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terça-feira, dezembro 23, 2025

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Perfil Racial: Painel discute impactos sobre os negócios e a economia

Em prosseguimento ao estudo Perfil Racial da Imprensa Brasileira, foi realizado em 14/10 o segundo debate com profissionais negros sobre temas sensíveis abrangendo a questão racial no desenvolvimento da carreira. Participaram das discussões, com foco no olhar dos negros sobre os negócios e a economia, Maurício Bandeira, do Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas, coordenador do estudo; o advogado Robson Ferreira, da Universidade Zumbi dos Palmares; a jornalista Marcelle Chagas, da Rede Jornalistas Pretos; e a relações públicas Crislaine Costa, da Uber, com mediação de Vinicius Ribeiro, de Jornalistas&Cia, responsável pela divulgação do estudo.

O advogado Robson Ferreira é palestrante, coordenador adjunto de cursos e assessor especial da Reitoria da Universidade Zumbi dos Palmares, e mestrando em Direitos Humanos pela Unifieo (Fundação Instituto de Ensino para Osasco); Marcelle Chagas, jornalista com MBA em Marketing e Comunicação Online, mestranda em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), assessora de comunicação da Fiocruz e do CNPq, é coordenadora-geral da Rede de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação, mais conhecida como Jornalistas Pretos; e Crislaine Costa, formada em Relações Públicas pela Universidade Metodista, com MBA em Gestão de Marketing pela FGV, atualmente é gerente de Comunicação Corporativa da Uber no Brasil. A íntegra do debate pode ser conferida aqui.

A partir da esq., no alto: Maurício, Vinicius, Crislaine, Robson e Marcelle

O estudo, uma iniciativa deste J&Cia e do Portal dos Jornalistas, em parceria com o I’Max e o Instituto Corda, terá a apresentação dos resultados durante a celebração da Semana da Consciência Negra, em novembro, dentro da programação preparada pela Universidade Zumbi dos Palmares, instituição apoiadora do estudo, e em uma edição especial de J&Cia. Também apoiam institucionalmente o projeto ABI, Ajor, Aner, ANJ, APJor, Conajira/Fenaj, Jeduca, Ecos do Meio, Projor e Universidade Metodista. O projeto conta ainda com o apoio das organizações ADM, Grupo Boticário e Uber. Para responder às 13 questões da pesquisa, basta acessar este link e escrever seu nome e e-mail.

Reproduzimos a seguir algumas opiniões dos debatedores:

Crislaine Costa

Crislaine – “Temos a impressão de que há poucos negros nas empresas. Entramos nos ambientes e vemos isso. Mas quantos são? Qual é a porcentagem? Conseguimos avançar nos últimos anos? Sem números, sem dados, não conseguimos acompanhar. E fica muito difícil definir políticas, metas e projetos. Esse tipo de estudo é fundamental para entendermos a realidade e a partir daí podermos definir onde estamos e aonde queremos chegar, o que precisamos fazer para isso e quanto tempo levaremos.” (…) “Para os negócios, é importante, sim, que quem esteja na mesa tomando decisões tenha uma riqueza de pensamentos, sejam pessoas diferentes, que consigam olhar para aquele problema e identificar perspectivas diferentes. Porque quando eu chego na mesa para participar de uma decisão, trago para a mesa a minha perspectiva, estou como gerente de Comunicação, mas toda a minha bagagem de mulher negra, periférica, de onde estudei, da minha família, vem junto comigo. (…) Aí a gente vai pensar diferente, porque você vem de outro lugar, tem outra formação, outras referências. A riqueza de pensamentos é muito maior. É muito maior a probabilidade de ter um produto melhor, mais desenvolvido, com menos falhas, que atenda melhor às pessoas.”

