Atualizada em 10/11/2015, 16h40 Os trabalhadores da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) decidiram entrar em greve a partir de zero hora desta 3ª.feira (10/11). A decisão foi tomada em assembleia realizada em 5/11 e envolve as quatro praças de atuação da empresa: São Paulo, Rio de janeiro, Brasília e São Luís. Diz nota do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo que, “em negociação desde o mês de setembro, a empresa se manteve intransigente em oferecer zero de reajuste para as cláusulas econômicas. Os trabalhadores, por sua vez, mantiveram a contraproposta de 9,43%, referente ao IPCA do período. Na última rodada a empresa refez a proposta, oferecendo um reajuste de 2,5% para este ano e 2,5% para 2016 e fazendo valer a Convenção Coletiva de Trabalho por 2 anos”. Na assembleia do dia 5 os profissionais aprovaram o envio de uma carta à presidente Dilma Rousseff e ao ministro-chefe da Secom Edinho Silva cobrando “respeito aos trabalhadores, ao caráter público da EBC e sua importância para a democratização da comunicação no Brasil”. Rodrigo Dindo, superintendente Executivo de Comunicação, Marketing e Negócios da EBC, disse ao Portal dos Jornalistas que, nesse primeiro dia de greve, a empresa avaliava a situação da programação e conversava com representantes dos veículos que não aderiram à paralisação para melhor operacionalidade do jornalismo nesse período. Em nota, a Gerência de Comunicação Institucional da empresa informou que, na sétima reunião da ACT entre a Comissão de Negociação da EBC e os representantes das entidades sindicais, realizada em 9/11, em Brasília, “a empresa apresentou nova proposta de reajuste anual de salários de 3,5%, no limite das suas possibilidades. Diante desse quadro de greve, apesar das tentativas de negociação da empresa, não resta outra opção a não ser ingressar com pedido de Dissídio Coletivo junto ao TST. A direção da EBC lamenta a deflagração da greve e mantém sua disposição para encontrar uma solução negociada. E reitera que respeita o Direito de Greve, consagrado na Constituição Federal, mas também considera importante que seja respeitado o direito daqueles que quiserem trabalhar. Por desempenhar atividades essenciais, a EBC espera que o mínimo de pessoal a ser determinado pela Justiça do Trabalho seja respeitado pelos sindicatos e acompanhado pelos gestores”. Reunidos novamente no início da tarde desta 3ª, os funcionários decidiram pela manutenção da greve e da pauta de reivindicações.