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terça-feira, maio 7, 2024

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Cid Gomes fala com IstoÉ mas consegue que Justiça censure a revista

Editora Três espera derrubar decisão nas próximas horas Pedido do governador cearense Cid Gomes acatado pela juíza Maria Marleide Maciel Queiroz, de Fortaleza, obrigou a Editora Três a recolher das bancas de todo o País a edição desta semana da revista IstoÉ, que traz na capa a reportagem Como o esquema na Petrobras abasteceu as campanhas de aliados do Governo. A Três também teve que tirar a matéria do online. Se não tomasse essas decisões, correria o risco de ter que pagar multa de R$ 5 milhões por dia. Segundo a juíza, titular da 3ª Vara de Família de Fortaleza, mas que estava de plantão no último final de semana e foi sorteada para cuidar do caso, a citação do nome do governador na reportagem sobre a Operação Lava Jato “poderá lhe causar dano irreparável ou de difícil reparação, vez que exerce um cargo público da mais alta relevância, governador do Estado do Ceará. O autor encontra-se na iminência do perigo de ver o seu nome envolvido em uma situação cuja futura ação apreciada pelo Poder Judiciário, ante ser notório que os fatos ainda estão em fase de investigação tramitando em segredo de justiça”. J&Cia apurou que a editora recorreu da decisão e que espera derrubar a liminar nas próximas horas. Fonte da empresa comentou que a revista ouviu todos os novos citados na matéria, entre eles o próprio Cid, que teria afirmado não conhecer o denunciante e que isso tudo “era uma armação política”, declarações registradas na reportagem. O mais estranho, segundo essa fonte, é a juíza ter concedido a liminar na noite de 6ª.feira (12/9), sendo que a notificação só chegou à revista na tarde de sábado, quando toda a tiragem já havia sido distribuída. Vogue Kids também é retirada das bancas A cúpula da Três considerou a ordem de recolher das bancas a edição de IstoÉ um atentado à liberdade de imprensa, “pois há leis no País que coíbem o abuso e responsabilizam os veículos por seus atos. Mas cercear por antecipação é censura”. Opinião semelhante emitiu a Aner, em nota assinada por seu presidente Frederic Kachar: “Trata-se de flagrante desrespeito à Constituição no tocante à liberdade de expressão e pensamento, com prejuízos claros para o leitor e a sociedade em geral”. Fenaj, ABI e ANJ também condenaram a decisão. Também na 6ª.feira, o Ministério Público do Trabalho em São Paulo determinou o recolhimento da última edição da Vogue Kids de todo o País, sob pena de multa diária de R$ 50 mil, após publicar editorial com crianças em poses sensuais. Em nota, a publicação alegou que “jamais pretendeu expor as modelos infantis a nenhuma situação inadequada” e que segue “princípios jornalísticos rígidos, dentre os quais o respeito incondicional aos direitos da criança e do adolescente”. O Ministério Público Estadual abriu inquérito civil para investigar a eventual violação aos direitos à dignidade e ao respeito de crianças no ensaio fotográfico.   Em tempo: Na tarde desta 4a.feira (17/9), o ministro do Supremo Tribunal Federal Luis Roberto Barroso cassou a liminar deferida pela juíza Maria Marleide. Com a decisão, a revista volta a circular em todo o País, inclusive no Ceará, e a matéria em sua versão eletrônica já voltou ao ar.

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