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quarta-feira, maio 21, 2025

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Profissão Repórter viajará o Brasil de motor e barcohome

Caco Barcellos e a equipe do Profissão Repórter viajarão pelas cinco regiões brasileiras à bordo de um motor home e um barcohome

A nova temporada do Profissão Repórter, da TV Globo, estreia no dia 11 de abril com uma proposta inédita. Pela primeira vez a equipe de repórteres comandada por Caco Barcellos viajará por todas as regiões do Brasil com o objetivo de mostrar o que falta para o País ser mais desenvolvido e sustentável, tendo como base as metas da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas por um mundo mais sustentável.

As viagens acontecerão a bordo de um motorhome pelas regiões Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste, e de um barcohome pela região Norte. “Minha expectativa é que as pessoas se aproximem da gente em volume maior e, com isso, tragam histórias para a gente contar de cada lugar que passarmos”, diz Barcellos. “Queremos desenvolver ainda mais o processo de imersão do acompanhamento das histórias e chamar atenção para a nossa presença na rua, a presença do repórter no front da notícia”.

Caco Barcellos e a equipe do Profissão Repórter viajarão pelas cinco regiões brasileiras à bordo de um motor home e um barcohome

A previsão é que cada viagem do especial Pra onde, Brasil dure cerca de dez dias. Além de serem as residências dos jornalistas durante os períodos de gravação, os veículos também funcionarão como redações itinerantes, com câmeras instaladas em diferentes pontos para mostrar todos os bastidores e os desafios de cada reportagem. Serão cinco episódios, cada um retratando os problemas de cada região e como o cumprimento desses objetivos pode trazer melhorias de vida para as pessoas.

Basilia Rodrigues sofre racismo por apoiador do deputado federal Nikolas Ferreira

Basilia Rodrigues, comentarista política da CNN Brasil, foi vítima de racismo por parte de um apoiador do deputado federal Nikolas Ferreira.
Basilia Rodrigues, comentarista política da CNN Brasil, foi vítima de racismo por parte de um apoiador do deputado federal Nikolas Ferreira.

Basilia Rodrigues, comentarista política da CNN Brasil, foi vítima de racismo por parte de um apoiador do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). “Não presta nem pra dar faxina”, comentou o internauta.

No quadro Dois Lados exibido em 14/3 pela CNN, Basilia entrevistou o parlamentar e a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS). Na ocasião, os deputados debateram a possível cassação do mandato de Nikolas por fala transfóbica no plenário da Câmara, e ele quis fazer questionamentos sobre o conceito de “ser mulher”, mas Basilia ressaltou que quem fazia as perguntas era ela, não ele.

Em seu perfil no Twitter, Basilia compartilhou o print de uma mensagem racista publicada por um entusiasta de Nikolas na caixa de comentários do canal da emissora no YouTube. “Parabéns, Nikolas. E essa repórter???? Presta nem pra dar faxina”, escreveu o racista. Na legenda, a jornalista escreveu de forma sucinta: “Isso tem nome”, em referência ao racismo sofrido.

Eco Nordeste é finalista do Prêmio Megafone de Ativismo

A Eco Nordeste é finalista do Prêmio Megafone de Ativismo, com a série Termelétricas no Nordeste. A final conta com cinco indicados.
A Eco Nordeste é finalista do Prêmio Megafone de Ativismo, com a série Termelétricas no Nordeste. A final conta com cinco indicados.

Eco Nordeste é finalista do Prêmio Megafone de Ativismo, com a série Termelétricas no Nordeste. Com apoio do Instituto ClimaInfo, a obra narra os impactos causados pelas usinas que utilizam combustíveis fósseis nos estados do Ceará, Maranhão e Sergipe.

Em quatro reportagens, publicadas ao longo de agosto de 2022, a repórter Alice Sales traz as perspectivas de comunidades tradicionais, autoridades, ativistas e pesquisadores sobre a presença das termelétricas na região.

De acordo com a Associação de Jornalismo Digital (Ajor), foram 951 inscrições em todo o Brasil, quase metade delas do Norte e Nordeste. A final conta com cinco indicados.

Os projetos são avaliados por um júri especializado que leva em conta o impacto na causa a que o ativismo se dirige e no debate público sobre o tema, a capacidade de transmitir a mensagem de forma criativa e coerente ao tema abordado e a capacidade de informar, mobilizar e inspirar outras pessoas.

