Proposta será debatida por conselho de ministros para que seja iniciada fase de estudos que definirá a adoção do melhor modelo

O ministro das Comunicações Fábio Faria informou em 10/3 que a EBC entrará no Programa Nacional de Desestatização (PND), conduzido pelo Ministério da Economia em parceria com o BNDES. “O BNDES vai contratar uma consultoria e nós iremos receber os estudos que virão”, disse o ministro em entrevista à imprensa após reunião com o presidente da EBC, Glen Valente, e representantes do Ministério da Economia.

Segundo Martha  Seillier, secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), a EBC passará por um processo de benchmarking de padrão internacional para avaliar capacidades, competências e equivalências entre os serviços executados e a realidade de mercado para empresas do mesmo porte para identificar as melhores práticas. O prazo dos estudos de viabilidade de desestatização ou de parcerias ainda não está definido, e dependerá de cronograma a ser definido entre os ministérios das Comunicações e da Economia e a empresa a ser contratada.

“Caso o presidente Bolsonaro concorde, ele publicará um decreto − que leva de um a dois meses. Com a publicação, partiremos para a contratação da consultoria, o que também pode demorar até dois meses. Acredito que entre três e quatro meses a gente possa aprofundar os estudos de desestatização da empresa”, afirmou Martha Seillier à Agencia Brasil. “A inclusão de uma empresa no PND não significa o seu fim, não significa que ela será, necessariamente, 100% privatizada. Significa que existe uma decisão que será encaminhada de avaliar ganhos com a desestatização”.

Atualmente, a TV Brasil, principal ativo da EBC, é a nona emissora de TV em audiência no País e está presente em praticamente todo o território nacional. O conglomerado de comunicação da empresa também inclui duas rádios, com 15 afiliadas, e uma agência de notícias. O presidente da empresa destacou que os estudos irão explorar todas as alternativas disponíveis para o modelo de desestatização. “A expectativa é que a gente avance para saber qual é o futuro da EBC. Até o momento, não existe nenhuma hipótese cravada. A gente vai trabalhar em parceria com o Ministério da Economia e o MCom para saber exatamente o melhor modelo”, disse Valente.

Nessa terça-feira (16/3) ocorreu um tuitaço contra a privatização da EBC, com a hashtag #NaoPrivatizaEBC. Em plenária realizada pelos trabalhadores em 12/3 foi aprovada, em caráter de urgência, uma carta à sociedade com o título: por que a EBC não deve ser privatizada?

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