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segunda-feira, dezembro 8, 2025

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Movimento pede a volta do Conselho de Comunicação do Congresso Nacional

Em cobrança ao compromisso das lideranças políticas com a liberdade de imprensa e a segurança de jornalistas e comunicadores do País, oito representantes de entidades de defesa das liberdades de imprensa e senadores pediram, em carta, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a volta do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional. 

O órgão é composto por 13 titulares e 13 suplentes. Para eles, a discussão e a análise de temas da área no âmbito do Conselho de Comunicação seria uma sinalização positiva dos congressistas, já que existem hoje quase 40 proposições em tramitação no Senado e na Câmara dos Deputados com foco na imprensa, que versam sobre acesso à informação, trabalho jornalístico e liberdade de expressão. O documento foi entregue a Pacheco em 7 de abril, Dia do Jornalista

Para Davi Emerich, reconduzido ao órgão como representante da sociedade civil, a rigor o Congresso ainda não compreendeu bem o papel do CCS. Na avaliação dele, juntamente com outras representações e demais Poderes da República, o grupo pode colaborar, “jogando luz nos debates” e apresentando sugestões consensuais sobre temas complexos, já que privilegia estudos, rigores técnico e conceitual.

“Há uma revolução tecnológica em todo o mundo”, disse Emerich em entrevista à Agência Senado. “Não se pode deixar que o mercado resolva esse problema sozinho, o resultado seria desastroso. O poder público e o Congresso jogam papel importante na modelagem de transição. Não se pode é naturalizar tudo e achar que as grandes plataformas e as redes sociais sejam a última palavra nesse mundo imenso da comunicação. Se ficam sozinhas, as fakes news prosperam, a manipulação da informação ganha corpo para gerar a monetização. A velocidade da notícia e o seu empilhamento mecânico agridem a capacidade do raciocínio crítico e a ideia da verdade construída a partir do livre fluxo da informação se esvai”.

Dono da CNN Brasil compra rádio Itatiaia, de Belo Horizonte

Dono da CNN Brasil compra rádio Itatiaia, de Belo Horizonte
Dono da CNN Brasil compra rádio Itatiaia, de Belo Horizonte

O empresário Rubens Menin, dono da CNN Brasil, comprou a rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, considerada a maior emissora de Minas Gerais, fundada em 1952. A venda já estava nos planos de Emanuel Carneiro, que a comanda desde 1994. Além da AM e FM em Belo Horizonte, a Itatiaia possui outras quatro rádios em Minas Gerais, nas cidades de Varginha, Juiz de Fora, Outo Preto e Montes Claros.

Carneiro seguirá nas funções de apresentador e comentarista da emissora. Menin declarou que a aquisição visa a ampliar ainda mais a potência e a abrangência da Itatiaia, e que não existe qualquer relação entre a CNN e a rádio. Além disso, garantiu que a grade de programação e as equipes permanecerão inalteradas.

Menin é também engenheiro e cofundador e presidente da MRV Engenharia. Está igualmente à frente de Banco Inter, Log Commercial Properties, Urbamais Desenvolvimento Urbano e Abrainc. Em janeiro de 2019, confirmou o licenciamento da marca CNN para lançar o canal no Brasil. E em agosto do ano passado, fechou um acordo operacional entre a emissora de televisão e a rádio Transamérica FM, de São Paulo.

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Aberto o primeiro turno de votação do Prêmio Comunique-se

Prêmio Comunique-se
Prêmio Comunique-se

Está aberto até 30 de maio o primeiro turno da 18ª edição do Prêmio Comunique-se, que retorna após não ter sido realizado em 2020 em decorrência da pandemia. O evento de lançamento ocorreu de forma online, em 12/5, em live apresentada por Rodrigo Azevedo, CEO do Grupo Comunique-se, nos canais do portal e da RedeTV no YouTube.