Intercept Brasil é alvo de mentiras e difamação sobre doações ao PCC

Intercept Brasil é alvo de mentiras e difamação sobre doações ao PCC

O Intercept Brasil publicou na semana passada que está sendo alvo de mentiras e difamação, que associam o veículo à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Marc Sousa, coordenador de Jornalismo da Jovem Pan no Paraná e afiliado do R7, publicou em um site parceiro do portal R7 que o Intercept teria recebido doações do PCC, segundo relatório interceptado pela Polícia Federal. O veículo reiterou que a informação é caluniosa e trata-se de “jogo sujo”.

Na noite da sexta-feira passada (24/3), a equipe do Intercept recebeu um e-mail de Sousa com perguntas sobre os supostos pagamentos do PCC. Ele deu um prazo de menos de 12 horas para as respostas. O Intercept buscou e analisou os 17 nomes das pessoas ligadas ao PCC mencionadas no relatório, e detectou que nenhum deles consta na lista de doadores. O Intercept destaca também que, curiosamente, não há nesse relatório da PF menção ao nome da pessoa que teria escrito tal documento.

A matéria, porém, foi publicada por Sousa sem qualquer posicionamento do Intercept, enviado cerca de 40 minutos antes da publicação da nota. Apenas depois de horas de exigências do Intercept, o texto foi atualizado com o posicionamento do veículo. “Uma mentira intencional ou uma falha grosseira dos padrões jornalísticos, se não ambos”, declarou o Intercept.

Sérgio Moro (esq.) e Marc Sousa

O veículo destaca que Sousa trabalha na Jovem Pan, que já foi assunto de diversas matérias do Intercept, como a perda de mais de R$ 830 mil após campanha de desmonetização por incentivar discursos golpistas. Vale lembrar que o Intercept também já foi alvo de ataques da Record e do R7, após revelar a pressão interna nas redações desses veículos para apoiar o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro nas eleições de 2018.

O relatório citado faz parte dos autos da investigação sobre os supostos planos do PCC contra o ex-juiz Sergio Moro. A juíza que quebrou o sigilo do relatório é Gabriela Hardt, sucessora de Moro na Lava Jato, que prometeu processar quem divulgasse suas mensagens na época da Vaza Jato, série do Intercept que divulgou diálogos de Moro com procuradores.

Em nota, o Intercept Brasil declarou que não aceitará “tentativas maliciosas de manchar não apenas a nossa reputação, mas também a da nossa comunidade. Fazemos um jornalismo sério, baseado em evidências e não daremos nenhum passo atrás”. O site destacou que não é a primeira vez que sofre ataques do tipo: “Já fomos investigados em CPIs, ameaçados de prisão, gravados clandestinamente e tivemos nosso endereço espalhado nas redes, entre outros absurdos – apenas por fazer nosso trabalho sério, que pisa no calo de muita gente”.

Relatório teria sido adulterado digitalmente, diz especialista

Segundo matéria publicada na Revista Fórum, o relatório citado tem grandes chances de ter sido adulterado. A revista conversou com Mario Gazziro, professor de computação forense da Universidade Federal do ABC e no MBA na USP, que analisou o documento. Segundo ele, “há 95% de chances de que houve adulteração digital”.

O professor destaca que pelo menos três linhas do relatório foram adulteradas. Ele e sua equipe fizeram uma análise digital da imagem publicada no R7, e encontraram “grave indício de manipulação digital pela técnica ELA (error level analysis), usando o software forense chamado Sherloq”.

Imagem do relatório divulgada por Marc Sousa
Análise da imagem
Análise da imagem que mostra onde pode ter havido adulteração

“Não me refiro apenas ao contorno em vermelho adicionado à edição, pois o padrão azul indica que o conteúdo dentro dessas linhas não é compatível com o padrão de artefatos de compressão do resto da imagem, demonstrando claramente (e com validade em tribunal) que esse conteúdo foi substituído ou editado”, explica o Gazziro. “As regiões em azul foram destacadas após aplicação de um filtro conhecido como análise ELA a 95% que destaca regiões as quais não seguem o mesmo padrão de artefatos de compressão do restante do documento, provando que aqueles trechos sofreram adulteração digital”.

