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Prêmio C6 de Jornalismo recebe inscrições até 30 de novembro

Prêmio C6 de Jornalismo recebe inscrições até 30 de novembro

Estão abertas até 30 de novembro as inscrições para o 3º Prêmio C6 de Jornalismo, que valoriza trabalhos que abordem cidadania financeira e finanças pessoais.

São duas categorias: uma engloba reportagens publicadas em veículos impressos ou online, e a outra é voltada para conteúdos veiculados em podcasts, rádios, TV ou YouTube. O vencedor de cada categoria receberá R$ 15 mil. Cada profissional pode inscrever até três trabalhos.

Os conteúdos serão julgados com base em didatismo, relevância, qualidade do texto e ineditismo. Os três finalistas de cada categoria serão anunciados em 10 de janeiro de 2022, e os vencedores, em 31 de janeiro. Inscrições aqui.

Evaristo Costa descobre que foi demitido da CNN ao voltar de férias

O apresentador Evaristo Costa compartilhou em suas redes sociais que foi demitido da CNN Brasil. Ao voltar de férias, no começo de setembro, assistiu à chamada de programação, e percebeu que o CNN Séries Originais, programa que apresentava, não estava presente. Ao ligar para a emissora, foi informado de que a empresa não tinha mais interesse em seus serviços.

“Liguei pra saber o motivo e fui informado que ele (o programa) havia sido retirado da grade e que a empresa não tinha mais interesse nos meus serviços”, escreveu o apresentador no Twitter. “É do jogo! ‘Seja feita vossa vontade’”. Em 3 de setembro, a CNN comunicou a rescisão do contrato de Evaristo, sob a justificativa de “mudanças na grade de programação”.

Segundo apuração do UOL, o apresentador e a emissora ainda estão acertando detalhes financeiros da rescisão. Evaristo considerou a postura da CNN como “deselegante”, e a surpresa com o cancelamento afastou qualquer possibilidade de um novo projeto na própria emissora.

Nas redes sociais, Evaristo recebeu apoio de colegas da área. O apresentador colocou-se à disposição do mercado: “O pai tá on”, escreveu no Twitter e no Instagram.

Bruno Paes Manso: “República das Milícias ajuda a gente a se olhar como sociedade”

Bruno Paes Manso: “República das Milícias ajuda a gente a se olhar como sociedade”

O Portal dos Jornalistas conversou com Bruno Paes Manso, autor do livro A República das Milícias, sobre o novo podcast de mesmo nome que aborda o funcionamento das milícias no Rio de Janeiro. A produção, semanal, foi feita em parceria com a Radio Novelo, e o segundo episódio já está no ar.

Bruno, que apresenta o podcast, falou sobre o processo de criação e produção, como foi feita a adaptação de uma obra escrita para o formato em áudio, a característica cinematográfica e imagética da produção, efeitos sonoros, e a importância dos podcasts.

Confira a seguir a entrevista:

Portal dos JornalistasComo foi o processo de produção?

Bruno Paes Manso: O processo de produção especificamente para esse formato levou em torno de oito meses. Fizemos novas pesquisas, novas entrevistas, viagens para o Rio e estamos finalizando os episódios agora. Mas podemos dizer que, no geral, levou uns dois anos, já que as pesquisas para o livro que o originou tiveram início em 2019. Apesar de ser um assunto sobre o qual eu me debruço há algum tempo, esse novo mergulho me trouxe outros olhares. E está, de certa forma, acrescentando ao podcast muita coisa que no livro tinha passado. Então, encontrar outros personagens para entrevistar, preencher algumas lacunas, tem sido muito empolgante em diversos sentidos.

Portal − Como foi feita essa adaptação de conteúdo escrito para áudio?  

Bruno − Tenho dois grandes roteiristas ao meu lado e tivemos que repensar tudo absolutamente do zero. Como a gente contaria a história, respeitando o arco narrativo do livro, mas criando um outro que funcionasse mais com o áudio. Fico muito impressionado com a qualidade, com a preocupação deles de amarrar uma linha com a outra, cada fala, para manter o ritmo da história. É um quebra-cabeças incrível.

Portal − De que forma esse roteiro mais cinematográfico foi elaborado?

Bruno − Tem sido um desafio construir um roteiro com essa linguagem mais imagética e, ao mesmo tempo, conseguir áudios para que as pessoas sintam-se mais próximas e mais presentes daquilo que estou contando. A condução fica mais por conta de Vitor Hugo Brandalise e Aurélio de Aragão, e eu faço as minhas contribuições. 