Robson Ferreira

Robson – “A diversidade vai trazer inovação, tecnologia, um olhar diferenciado para as temáticas e para a condução das empresas.” (…) “As quotas fizeram com que hoje sejamos mais de 50% nas universidades públicas. Mas não era assim. Estamos em meio a um amplo debate para a prorrogação das quotas por 30 anos, inclusive com um projeto no Congresso, para que não tenhamos mais que bater na porta de ninguém para pedir validação para essa lei que tantos benefícios trouxe para nós, negros, para indígenas, para pessoas com deficiência. (…) O problema maior hoje não é mais a entrada na universidade, mas a permanência, a convivência nos institutos estaduais e federais justamente pelo fato de os alunos negros terem entrado por meio de quotas. Isso ainda traz animosidade entre os grupos. (…) Mas quota não é esmola. É uma forma de reparação, de incremento, de trazer essa população que nunca teve oportunidade de estudar. Se voltarmos a 1835, 1837, tínhamos leis que proibiam os negros de estudar. Então, todo esse processo histórico, social, cultural, continua e se transforma no racismo estrutural.”

Marcelle Chagas

Marcelle – “Tem muita gente qualificada buscando oportunidades. O mercado de comunicação está sempre mudando, buscando profissionais qualificados. Mas complica um pouco mais quando o pessoal de comunidades periféricas vai disputar uma vaga com alguém que já teve uma viagem para o exterior, uma outra oportunidade de vida, outras línguas. (…) Se somos maioria – 56% da população – e a mídia não reflete isso, muitas das nossas vozes estão sendo silenciadas, muitas das nossas histórias não estão sendo contadas. Tem gente contato a história de metade da população e a outra metade está calada. (…) Quando a gente garante que há mais olhares, mais narrativas inseridas no processo de comunicação, fazemos uma comunicação mais real, mais próxima da sociedade. Creio que fazendo isso possamos impactar também num cenário de credibilidade profissional, que tem sido muito questionada com essa propagação de fake news.” (…) “O silenciamento de narrativas reflete um tensionamento da sociedade entre quem tem voz, quem pode falar e quem só pode ouvir”. (…) “Os veículos da nossa rede não conseguem ter sucesso comercial. Por que será? São veículos que falam diretamente com as classes C, D e E, onde está a maioria da população negra, que são grandes consumidores. Então, porque não há investimento dos anunciantes para falar diretamente com esse público? Falta esse olhar comercial.”

Maurício – “A Marcelle usou a expressão ‘narrativas que estão sendo silenciadas’. Achei importante essa construção porque é um silenciamento intencional, não é sem querer. É importante perceber que há um movimento que se expressa em uma luta cada vez mais aberta. O movimento antirracista, pela igualdade de gênero, pela preservação dos recursos naturais. De outro lado, vemos crescer também o movimento de obscurantismo, de políticas opressivas, não só aqui como em outras partes do mundo. Essa luta tem proporções bastante amplas. Quando falamos de uma pesquisa para a imprensa, nas redações, da diversidade, estamos mexendo num pequeno ponto que intersecta com muitas outras lutas. Elas não estão separadas. Por isso são importantes, do ponto de vista das empresas, as políticas afirmativas, assim como o sistema de quotas para as universidades.” (…) “Quando se reúnem pluralidades, experiências diferentes, o resultado são construções diferentes, mais ricas para todos. Há a experiência da idade, quando se vai ficando mais velho, e há a experiência de como você convive, de onde você é, de onde vem. Para haver uma pluralidade real, importante, isso tudo tem de estar reunido em torno da mesa”.

Suzano promove debate sobre cobertura da COP 26

Suzano promove debate sobre cobertura da COP 26

A Suzano promove nesta quinta-feira (21/10), das 11h às 12h30, um debate online sobre a cobertura da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP 26), com o objetivo de discutir o papel do Brasil no encontro e o que de fato é notícia para o País, como preparação para a cobertura do evento.

Luis Bueno, diretor executivo de Bens de Consumo e Relações Corporativas da Suzano, abre o debate, que terá participação de Daniela Lerario, representante do Brasil na Climate Champions da COP26; Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS); e André Guimarães, diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e membro da Coalizão Brasil Clima, Floresta e Agricultura. Walter Schalka, presidente da Suzano, encerra o evento.

Perguntas poderão ser feitas via chat. Inscrições aqui.

Guia traz ferramentas de organização e segurança para redações

Guia traz ferramentas de organização e segurança para redações

A Rede Internacional de Jornalismo Investigativo (GIJN) produziu um guia de ferramentas para ajudar profissionais de redação a resolverem suas demandas administrativas, como comunicação, compartilhamento de arquivos, contabilidade, SEO, engajamento de audiência, gestão de conteúdo, gestão de assinantes, design e visualização de dados, redes sociais e e-mail marketing, segurança de sites e gerenciamento de senhas, entre outros.