Nas linhas citadas pelo professor estão justamente as supostas doações do PCC ao Intercept Brasil. Segundo Gazziro, essa análise foi enviada a outros especialistas, que concordam que a imagem teria sido adulterada digitalmente.

LiveSports lança programa com Flávio Prado, Celso Cardoso e Paulo Sérgio

LiveSports lança programa com Flávio Prado, Celso Cardoso e Paulo Sérgio

A LiveSports estreia nesta segunda-feira (27/3), às 17h, o programa Entre Linhas – Futebol Debate, com Flávio Prado, Celso Cardoso e Paulo Sérgio. Será um debate semanal, que receberá convidados de peso, como ex-jogadores, treinadores, jornalistas e comentaristas esportivos. O programa terá ainda a participação de torcedores.

Flávio será o apresentador, com Celso e Paulo como comentaristas. “Cada integrante traz sua própria experiência e conhecimento, oferecendo uma variedade de perspectivas e opiniões sobre os tópicos mais quentes do mundo do futebol”, explica Flávio.

Para João Palomino, CEO da LiveSports, “o futebol é o primeiro esporte no Brasil. E costumo dizer que o segundo esporte mais popular é falar sobre futebol. As mesas, os debates, as conversas são modelos mais do que consagrados. Estão sempre em evidência porque a opinião responsável e inteligente sempre terá espaço”.

O episódio de estreia será com o treinador Fernando Diniz, do Fluminense. Acompanhe no canal do programa no YouTube.

Globo Repórter completa 50 anos e terá programação especial

Globo Repórter completa 50 anos e terá programação especial

O Globo Repórter completa 50 anos no próximo dia 3 de abril. Em comemoração ao marco, fará uma série de cinco programas especiais, a partir da próxima sexta-feira (31/3).

Eles abordarão temas como tecnologia, sociedade, saúde, meio ambiente e viagens, mostrando como os brasileiros se informam com o Globo Repórter e o impacto das reportagens dele na vida dos entrevistados.

Comandarão os especiais Ernesto Paglia, Pedro Bassan, Beatriz Castro, Lilia Teles e Jorge Pontual. Segundo a diretora Mônica Barbosa, esses repórteres tiveram participações expressivas no programa ao longo dos últimos anos.

Em 31 de março, com o tema Tecnologia, Ernesto Paglia revisitará momentos de grandes transformações e olhar para o futuro, ao lado de brasileiros que ajudam a contar a história da revolução digital.

Em 7 de abril, a reportagem de Pedro Bassan falará sobre mudanças na Sociedade nos últimos cinco anos, abordando temas como trabalho, casamento, racismo, machismo e preconceito.

Em 14 de abril, o tema será Saúde. Lilia Teles mostrará as descobertas científicas que transformaram a vida dos brasileiros, resgatando histórias de pessoas que hoje vivem melhor após adotarem estilos de vida mais saudáveis.

Em 21 de abril, Beatriz Castro falará sobre Meio Ambiente. Ela foi ao Parque do Xingu para revisitar indígenas que apresentaram anteriormente no Globo Repórter a cerimônia do quarup.

E em 28 de abril, com o tema Viagens, Jorge Pontual convidará o público a rever culturas que o programa apresentou aos brasileiros, além de viagens importantes para a televisão brasileira, incluindo algumas de Glória Maria.

MPF processa Record por desrespeito aos direitos humanos

MPF processa Record por desrespeito aos direitos humanos

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação civil pública contra a Record TV por causa do programa Balanço Geral Pará, que exibiu cadáveres em pleno horário de almoço e entrevistou presos de forma humilhante, sem direito de defesa. O programa é acusado de desrespeitar direitos humanos.

Segundo informações do Notícias da TV, o MPF monitorou por três meses as edições do Balanço Geral no Pará, após denúncia da Secretaria Extraordinária de Cidadania e Direitos Humanos do Município de Belém, em fevereiro de 2020, que se incomodou com reportagens do programa. O MPF argumentou que encontrou diversas violações de direitos humanos no Balanço Pará, apresentado desde 2017 por Marcus Pimenta. A ação também tem como réus a União e o judiciário do Pará, por falta de fiscalização.

