A Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pediu às autoridades do Ceará que façam uma investigação transparente e rigorosa do caso do assassinato de Givanildo Oliveira, jornalista morto a tiros em 7/2, em Fortaleza. Ele comandava o portal de notícias Pirambu News.

No canal, que tinha cerca de 74 mil seguidores no site e nas redes sociais, Oliveira denunciava casos de violência e crimes que ocorriam no bairro de Pirambu. A última postagem abordou a prisão de um suspeito de duplo homicídio ocorrido no domingo (6/2). Segundo a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), o jornalista foi ameaçado para que não publicasse informações sobre criminosos da região.

Para Emmanuel Colombié, diretor do escritório regional da RSF para a América Latina, “as circunstâncias que sugerem uma relação direta entre a atividade jornalística exercida por Givanildo Oliveira e seu assassinato devem ser levadas a sério e consideradas como prioritárias na linha de investigação sobre o crime. As autoridades locais devem conduzir uma investigação rigorosa e transparente para identificar os autores e mandantes desse crime”.

A RSF declarou que vai acompanhar os desdobramentos do caso e pressionar as autoridades para que o autor do crime não saia impune. A entidade lembra também que Oliveira foi o primeiro jornalista assassinado no Brasil este ano e que, na última década, ao menos 30 comunicadores perderam a vida no País.

Vale lembrar que o Brasil ocupa a 111ª posição entre 180 países no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa, elaborado pela própria RSF. O País está na zona vermelha, em que a liberdade de imprensa é considerada “difícil”.

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