O guia, produzido com o apoio do Google News Initiative, tem pesquisa e redação de Talya Cooper, e edição de Nikolia Apostolou e Reed Richardson.

Na introdução, recomenda ferramentas sobre segurança de dados e criptografia, temas importantes “uma vez que tanto empresas privadas quanto regimes opressores estão ameaçando a imprensa mais do que nunca”, destaca o texto. “Tudo que os jornalistas fazem − do envio de e-mails e mensagens de texto à digitação de senhas − pode ser monitorado”.

O guia destaca, por exemplo, a plataforma ProtonMail, disponível em 26 idiomas, que criptografa e-mails em trânsito e armazenados nos servidores da ferramenta; o Element, aplicativo de mensagens com criptografia de ponta a ponta; o OnionShare, ferramenta gratuita capaz de enviar dados diretamente e com segurança do computador do remetente para o destinatário; e o gerenciador de senhas 1Password.

Confira o guia na íntegra (em inglês).

Branded Content gera recall 59% maior para marcas, diz estudo

Branded Content gera recall 59% maior para marcas, diz estudo

Artigo publicado pela Proxxima, plataforma de conteúdo do Meio&Mensagem sobre inovação e tendências em marketing, comunicação, publicidade, mercado e cultura digital, destaca um estudo que aponta que o branded content é muito efetivo na construção e valorização de marcas. Segundo a pesquisa, o método gera quase 60% mais recall do que outros tipos de publicidade digital.

O estudo foi realizado por IPG MediaLab, Forbes e Syracuse University’s Newhouse School. Executivos de Rock Content, Take Blip e Math também destacam a importância da estratégia, e compartilham dicas e ferramentas que podem ser usadas para potencializar o branded content.

Rodrigo Martins, gerente de conteúdo da Rock Content, destaca que o primeiro passo é conhecer o público, estudar os clientes, entender como ajudar a solucionar seus problemas e colocar tudo isso na mensagem que a sua marca quer passar.

“A mensagem não pode ser genérica”, diz. “O branded content não é campanha de awareness comum. Ela conecta suas personas à sua marca não pelos atributos do produto ou a exposição da marca, mas pela informação e valores emocionais que coexistem entre empresa e persona. (…) É necessário construir um conteúdo que não seja publicidade persuasiva, cative, traga mensagem positiva e, daí, sim, a marca se beneficie desta percepção aos olhos da sua persona. É uma construção de longo prazo”.

O segundo passo, destaca o artigo, é planejar canais e fazer parcerias com outras empresas para ter acesso a uma audiência que conversa com a sua persona e o seu propósito. Vinícius Martins, head de marketing e comunicação da Take Blip, afirma que o ideal é encontrar veículos que se conectem com o posicionamento da sua marca e com a audiência desejada.

“O trabalho precisa ser a quatro mãos”, destaca. “Assim como nós fornecemos insumos e conhecimento específico sobre o produto/serviço, a percepção do veículo sobre o tom da comunicação e a melhor forma de atrair a sua audiência é fundamental. O branded content é muito flexível, o que abre diversas possibilidades para a sua criação”.

Para Marcel Ghiraldini, vice-presidente de growth da Math Marketing, é possível focar no básico com técnicas de SEO e planejamento de conteúdo para entender melhor perguntas feitas para o Google. Mas vale a pena ir além para ter conteúdo realmente impactante e importante para o público.

“Estudos do Google sobre o tema mostram que, nos primeiros estágios, as pessoas não estão procurando um produto; porém, quando a marca ajuda com conteúdo útil, a confiança conquistada junto ao consumidor é ímpar, e será grande alavancador de consumo quando estiver em momento de compra”, explica Ghiraldini.

Polícia Federal intima colunista da Folha por artigo contra ministro do STF

Polícia Federal intima colunista da Folha por artigo contra ministro do STF

Conrado Hübner, colunista da Folha de S.Paulo, foi intimado pela Polícia Federal (PF) a prestar depoimento pela publicação em abril de um artigo que critica o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kássio Nunes Marques pela liberação de cultos religiosos e missas em meio à crescente onda de contágio da Covid-19.