“O apresentador sentencia suspeitos já como réus em processo penal, atropelando o princípio do devido processo legal, que, por conseguinte, garante os princípios do contraditório e da ampla defesa, bem como a cláusula da presunção da inocência. Em desrespeito a tão importantes princípios, o apresentador passa o período de suas narrativas tratando-os com a designação de bandidos, postura e atitude que não têm lugar em um Estado Democrático de Direito”, diz o MPF.

A ação diz também que repórteres da Record entrevistam suspeitos de crimes em delegacias sem qualquer direito de resposta, defesa ou advogado, confrontando-os por seus supostos crimes sem terem como se defender. O MPF destaca ainda que a maioria desses entrevistados é negra, o que denotaria racismo por parte da linha editorial do programa.

Sobre a exibição de cadáveres no programa, para o MPF o conteúdo é “chocante e inadequado para a televisão, além de expor vítimas de violência extrema sem necessidade”.

O MPF pede que a Record assine um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), para se comprometer a não exibir mais cadáveres no programa e não entrevistar suspeitos de forma humilhante e sem antes consultar seus advogados. A emissora pagará uma multa de R$ 10 mil para cada termo não atendido.

Flamengo barra UOL em treino por denúncia sobre incêndio no Ninho do Urubu

Uma equipe do UOL foi impedida de cobrir um treino do Flamengo no CT Ninho do Urubu, na manhã desta quinta-feira (23/3). Segundo o portal, outras equipes de imprensa conseguiram acompanhar o time, mas só o UOL foi barrado.

A ação ocorre após reportagem do UOL sobre o caso do incêndio no Ninho do Urubu, que matou garotos da base do Flamengo em fevereiro de 2019. Na matéria, o UOL conversou exclusivamente com o engenheiro eletricista José Bezerra, que declarou ter visto o CEO Reinaldo Belotti ordenar a retirada de partes de uma instalação elétrica problemática, o que alteraria a cena do incêndio enquanto a perícia ainda acontecia. O clube nega as acusações e está processando o engenheiro por “alegação caluniosa e feita sem provas”.

O UOL declarou que espera um posicionamento do clube sobre ter impedido a entrada dos jornalistas e que o publicará quando tiver retorno. O portal destacou também que, à época da reportagem, procurou o Flamengo para esclarecimentos e publicou as respostas do clube.

Cléber Machado deixa a Globo depois de 35 anos

Cléber Machado deixa a Globo depois de 35 anos

O narrador Cléber Machado deixou a Rede Globo após 35 anos de casa, em decorrência de um processo de renovação no setor de Esportes que a emissora está promovendo.

Segundo o Notícias da TV, a demissão ocorre após uma perda de espaço nas narrações. Nos últimos anos, a Globo optou por escalar Luís Roberto para comandar as transmissões dos principais torneios esportivos, narrando finais de Copas do Brasil e jogos da seleção brasileira na ausência de Galvão Bueno, enquanto Cléber ficou mais restrito a jogos dos times paulistas de futebol. Ele, inclusive, ficou de fora da equipe que viajou ao Catar para cobrir a Copa do Mundo do ano passado.

Em nota, a Globo confirmou a saída do narrador, e destacou a importância de sua trajetória no departamento de Esportes da emissora: “Sua história profissional se mistura à história do esporte da Globo e, além de futebol, automobilismo, basquete, vôlei, atletismo, entre outras modalidades, ele mostrou versatilidade ao atuar também como apresentador e comentarista em programas da TV Globo e do SporTV e ao ancorar transmissões de desfiles de Carnaval”. A Globo escreveu que deixa as portas abertas para um possível retorno no futuro.

Uma das principais vozes do Esporte da Globo, Cléber chegou à emissora em 1988. Narrou diversos eventos esportivos, como nove Copas do Mundo, Olimpíadas, Fórmula 1, Campeonato Brasileiro, Libertadores, Copa do Brasil e outros torneios de futebol. Antes, trabalhou em Rádio Tupi, TV Gazeta de SP e Bandeirantes.

Cléber Machado é mais um dos profissionais demitidos no processo de reformulação do departamento de Esportes da Globo. Na semana passada, a emissora anunciou a saída do também narrador esportivo Jota Júnior. E no começo desta semana, a apresentadora Fernanda Gentil deixou o canal.