O sistema de votação funciona de forma mais fácil nesta edição. Para participar, basta usar uma conta de Facebook ou Gmail e registrar os votos nos comunicadores de interesse. No primeiro turno, o ambiente recebe indicações por parte dos jornalistas e da comunidade de leitores do Portal Comunique-se. Uma das novidades é a categoria Jornalistas podcasters, que devem necessariamente ter trabalhos em formato de áudio para o ambiente online.

O Prêmio Comunique-se 2021 conta com os seguintes apoiadores de mídia: SBT, Band, RedeTV, BandNews TV, Record News, BandSports, TV Gazeta, TV Cultura, TV Justiça, Jovem Pan, BandNews FM, Rádio Bandeirantes, Metrópoles, SBT News, Olhar Digital, Portal Terceiro Tempo, Observatório da TV, Observatório dos Famosos e Grupo RBS.

A live de premiação está programada para 16 de novembro. Para participar do primeiro turno, acesse o site da votação.

Histórias do Jornalismo Esportivo: É TETRA!

Copa do Mundo 1994 (Crédito: Getty Images)
Copa do Mundo 1994 (Crédito: Getty Images)

Por Nelson Nunes

Eu sou do tempo em que a editoria de Esportes costumava ser confinada ao “fundão” da redação, muitas vezes tratada com certo desprezo pelos pretensos núcleos de inteligentzia daquela máquina de fazer jornal e de moer gente. Julgados à luz do estereótipo próprio a qualquer bando de meninos bagunceiros da classe, os cronistas esportivos sofreram com essa imagem preconceituosa, reforçada pela prática diária de quem se lambuzava com embates sobre esquemas táticos, memórias de gols de eras mezozoicas do calccio ou longas discussões sobre a linha de impedimento. Tudo isso entremeado a comentários sexistas sobre as moças bonitas da redação e uma pitada ou outra de máximas do machismo que hoje seriam justamente condenáveis em qualquer ambiente, sobretudo num local de trabalho que, em tese, deveria servir como panteão da pluralidade.

Sim, de fato, os jornalistas esportivos, salvas as exceções da regra, ajudaram a reforçar essa ideia de alienação, até que, um dia, profissionais e veículos acabaram dando-se conta de que havia muito mais valor naquele mundinho do que poderia supor a nossa vã filosofia de acreditar que o mundo era uma bola. Assim, com o passar o tempo, os cronistas esportivos foram se aperfeiçoando na prática do dia a dia, melhorando sua formação geral, abrindo horizontes para muito além do 4-3-3, até ganharem mais visibilidade na redação, relevância no produto final e respeito na audiência. Não à toa, em muitas cidades brasileiras, o caderno de esportes ganhou musculatura, adotou novos leiautes gráficos, criou linguagem inovadora, ao ponto de ser reconhecido como um grande pilar do negócio. No mais das vezes, a porta de entrada de novos leitores para os antigos e conservadores jornalões. 

Para todos nós, que jogamos esse jogo, o ápice da carreira profissional era merecer a credencial para a cobertura de uma Copa do Mundo. Alguns monstros sagrados da crônica, ainda vivos, acumulam mais de dez Copas no currículo. Eu, humildemente, cobri três como repórter: México-86 (por A Gazeta Esportiva), Itália-90 e EUA-94 (ambas pelo Diário Popular). Depois, como editor de esportes e editor-chefe do velho Diário, coordenei a cobertura de pelo menos mais quatro. De cada uma delas restaram a saudade de um tempo em que o jornalismo ainda se fazia com o jornalista farejando a notícia no front, com inacreditáveis obstáculos tecnológicos se comparados com as modernidades de comunicação que vieram com a internet, e uma coleção de boas histórias para contar.

Revirando meu baú de memórias, escolhi para este momento o dia 17 de julho de 1994, data da final da Copa dos Estados Unidos. Pasadena, Califórnia, 40 graus! Estádio Rose Bowl. Numa tribuna de imprensa improvisada no anel de arquibancadas do gigantesco estádio, tomado por 94.194 expectadores, com sol a pino na cabeça, escrevi parte da história do tetra ao lado dos colegas Sérgio Carvalho, Paulo Cézar Correa, Carlos Alencar, Paulo Roberto Pereira e Luís Augusto Mônaco.

