com o apoio de diversas entidades parceiras, como a Fenaj, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e o próprio J&Cia, que já nos auxiliaram no primeiro estudo, em 2020. O formulário ficará disponível de 5 a 30 de abril, mesmo período em que aplicamos a pesquisa inicial, e poderá ser respondido de maneira anônima para preservar o sigilo dos respondentes.

Portal – O que se pode esperar dessa nova pesquisa? 

Roseli – O estudo inicial do CPCT sobre o tema foi feito no começo do distanciamento social e reuniu 557 participantes de todo o País e do exterior. O relatório final evidenciou o aumento da jornada e do volume de trabalho, que tornou bem mais estressante a rotina dos comunicadores, obrigados a conciliar a profissão com os cuidados da casa e dos filhos. Havia ainda a sensação de cansaço sentida diariamente por esses trabalhadores, que tinham de usar, na maioria das vezes, seus próprios instrumentos para trabalhar, como computador, celular e conexão à internet. Agora em 2021, pelo modo totalmente errático com que o Governo Federal tratou e vem tratando a pandemia, cujos casos de contaminação e de mortes só vêm aumentando, nossa suspeita é a de que as condições de trabalho dos comunicadores pioraram, haja vista a grande quantidade de pessoas sem trabalho no País. Entender a situação desses trabalhadores, passado um ano da chegada da Covid-19 ao Brasil, ainda mais nesse momento de agravamento, pode auxiliar a diagnosticar os problemas advindos do quadro de precarização do trabalho e, a partir disso, cogitar possíveis alternativas para combater os graves impactos na área da comunicação.

Daniel Nardin é o novo diretor de conteúdo do Grupo Liberal

O Grupo Liberal anunciou a contratação de Daniel Nardin, que assume o posto de diretor de conteúdo. Na nova função, ficará responsável pelas produções editoriais dos jornais O Liberal e Amazônia, do portal OLiberal.com e das rádios Liberal AM e FM.

Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Pará (UFPA), e com mestrado em Comunicação e Sociedade pela Universidade de Brasília (UnB), Daniel Nardin começou sua carreira no próprio Grupo Liberal, em 2004, como estagiário. Entre 2008 e 2013 foi assessor parlamentar do ex-senador Flexa Ribeiro (PSDB/PA), e em 2014 se tornou o mais jovem profissional a assumir a Secom do Estado do Pará.

Ao longo de sua carreira, colaborou também com o portal Terra e as revistas Época e Veja Belém. Passou ainda pela agência de Comunicação Temple e desde janeiro de 2020 era gerente de Comunicação da mineradora Norsk Hydro.

 

E mais:

pt_BRPortuguese