As fronteiras borradas entre pessoal e corporativo no uso de mídias sociais

Ajor defende que plataformas digitais remunerem veículos pelo conteúdo

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Embates como os da semana passada entre a BBC e o comentarista esportivo Gary Lineker, suspenso por um tuíte, acontecem com mais frequência do que se imagina, colocando em lados opostos empregadores e profissionais por conta de posts em contas pessoais.

Mas nem todos recebem a atenção de um caso envolvendo uma das maiores empresas de mídia do mundo e uma celebridade com quase 9 milhões de seguidores no Twitter.

As mídias digitais são relativamente novas, e os padrões para seu uso ainda não estão totalmente definidos.

No jornalismo as regras são mais claras, sob a ótica de que profissionais de imprensa são identificados com as empresas de mídia para as quais trabalham. Suas posições pessoais podem colocar em risco a percepção de imparcialidade.

A professora e pesquisadora britânica Kelly Fincham, da Universidade de Galway, na Irlanda, fez uma pesquisa sobre as políticas de empresas jornalísticas como a própria BBC e outras como ESPN, NPR e Guardian. Há linhas comuns, como o entendimento de que retuíte pode ser interpretado como endosso.

Fora do jornalismo os limites são mais difusos. Um exemplo é uma pesquisa divulgada esta semana pelo instituto YouGov, revelando o desconforto dos britânicos com empregadores bisbilhotando o que postam.

Mais da metade (53%) dos entrevistados discordam em teoria que empresas peçam para verificar contas pessoais nas redes em processos seletivos. Somente 32% aceitam a prática.

Há exceções, como em contratações para posições que envolvam cuidados com crianças ou pessoas vulneráveis. Nesses casos, 64% acreditam que é uma atitude correta.

Pedir o mesmo a candidatos a cargos executivos como CEO é aceitável para a metade dos entrevistados.

Mas quando a pergunta é sobre se aceitariam compartilhar suas próprias contas como condição para conseguir um emprego, a resistência é maior.

Quatro em cada dez britânicos (39%) não estariam dispostos a mostrar seus perfis a um possível empregador, incluindo 22% que dizem que  “relutariam muito” em fazê-lo.

Tecnicamente, as empresas ou headhunters não precisariam pedir autorização, a não ser em casos de perfis fechados. No entanto, a pesquisa indica que o ato de verificar o que um indivíduo posta em suas redes não é bem aceito pela maioria.

Assim como quase tudo que envolve tecnologia, as opiniões mudam com a faixa etária. Metade dos entrevistados com idade entre 18 e 24 anos não veem problema em indicar suas contas. Apenas 25% de pessoas acima de 55 anos pensam o mesmo.

Talvez temerosas de afastar bons candidatos em um mercado de trabalho afetado pelo êxodo de profissionais depois do Brexit, as empresas britânicas parecem estar cuidadosas − ou muitas estão bisbilhotando sem avisar.

O estudo do YouGov constatou que somente 5% dos entrevistados receberam pedidos para divulgar suas redes em processos seletivos. De novo, os jovens foram os mais demandados: 6% deles admitiram ter recebido a solicitação, contra apenas 1% entre pessoas acima de 55 anos.

Um em cada seis entrevistados com menos de 24 anos acredita que foi rejeitado em um emprego ou promoção por suas postagens nas redes. E Lineker não está sozinho no bloco dos que levam puxão de orelhas dos empregadores pelo que postam: 5% dos britânicos declararam ter vivido a mesma situação, percentual que sobe para 14% entre os abaixo de 24 anos.

O risco de má percepção por parte de empregadores não vem apenas do que se posta na atualidade. Pode vir também de algo feito com a melhor das intenções: o sharenting. Pais que publicam fotos de seus pequenos em situações constrangedoras, como pirraças, podem criar problemas para eles no futuro.

Na França, um projeto de lei proibindo o sharenting tramita no Senado, estabelecendo regras para que os pais sejam impedidos por um juiz de família de postar imagens dos filhos, caso sejam consideradas excessivas ou prejudiciais.

Esses não vão ter que se preocupar com situações ridículas no futuro, que podem não causar a perda de uma vaga, mas são capazes de gerar oportunidades para bullying.


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