O adeus a Murray Walker, a voz da Fórmula 1 no Reino Unido (Crédito: F1)
Morreu no último sábado (13/03), no Reino Unido, o narrador Murray Walker, aos 97 anos. A causa da morte não foi divulgada. Ele ficou marcado no mundo do automobilismo pela narração de corridas de forma entusiasmada, ganhando o título de Voz da Fórmula 1 para os britânicos.
Walker começou a carreira em 1949, transmitindo corridas pelo rádio para a BBC. Aposentou-se depois do GP dos Estados Unidos de 2001. Carismático, ficou conhecido por gafes e tiradas engraçadas, que ganharam o apelido de “murreyrismos”.
Veja em MediaTalks by J&Cia a trajetória de Murray Walker, uma seleção de suas frases mais curiosas e um vídeo mostrando momentos marcantes de suas narrações empolgantes.
Anúncio de uma página veiculado na última edição da revista Veja, que circulou em 12/3, trouxe detalhes sobre a venda do prédio da Editora Abril, na Marginal Tietê, em São Paulo. Segundo o informe, o leilão deverá ocorrer em 30 de abril, com lance inicial de pouco mais de R$ 110 milhões.
Anúncio de página inteira sobre leilão da sede da Abril foi publicado na revista Veja
O complexo, com várias edificações, tem 55.414 m² de área construída, e foi por muito tempo símbolo da força da empresa e de sua gráfica, por anos a maior da América Latina. A construção teve início em 1964, em princípio para receber a gráfica, e a partir de 1968 passou também a servir de sede administrativa e endereço das redações.
Edifício Birmann 21 foi o endereço da Editora Abril por mais de 20 anos
Em 1997, a Abril mudou suas instalações administrativas e de redação para o edifício Birmann 21, na Marginal Pinheiros. Única locatária do prédio recém-construído, a empresa ocupava os 25 andares do edifício, que passou a ser chamado de NEA (Novo Edifício Abril), e exibia sua logomarca a quase 150 metros de altura.
A partir de 2013, já em crise, a editora reduziu sua estrutura no local, passando a ocupar apenas dez andares e em junho de 2018 deixou de vez o endereço. Após alguns meses em um local provisório no bairro do Morumbi, as equipes da editora retornaram finalmente para a sede na Marginal Tietê.
O imóvel está sendo anunciado no site imóveiscomdesconto.com.br, criado pela Enforce Gestão de Ativos. A empresa atua na gestão de bens de empresas endividadas e é controlada pelo banco BTG Pactual, maior credor do Grupo Abril, e atual proprietário da marca Exame.
Em recuperação judicial desde agosto de 2018, a Editora Abril vem sofrendo com constantes quedas de receita, circulação e assinatura de suas principais publicações. A própria Veja, segundo dados do IVC, amargou em 2020 uma redução de 33,6% no número de exemplares impressos e 64,4% nas assinaturas digitais em relação a 2019. Vale lembrar que por muito tempo a tiragem da mais tradicional revista da Abril foi superior a um milhão de exemplares por semana. Em 2020 essa média foi de 144.141 exemplares.
O Valor Investe, site do Valor Econômico com foco em investimentos e educação financeira, lançou o podcastPod isso, meninas?. Com apresentação das repórteres Nathália Larghi e Naiara Bertão, e de Ana Leoni, criadora do canal Dinheiro com Atitude, o programa é semanal, sempre às segundas-feiras, às 7 horas.
Site de investimentos do Valor Econômico, Valor Investe traz Nathália Larghi, Naiara Bertão e Ana Leoni para debater lições que filmes, séries e situações do dia a dia trazem sobre educação financeira
A ideia, segundo os organizadores, é apresentar finanças pessoais de forma mais leve, tendo como pano de fundo filmes, séries, livros e situações corriqueiras para apresentar o conteúdo de forma descomplicada.
No episódio de estreia, as apresentadoras discutiram a relação das pessoas com o dinheiro por meio de exemplos de filmes e séries. Elas falaram sobre algumas “ciladas financeiras” comuns e a melhor forma de evitar cair nelas.
O primeiro programa contou ainda com a participação do educador financeiro Gustavo Cerbasi, autor do livro Casais Inteligentes Enriquecem Juntos, que inspirou o filme Até Que a Sorte Nos Separe.