Fico sempre muito impressionado com o trabalho que eles estão fazendo, com a qualidade e com a preocupação de amarrar uma história com a outra, uma linha com a outra, cada fala sempre muito bem encaixada, para que se mantenha o ritmo da história. Acho que o República ganhou muito com esse estilo de roteiro muito bem desenhado e com o poder de criar um clímax ao final de cada episódio, evoluindo e gerando expectativa para o seguinte.

Portal − Como foi feita a escolha dos efeitos sonoros/músicas?

Bruno − A trilha foi pensada e feita por Pedro Leal David (responsável pela música original e identidade sonora). A gente primeiro discutiu o caminho, pois precisava de um certo peso, somado a uma certa ginga. Chegamos a referências como O Rappa e Planet Hemp. Outra intenção foi a de passar uma sonoridade meio mística, um som inspirado em bandas como Tincoans, que traz elementos do Candomblé. Também apareceram sons urbanos, típicos da própria cidade, como de tiros, do trânsito, de passarinhos, tudo junto e misturado.

Portal − Sobre o tema do livro, qual foi a maior dificuldade que você encontrou para escrever?

Bruno − É sempre delicado falar de temas que são considerados tabu, que são censurados pela lei do silêncio. Há a preocupação com a integridade dos entrevistados, que revelam histórias pessoais e que às vezes podem se voltar contra eles próprios. Outro desafio foi o de contar uma história que desse sentido a quase 50 anos de acontecimentos acumulados, escolher as histórias e os personagens mais relevantes para dar sentido a essa trama.

Portal − Para você, qual é a importância dessa produção?

Bruno − Acho que levar as pessoas a refletirem sobre uma realidade que estamos vivendo e que precisa ser mudada. Se não compreendemos o que estamos vivendo, nosso cotidiano, fingimos que não existe e ele não muda. É como o processo de terapia: se você não olha para dentro e não assume seus conflitos, seus ódios, seus podres, você não amadurece. Então, é para que ajude a gente a se olhar como sociedade, para que, com consciência desses desafios, a gente se transforme.  

Portal − Você teria mais algum fato/curiosidade que julga interessante para compartilhar conosco? 

Bruno − Minha mãe é do Rio e toda a família por parte dela também. Ela morreu quando eu tinha cinco anos de idade, mas minha avó morava no Jardim Botânico e eu ia de uma a duas vezes por ano para lá. O Rio sempre foi emocionalmente muito forte para mim. Assim, além da questão social e política da cidade, de alguma forma também envolve uma questão emocional e pessoal de voltar, encarar, revisitar e aprender com a cidade.

CNN Brasil lança marca CNN Soft e novos programas

CNN Brasil lança marca CNN Soft e novos programas

A CNN Brasil lançou a marca CNN Soft, voltada para a produção de conteúdo de entretenimento e soft news. O projeto englobará programas novos e já existentes da CNN Brasil, com programação exclusiva centrada na grade de final de semana.

Mari Palma e Phelipe Siani comandam o programa Em Alta CNN, que aborda os principais conteúdos disponíveis nas principais plataformas de streaming de áudio de vídeo. A advogada Gabriela Prioli estará à frente do programa de entrevistas À Prioli, que tem o objetivo de mostrar lados desconhecidos de celebridades para os telespectadores. E o filósofo Leandro Karnal passa a apresentar o Universo Karnal, produção que fará reflexões e conexões inusitadas com temas do cotidiano.

A nova marca trará também o primeiro projeto internacional da CNN Brasil, o Entre Mundos. Comandado por Pedro Andrade, o programa está sendo gravado nos Estados Unidos e mostrará o lifestyle de comunidades ao redor do mundo.

Conteúdos já existentes também farão parte da CNN Soft, como CNN Viagem & Gastronomia, com Daniela Filomeno; CNN Sinais Vitais, com o Dr. Roberto Kalil; Produções Especiais, com Glória Vanique; CNN Nosso Mundo, com Luciana Barreto, Lia Bock, Rita Wu e Thais Herédia; e Anthony Bourdain, com André Mifano.

Globo pretende demitir funcionários que se recusarem a tomar a vacina contra a Covid

Globo pretende demitir funcionários que se recusarem a tomar a vacina contra a Covid

A TV Globo anunciou que pretende demitir os funcionários que se recusarem a tomar a vacina contra a Covid-19. Em mensagem compartilhada com seus funcionários, a emissora destacou que a decisão está “alinhada com o que é praticado em diversas empresas”.

Informou, porém, que aqueles que não podem ser vacinados por motivos médicos não correm risco de desligamento. A decisão também será aplicada a estagiários e jovens aprendizes.

