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quarta-feira, outubro 29, 2025

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O profeta

Por Marco Antonio Zanfra

Ele certamente tinha um nome, um registro civil, uma família, um lugar para morar, mas para nós não importava nada disso. Ele era simplesmente o Profeta, ou o Dito – o que sugeria que seu nome poderia ser efetivamente Benedito –, e era uma companhia inseparável da marquise do prédio da Folha, na Barão de Limeira. Era folclórico, chegava a ser um ponto turístico, com um detalhe interessante: parece que cumpria expediente, chegando de manhã e indo embora à noite, para dormir sabe-se lá onde.

Maltrapilho, barbudo, dentes podres, ele tinha, contudo, os olhos verdes e os traços de quem poderia ter sido outrora muito bem cuidado. Brincavam que ele tinha sido jornalista e enlouquecido em razão da profissão, mas contavam também que o Dito era de uma família abastada da Zona Norte de São Paulo e dono de uma casa ampla na Freguesia do Ó, mas havia optado pela vida nas ruas. Podia ter uma briga de família pela posse de bens envolvida na história, mas isso não vinha ao caso.

Conto nos dedos os dias em que, no início dos anos 1980, não nos cumprimentávamos quando eu chegava para trabalhar. Falhava às vezes porque, bêbado, ela havia dormido em seu cantinho, uns vinte ou trinta metros à esquerda da porta de número 425, mais perto do prédio vizinho do que da entrada do jornal. Apesar de ter sido ‘adotado’ pelo reportariado da Folha, ele não era exclusividade nossa: tinha um carro chique, não me lembro da marca (mas era importado), que todos os dias parava nas proximidades, para que seus ocupantes lhe deixassem uns trocados.

Dito tinha uma risada barulhenta, a pele curtida pela sujeira e um bafo misto de cachaça e podridão de dentes, mas era inofensivo, não fazia mal a ninguém. Por isso estranhamos quando, num início de noite, no meio da semana, um carro de polícia veio e o levou embora. Foram acionados por um vizinho, disse um policial, embora não apresentasse justificativa para que ele fosse preso – no mínimo, poderia ser levado ao serviço social.

Mas, logo que a viatura saiu, fomos atrás, com destino ao 3º Distrito Policial, perto de esquina da Rio Branco com a rua Aurora. Não foi difícil resgatá-lo: assinei um termo de responsabilidade por ele – coisa que, sóbrio, não faria jamais – e voltamos todos juntos para a marquise da Folha. No bar do Mané/Luiz/Juvenal, prometi pagar-lhe uma 51 para rebater o susto por ter sido preso. “Em vez de uma 51, paga duas pingas vagabundas”, ele pediu, matreiramente.

Dito, ou Profeta, foi figura constante por um par de anos na Barão de Limeira, mas acho que não cumpria os requisitos para fazer parte do Projeto Folha, pois desapareceu. Nunca mais soubemos dele. Seria injusto, porém, que essa editoria que homenageia em seu centenário os antigos personagens do jornal não o colocasse entre os ícones marcantes que povoaram, ainda que apenas do lado de fora, o prédio da Empresa Folha da Manhã.

(Em tempo: não encontrei foto real de nosso mendigo favorito; sei que foi feita, mas possivelmente não chegou a ser digitalizada; essa que ilustra o texto é a que mais lembra a imagem do Profeta, embora o rosto dele não fosse tão vincado.)


Marco Antonio Zanfra

Ainda em continuidade às comemorações pelo centenário da Folha de S.Paulo, reproduzimos texto que Marco Antonio Zanfra publicou no espaço Humanos da Folha, do próprio jornal, em 2 de março. O especial de J&Cia sobre o centenário da Folha está disponível na internet.


Tem alguma história de redação interessante para contar? Mande para baroncelli@jornalistasecia.com.br.