“O episódio não se resume ao juiz mal-intencionado e chicaneiro que, num gesto calculado para consumar efeitos irreversíveis, driblou o plenário e encomendou milhares de mortes”, escreveu o colunista à época.

Em um ofício, Nunes Marques pediu providências à Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar possíveis crimes de calúnia, injúria e difamação. Segundo o ministro, o colunista da Folha “faz afirmações falsas e/ou lesivas” à sua honra.

O próprio procurador-geral da República, Augusto Aras, apresentou neste ano queixa-crime contra Hübner por publicações críticas a ele nas redes sociais e pela coluna Aras é a antessala de Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional. No texto, Hübner escreveu que “Aras não economiza no engavetamento de investigações criminais: contra Damares, por agressão a governadores; contra Heleno, por ameaça ao STF; contra Zambelli, por tráfico de influência; contra Eduardo Bolsonaro, por subversão da ordem política ao sugerir golpe”.

Em agosto, a juíza federal Pollyanna Kelly Maciel Medeiros Martins Alves rejeitou a queixa-crime de Aras, afirmando que não houve ofensa à honra dele e que a liberdade de expressão e a imprensa livre são pilares de uma sociedade democrática, aberta e plural.

Morte de parlamentar britânico incendeia debate sobre agressividade na política

Morte de parlamentar britânico incendeia debate sobre agressividade na política

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Para o Brasil, que perdeu Marielle Franco e tantos outros políticos, o assassinato de um parlamentar não espanta. No Reino Unido é coisa rara − foram nove em mais de 200 anos.

O esfaqueamento de David Amess, em 16/10, reacendeu o debate sobre a agressividade na política inflamando a sociedade, o assédio online, o anonimato nas redes e a radicalização de jovens pelas mídias sociais.

O caso dele não parece ligado às duas primeiras questões. Afável e defensor dos direitos dos animais, Amess não recebera ameaças. Era adorado na cidade costeira que representava.

Por não ocupar cargos relevantes no Partido Conservador, não era associado à polarização que tomou conta do país devido ao Brexit, incensada pela tropa de choque do primeiro-ministro Boris Johnson.

David Arness

A morte aconteceu cinco anos depois do caso de Jo Cox, parlamentar anti-Brexit. Ela foi assassinada na época do referendo por um nacionalista que gritou “Viva a Grã-Bretanha” na hora do crime.

Antes de Cox, cinco parlamentares haviam sido vítimas de atentados do IRA entre 1979 e 1990, até que a paz foi selada.

Brexit, a ruptura

Mas veio o Brexit e rachou o país, exacerbando o nacionalismo. A temperatura ferveu nas ruas e no Parlamento, na época do referendo e às vésperas da saída do bloco, em 2019.

Manifestantes pró-Brexit exibiam símbolos de extrema direita, entoando cânticos que remetiam a seitas medievais.

A narrativa política era baseada na defesa da soberania, dos empregos e dos valores nacionais. Parte da mídia embarcou, insuflando guerra cultural, aversão a imigrantes, a minorias e à Europa.

Alguns veículos não desembarcaram até hoje. Um artigo de opinião no Daily Telegraph de terça-feira (18/10) tem um título pouco amável: “A União Europeia é um império falido que condenou a si próprio à irrelevância”.

Isso mostra a herança agressiva do Brexit. Johnson conserva o tom ufanista, com falas incendiárias, modelo adotado por alguns de seus auxiliares próximos.

Manifestação pró-Brexit em Londres (2019) – Crédito: Luciana Quintanilha

Contudo, os conservadores não estão sozinhos na descortesia.

Há um mês, a parlamentar trabalhista Angela Rayner chamou os conservadores que comandam o país de “scum” (escória) durante a convenção do partido. E não retirou o que disse.

No dia seguinte à morte de David Amess, viu-se uma cena rara: Johnson e seu opositor Keir Starmer foram juntos depositar flores em memória do político.

O speaker do Parlamento tomou a frente na campanha para acabar com a linguagem agressiva na casa e prometeu impedir insultos. Pode ser que algo mude por lá, e quem sabe também na mídia mais engajada.