É TETRA!
Nossa equipe na tribuna de imprensa do estádio de Stanford: eu (esq.), Guto, Paulinho, Sérgio e Carlos

Chegamos ao estádio umas cinco horas antes do início da partida. O intervalo era necessário para marcar território na sala de imprensa antes que ela estivesse lotada e vencer as barreiras impostas pelo excessivo, quase paranoico, sistema de revista das forças de segurança contratadas pelo Comitê Organizador do mundial americano. A polícia, o exército e a tropa de uma espécie de “Fonseca´s Gang” dos gringos eram implacáveis com bolsas, mochilas, casacos, equipamentos e tudo o que, na opinião deles, pudesse significar uma ameaça. Nada passava sem ser rigorosamente checado. Os cães farejadores lançavam olhares intimidadores em todas as barreiras instaladas dentro e fora do estádio, o que me levava a perguntar, intimamente, como os terroristas conseguiam tantas ações exitosas em território americano. Nunca perguntei qual a razão e temi que achassem o bagulho que eu levava no bolso: um pão de queijo todo amassado que eu tinha pegado no café da manhã com a certeza de que aquele seria meu almoço do dia.

A história do jogo todo mundo conhece. Com um persistente 0 a 0 no placar, no tempo normal e nos 30 minutos da prorrogação, a despeito de uma bola na trave chutada por Mauro Silva (o lance que “viralizou” nas resenhas pós-jogo pelo fato de o goleiro Pagliuca ter dado um beijo no poste assim que a bola ficou segura em suas mãos). Assim, a decisão foi para os pênaltis. 

“Vai que é sua, Taffarel!”, gritava Galvão Bueno, logo ali pertinho da gente, no quadradinho da tribuna de imprensa reservado à TV Globo, a cada defesa do goleiro brasileiro. Galvão, Pelé e Arnaldo eram uma atração à parte no cenário da grande final. Era como se fosse noite do Oscar e ali estivessem Antony Hopkins, Brad Pitt, George Clooney… gente desse calibre.

No quadradinho reservado ao Diário, eu e Guto Mônaco recebemos a ordem para sairmos antes do encerramento da disputa de penalidades para chegarmos o mais rápido possível à área da zona mista, onde os jogadores passavam para dar entrevista fora da coletiva oficial de praxe organizada pela Fifa com os técnicos e capitães das duas seleções. Dada a confusão do lugar, a zona mista justificava o nome de batismo. Era, como ainda hoje, um corredor, quase um front de guerra, onde os jogadores passam atrás de uma corda e param para falar onde querem, com quem bem entendem. Do lado de cá da corda, sempre vigiados pelos cães farejadores da polícia, jornalistas do mundo todo se estapeiam para conseguir umas aspas. Hoje bastaria esperar pelo que eles publicam no Twitter.

A caminho da zona, paramos numa fresta da arquibancada para ver Roberto Baggio em ação. O estiloso cabeludo da Azzurra, o craque do time, ajeitou as madeixas, passou a mão no calção, deu uns passos para trás e parou na meia lua, encarando Taffarel. Havia um profundo silêncio no ar. Era possível ouvir respirações aqui e acolá. Tensão e expectativa. Eu já havia estado em duas Copas e jamais tinha visto o Brasil ser campeão. Na redação já se espalhava a zoeira de que eu era o pé-frio. Quando Baggio corre pra boa e chuta nas alturas, senti sair do meu ombro também um peso, que certamente pesava muitas mais toneladas na ponta da bota daqueles que defendiam a Pátria de Chuteiras. 