Plano do Daily Telegraph de remunerar jornalistas com base na audiência das matérias gera reação negativa no UK

Provocou reação negativa no meio jornalístico do Reino Unido a ideia de remunerar jornalistas com base na audiência de suas matérias e em cliques para assinaturas a partir delas, apresentada pelo editor do Daily Telegraph em um e-mail enviado à equipe da redação.

O concorrente The Guardian publicou matéria criticando o projeto e informando que os profissionais da redação reagiram com indignação, por temerem privilégio aos que cobrem pautas melhores e estímulo ao clickbait. O sindicato de jornalistas do país classificou a ideia como “insensível”.

Veja detalhes da ideia do Daily Telegraph em MediaTalks by J&Cia.

EBC será incluída no Programa Nacional de Desestatização

Proposta será debatida por conselho de ministros para que seja iniciada fase de estudos que definirá a adoção do melhor modelo

O ministro das Comunicações Fábio Faria informou em 10/3 que a EBC entrará no Programa Nacional de Desestatização (PND), conduzido pelo Ministério da Economia em parceria com o BNDES. “O BNDES vai contratar uma consultoria e nós iremos receber os estudos que virão”, disse o ministro em entrevista à imprensa após reunião com o presidente da EBC, Glen Valente, e representantes do Ministério da Economia.

Segundo Martha  Seillier, secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), a EBC passará por um processo de benchmarking de padrão internacional para avaliar capacidades, competências e equivalências entre os serviços executados e a realidade de mercado para empresas do mesmo porte para identificar as melhores práticas. O prazo dos estudos de viabilidade de desestatização ou de parcerias ainda não está definido, e dependerá de cronograma a ser definido entre os ministérios das Comunicações e da Economia e a empresa a ser contratada.

“Caso o presidente Bolsonaro concorde, ele publicará um decreto − que leva de um a dois meses. Com a publicação, partiremos para a contratação da consultoria, o que também pode demorar até dois meses. Acredito que entre três e quatro meses a gente possa aprofundar os estudos de desestatização da empresa”, afirmou Martha Seillier à Agencia Brasil. “A inclusão de uma empresa no PND não significa o seu fim, não significa que ela será, necessariamente, 100% privatizada. Significa que existe uma decisão que será encaminhada de avaliar ganhos com a desestatização”.

Atualmente, a TV Brasil, principal ativo da EBC, é a nona emissora de TV em audiência no País e está presente em praticamente todo o território nacional. O conglomerado de comunicação da empresa também inclui duas rádios, com 15 afiliadas, e uma agência de notícias. O presidente da empresa destacou que os estudos irão explorar todas as alternativas disponíveis para o modelo de desestatização. “A expectativa é que a gente avance para saber qual é o futuro da EBC. Até o momento, não existe nenhuma hipótese cravada. A gente vai trabalhar em parceria com o Ministério da Economia e o MCom para saber exatamente o melhor modelo”, disse Valente.

Nessa terça-feira (16/3) ocorreu um tuitaço contra a privatização da EBC, com a hashtag #NaoPrivatizaEBC. Em plenária realizada pelos trabalhadores em 12/3 foi aprovada, em caráter de urgência, uma carta à sociedade com o título: por que a EBC não deve ser privatizada?

Campanha arrecada fundos para o fotógrafo Lilo Clareto, internado com Covid-19

Diversos profissionais estão engajados em uma campanha de arrecadação para o fotógrafo Maurilo Clareto, o Lilo Clareto, internado e intubado em Altamira por causa da Covid-19. Os fundos serão destinados a pagar uma assistência médica extra coordenada por um médico de São Paulo e para remédios. Lilo foi por 11 anos repórter fotográfico de O Estado de S. Paulo e por sete anos trabalhou na revista Época.

