O presidente Lula promoveu na manhã dessa quinta-feira (12/1) um café da manhã com jornalistas para responder a perguntas dos profissionais, no Palácio do Planalto. Em seus dois mandatos anteriores, ele também promoveu encontros do tipo com a imprensa.

Ao todo, estiveram presentes representantes de 38 veículos. Segundo relato do Poder360, os presentes sentaram-se a uma mesa em formato de “U”. Mas Lula, ao ver a disposição dos profissionais, disse que a mesa deveria ser quadrada para que a distância entre os presentes fosse menor.

Durante o encontro, o presidente pediu para os jornalistas se apresentarem. Fez uma declaração inicial e depois respondeu a perguntas dos profissionais. Foi permitido gravar a conversa, e, após o café, a equipe de comunicação do Planalto tirou uma foto com todos reunidos.

Lula respondeu a perguntas de repórteres de CartaCapital, SBT, Rede TV, TV Globo, CNN Brasil e Brasil247. Também participaram jornalistas de Anadolu, Bandnews FM, Bandnews TV, Bloomberg, CBN, Congresso em Foco, Correio Braziliense, EBC, EFE, Estadão, Folha de S.Paulo, Fórum, GloboNews, Jota, Metrópoles, Poder360, O Globo, O Tempo, R7, Rádio Itatiaia, Rádio Jornal do Commercio, Rádio Nacional, RBS, Rede Vida, Reuters, The Guardian, TV Bandeirantes, TV Meio Norte, TV Record, UOL e Valor Econômico.

O presidente publicou a foto tirada com os jornalistas em suas redes sociais e escreveu: “Voltei para consertar o Brasil, e o papel de vocês, jornalistas, é me cobrar”. O perfil oficial da Presidência da República no Twitter também publicou o registro, dizendo que “respeito e transparência com a imprensa não vão faltar no atual governo”. É possível assistir à íntegra da entrevista de Lula no café da manhã com jornalistas no YouTube.

O tratamento do atual presidente para com os jornalistas é muito diferente do que foi visto nos quatro anos do governo Bolsonaro, marcados pela hostilidade à imprensa, com ataques frequentes. Segundo dados da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), o número de ataques a jornalistas bateu recorde em 2022, com 504 casos identificados, um aumento de 11,3% em relação a 2021, que registrou 453 ataques. Vale destacar que 58% dos ataques gerais tiveram a participação direta de atores políticos, forças policiais ou outros servidores públicos.

No ano passado, 122 ataques foram direcionados a mulheres jornalistas, incluindo xingamentos misóginos e que tentavam desqualificar as profissionais. Em diversas ocasiões, o ex-presidente Bolsonaro atacou diretamente mulheres jornalistas que o questionaram.

Em novembro do ano passado, Lula garantiu que o tratamento com mulheres jornalistas e com a imprensa em geral será diferente em seu governo: “Tenho certeza de que, independentemente da pergunta que vão fazer, não vão ser mais ofendidas por um presidente da República. Não vão ser violentadas verbalmente por um presidente da República”, disse Lula, em Brasília, em entrevista a jornalistas.

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