Brasil 3 a 2… 

Depois de 24 anos de seca, o País do Futebol voltava a botar a mão no caneco e a soltar o grito de campeão. Campeão, não!  É TETRA! É TETRA! É TETRA!, repetia Galvão, se esgoleando, abraçado a Pelé como se fosse dele o passe para o milésimo gol do Rei. Mais comedido, sem alarde, abracei meu companheiro de reportagem e a ele confessei meu alívio pelo fim daquele tabu pessoal, que não interessava nem comovia absolutamente mais ninguém além de mim naquele mar de gente. 

É TETRA!
Eu e Gerson (Canhotinha de Ouro), na festa do título Brasil x Itália

Ao receber a taça, num palco armado para a cerimônia de premiação bem perto da tribuna de imprensa, o capitão Dunga, que vivia às turras com os jornalistas brasileiros, a quem ele imaginava numa trincheira inimiga da Pátria, colocou o último tijolo no seu castelo de ressentimentos. Com a taça de ouro nos punhos erguidos, virou-se para os jornalistas e desfiou sua ira revanchista, com palavras que lhe serviam de vingança pelo fato de ter sido duramente criticado desde a Copa da Itália, quatro anos antes, quando o fracasso do futebol brasileiro ficou chancelado com o selo que levava seu nome a tal “Era Dunga”.

Longe do nosso herói do momento, ali incensado pela conquista do tetra, encontro Guto Mônaco tocado pelo drama do vilão − Roberto Baggio, ou a prova flagrante de que o futebol tem sempre duas verdades, a de quem ganha e a de quem perde. Sempre atento aos mínimos detalhes, especialista em achar notícia nas entrelinhas do que está posto, Guto me conta de uma foto que acabara de fazer na saída do vestiário italiano. Deserdado pelos tifosi italianos, condenado a ser o “Dunga deles” depois do fracasso da vez, Bob Baggio saía do estádio amparado pelo abraço sincero da mulher, dos filhos e do pai. Em famiglia, lá foram os Baggio afogar suas mágoas num chianti qualquer enquanto o Brasil voltava a sorrir e a sambar…

É TETRA!
Baggio, com a filha, a esposa (esq.) e os pais

E eu, perdido nos devaneios daquele momento histórico do futebol, me deixei levar pelo pensamento de como seria a chegada da Squadra Azzurra a Roma. Correria, protestos da torcida, ameaças, xingamentos, vaias, paus, pedras, tomates, ovos… Por um segundo, me vi editor de uma improvável versão em português do róseo La Gazzetta dello Sport, pronto para batucar a manchete do dia seguinte: 

É TRETA! É TRETA! É TRETA!


Nelson Nunes

Nelson Nunes, ex-Gazeta Esportiva, Folha da Tarde, Jornal da Tarde, SBT, Jovem Pan e revista Propaganda e Marketing, esteve por 22 anos no extinto Diário de S.Paulo.

A série Histórias do Jornalismo Esportivo traz causos vividos por profissionais da imprensa esportiva ao longo de suas trajetórias, como parte da campanha de divulgação do novo Prêmio +Admirados da Imprensa Esportiva.

Seminário internacional da Abraji discute leis de acesso à informação

A Abraji vai promover em 18/5, juntamente com a Embaixada e Consulados dos Estados Unidos e a Missão Diplomática Britânica no Brasil, o webinário internacional LAI e Jornalismo: Caminhos para a Transparência Pública, sobre leis de acesso à informação em quatro países − Brasil, Estados Unidos, Reino Unido e Índia − e como elas beneficiam o jornalismo.
A Abraji vai promover em 18/5, juntamente com a Embaixada e Consulados dos Estados Unidos e a Missão Diplomática Britânica no Brasil, o webinário internacional LAI e Jornalismo: Caminhos para a Transparência Pública, sobre leis de acesso à informação em quatro países − Brasil, Estados Unidos, Reino Unido e Índia − e como elas beneficiam o jornalismo.

A Abraji vai promover em 18/5, juntamente com a Embaixada e Consulados dos Estados Unidos e a Missão Diplomática Britânica no Brasil, o webinário internacional LAI e Jornalismo: Caminhos para a Transparência Pública, sobre leis de acesso à informação em quatro países − Brasil, Estados Unidos, Reino Unido e Índia − e como elas beneficiam o jornalismo.