Eliane Brum, que traz atualizações sobre a situação de Lilo em seu Facebook, pede ajuda financeira para quem puder doar: “Ainda faltam 12 mil para completar os 40 mil do tratamento de ponta e temos ainda um gasto diário constante de mil reais (intensivista, fisioterapeuta de pulmão e eventuais medicamentos e exames que precisamos pagar na rede particular para aumentar a agilidade). Sei que todos fizeram enorme esforço − e conseguir 28 mil em um dia, nestes tempos, é incrível. Sei também que as possibilidades ‘arrecadatórias’ de vocês já estão se esgotando. Afinal, todo mundo está tentando sobreviver, vários estão vivendo dramas em suas próprias famílias e nossos recursos estão limitados pela crise. Não espero que ninguém dê mais dinheiro do que já deu. Vou buscar novos grupos e estratégias. Mas, caso ainda falte alguém que vocês possam pedir, toda doação que entrar agora é urgente”.

Quem quiser contribuir faça contato com Luludi Melo no WhatsApp (11-993-428-957), que está gerenciando as doações.

Covering Climate Now lista recomendações para melhorar cobertura do ativismo ambiental

O Covering Climate Now, organização que reúne mais de 400 veículos de imprensa (o MediaTalks é um deles) comprometidos em aperfeiçoar a cobertura de mudanças climáticas, fez recentemente um questionamento: será que a imprensa vem cobrindo bem o ativismo ambiental?

Inspirado no movimento #NoMoreEmptyPromises, promovido pela Fridays for Future, de Greta Thunberg, marcado para esta sexta-feira (19/3), o CCNow listou algumas recomendações para aperfeiçoar a cobertura de manifestações sobre o clima. Uma, por exemplo, é focar menos em celebridades e famosos que apoiam a causa e dar mais destaque para grupos minoritários, que são de fato os mais afetados pelas mudanças climáticas.

O MediaTalks by J&Cia republica o artigo do projeto na íntegra. Confira!

UOL Tab anuncia nova identidade visual e mudanças na linha editorial

UOL Tab anuncia nova identidade visual e mudanças na linha editorial
UOL Tab anuncia nova identidade visual e mudanças na linha editorial

O UOL Tab anunciou em 16/3 mudanças em sua identidade visual e linha editorial, com reportagens de fôlego e retratos descritivos e imersivos da realidade do Brasil e do mundo. Com a tag “repórteres na rua em busca da realidade”, o Tab pretende dar luz a histórias que na grande maioria das vezes passam despercebidas, como o dia a dia dos que moram embaixo de pontes e viadutos em São Paulo, ou de garotos de programa no centro da cidade, temas que inauguram o projeto. 

Além disso, haverá histórias criadas por meio de conversas e criação de perfis de personagens, como uma sadomasoquista de 80 anos ou a criminóloga Ilana Casoy. Outra novidade é a estreia da coluna Trombadas, liderada por Christian Carvalho Cruz. Nela, ele trará seu olhar e experiência para contar, em primeira pessoa, histórias de pessoas aleatórias que encontrou na rua.

O UOL Tab anunciou também que a partir deste ano vai unir forças com a MOV, produtora de vídeos do UOL, para novas produções A primeira é o documentário Sobrevivencialistas, sobre o estilo de vida do sobrevivencialismo, que prevê a preparação das pessoas para acontecimentos extraordinários, como emergências sanitárias, catástrofes naturais, e ruptura da ordem social.

Ordem russa ao Twitter para excluir contas põe em risco liberdade de imprensa nas redes sociais

A Roskomnadzor, agência reguladora das telecomunicações da Rússia, ordenou que o Twitter exclua em um mês contas que disseminam conteúdo considerado ilegal, sob pena de bloquear a rede no país. Uma delas é do MBKh Media, um site de notícias que critica o Governo Putin.

Se o Twitter ceder, outros governos autoritários ao redor do globo podem tentar fazer o mesmo, silenciando perfis contrários ao governo vigente. E o Twitter não deve ser o único a remover conteúdo. Segundo especialistas, a plataforma está sendo usada como “experimento” para fazer com que outras redes também excluam perfis críticos a Putin.

Confira os detalhes do caso em MediaTalks by J&Cia.