O podcast está disponível no site do Valor Investe e nas plataformas de streaming Spotify, Amazon Podcasts, Apple Podcasts, Deezer e Google Podcasts.
A Planin Comunicação anuncia uma ampla reestruturação em sua gestão, que passa a contar a partir de agora com seis novos sócios.
Nova composição societária da Planin
Angélica Consiglio, sócia-fundadora, continua na posição de CEO e estará mais do que nunca dedicada à expansão de novas frentes no Brasil e no exterior.
Beatriz Imenessegue como vice-presidente, somando mais de uma década de atuação na Planin e experiências anteriores na TV Cultura e na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Mariana Mirrha é a nova sócia-diretora de comunicação empresarial, com experiências como editora e repórter e vivência em coberturas internacionais.
Larissa Lago é sócia-diretora da área de conteúdo e marketing digital, com mais de dez anos de atuação na agência como responsável pelo marketing e comunicação digital.
André Geniselli, que assume como sócio-diretor da área de conteúdo e marketing digital, tem passagens por redação, agências de marketing e outras empresas do setor corporativo.
Gisele Godoy também passou a sócia-diretora da área de operações, responsável pela coordenação da capacitação dos profissionais, além da gestão financeira e administrativa.
Chega também à agência Maria Teresa Wassermann, sócia-diretora da área de multimídia, que já foi apresentadora de TV no Grupo RBS, afiliada da Rede Globo.
A Repórteres Sem Fronteiras (RSF) anunciou nesta sexta-feira (12/3), Dia Mundial contra a Cibercensura, a criação de uma sala dedicada ao Brasil em sua Biblioteca Digital Sem Censura. Construída no jogo Minecraft, a biblioteca disponibiliza em suas salas textos que tenham sido bloqueados ou censurados, que podem ser lidos tanto em inglês quanto nas línguas nativas dos seus autores.
Na sala dedicada ao Brasil, ficam disponíveis reportagens do Jornal GGN sobre o Banco BTG Pactual. O veículo foi obrigado a tirar do ar 11 dos textos, após decisão que favoreceu a instituição financeira. Uma segunda decisão judicial permitiu que os artigos voltassem a ser publicados, mas o banco ainda pode recorrer e derrubar as reportagens novamente.
Também fica disponível uma reportagem assinada por Nayara Felizardo, do Intercept Brasil, que revelou a estreita relação entre um político e juízes de órgãos eleitorais do Amazonas. O texto havia sido retirado do ar, mas o Intercept voltou a publicá-lo e continua a lutar no tribunal para manter o material online.
Além da sala destinada a reportagens brasileiras, a Biblioteca disponibilizou também um espaço para Belarus, cujos meios de comunicação estão nas mãos do regime de Alexander Lukashenko. A informação independente é divulgada principalmente por sites de notícias ou por veículos que atuam a partir do exílio e cujos jornalistas estão sob forte pressão.
É possível visitar a Biblioteca no Minecraft a partir do servidor visit.uncensoredlibrary.com, ou baixá-la no site https://www.uncensoredlibrary.com/.
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Associação de Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro (Acerj) encaminharam cartas ao governador interino do Rio de Janeiro, Claudio Castro, pedindo que ele não aprove a proposta de mudar o nome do estádio do Maracanã, Jornalista Mário Filho, para Edson Arantes do Nascimento, nome de Pelé. A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou o projeto de lei e a decisão está agora nas mãos do governador.
Mário Filho
A ABI escreveu que, “ao mesmo tempo em que reconhece o mérito de todas as homenagens ao genial Pelé, que encantou o mundo com a sua arte, é preciso relembrar o importante papel desempenhado pelo jornalista Mário Filho, que recebeu o apelido de “criador das multidões”, para viabilizar a construção e criar todo o simbolismo que, há muitos anos, envolve este Estádio, inclusive internacionalmente. (…) Para a ABI, independentemente de questionamento jurídico quanto à legalidade de homenagear pessoas vivas, o que importa, neste momento, é não permitir mais uma mutilação no Estádio do Maracanã, com a retirada do nome do Jornalista Mário Filho”.