O seminário celebra os nove anos de implementação da lei no Brasil e acontecerá de forma gratuita, às 10h30, com tradução simultânea para português e inglês. Para participar é necessário fazer inscrição.

Participarão Nate Jones, diretor do departamento de Lei de Liberdade de Informação do The Washington Post; Jen Bramley, gerente de parcerias da MySociety, organização sem fins lucrativos do Reino Unido que usa tecnologias online para empoderar cidadãos no espaço cívico; Shyamlal Yadav, editor sênior no Gabinete de Investigação do The Indian Express e pioneiro no uso efetivo da Lei RTI (Direito à Informação) na Índia; e Luiz Fernando Toledo, diretor da Abraji e cofundador da Fiquem Sabendo, agência especializada em LAI.

A mediação será de Marina Atoji, gerente de projetos e de comunicação da Transparência Brasil e coordenadora do Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas, coalizão de organizações dedicada a defender a LAI no Brasil, da qual a Abraji faz parte.

Durante o evento, Luiz Fernando Toledo vai apresentar os principais dados da quarta edição do relatório da Abraji que avalia o desempenho da lei nas redações do Brasil. O estudo mostra as dificuldades que os jornalistas enfrentam quando a acionam para obter informações para serem usadas em reportagens. Em 2021, o número de respondentes bateu recorde: 384 profissionais de todo o País participaram da pesquisa.

Coletivo de jornalistas aposta na experiência para abordar temas que impactam o Brasil

Batizada de Jornalistas Online, a plataforma pretende juntar profissionais com perfis variados e diversidade de opiniões.
Batizada de Jornalistas Online, a plataforma pretende juntar profissionais com perfis variados e diversidade de opiniões.

Ricardo Mucci e Sylvia Jardim criaram um coletivo de jornalistas independentes com o objetivo de contribuir para o debate qualificado sobre fatos que impactam a realidade brasileira. Batizada de Jornalistas Online, a plataforma pretende juntar profissionais com perfis variados e diversidade de opiniões, todos com pelo menos 30 anos de experiência em mídia impressa, online, de rádio ou tevê.

Nesta quinta-feira (13/5), às 20h, acontece a primeira live do projeto no YouTube. Com o tema A CPI da Covid, o fato político que está mexendo com o Brasil, o encontro contará com as participações de Rodolpho GamberiniRenato FaleirosMaria Cristina PoliCarlos Muanis e Laerte Rimoli.

Também integram o Jornalistas Online Alceu NaderCaíque NovisCarlos KoberCeleste CasellaCida FontesLívia CalmonLuciana LivieroLuciano MartinsLuiz Alexandre VenturaMárcia NepomucenoNeyn Flávio MeirellesOrlando Brito e Tonico Ferreira.

 

Em outro grupo de jornalistas…

Marco Antonio Zanfra, Fernando Morgado, Célia Bretas Tahan, Carlos de Oliveira, Chico Lelis, Manoel Dorneles, Luiz Padovani e Nereu Leme, alguns aposentados, outros na ativa – criou um blog para postar seus contos, histórias, crônicas e experiências pessoais. O objetivo é registrar os textos para a posteridade, obedecendo à máxima de que missão de jornalista é escrever, além de oferecer literatura de graça na internet. O blog Contando História tem cerca de 80 textos postados desde que foi criado, há um ano. O grupo aceita contribuições de quem quiser mandar sua história. É só encaminhar para [email protected].

E mais:

R7 estreia atração de entretenimento “Programa de Todos os Programas”

O portal R7 estreia nesta quarta-feira (12/5) o Programa de Todos os Programas, atração semanal que cobrirá assuntos relacionados à televisão. A apresentação é do colunista Flávio Ricco e da apresentadora multiplataforma Dani Bavoso. O programa também receberá convidados especiais.