Duda Garbi deixa o Grupo RBS para ser jogador de futebol

Eduardo Mancuso Garbi, o Duda Garbi, anunciou em 9/3 sua saída do Grupo RBS. Ele chegou à empresa em 2007, trabalhando no extinto jornal Kzuka. Em 2016, passou a atuar como repórter de torcida e a participar do programa Sala de Redação. Agora, está envolvido em um novo projeto: assinou contrato com o clube São José de Porto Alegre até o final do Campeonato Gaúcho de 2021 para produzir e protagonizar uma websérie.

O documento que Duda Garbi assinou prevê o vínculo não apenas como ator, mas como atleta de fato. Na produção, cujo nome será Duda vai a Campo, ele mostrará o dia a dia de um clube de futebol de pequeno porte, revelando as dificuldades diárias que os atletas enfrentam. Ao todo, serão sete episódios, postados semanalmente, no canal dele no YouTube.

Este formato de websérie não é novidade na internet. Um exemplo é a produção Vai pra cima, Fred!, protagonizada por Bruno Carneiro, o Fred, apresentador do canal Desimpedidos, que assinou com o clube de futsal Magnus. A série mostra o dia a dia dos jogadores. E, mais recentemente, Lucas Strabko, o Cartolouco, youtuber e ex-apresentador da Globo, assinou com o Resende até o final do Campeonato carioca de 2021. Ele também está produzindo uma websérie sobre o cotidiano no clube para seu canal no YouTube.

Glenn Greenwald será colunista da CartaCapital

Revista também estreia seção Capital S/A, com William Salasar e Cleide Sanchez

A revista CartaCapital fecha o verão de 2021 com duas importantes novidades. A primeira é a contratação de Glenn Greenwald, ex-editor do site The Intercept Brasil, que será colunista da revista, mas não só: além de escrever duas vezes por mês, fará entrevistas com personalidades do mundo político, gravará podcasts (o primeiro será para contar a história da Vaza Jato, que revelou ao País, com base em material hackeado e entregue por Walter Delgatti, as relações nada republicanas entre o então juiz Sergio Moro e os integrantes da força tarefa da Lava Jato) e participará de lives para debater e aprofundar com o público o tema abordado em seus escritos.

Não é demais lembrar, como citou Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S.Paulo, que Glenn Greenwald é autor de um dos maiores furos jornalísticos mundiais, o chamado Caso Snowden, que revelou ao mundo o programa de vigilância global da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA: “Por meio dele, até mesmo figuras como a então presidente brasileira Dilma Rousseff e a chanceler da Alemanha Angela Merkel tiveram as comunicações interceptadas e seus passos vigiados”, escreveu ela. “A fonte das informações foi Edward Snowden, ex-administrador de sistemas da CIA e ex-contratado da NSA, que hoje, impedido de viver livremente nos EUA, mora na Rússia”.

Outra das novidades por lá é a estreia da seção Capital S/A, que retoma na revista a cobertura do mundo dos negócios, com a experiente dupla William Salasar, ex-diretor de Comunicação da Febraban − e que na grande imprensa teve passagens marcantes por Gazeta Mercantil, Estadão e Exame −, e Cleide Sanchez Rodriguez, que também foi de Febraban, Gazeta Mercantil e Estadão, tendo ainda passado pela CDN.

Segundo revelou Sérgio Lírio, redator-chefe da CartaCapital, a este J&Cia, há outras mudanças a caminho, inclusive na reestruturação do site da revista, que dentro de alguns meses abrirá o paywall.

Não há lugar seguro para as mulheres

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

A semana do Dia Internacional da Mulher não foi de festa em alguns países. No Reino Unido, uma tragédia disparou uma onda de protestos contra discriminação e violência contra mulheres. E alimentou o debate sobre como a imprensa deve noticiar crimes.

A vítima foi Sarah Everard, de 33 anos, assassinada em Londres na semana em que mulheres deveriam ser homenageadas. O autor foi um policial qualificado para patrulhar embaixadas.