Já a Acerj destacou que “Mário Filho foi um profissional importante para a identidade do Rio de Janeiro, criou aqui o primeiro jornal brasileiro dedicado apenas ao esporte. Colaborou para a popularização da cobertura jornalística do futebol trocando os termos rebuscados da época por expressões mais populares e o Maracanã muito contribuiu para isto. Foi Mario Filho quem cunhou a expressão Fla-Flu, um dos mais destacados clássicos jogados no estádio. São 70 anos de aprovação popular. Por isso os cronistas esportivos do Rio de Janeiro, aqui representados por sua associação de classe – Acerj – repudiam a iniciativa da Alerj e rogam ao senhor que não aprove o projeto, por ferir a memória do jornalismo e contrariar a quase unanimidade (pois que ‘toda unanimidade é burra’, já dizia Nélson Rodrigues, irmão de Mário Filho) do pensamento do torcedor brasileiro”.
World Press Photo anunciou seus finalistas em oito categorias
Foram anunciados em 10/3 os finalistas do World Press Photo, o maior prêmio do fotojornalismo mundial, que reconhece anualmente as melhores imagens do ano anterior em oito categorias. Os vencedores serão conhecidos em abril.
Os trabalhos classificados retratam o impacto da Covid-19, os efeitos das mudanças climáticas e a defesa das minorias, principalmente de negros, mulheres e indígenas. Um exemplo é a foto da americana Evelyn Hockstein para o Washington Post, mostrando a tensão do movimento Black Lives Matter, que concorre na categoria Melhor Foto.
Foto “Emancipation Memorial Debate” captura a tensão do movimento Black Lives Matter (Crédito: Evelyn Hockstein/The Washington Post/World Press Photo)
Veja em MediaTalks by J&Cia uma seleção dos trabalhos finalistas nas categorias Foto do Ano e Foto-Reportagem do Ano. E as fotos que concorrem na categoria Meio Ambiente, incluindo as do brasileiro Lalo de Almeida e do dinamarquês Mads Nissen.
A primeira vez que entrei na agora centenária Folha foi em 1968. O jornal promovia uma série de debates sobre a situação do País com alguns bispos da ala mais progressista da Igreja Católica, entre os quais dom Cândido Padin e dom Hélder Câmara.
O evento ocorreu em setembro, três meses antes do AI-5, em um anfiteatro que ficava na entrada do jornal. A efervescência política do momento deixou o auditório lotado, principalmente por estudantes. Eu, à época cursando Ciências Sociais, tive direito a foto na primeira página do jornal.
Alguns anos depois, em 24 de fevereiro de 1972, um dia muito confuso para São Paulo, fiz teste para uma vaga no jornal. Enquanto estava na Redação, o edifício Andraus, a poucos quarteirões da Folha, pegou fogo. Foi difícil a volta para casa.
Uma semana depois, iniciei na Folha, que então completava 51 anos. O trabalho era um misto de revisão com uma função chamada “olheiro”.
Era feita uma avaliação dos erros mais graves logo na saída dos primeiros exemplares da rotativa. Em uma das vezes em que a máquina foi desligada para correção, havia uma foto de ponta-cabeça.
A estrutura para se fazer o jornal naquela década não tem nada a ver com a de hoje. Um calor senegalês, que nos obrigava a trabalhar com a camisa aberta no verão, e um cenário multicolorido, dado pelas pastilhas da parede, do teto e do piso da Redação.
A interação entre os jornalistas era muito forte. Sem internet e sem um banco de dados online, as dúvidas eram resolvidas com as “memórias aguçadas” de alguns jornalistas. Com isso, o som de centenas de máquinas de escrever misturava-se a um contínuo papo entre as pessoas.
A movimentação era grande. Os dois prédios do grupo chegaram a abrigar oito Redações: Folha de S.Paulo; Folha da Tarde (hoje Agora), Última Hora, Notícias Populares, Cidade de Santos, A Gazeta, A Gazeta Esportiva e Gazeta Mercantil. Os bares no entorno eram agitados, tanto nas conversas como no conteúdo delas.
A apuração das matérias era bem mais lenta e dificultada do que hoje. Ou se usavam os pesados telefones pretos, ou os fuscas amarelinhos da empresa. A chegada do fax apressou um pouco as coisas.