A Globo destacou que a vacinação é essencial para preservar a saúde de seus funcionários e colaboradores, e que vai exigir os comprovantes de vacinação.

Confira o comunicado na íntegra:

Em mais de um ano de pandemia, temos aprendido a cada dia sobre formas de prevenção e combate à Covid-19. E este é um aprendizado contínuo. A partir dele, podemos dizer que a aplicação das vacinas é uma estratégia eficaz contra a disseminação do vírus e uma forte aliada para proteção de todos.

Seguindo o compromisso de contribuir para um ambiente seguro para nossas pessoas, informamos que a vacinação contra a covid-19 passa a ser uma condição obrigatória para todos os colaboradores trabalharem na Globo, incluindo estagiários e jovens aprendizes. Com exceção daqueles que não podem ser vacinados por motivos médicos, a não vacinação poderá resultar no desligamento.

A obrigatoriedade da vacina está em linha com a prática de diversas empresas no mercado atualmente, uma vez que a decisão por não se vacinar impacta o coletivo e coloca em risco a saúde dos outros colaboradores.

TSO Brasil é a nova sócia do Acelerados

Gerson Campos e Rubens Barrichello comandam o Acelerados
Gerson Campos e Rubens Barrichello comandam o Acelerados

Empresa de Cacá Clauset adquiriu a participação do ex-apresentador e fundador Cassio Cortes

A TSO Brasil, empresa especializada em eventos automotivos fundada há 20 anos pelo jornalista e piloto Cacá Clauset, é a nova sócia do Acelerados. A entrada se deu após a compra da participação de Cassio Cortes, que havia fundado a marca em 2014 ao lado de Gerson Campos e Rubens Barrichello. Desde julho passado, quando o programa Acelerados trocou o SBT pela Bandeirantes, Cassio não vinha mais dividindo a apresentação da atração.

“A nossa ideia é explorar novas possibilidades na área de eventos, incorporando a força da marca Acelerados”, destaca Cacá. “Somos um grupo apaixonado por carros, motos e qualquer veículo que ande. O Acelerados compartilha dessa mesma paixão. Juntos, poderemos fazer muitas coisas bacanas!”.

Cacá Clauset
Cacá Clauset

Vale lembrar que a TSO Brasil já mantinha há alguns anos parceria com o Acelerados. A empresa foi parceira da marca em projetos como o festival de velocidade FAST, em 2019, e o reality show FAST Driver Brasil, no ano passado.

Originalmente criada para realizar ralis, a TSO logo mudou de rota ao ser convidada para organizar o lançamento de um veículo 4×4. Hoje, com mais de 1.000 eventos realizados, tem entre seus clientes a maioria das montadoras, importadoras e fornecedoras do setor automotivo no País. Oferece ainda serviços de administração de frotas, cursos de direção segura e treinamento para rede de concessionárias. Além de Cacá, são sócios da empresa Daniela Stellmann, Felipe Clauset e Detlef Altwig.

Labaredas em alto-mar

Labaredas em alto-mar

Por Silvio Ribas

Aquela cena me encheu os olhos e jamais abandonou a minha mente. Após 50 minutos cruzando os ares do Atlântico Sul a bordo de um helicóptero ao estilo militar, avistei da janelinha, pipocando lá no horizonte, uma dúzia de labaredas esbeltas e bem afastadas umas das outras, brotando das ondas.

As tochas envoltas por neblina e avistadas após o desparecimento da costa eram a primeira parte visível das plataformas na Bacia de Campos, no norte fluminense, jogando luz sobre o futuro do Brasil. Meu destino ali era a mais nova delas, a P-18, até então maior estrutura semissubmersível do mundo.

À medida que ficava mais perto, a imagem da unidade ancorada no Campo de Marlim mudava, não só para desmentir terraplanistas mas também para descortinar o ousado salto tecnológico realizado por engenheiros brasileiros na exploração eficaz de petróleo e gás em águas ultraprofundas.

Era 22 de abril de 1994. Pelo Diário do Comércio, eu integrava a trupe de 22 repórteres da imprensa mineira convidados pela Petrobras a conhecer o trunfo na conquista das jazidas de hidrocarbonetos. Comigo estavam Jorge Fernando dos Santos (Estado de Minas) e Marili Ribeiro (Guarani FM).

Nosso tour de dia inteiro pelo complexo flutuante começou por Macaé (RJ), onde pernoitamos de véspera. Presenciamos logo o impacto dos negócios da petroleira na cidade que crescia loucamente, como base do transporte aéreo para as suas plataformas e ponto de apoio para as suas equipes.

