O ativista extremista Bruno Silva foi detido no começo da semana em Vila Nova, na região Metropolitana de Porto, no norte de Portugal, após direcionar ameaças de morte à jornalista brasileira Stefani Costa, correspondente do Opera Mundi no País. Após passar pela primeira audiência, o criminoso, que é um cidadão luso-brasileiro, teve sua prisão preventiva decretada nesta quinta-feira (23/10).
Stefani comemorou a decisão em suas redes sociais. A jornalista explicou que é a primeira vez na história de Portugal que alguém indiciado por ameaças e discurso de ódio recebe essa medida de prisão preventiva. Desde 2023 como correspondente do Opera Mundi em Portugal, Stefani trabalhou também em reportagens especiais no Líbano, na Ucrânia e no México. Cobriu eventos importantes como as cúpulas do BRICS de 2024 e 2025. Trabalhou também como correspondente em outras publicações como revista O Sabiá, Brasil Já e Jacobin Magazine. No Brasil, atuou na Bandeirantes e no Brasil de Fato.
Em suas redes sociais, Bruno Silva fazia postagens de apologia ao nazismo e à xenofobia. Em um dos posts, ele escreveu que forneceria um apartamento no centro de Lisboa para quem matasse pelo menos 100 brasileiros em Portugal, além de um adicional de 100 mil euros para quem matasse Stefani Costa. O ativista vai responder por discurso de ódio e incitamento à violência.
Vale lembrar que, em maio do ano passado, Bruno já havia sido denunciado por Amanda Lima, outra jornalista brasileira que trabalha em Portugal, no jornal Diário de Notícias, justamente por postagens de ódio contra ela, incluindo ameaças de morte e comentários xenófobos e racistas. O ativista chegou a retratar Amanda como macaca em mais de uma postagem, escrevendo coisas como “volta para a tua terra” e “as tuas raízes no Brasil não se apagam”.
Levantamento feito pela Casa do Brasil de Lisboa, divulgado recentemente pela agência de notícias Deutsche Welle, mostrou que o discurso de ódio contra brasileiros vem crescendo em Portugal. A Comissão Europeia pediu que o país adote medidas mais firmes contra o discurso de ódio e violência online.