Mateus Carrieri é o primeiro. Ele vai falar sobre a experiência de viver dois realities diferentes, o Casa dos Artistas e a última edição de A Fazenda. Participam também o diretor Rodrigo Carelli e a apresentadora Adriane Galisteu, ambos no comando do Power Couple.

Ainda os efeitos da Covid no jornalismo

Luciana Gurgel

Há pouco mais de um ano, quando a pandemia do coronavírus tomou conta do mundo, quase ninguém se arriscava a fazer prognósticos seguros para o futuro da indústria de mídia e das práticas do jornalismo. Era tudo incerto.

Restrições ao movimento derrubaram tiragens e empurraram o público para as edições digitais de jornais. O acesso às mídias sociais explodiu, assim como o uso de serviços de mensagem para transmissão de informações − nem sempre confiáveis −, mudando a forma de consumir notícias.

E também de as produzir. Redações ficaram desertas. A maioria dos jornalistas teve que substituir a  reunião de pauta, a conversa no café e as entrevistas ou as apurações ao vivo pelo Zoom. Coletivas e eventos foram cancelados ou adaptados para as telas pequenas.

Como não há bem que sempre dure nem mal que não se acabe,14 meses depois a situação começa a voltar ao normal, se é que se pode falar em normal. Isso está ocorrendo sobretudo em países com programas de imunização mais adiantados, como os Estados Unidos e o Reino Unido.

E algumas perguntas começam a ser respondidas.

Uma dúvida inicial levantada por analistas e acadêmicos era sobre se o ganho de confiança no jornalismo atestado por pesquisas no início da pandemia teria efeito residual.

Para alguns, sim. No embalo da demanda criada pela doença, muitos jornais investiram nas edições digitais, incorporando recursos de jornalismo de dados, audio e vídeo para tornar a cobertura mais atrativa e informativa. E estão colhendo frutos.

Segundo levantamento feito pela empresa de tecnologia de mídia Piano, a Covid-19 abalou a  estrutura da temida barreira para pagar por conteúdo jornalístico.

A empresa, que administra sistemas de assinatura para mais de 300 veículos em vários países, atestou que houve crescimento de 58% no volume de assinantes em sua base. E queda nas taxas de desistência, mostrando uma fidelidade maior do leitor que optou por pagar para ter acesso ao veículo de sua preferência.

O estudo da Piano mostra como se comportaram os leitores e também as organizações, que intensificaram seus esforços de marketing para atrair assinantes. Uma das conclusões é de que o paywall foi mais eficiente para converter visitantes ocasionais do que a experimentação.

Os resultados não podem ser generalizados. A Piano trabalha para organizações de mídia gigantes, dotadas de recursos para aplicar na sofisticação de seus produtos jornalísticos e em ações de marketing poderosas.

O mesmo não acontece com empresas de mídia menores. Mas o que se depreende dos resultados é que há meios de convencer o público a pagar por conteúdo, desde que o valor da notícia que se entrega seja percebido por quem é convidado a assinar.

De volta às redações?

Depois de 14 meses, também já é possível compreender melhor os efeitos da pandemia sobre o futuro do trabalho. O mundo corporativo − redações incluídas − tenta encontrar o caminho para equilibrar o home office com a volta aos escritórios.

A decisão nem sempre é só operacional, mas também financeira. Pelo menos um grande grupo de mídia já fez sua opção. O Reach, que tem mais de 100 jornais no Reino Unido, fechou todas as redações e vai criar hubs para trabalho temporário, com boa parte da equipe indo à redação apenas algumas vezes por semana. Uma bela economia.

Seja qual for o modelo adotado, o episódio ocorrido com a revista americana Washingtonian na semana passada demonstra que ameaça pode não ser uma boa ideia para fazer as equipes retornarem às redações (ou às empresas).  A CEO da publicação escreveu um artigo de opinião no Washington Post alertando de forma nada sutil que os empregos de quem não quisesse voltar estavam sob risco.

A revolta chegou às redes sociais e virou greve de um dia. A CEO teve que contornar, dizendo que não era bem isso.

