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TJ-RJ mantém queixa-crime contra Aos Fatos e entidades repudiam decisão

TJ-RJ mantém queixa-crime contra Aos Fatos e entidades repudiam decisão

O desembargador da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Marcelo Castro Anátocles da Silva Ferreira indeferiu nessa terça-feira (22/8) um pedido de trancamento de uma queixa-crime do Jornal da Cidade Online contra a diretora executiva do Aos Fatos, Tai Nalon.

Acusada de difamação e concorrência desleal por investigar a divulgação e a monetização de notícias falsas movida pelo site, Nalon pedia o cancelamento da ação e da audiência de instrução.

A queixa-crime é mais um dos episódios de assédio judicial perpetrado pelo Jornal da Cidade Online, investigado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e no STF (Supremo Tribunal Federal) por participar e se beneficiar financeiramente de campanhas de desinformação.

A audiência de instrução e julgamento estava marcada para esta quarta-feira (23) na sede do TJ-RJ. Em nota, entidades de defesa do jornalismo repudiaram a decisão pela continuidade do processo, condenaram a criminalização da imprensa e classificaram a audiência como “flagrante ataque ao direito de acesso à informação e ao direito de informar”.

Confira mais detalhes.

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Luís Artur Nogueira deixa a Jovem Pan News

Comentarista econômico e apresentador da TV Jovem Pan News desde a estreia do canal, em outubro de 2021, o jornalista e economista Luís Artur Nogueira anunciou sua saída da emissora nesta semana.

Segundo ele, a decisão foi motivada por um conflito de sua agenda com os horários de gravação. “A demanda por presença no estúdio em diversos horários ficou incompatível com a minha agenda e, então, decidimos, em comum acordo com a direção, encerrar o contrato”, afirmou.

No período em que esteve na Jovem Pan News, Noqueira apresentou o programa Mercado Financeiro ao lado de Samy Dana e fez comentários no Jornal da Manhã, no programa Prós e Contras e no Jornal Jovem Pan.

Listado entre os +Admirados Jornalistas da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças, eleição promovida por este Portal dos Jornalistas e pela newsletter Jornalistas&Cia, Luís Artur Nogueira teve em quase 30 anos de carreira passagens por Rádio Trianon, Rádio Bandeirantes, Exame e IstoÉ Dinheiro, onde foi editor de economia e apresentador de programas em parceria com a B3. Atualmente, segue como colunista da Dinheiro e da revista MundoCoop, além de ser palestrante.


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Prêmio Glória Maria é aprovado na Comissão de Justiça da Assembleia paulista

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O Observatório Nacional de Violência contra Jornalistas, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, promoverá o Prêmio Glória Maria. A ideia, da deputada Monica Seixas, do Movimento Pretas do PSOL, obteve em 9/8 parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa de São Paulo, dando andamento ao projeto protocolado por ela.

A iniciativa busca reconhecer pessoas, entidades, organizações e empresas de jornalismo e comunicação com destaque na atuação em defesa dos direitos da população negra e resgate histórico e cultural das contribuições do povo negro no Estado de São Paulo.

“Sou jornalista de formação e sempre tive o desejo de promover a pauta do debate racial dentro das redações”, afirma a deputada. “Muito se discute sobre o papel do jornalismo no combate a fake news e na manutenção da democracia, mas é urgente o debate sobre o papel da imprensa na luta antirracista e, para isso, precisamos de diversidade na imprensa”.

Embora a população seja majoritariamente negra e parda (56%), somente 20% dos profissionais de imprensa fazem parte desse grupo. O estudo Perfil Racial da Imprensa Brasileira, realizado há dois anos por este Portal dos Jornalistas e pela newsletter Jornalistas&Cia, também aponta que 98% desses comunicadores enfrentam mais dificuldade do que brancos de se desenvolverem profissionalmente.

Para Lázara Carvalho, chefe de gabinete da Secretaria Nacional de Justiça e coordenadora executiva do observatório, “a liberdade de imprensa é um direito conquistado e pilar da democracia, assim como a equidade racial e de gênero”. Segundo ela, “Glória Maria, como pioneira e lutadora que sempre foi, representa o jornalismo sério, destemido e ativo, por isso não há melhor nome para esse prêmio”.

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Fala lança incubadora para organizações de comunicação na Amazônia

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Fala, estúdio de impacto que atua em projetos de direitos humanos e meio ambiente, lançou a incubadora-laboratório LABFALA. A iniciativa, alinhada à Agenda 2030 da ONU, visa a apoiar e fortalecer nano e micro-organizações de comunicação e audiovisual no Brasil.

O projeto busca fomentar e potencializar a produção de conteúdos e narrativas que tragam visões locais e autênticas de regiões e territórios. Para tal, as organizações selecionadas receberão seis meses de mentorias especializadas e recursos financeiros que propiciem o desenvolvimento de seus projetos.

A metodologia irá orientar os participantes dos passos iniciais, como a criação de um CNPJ, até a produção de uma campanha de impacto. As principais áreas abordadas são gerenciamento e estrutura, governança, captação de recursos, sustentabilidade financeira, comunicação de impacto e preparação para pitchs.