Não dá para comparar os números britânicos de agressões a mulheres e de violações cometidas por autoridades com as vergonhosas estatísticas do Brasil. O caso de Sarah,  no entanto, mostra que não há lugar seguro para as mulheres.

Mas as maiores críticas à polícia não vieram após a revelação de que o criminoso era um agente, graças ao respeito desfrutado pela instituição. Os depósitos de boa imagem acumulados fazem com que episódios como esses sejam relativizados pelo público.

Mas tudo tem limites. E o limite chegou sábado (13/3). Uma vigília em memória de Sarah foi reprimida com violência por policiais, por violar o isolamento social.

A foto de Patsy Stevenson, imobilizada por um agente, dominou o noticiário. E fez recordar o valor do treinamento para lidar com o público em uma era em que todos têm celular com câmera.

violência contra mulheres
Patsy imobilizada por agente: ira da sociedade contra a polícia

Nesse momento, a ira da sociedade voltou-se contra a polícia, com um movimento exigindo mudança no comando da Scotland Yard. A ironia é que a chefia está nas mãos de uma mulher, Cressida Dick.

Ela conseguiu ficar. Na coletiva em que anunciou a decisão de permanecer, lembrou sua condição de mulher e a importância de esse espaço não ser perdido.

Mas tem sido enxovalhada, inclusive pelos que aproveitaram para lembrar que coube a ela o comando da operação que vitimou o brasileiro Jean Charles de Menezes, assassinado no metrô em 2005 ao ser confundido com um terrorista. Culpada ou não, seria triste uma mulher em um cargo tão associado a homens ser obrigada a sair justamente por fatos envolvendo um feminicídio.

A controvérsia de identificar suspeitos

Nos meios jornalísticos o caso de Sarah motivou uma discussão sobre padrões éticos e jurisprudência relacionada à identificação de criminosos. Vários jornais (não apenas os tabloides) revelaram o nome do autor do crime e de sua esposa antes da confirmação oficial, indo de encontro a um parâmetro estabelecido quando o cantor Cliff Richards ganhou uma processo contra a BBC.

Richards tinha sido acusado de crime sexual. A operação que culminou em sua detenção virou um espetáculo, com helicóptero sobrevoando a casa. Foi inocentado e ganhou uma indenização.

A Bloomberg também perdeu ação semelhante, por ter identificado um empresário sob investigação. O mesmo aconteceu com o Daily Mail, que revelou o nome de um suspeito do atentado da arena de Manchester, depois inocentado.

Não há lei proibindo a identificação. Sobra para os editores a missão de decidir se a revelação enquadra-se no critério de interesse público, justificando assim dar o nome do acusado.

No caso de Sarah, a tese foi invocada por ser o autor do crime um policial. Mas há pouco tempo um parlamentar acusado de assédio sexual não foi identificado, levando a crer que há dois pesos e duas medidas de acordo com o poder do envolvido.

Bullying custa a cabeça do editor do Bild

Julian Reichelt é outro que não teve o que comemorar. Ele afastou-se do cargo de editor do jornal mais lido da Alemanha, o Bild, durante investigação sobre sua conduta.

Reichelt, de 40 anos, é uma celebridade do jornalismo e atribuiu as acusações aos que discordam da linha editorial do jornal, sensacionalista e orientada para a direita. A Der Spiegel relatou denúncias de bullying e de favorecimento a funcionárias com quem ele teve relações íntimas.

Uma história que, se confirmada, enquadra-se no que apontou o relatório da Repórteres sem Fronteiras sobre violência contra jornalistas mulheres: 51% dos casos de assédio foram cometidos por superiores, e em 61% eles ficaram impunes.

Veja em MediaTalks mais detalhes do caso, do editor acusado, do Bild e do grupo que o controla.

Gráfico da RSF sobre sexismo e violência contra mulheres jornalistas
As estatísticas da RSF

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