Redes sociais, porta de entrada para a radicalização

Já nas mídias sociais o desafio é maior, porque não se restringe às grandes plataformas. A radicalização floresce no submundo da dark web.

Mas para muitos, ela começa nas redes populares, que são acusadas de não fazerem o suficiente para conter o avanço de teorias conspiratórias, facilitado pelo anonimato dos usuários.

O autor do crime, Ali Harbi Ali, de 25 anos, não é um excluído social que virou lobo solitário. Filho de somalianos, nasceu no Reino Unido e estudou em boas escolas.

Ele não apresentava sinais típicos de terroristas, nem tinha exemplo familiar de radicalismo.

O pai, Harbi Ali Kulllane, era assessor de comunicação do ex-presidente da Somália e conhecido como liberal. Ironicamente, tem histórico de militância contra o extremismo somaliano.

Por isso as redes entraram na dança. Estudos mostram que a pandemia virou caldo de cultura para o radicalização de jovens, que ficaram mais tempo isolados e expostos a teorias da conspiração.

A inteligência britânica os chama de bedroom radicals (radicais do quarto).

Uma nova reportagem do Wall Street sobre o Facebook mostra que a inteligência artificial da empresa não consegue capturar quase nada do discurso de ódio que circula na plataforma.

A ONG britânica Hope Not Hate fez um estudo mostrando uma enormidade de conteúdos antissemitas nas redes sociais, e acha que jovens estão sendo apresentados a essas ideias por elas.

A polícia diz não saber ainda o motivo do crime. Especula-se uma ligação com o grupo al-Shabab, ligado ao Estado Islâmico. Poderia ter alguma relação com entendimentos do parlamentar com o governo do Catar para atrair investimentos para a cidade, postados nas redes sociais.

Mas não há um só culpado.

A combinação de discurso de ódio nas redes, faroeste na dark web, políticos que deveriam dar o exemplo inflamando a sociedade e parte da mídia endossando a intolerância cria a tempestade perfeita.

A morte de Amess pode acelerar a aprovação da regulamentação britânica das redes sociais, a Online Harm Bill, já chamada de David’s Law.

Por mais rigorosa que seja, no entanto, não será capaz de reverter sozinha um fenômeno de raízes profundas, que parece cada vez mais estar tornando carrancuda a fisionomia de uma nação célebre pela cortesia. Fenômeno que não é exclusivo do Reino Unido.


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Forma RP e GPeS unem-se em joint venture com foco em empresas de saúde

Forma RP e GPeS unem-se em joint venture com foco em empresas de saúde

Nasce neste mês de outubro a joint venture Forma RP + GPeS, com foco em empresas e profissionais da saúde, para aportar valor, construir reputação e gerar resultados expressivos ao negócio dos clientes. O objetivo é unir o saber-fazer das duas empresas para atender a grandes marcas do setor de Relações Públicas.

O projeto será liderado por Flavia Meirelles, fundadora e sócia-diretora da Forma RP, e Gilmara Espino, sócia-diretora da GPeS. A equipe multidisciplinar da joint venture é formada por jornalistas, revisores técnicos da área da saúde, enfermeiros, planners e designers, que atuam em parceria estratégica e a partir de um processo de construção integrado com os clientes.

A joint venture foi realizada apenas este ano, mas a parceria entre Forma RP e GPeS já acontece há quase três anos. O projeto começa atendendo a grandes marcas e eventos do setor hospitalar, como HIS, Digital Journey, Instituto do Sono, Brasil Apoio, Afip Diagnóstica e o Grupo GSH.

Flavia atua na área de comunicação corporativa há mais de duas décadas. Anteriormente, trabalhou em Lowe, Leo Burnett Tailor Made, TV Globo, Young & Rubicam Wieden+Kennedy e Aktuellmix. Em 2017, venceu o Troféu Mulher Imprensa na categoria Assessora de Comunicação – Agência.

Gilmara tem quase 20 anos de experiência no setor de saúde. É mestre em Gestão de Saúde pela FGV. Foi a fundadora e publisher da revista Melhores Práticas em Saúde, Qualidade e Acreditação. Desenvolveu, em parceria com o IQG, uma pesquisa sobre cultura de segurança que já foi aplicada por mais de sete mil profissionais da saúde. É também professora de Marketing de Saúde para cursos de MBA e pós-graduação de FGV, IPOG, Rede D’Or e ONA.