“Construímos a jornada do LABFALA pensando em questões reais e práticas”, explica Renata Rossi, coordenadora da incubadora-laboratório. “Depois de seis meses, as instituições terão passado por todas as etapas de um projeto, da ideia inicial até meios de financiá-lo. Com o apoio dos mentores, descobrirão atalhos e novos modos de fazer e poderão replicar na prática”.

A primeira edição do LABFALA acontece na Amazônia Legal e acolhe as organizações Abaré Escola de Jornalismo e Rede Wayuri. Organizações interessadas em receber mentoria devem se inscrever através do formulário.

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Para economizar, CNN Brasil pode mudar de sede em São Paulo

Sindicato denuncia pressão editorial contra jornalistas da CNN Brasil

A CNN Brasil passa por uma crise econômica, que provocou demissões das últimas semanas. Para economizar, a emissora estuda mudar de sede em São Paulo e até mesmo alterar seu nome. As informações são de Gabriel Vaquer, do F5/Folha de S.Paulo.

Atualmente, a CNN Brasil tem contrato válido por 15 anos com a Warner Bros Discovery, dona da marca mundialmente. A cada três anos, a emissora precisa desembolsar US$ 12 milhões (cerca de R$ 59,5 milhões) para a Warner pelo uso do nome CNN. A empresa está negociando com os donos da marca nos Estados Unidos para reduzir os valores pagos, mas, segundo o F5, não houve sucesso nas tentativas. Caso não seja possível reduzir os custos, a CNN estuda uma mudança de nome para Itatiaia.

O F5 teve acesso a uma pesquisa que teria sido feita no mês passado pela Quaest com assinantes de TV por assinatura para saber o nível de conhecimento da Itatiaia, empresa do mesmo Grupo da CNN Brasil. A pesquisa foi feita a pedido da holding Conedi Family Office, que pertence a Rubens Menin, dono da CNN Brasil, e uma das perguntas era se a Itatiaia é um veículo de credibilidade para estar na TV paga. Ao F5, a CNN declarou que não há planos para mudança de nome. A Quaest também negou a pesquisa.

A CNN Brasil também estaria estudando mudar de endereço. A sede atual, na Avenida Paulista, é considerada um exagero de investimento. A ideia é procurar uma nova sede mais espaçosa e com custos menores.

ClaroTV+ lança canal com foco em mudanças climáticas

ClaroTV+ lança canal com foco em mudanças climáticas
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A Claro TV+ estreou em 18/8 a C3 TV, primeiro canal por assinatura dedicado exclusivamente às mudanças climáticas no Brasil e no mundo. Idealizado pelos fundadores do Grupo Climatempo, os meteorologistas Carlos Magno e Ana Lúcia Frony, tem o objetivo de conscientizar a população sobre os desafios climáticos.

A plataforma busca contribuir com o enfrentamento de alterações climáticas através de informação e conhecimento científico. A emissora contará com documentários, cientistas e especialistas para explicar fenômenos ambientais e os efeitos das ações humanas no clima do planeta.

“As ações humanas são as grandes responsáveis pelas catástrofes ambientais que estamos vivendo, motivo pelo qual é fundamental que todos repensem sobre como os seus hábitos estão impactando o mundo”, ressalta Magno. “Mais do que um canal, a C3 TV é um movimento que busca chamar atenção para as mudanças climáticas e seus impactos no dia a dia. Precisamos unir forças no enfrentamento desse desafio global”.

A programação inclui diversos formatos, entre eles, interações nas redes sociais e noticiário 24 horas por dia. O canal será dirigido por Paulo Polli, que já produziu e distribuiu conteúdos em TV Vanguarda e Rede Viva.

 

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CIDH cria Mesa de Trabalho para acompanhar investigação de assassinato de Dom Phillips e Bruno Pereira

Dom Phillips e Bruno Pereira: um ano sem respostas
Crédito: X (Twitter)/Cristiano Siqueira (@crisvector)

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) anunciou no começo do mês a criação de uma Mesa de Trabalho Conjunta para monitorar ações ligadas às medidas cautelares concedidas no caso dos assassinatos de Dom Phillips e Bruno Pereira, mortos a tiros em junho de 2022 enquanto investigavam pesca ilegal na Amazônia.

Nos próximos dois meses, o grupo vai elaborar um plano de ação para garantir investigações mais rápidas e transparentes sobre os responsáveis pelos assassinatos, além de incentivar medidas para acabar com violações de direitos humanos na região do Vale do Javari, e garantir a segurança de jornalistas e defensores de direitos humanos.

A Mesa de Trabalho é fruto de uma proposta conjunta do governo brasileiro com os beneficiários das medidas de proteção e organizações defensoras da liberdade de expressão e de imprensa. São elas Artigo 19 Brasil e América do Sul, Alianza Regional por la Libre Expresión e Información, Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Instituto Vladimir Herzog, Instituto Tornavoz, Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato, Repórteres Sem Fronteiras, Univaja e Washington Brazil Office.