Em 2010, o aeroporto de Macaé chegou a ser o 15º do País em movimento de aeronaves, superando os de Vitória, Florianópolis e Manaus, e o número um de helicópteros da América Latina, com 150 pousos e decolagens diários, puxados pelas atividades da Petrobras e seus fornecedores no mar.

Como navio de dois cascos de 43,9 metros de altura submergidos, as 12 mil toneladas de aço da P-18 usavam 15 mil toneladas de água como lastro. Suas tubulações pareciam refinaria e seus alojamentos, transatlântico. Ficamos tontos com oscilações no piso, só perceptíveis no líquido do copo.

Montada em Cingapura ao custo de US$ 272 milhões e com um convés de 5,1 mil metros quadrados, a P-18 atingiu em 1997 a capacidade máxima de 100 mil barris diários. Ela recebe óleo com água e gás extraído de 16 poços de até 1.030 metros de profundidade, separa-o e bombeia-o para a terra.

A visita ciceroneada por gente de macacão laranja encerrou com palestra numa cabine sobre a façanha brasileira na indústria petrolífera e a “cobiça das potências internacionais”, uma defesa do status quo estatal. Ganhamos de suvenir uma ampola de óleo bruto – surpreendentemente marrom.

Sequer sonhávamos que, 14 anos depois, Lula bradaria a descoberta das dezenas de bilhões de barris do pré-sal emergidas nas concessões privadas. Muito menos que o “bilhete premiado” levaria à mudança do marco regulatório e ao Petrolão, o escândalo bilionário que vitimou a Petrobras.


Labaredas em alto-mar
Silvio Ribas

A história desta semana é novamente uma colaboração de Silvio Ribas, assessor parlamentar do gabinete do senador Lasier Martins (Podemos-RS).

Nosso estoque do Memórias da Redação acabou. Se você tem alguma história de redação interessante para contar mande para [email protected].

Nova agência de conteúdo automotivo aposta na força feminina

Karina Simões, Bruna Frazão, Milene Rios e Bia Figueiredo juntaram-se para lançar a agência de conteúdo Forte
Karina Simões, Bruna Frazão, Milene Rios e Bia Figueiredo juntaram-se para lançar a agência de conteúdo Forte

Com o objetivo de explorar e oferecer novos serviços para o mercado de produção de conteúdo, foi lançada no final de agosto a Forte. A nova agência, que terá como foco inicial empresas do setor automotivo, é comandada pelas jornalistas Karina Simões (@ks1951) e Milene Rios (programa Auto Esporte), pela publicitária Bruna Frazão (Ladies Drive Brasil) e pela piloto profissional Bia Figueiredo.

“Nosso objetivo é oferecer conteúdo para as redes e canais oficiais das empresas”, explica Milene. “A ideia é melhorar o que vem sendo feito nos canais das próprias marcas, além de dar a nossa cara a esses projetos. Queremos com isso atingir não apenas os amantes de automóveis, mas também o público em geral, que compra carro por necessidade e que muitas vezes não sabe nem por onde começar”.

Karina Simões, Bruna Frazão, Milene Rios e Bia Figueiredo juntaram-se para lançar a agência de conteúdo Forte
Karina Simões, Bruna Frazão, Milene Rios e Bia Figueiredo juntaram-se para lançar a agência de conteúdo Forte

Dentre os serviços oferecidos estão a criação e produção de conteúdo, roteiros de vídeos, pesquisa e indicações de influencers para campanhas. Uma das principais apostas do projeto é a pluralidade das experiências e carreiras das sócias.

“Serei responsável por gerar conteúdo sob o ponto de vista da funcionalidade do automóvel, realizando leituras práticas do que a máquina é capaz de fornecer ao consumidor”, explica Milene Rios.

“Meu compromisso será dissecar o desempenho dos carros, só que utilizando dados e linguagem que sejam úteis aos consumidores leigos no assunto”, destaca Bia Figueiredo.

“Sou apaixonada por mobilidade e tenho especial interesse em temas como modelos híbridos e elétricos, carros autônomos, conectividade e toda essa parafernália que se renova a cada lançamento”, complementa Bruna Frazão, que será encarregada de destrinchar as novas tecnologias do mundo automotivo.

“Nada me fascina mais do que fazer uma trilha de jipe ou pegar estrada numa moto. Minha missão é ressignificar o prazer da pilotagem”, finaliza Karina, que dará o toque lifestyle ao projeto.