Márcia Turcato lança livro sobre bastidores de reportagens

Márcia Turcato lança livro sobre bastidores de reportagens, da ditadura à pandemia

Márcia Turcato lança o livro Reportagem − da ditadura à pandemia (Editora Telha), que ao longo de 20 capítulos conta bastidores de matérias jornalísticas que a autora produziu desde o golpe que iniciou a ditadura militar em 1964 até a atual pandemia de Covid-19.

A obra fala sobre reportagens de política, mas também de turismo na capital federal, e duas viagens para a Antártida. Entre os destaques estão o retorno ao Brasil do ex-governador Brizola, epidemias que desafiaram o sistema público de saúde, como cólera, influenza e Covid-19, um pedal no Amapá e um segredo da revista A Granja, de Porto Alegre.

Natural de Porto Alegre, Márcia atuou em veículos de imprensa de Rio Grande do Sul e Santa Catarina até se mudar para Brasília em 1988 para cobrir a Assembleia Nacional Constituinte. Na capital federal, passou por várias redações e assessorias de imprensa.

Segundo ela, a intenção da obra é homenagear jornalistas profissionais que vivem o desafio de informar com ética e compromisso social em um cenário de pós-verdade. Ao Coletiva.net, disse que ficou muito feliz que o lançamento do livro coincidiu com a entrega do Prêmio Nobel da Paz para dois profissionais da imprensa estrangeiros que combatem fake news (Leia mais em MediaTalks by J&Cia).

É possível adquirir a obra em pré-venda no site da Editora Telha.

Marília Ruiz estreia na BandNews FM

Marília Ruiz estreia na BandNews FM

Marília Ruiz estreou nessa segunda-feira (18/10) como comentarista esportiva da rádio BandNews FM, na transmissão do clássico entre São Paulo e Corinthians, ao lado de Marcelo do Ó, Bruno Camarão e do ex-jogador Denílson. Ela já fazia parte do Grupo Bandeirantes, atuando no programa Bola Rolando, do BandSports, e no 3º Tempo, da Band TV. É também colunista do UOL.

Formada pela Universidade de Brasília, iniciou a carreira como comentarista na TV CNT. Foi repórter em Band, TV Record e RedeTV, e assinou colunas em Lance, Folha de S. Paulo, Diário do Grande ABC e nas revistas Alfa e Veja São Paulo.

Anunciados os vencedores do 43º Prêmio Vladimir Herzog

43º Prêmio Vladimir Herzog
43º Prêmio Vladimir Herzog

A comissão organizadora do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos divulgou em 16/10 os vencedores de sua 43ª edição. O anúncio foi realizado através de sessão pública online, exibida ao vivo pelo canal da premiação no YouTube. Neste ano, a iniciativa contou com 700 inscrições, divididas entre suas sete categorias.

A cerimônia de premiação será realizada na próxima segunda-feira (25/10), a partir das 20h, também pelo Youtube do Prêmio Vladimir Herzog. Além dos premiados pelas reportagens, neste ano a iniciativa homenageará os jornalistas Neusa Maria Pereira e Alex Silveira, com o troféu símbolo do Prêmio, e Abdias Nascimento e José Marques de Melo (in memoriam).

Outros dois eventos completarão a programação do concurso. No sábado (23/10), às 10h, haverá um encontro com atividades de dança, poesia, música e literatura na praça Vladimir Herzog, localizada na Rua Santo Antônio, no bairro Bela Vista, em São Paulo. E no domingo (24/10), das 17h às 19h, os vencedores do prêmio participarão da tradicional roda de conversa virtual sobre os bastidores de suas reportagens.

Para Cristina Zahar, secretária-executiva da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e integrante da comissão avaliadora do prêmio, a edição deste ano contou com trabalhos excelentes em todas as categorias, o que dificultou a escolha dos vencedores. “Feminicídio, moradia, reforma agrária, meio ambiente e políticas de combate às drogas foram alguns dos temas abordados, mostrando a importância do jornalismo em apontar violações de direitos humanos e contribuir para oferecer soluções”, afirmou.