No fim dos anos 1970, passei para a Redação de A Gazeta. Na greve de 1979, aprendemos que era possível fazer jornal, embora de péssima qualidade, sem jornalistas. Os jornais não deixaram de circular.
Demitido na greve, fiquei longe da Barão de Limeira, sede da Folha, por três anos. Em 1984, já de volta, as discussões sobre os rumos que o jornal deveria tomar se acentuaram, com as novas orientações do projeto editorial e do Manual da Redação.
As propostas do jornal de ser crítico, pluralista, apartidário foram importantes. O engessamento de regras, avaliações profissionais e um assíduo controle de erros levou parte da Redação a se opor às novas regras. O resultado foi um abaixo-assinado encaminhado à direção do jornal, do qual participei.
O engajamento nas Diretas-Já trouxe para dentro do jornal um ânimo novo relacionado à política. Na década de 1980, porém, o jornal evoluiu muito também na área de serviços.
Com uma inflação galopante, os consumidores acordavam com um potencial de renda e iam dormir com outro bem menor. A Folha avançou muito na cobertura dos indicadores essenciais de orientação para o leitor.
O jornal criou quatro páginas completas de cotações, as mais variadas: agrícolas, financeiras e de acompanhamento inflacionário e industrial. Eu terminava o dia e começava a noite apenas com números na cabeça.
No setor agrícola, a defasagem das informações era muito grande. A Folha passou a coletar diariamente preços de 16 produtos agropecuários em 50 locais do País. As informações passaram a ser parâmetro para vários tipos de contrato nos setores privado e de governo.
As informações do jornal passaram a ganhar tanta importância no mercado que eram frequentes as tentativas de suborno, tanto de empresas como de pessoas físicas, pedindo a subida ou a redução dos preços no final de mês.
Apenas um caso. Em um determinado período, os preços do suíno estavam bastante reduzidos. Todo final de mês, uma senhora ligava, pedindo insistentemente que elevássemos os preços no jornal e oferecendo uma compensação. Depois de tantas ligações, perguntei qual era o motivo. Disse que recebia a pensão do ex-marido em arrobas de suínos e que os preços atuais estavam afetando a sua renda.
Um dos períodos de maior tensão para mim foi em 1989. Estava de férias fora do País e fui chamado para voltar porque devia tocar um projeto especial de apuração de eleições. Os resultados, à época, saíam muito lentamente.
Graças a uma coleta feita diretamente nos tribunais eleitorais de cada estado, a Folha antecipava o resultado.
Acontece que o jornal, com base em pesquisa de boca-de-urna do Datafolha, havia cravado, em manchete, a disputa no segundo turno entre Lula e Collor, mas, à medida que as informações da Bahia chegavam, Brizola se aproximava.
Todos os dias eu apresentava esses dados a Otavio Frias, e ele perguntava: “Estamos indo bem? A previsão vai se confirmar?” Não eram respostas fáceis.
A maior frustração no jornal foi quando descobri que a Secretaria de Planejamento tinha errado o percentual do reajuste salarial semestral de todos os trabalhadores do País, em 1985.
Apontei o erro para o editor e fiz uma reportagem com os dados corretos. A Folha deu a matéria que veio de Brasília, com as informações erradas e, no rodapé, colocou apenas: “Mas, segundo cálculos da Folha, o percentual deveria ser 86,02%”.
Alto e bom som, o secretário de Redação gritou: “Zafalon, se você colocou erro no meu jornal, eu corto seu saco e te demito”.
Após uma noite mal dormida, ao entrar na Redação no dia seguinte, ouço o editor gritar meu nome. Ferrou, pensei. Mas ele apenas me comunicava o acerto das contas e que o jornal pedia uma página sobre o assunto. Após uma conversa não muito amigável, convenci-o de que nada mais tinha a escrever e acrescentei que o jornal deveria ter aproveitado a matéria do dia anterior.
A jornada mais longa de trabalho foi regada a pizza e café. Em 1986, começamos a elaborar o caderno com preços tabelados pelo Plano Cruzado no período da manhã e só terminamos na tarde do dia seguinte, sem descanso.
As conversas com o Sr. Frias (Octavio Frias de Oliveira) sempre eram motivo de preocupação. Conhecedor profundo do setor agropecuário, minha área, não dava margem a deslizes, principalmente no que se referia à avicultura.