As quatro profissionais seguirão atuando paralelamente em seus trabalhos. Vale destacar que elas somam mais de 200 mil seguidores e cerca de 2,4 milhões de impressões no Instagram. “Imagine juntas”, a propósito, é o lema da nova empresa, explicam elas. Confira o vídeo de lançamento da agência.

Morre o jornalista e cientista político Dermi Azevedo

Dermi Azevedo morreu na manhã dessa quinta-feira (1/9), aos 72 anos, no hospital do Ipiranga, em São Paulo, vítima de um infarto fulminante.
Dermi Azevedo morreu na manhã dessa quinta-feira (1/9), aos 72 anos, no hospital do Ipiranga, em São Paulo, vítima de um infarto fulminante.

Dermi Azevedo morreu na manhã dessa quinta-feira (1/9), aos 72 anos, no hospital do Ipiranga, em São Paulo, vítima de um infarto fulminante. Ele convivia há anos com a Doença de Parkinson.

Com grande atuação na defesa dos Direitos Humanos, jornalista e cientista político, Dermi nasceu em 1949 em Jardim do Seridó, no Rio Grande do Norte, e foi criado em Currais Novos, cidade que adotou como sua.

Autor de reportagens em América Latina, África e Europa, tendo sido por duas vezes diretor do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, ao longo de sua trajetória foi presidente do Diretório Acadêmico D. Hélder Câmara, da então Escola de Serviço Social de Natal. Em 1968, com outros líderes estudantis potiguares, participou do XXX Congresso da UNE, onde viveu sua primeira prisão política. Retornou a Natal e, diante da impossibilidade de permanecer em seu Estado, regressou ao Sudeste do País, exilando-se depois no Chile, entre 1970 e 1971. Voltou ao Brasil e foi novamente preso em 1974, por duas vezes.

Profissionalmente, cobriu o Sínodo Mundial dos Bispos, no Vaticano, por ocasião dos 25 anos do Concílio Vaticano II. Foi um dos fundadores, em 1982, do Movimento Nacional dos Direitos Humanos, do qual foi secretário nacional de Comunicação e Políticas Públicas. Foi fundador e primeiro presidente da Cooperativa dos Jornalistas de Natal, ex-presidente da Comissão Justiça e Paz, da Arquidiocese de Natal, e ex-professor e coordenador do Curso de Comunicação Social da Universidade Metodista de Piracicaba.

Sua vivência de tortura na ditadura está contada no documentário Atordoado, eu permaneço atento, filme vencedor da Mostra Provocações, uma das categorias competitivas do 8º Curta Brasília – Festival Internacional de Curta-Metragem. (Veja+)

Opinião: Cidades podem ser problema ou solução

Por Ciro Dias Reis (*)

A crise hídrica que já estamos vivendo no Brasil traz à tona a questão do impacto da escassez de recursos naturais na vida das cidades, onde moram 80% dos habitantes do país.

Em todo o mundo as cidades ocupam apenas 2% do espaço, mas geram mais de 80% do PIB global; consomem mais de dois terços da energia mundial; respondem por 70% das emissões de gases de efeito estufa; abrigam metade dos 8 bilhões de habitantes. Os atuais 4 bilhões de pessoas nos centros urbanos serão 6,5 bilhões em 2050. Em boa medida o crescimento virá de fluxos migratórios derivados tanto do abandono de áreas rurais pouco promissoras quanto da fuga de conflitos e desastres climáticos.  

Quando bem planejada e administrada, a urbanização contribui para o crescimento econômico, inovações tecnológicas e soluções inteligentes em infraestrutura e baixo carbono, dessa forma mitigando parte das mudanças climáticas. O crescimento não planejado resulta em grandes congestionamentos, poluição, proliferação de moradias improvisadas, saneamento precário e multiplicação do lixo, tornando as cidades mais vulneráveis a efeitos climáticos.

Entre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU, o de número 12 propõe “Consumo e Produção Responsáveis”. Ele aponta na direção da chamada economia circular (“reduce, reuse, recycle”), conceito que está no topo da agenda política da União Europeia. Em 2018 cinco cidades europeias uniram-se em projeto pioneiro de economia circular: Malmö, na Suécia; Copenhague, na Dinamarca; Helsinque, Finlândia; Sofia, na Bulgária, e Ultrecht, na Holanda. Além de fortalecer a conexão entre essas cidades, o objetivo do projeto é contribuir com suas respectivas estratégias de longo prazo, com foco em processos de gestão mais integrados e inteligentes.


(*) Ciro Dias Reis é fundador e presidente da Imagem Corporativa, Global Chair da PROI Worldwide, board member da International Communications Consultancy Organisation (ICCO) e ex-presidente da Abracom

 


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