Confira a lista com os vencedores e as menções honrosas:

Arte

Título: Motociatas
Autor: Zé DAssilva
Veículo: Diário Catarinense

Charge Motociatas, de Zé Dassilva, para o Diário Catarinense

MENÇÃO HONROSA

Título: LGBTfobia está atrelada ao processo de colonização?
Autores: Norberto Liberator, Marina Duarte Maidana e Aline Correia Antonini
Veículo: Revista Badaró

 

Fotografia

Título: Grito do Subúrbio
Autor: Brenno Farias
Veículo: O Globo

Imagem Grito do Subúrbio, de O Globo, foi uma das vencedoras na categhoria Fotografia

Título: Paradoxo amazônico: 66% dos piores municípios do Brasil estão na Amazônia
Autores: Tarso Sarraf, Renato Tavares, Cleo Soares e Daniel Nardin
Veículo: O Liberal

Paradoxo Amazônico, de O Liberal, também foi premiada na categoria Fotografia

MENÇÃO HONROSA

Título: Jacarezinho
Autor: Mauro Pimentel
Veículo: Revista Badaró

 

Produção jornalística em áudio

Título: O prato do preso
Autores: João Peres, Marina Yamaoka, Victor Matioli, Victor Oliveira, Denise
Matsumoto
e Amanda Flora
Veículo: O Joio e o Trigo

MENÇÃO HONROSA

Título: Crianças refugiadas discutem no Radinho BdF o direito de migrar 
Autores: Camila Salmazio, Lua Gatinoni e Sarah Fernandes
Veículo: Brasil de Fato

 

Produção jornalística em multimídia

Título: Estado alterado
Autores: Paula Leite, Fernando Sciarra, Mariana Goulart, Luciana Coelho, Marcelo Leite, Lalo de Almeida, Sylvia Colombo, Fabiano Maisonnave, Ana Estela de Sousa Pinto, Fernanda Mena, Patrícia Campos Mello, Fábio Zanini, Thiago Amâncio, Eduardo Anizelli, Gustavo Queirolo, Simon Ducroquet, Irapuan Campos, Rubens Fernando Alencar, Danilo Verpa e Rogério Pilker
Veículo: Folha de S. Paulo

MENÇÃO HONROSA

Título: Mercúrio, uma chaga na floresta
Autores: Gustavo Faleiros, Bram Ebus, James Alberti, Tom Laffay, Ewald Scharfenberg, Marcos David Valverde, Kate Wheeling, Sonia Bridi, G. I.Sutherland, Wilfred Leeuwin, Sam Cowie, Fabiano Villela, Mônica Reolom, Cristine Kist, Fillipi Nahar, Patricia Marcano, Laura Clisanchez e Marcelo Marques
Veículo: InfoAmazonia + Fantástico + Armando.info

Produção jornalística em vídeo

Título: Eles Matam Mulheres
Autores: Vanessa Lorenzini, Laíze Câmara, Claudia Machado, Daiane Alioto, Laura Cantal, Marici Capitelli, Plinio Delphino, Marici Arruda, Sidney Turaça, Nilo Moraes, Tadeu Vicentin, Adriano Tavares, Jorio Silva, Ricardo Ramiro, Valdecy Messias, José Antonio Lippo, Jefferson Alves, Henrique Bacana, Marilia Assef e Leão Serva
Veículo: TV Cultura

MENÇÃO HONROSA

Título: Parou por quê? A reforma agrária no governo Bolsonaro
Autores: Carlos Juliano Barros, Caue Angeli e Ana Magalhães
Veículo: Repórter Brasil/UOL

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Produção jornalística em texto

VENCEDOR

Título: Café com pólvora
Autora: Sabrina Felipe
Veículo: The Intercept Brasil

MENÇÃO HONROSA

Título: Os filhos de Itaipu
Autor: Mauri König
Veículo: The Intercept Brasil

 

Livro-reportagem

VENCEDOR

Título: Brasil, construtor de ruínas – Um olhar sobre o país, de Lula a Bolsonaro (Arquipélago Editorial)
Autora: Eliane Brum

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