São tantos anos na Folha que às vezes me pergunto o que muitos já perguntaram: por que tanto tempo?
Não sei. Talvez pela liberdade e pelas propostas de trabalho aceitas pela direção e pelos editores. Estes não foram poucos. Somam 23 nessa segunda fase no jornal. A minha coluna, Vaivém das Commodities, já tem 32 anos.
As propostas de emprego foram muitas, vindas de todos os grandes jornais, inclusive de televisão, mas fui ficando.
Recentemente me pediram um currículo para a participação em um seminário. Descobri que não tenho um. Seria algo como: Folha 1972 e Folha 2021.
Mauro Zafalon
Abrimos este espaço nesta semana para reproduzir o artigo de Mauro Zafalon, colunista de Mercado da Folha de S.Paulo, que por falha de edição saiu pela metade na edição especial sobre o centenário do jornal. O arquivo foi corrigido e está disponível na internet.
Patrik Camporez, repórter da sucursal do Estadão há quase dois anos, deixou o jornal e começou em 8/3 na equipe de Rodrigo Rangel, na Crusoé. Ele trabalhou, entre outros, em O Globo, entre 2018 e 2019, Época, por cerca de dois anos, e no jornal A Gazeta, de Vitória, por seis anos.
Capixaba, Patrik Camporez é mestre em Comunicação pela Universidade Federal do Espírito, onde também se graduou em Ciências Sociais. Formou-se em Jornalismo pela Estácio de Sá, no Rio de Janeiro. Venceu, foi finalista ou recebeu menção honrosa em diversos prêmios nacionais de reportagem, entre eles Latino-Americano de Jornalismo Investigativo, Vladimir Herzog, Citi Journalistic Excellence Award, República, Petrobras e Esso.
A área de Talent Engagement da LLYC lançou estudo global que radiografa a transformação das relações entre as empresas e os seus colaboradores em tempos de pandemia. O relatório Tendências Talento 2021 reúne insights sobre comunicação interna e engajamento, elaborados pelas equipes de 13 países onde a consultoria atua, e aponta as principais tendências nessa área.
A disrupção provocada pela Covid-19 somou-se a uma agenda de trabalho marcada pelo horizonte iminente da Inteligência Artificial e da automação. Estabeleceu-se, a partir da pandemia, um antes e um depois na relação empresa-funcionário. Com isso, as empresas precisarão, a partir de agora, reinventar-se para gerir seus talentos de maneira eficaz e produtiva.
O relatório da LLYC detecta três grandes linhas de transformação para 2021:
A primeira já vinha marcada pela digitalização e acentuou-se. Está relacionada à necessidade de priorizar as novas competências e a reciclagem profissional dos colaboradores, seja para gerar vantagem competitiva ou responder à perspectiva de carreiras mais longas, seja para facilitar a adoção de ferramentas de liderança para gestores perdidos na deslocalização do trabalho.
A segunda concentra-se no estabelecimento de novos modelos de relação mais flexíveis entre empresas e trabalhadores, para substituir as políticas com pouca capacidade de resposta para as prioridades atuais dos colaboradores, como a saúde mental, o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional e a reivindicação dos perfis sêniores.
E a terceira enfoca a importância crescente da comunicação em um contexto em que o teletrabalho e a antecipação de modelos híbridos podem levar, a médio prazo, à destruição da cultura e do tecido social interno das empresas e em que o aumento do ativismo dos colaboradores em determinadas causas pode gerar importantes lacunas de confiança com os empregadores.
Adélia Chagas, diretora da LLYC e uma das autoras do estudo, avalia que “este é um momento-chave para o futuro das empresas, que precisam rever sua relação com os colaboradores e criar laços de comunicação mais sólidos”.
Entre as tendências que marcarão a gestão de talentos em 2021, o estudo aponta temas como o ativismo dos funcionários (especialmente digital), modelos flexíveis de relação, a necessidade de aquisição de novas competências e reciclagem profissional, os novos perfis dos gestores, entre outras. O estudo da LLYC pode ser acessado aqui. Outras informações com Carolina Bezerra(cbezerra@llorenteycuenca.com) ou Juliana Santos(jsantos@).