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STJ retoma julgamento sobre indenização de Ustra a família de jornalista assassinato na ditadura

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) retomou na semana passada o julgamento sobre a indenização dos herdeiros do coronel Carlos Brilhante Ustra para a família do jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino, assassinado em 1971. Um dos mais cruéis torturadores da ditadura militar, Ustra morreu em 2015.

Merlino, militante do Partido Operário Comunista, foi preso em 15 de julho de 1971. Levado à sede do DOI-Codi, em São Paulo, foi torturado por 24 horas e assassinado quatro dias depois. Na época, alegou-se que o jornalista tinha morrido após ser atropelado em uma tentativa de fuga. Porém, segundo denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a morte ocorreu após a tortura, da qual participaram, além de Ustra, os policiais civis Aparecido Laertes Calandra e Dirceu Gravina. Os três foram denunciados por homicídio pelo MPF.

A família de Merlino venceu em primeira instância e ganhou o direito à indenização de 100 mil reais por danos morais, mas o caso foi parar na Corte superior. A condenação foi definida pela 20ª Vara Cível do Foro Central da Capital paulista, que também reconheceu a participação de Ustra nas sessões de tortura. A decisão, porém, foi anulada em 2018 pela 13ª Câmara Extraordinária de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), sob a justificativa de que o crime teria prescrito.

A família de Merlino recorreu da decisão e o caso foi parar no STJ. No começo de agosto, o ministro Marco Buzzi, relator do caso, votou a favor do pagamento de indenização à família do jornalista, sob justificativa de “imprescribilidade de reparação civil por crimes de tortura na ditadura militar”. Porém, a ministra Isabel Gallotti abriu divergência e votou por manter o acórdão do TJSP. O julgamento foi suspenso e retomado na semana passada.

Jovem Pan tenta acordo com MPF para impedir cassação de concessões

Jovem Pan reformula equipe de jornalismo

A Jovem Pan está tentando um acordo com o Ministério Público Federal (MPF) para impedir a cassação de suas três concessões públicas. Segundo informações do F5, da Folha de S.Paulo, uma audiência de conciliação entre as duas partes está marcada para quinta-feira (24/8), em São Paulo. Há otimismo nos bastidores do veículo.

Em junho, o MPF pediu a cassação das outorgas públicas de rádio da Jovem Pan, por causa de constantes ataques e desinformação veiculados pela empresa contra o processo eleitoral, instituições e a democracia do Brasil. O MPF declarou ter mais de 13 mil horas de conteúdos em que a Jovem Pan ataca a democracia e as instituições. O órgão propõe o pagamento de indenização de mais de R$ 13 milhões por danos coletivos, além da veiculação de mensagens sobre a eficiência do processo eleitoral e de outras instituições durante a programação do veículo. A CGU (Controladoria Geral da União) está avaliando o caso, mas ainda não há prazo para julgamento.

O F5 teve acesso a um documento no qual a Jovem Pan alega estar disposta a ajustar sua conduta e resolver a situação de forma consensual, sem que o caso precise ir à Justiça. O MPF não se opôs à conciliação. Para a Jovem Pan, a cassação das concessões é uma medida radical e uma espécie de censura. A empresa lançou nas redes sociais a campanha Somos Todos JP, para obter apoio de telespectadores na internet contra a medida.

Fantástico revela identidade do “repórter secreto” Eduardo Faustini

Eduardo Faustini (Reprodução: Fantásrtico/TV Globo)

Em mais um capítulo da série de reportagens que comemora os seus 50 anos, o Fantástico revelou neste domingo (20/8) a identidade de Eduardo Faustini, o “repórter secreto”. Foi a primeira vez que o profissional exibiu sua imagem no programa que o consagrou e onde atuou por 26 anos até sua saída em 2021.

“As pessoas fazem muita confusão, achando que eu não mostro o meu rosto para me proteger”, explicou o jornalista, aparentemente nervoso por conceder a entrevista exibindo seu rosto pela primeira vez. “Mas, na realidade, eu nunca mostrei o rosto para proteger o meu trabalho. Porque o fato de eu não ser conhecido possibilitou que eu fizesse muitas matérias de infiltração, que eu frequentasse lugares sem ser reconhecido”.

Eduardo Faustini (Reprodução: Fantásrtico/TV Globo)

Além das vantagens profissionais do anonimato, Faustini também destacou que outro motivo para não revelar sua identidade por quase três décadas foi para preservar sua família. “Eu sabia o peso da minha responsabilidade. Eu sacrifiquei a minha família, minha mulher, meu filho — e eles nunca me cobraram. Mas eles sabem o que passaram. O meu filho fez a faculdade com policiais na porta da sala de aula”.

Faustini começou a carreira como repórter investigativo da extinta Rede Manchete em 1990, migrando para o SBT dois anos depois. Em 1995, ele começou a trabalhar na Rede Globo e já a partir de 1996 passou a integrar a equipe do Fantástico. Ao longo de seu trabalho na emissora, o “repórter secreto” foi ameaçado diversas vezes devido às investigações que participou.

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