Os ânimos na revista podem ter se acalmado. Mas o estrago mostra que depois do trauma da Covid, as relações entre patrões e empregados também não serão mais as mesmas.

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UOL estreia programação diária em vídeo

Canal UOL estreia programação diária em vídeo
Canal UOL estreia programação diária em vídeo

O Canal UOL, projeto de conteúdo em vídeo do UOL, estreia nesta quarta-feira (12/5) uma programação diária de oito horas com conteúdo audiovisual, sendo seis delas ao vivo, de segunda a sexta, reunindo notícias diversas, entretenimento e esportes.

O UOL News traz as principais notícias do dia em três boletins diários, às 8h e 12h, com Fabíola Cidral, e às 18h, com Diego Sarza. Além disso, colunistas do UOL, como Josias de Souza, Leonardo Sakamoto, Joel Pinheiro, Thaís Oyama, Ronilso Pacheco, Gabriela Chaves e Kennedy Alencar, debaterão ao vivo as principais informações do dia nessas três faixas de horário.

Às 10h, diariamente, o Canal UOL transmitirá entrevistas e discussões contemporâneas nos programas UOL Entrevista e UOL Debate.

Nos esportes, Domitila Becker apresentará o UOL News Esporte, que vai ao ar às terças, quartas e quintas, às 9 horas. Às segundas e sextas, Juca Kfouri, Mauro Cezar, Arnaldo Ribeiro e Eduardo Tirone comandam o Posse de Bola, sempre transmitido em tempo real, e na sequência também disponível nas plataformas de podcast.

Na área de entretenimento, Otaviano Costa comanda o OtaLab, programa de variedades apresentado ao vivo, todas as quintas, às 19 horas. E às quintas e sextas, a partir das 13h, Zeca Camargo assume o Splash Show, que traz novidades sobre música, séries e cinema, com participação de colunistas e repórteres do Splash, plataforma de entretenimento do UOL. Às segundas, a mesma atração tem apresentação de Jude Paulla, e às quartas, de Chico Barney e Aline Ramos. Zeca Camargo também vai ao ar às quartas-feiras, às 14h, com o Splash Entrevista. Nos outros dias da semana, nesse mesmo horário, irão ao ar outras entrevistas em diferentes segmentos: UOL Líderes e UOL Mídia e Marketing (segundas), UOL Entrevista, com Thaís Oyama (terças), Dividida, com Mauro Cezar (quintas). e UOL Entrevista Esporte (sextas).

Estadão é alvo de novos ataques de Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar a imprensa na manhã desta terça-feira (11/5), quando chamou de “canalhas” jornalistas do Estadão. A crítica aconteceu diante de apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, e foi uma resposta à uma reportagem de Breno Pires, que revelou um suposto esquema montado pelo presidente no fim de 2020 para aumentar sua base de apoio no Congresso.

“Inventaram que eu tenho um orçamento secreto agora. Tenho um reservatório de leite condensado, 3 milhões de latas. Eles não têm o que falar. Como um orçamento foi aprovado, discutido por meses e agora apareceu R$ 3 bilhões? Só os canalhas do Estado de S. Paulo para escrever isso aí”, afirmou Bolsonaro.

Segundo a reportagem de Breno, o presidente criou um orçamento paralelo de R$ 3 bilhões em emendas parlamentares. A maior parte foi destinada à compra de tratores e equipamentos agrícolas por preços até 259% acima dos valores de referência fixados pelo governo.

Após as denúncias, o Ministério Público pediu que o Tribunal de Contas da União apure a liberação de verbas a senadores e deputados. Há também uma mobilização de parlamentares para criar a “CPI do Tratoraço”.

Em nota, a Abraji repudiou o ataque aos profissionais do Estadão: “Todo gestor público é objeto de escrutínio da sociedade e deve prestar contas de suas atividades à sociedade. Em nome do interesse público, a imprensa assume o papel de fiscalizar a gestão do Estado”, afirmou a nota.

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