O Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ) produziu um guia para profissionais locais que fazem a cobertura de violência armada. O chamado Segurança psicossocial: Cobrindo a violência armada em sua comunidade contém dicas para a preservação da saúde mental antes, durante e após realizá-las.

O guia reconhece a importância da cobertura local em conflitos para trazer uma perspectiva fiel e realista dos acontecimentos. Contudo, segundo artigo publicado por Bruce Shapiro, a proximidade emocional e geográfica com temas sensíveis pode causar estresse, esgotamento e a probabilidade de desenvolver TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático).

Antes da cobertura, é recomendado que os chefes de redação ofereçam ferramentas de suporte à equipe ou repórter designado para o trabalho. Além de se preparar para possíveis ligações, observar sinais de estresse em outros membros da equipe, mesmo que não estejam em campo. Durante a cobertura, devem fornecer aos profissionais preparo para o distanciamento jornalístico das fontes. E, ao fim dela, aconselha-se a permissão de afastamento, intervalo ou direcionamento para coberturas de assuntos leves.

Para os repórteres, antes de iniciá-las é sugerido perceber e respeitar seus próprios sinais de que algo não está bem, priorizando buscar ajuda profissional. Em meio à cobertura, devem manter contato constante com seus chefes e conversar sobre os desafios vividos.

Ao termino da produção da reportagem, além do descanso os comunicadores também têm o direito de participar de celebrações e cerimônias religiosas, uma vez que eles não apenas cobrem tragédias, como também as vivem.

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